Apesar de registar uma quebra de 7% nos cálculos de 2006/07, em Portugal 1/4 dos alunos ainda sofrem de insucesso escolar no secundário. Quando à taxa de abandono escolar, é o dobro da média europeia.
Obtido a partir da média do 10.º, 11.º e 12.º anos, o indicador só considera a taxa de chumbos. De fora fica o abandono escolar, cuja taxa portuguesa é o dobro da média da UE.
Ainda assim, e segundo estes cálculos, a taxa de insucesso escolar caiu de 32 para 25 %, em dois anos, de acordo com a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que apresentou hoje os resultados escolares do Ensino Secundário 2006/1007, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. É que em 2004/05, aquele indicador, que estabelece a média para o conjunto dos três anos do Ensino Secundário, tinha-se situado acima dos 33%. “Uma redução histórica, porque pela primeira vez estão abaixo dos 30 por cento, o que era uma espécie de fatalidade”, considerou a ministra em declarações ao DN. Maria de Lurdes Rodrigues defende ainda que os cursos profissionalizantes aumentaram a probabilidade de sucesso. “Estamos a falar de mais de 23 mil alunos que entraram nos cursos profissionais, em relação ao passado, e estamos a falar de mais uns milhares de alunos que entraram também nas vias científico-humanísticas”, sublinha a ministra, em entrevista à Rádio Renascença.
Quanto às saídas precoces da escola - abandono escolar - regista também alguns resultados positivos. A percentagem dos jovens dos 18 aos 24 anos que não concluíram o secundário e não frequentava nenhuma acção escolar ou de formação baixou de 39,2% para 36,3, no ano lectivo de 2005/2006. "Isso significa que se mantiveram 30 mil jovens no ensino em 2006", assegura a ministra ao diário.
In aeiou
Servir a causa pública é o dever de qualquer governo eleito democraticamente. Se se conseguiu baixar as taxas de insucesso e de abandono, apenas se levou a efeito um dever nacional de escolarizar a população.
De qualquer forma, registe-se o progresso, saudando-o.
A situação portuguesa, no contexto da União Europeia, era - e é - de tal forma flagrante que era impossível não fazer nada. Realmente, ao longo de vários governos, de diversas cores políticas, não se olhou com olhos de ver para o abandono e insucesso.
Só resta esperar - e neste aspecto compreendo as inquietações de alguns sindicatos - que o sucesso não se fique a dever à diminuição da exigência, provocada pelas necessidades estatísticas.
Tenho muitas dúvidas, mas oxalá esteja enganado.
Hoje, em 2011, ainda existe grandes dificuldades em conseguir orientar os jovens para uma universidade, com boa prepação e sucesso futuro. O que pretendo dizer é que o ensino bésico prepara dificientemente os alunos para que as estatisticas estejam de acordo com as promessas do governo, resultando depois uma grande diferença de exig~encia na preparação para a universidade. Era de considerar estes resultados que são tão reais e esquecer um pouco a postura politica.
ResponderEliminar