segunda-feira, 30 de março de 2020


domingo, 29 de março de 2020

Nesta pandemia, onde Te posso encontrar, Jesus Cristo?


Expresso | Hospital “de referência” para Covid-19, Centro ...
5º Domingo da Quaresma (Domingo de Lázaro). Para D. José Ornelas, bispo de Setúbal,  diálogo entre as irmãs de Lázaro e Jesus, foi o pretexto para lembrar as perguntas da humanidade envolvida numa pandemia, que questiona as razões do sofrimento e da morte.
Para o bispo de Setúbal, “isto não se resolve com discursos” e, à semelhança da narrativa do Evangelho onde Jesus não propõe à família de Betânia um “princípio teórico” ou uma “revivificação de Lázaro por uns dias” mas “libertação da morte”, também hoje desafia a descobrir os muitos gestos de libertação da morte e de quem não desiste de “levantar os olhos para o céu”.
Talvez ouvíssemos Jesus dizer: ‘Procura-me nas urgências dos hospitais, cansado, de máscara, com equipamento protetor, arriscando a vida para que muitos possam viver; procura-me nos lares, acompanhando os mais frágeis, nos serviços mais elementares e indispensáveis, resistindo ao medo que seria pior que o próprio vírus; ando pelos laboratórios procurando soluções novas para esta crise nova; vou lavando estradas, juntando lixo, levando produtos para todos; podes ver-me também num padre ancião destes dias que ofereceu o seu ventilador a um jovem para que pudesse viver. Já tive a alegria de o abraçar, como a todos os que semearam na terra a semente da vida e do amor pelos outros. Eles parecem-se bem comigo porque eu continuo presente neles e hoje eles estão comigo. E estou contigo e com vocês todos que ficam em casa quando vos apetecia sair.

Muito pouca gente na rua nesta manhã de domingo

Quanto fui a Almofala, sozinho, nesta manhã solarenga de março, ida e volta, passei por 6 carros entre o cruzamento de Cravaz e Almofala, sendo que um era da Santa Casa em apoio ao domicílio. Acrescento ainda que entre Teixelo e Almofala, nem um...
Em Almofala, quase isolamento total. Um silêncio esmagador. Apenas uma outra pessoa, sozinha, a executar alguma tarefa.
Em Tarouca, pouca gente cá fora. Um ou outro a cuidar do físico
, também só. Algumas, poucas pessoas, que tinham vindo às compras ou executar alguma tarefa. Aqui e ali pessoas a caminhar juntas, guardando alguma distância, embora nem sempre a estipulada.
Separados para depois celebramos a proximidade.
Mesmo que custe ficar em casa, temos de o fazer para podermos voltar a conviver.
Separados para estarmos juntos!

sexta-feira, 27 de março de 2020


Proposta de oração do cardeal Tolentino

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Quando penso nas coisas que quotidianamente nos ensinas, Senhor, vem-me muitas vezes ao pensamento aquela Tua palavra dirigida a Marta, num dos vossos encontros em Betânia. Tu disseste-lhe: «Uma só coisa é necessária».
Mesmo num contexto tão exigente como é este em que vivemos, onde sentimos que mil braços nos puxam para direções diferentes, onde mil vozes nos gritam urgências e todas elas reais, onde é fácil que a armadilha da angústia nos capture para uma agitação que, no fundo, só serve para ampliar a impotência e o medo, recordo o teu conselho a Marta: «Uma só coisa é necessária».
Ajuda-nos, Senhor, nesta hora abrupta, a ter a sabedoria de perguntar «qual é a coisa necessária» e concentrar aí a nossa inteligência, o nosso labor e o nosso coração.
Ajuda-nos a discernir, com a luz do Espírito Santo, aquela «única coisa» que, neste momento, melhor resume a indefetível responsabilidade que somos chamados a expressar diante de Ti e dos nossos irmãos.
E ajuda-nos, como Nossa Senhora, a confiar. A confiar, como ela o fez, não só nas metas consideradas possíveis, mas até naquilo que nós, nos momentos de maior desânimo, dúvida ou cansaço, formos tentados a declarar como impossível.

quinta-feira, 26 de março de 2020

Caros Paroquianos, no próximo domingo, rezemos todos a uma só voz!

“Consagração da Diocese do Porto à Bem-aventurada Virgem Maria”. Uma das mais belas orações que ouvi nesta Quaresma e nesta hora trágica. Com ela me identifico totalmente. Com a letra e com o espírito. Impressiona-me e toca-me a sensibilidade orante desta prece. É a vida feita oração e a oração que entrega  avida.
Com a devida vénia, vou parafraseá-la, aplicando-a às duas Paróquias. 


Proponho aos paroquianos  das comunidades paroquiais de  Tarouca e Almofala que, no próximo domingo, ao meio dia, rezemos em família esta oração. Eu irei fazê-lo a essa hora. Fisicamente sozinho. Espiritualmente unido a todos vós, nos braços abertos de Cristo Rei, Bom Pastor, que a todos acolhe e congrega.


Consagração das Paróquias
de Tarouca e Almofala
à Bem-aventurada Virgem Maria
Santíssima Virgem Maria,
Senhora das Dores,
Senhora das Necessidades,
Senhora de Fátima,
Senhora da Lapa,
Senhora dos Remédios!
Senhora da Ajuda,
Senhora da Saúde,
Senhora do Rosário,
Senhora da Soledade,
Senhora dos Prazeres,
Senhora de Nazaré!
Senhora de todos os nomes bonitos,
Senhora do nome mais bonito:
Mãe de Deus e nossa Mãe!
 
Como sabes, estamos todos a passar mal.
Não estamos zangados com o Teu Filho,
Que não é castigador.
Mas, nós, às vezes,
Não respeitamos este belo jardim que Ele nos deu
(Gn 2, 8)
E fizemos dele um matagal;
E, em vez de flores,
Saíram-nos espinhos.
E agora é isto…
Estamos todos a passar mal
E, alguns, mesmo muito mal.
 
Senhora das Dores, Senhora das Necessidades, Senhora de Fátima!
Queremos voltar a reaprender
Na Escola do Teu Filho;
Procuraremos ouvir, na nossa vida, o Teu conselho:
“Fazei tudo o que Ele vos disser”
(Jo 2, 5).
Precisamos de perceber o que Ele nos quer dizer
 
Nas entrelinhas desta calamidade.


Já percebemos que devemos cuidar uns dos outros,
Que devemos cuidar-nos a nós próprios,
Que devemos continuar a trabalhar muito
Para encontrar remédios para este mal.
 
Não queremos comprar a Tua ajuda
Com as nossas promessas.
Mas precisamos de Ti!
Sim, precisamos muito de ti!
Pedimos-Te, pelo carinho de Mãe,
que faças o que nós não sabemos fazer.
Com o atrevimento de meninos pequenos,
Que sabem pedir sem saber o que pedem,
Pedimos o milagre de que cesse este mal:
Nas nossas Paróquias, na nossa Pátria, no nosso Mundo.
Com o exemplo e a silenciosa generosidade de S. José
Ajuda-nos a refazer o jardim
E a reorganizar a casa comum.
 
Protege, Mãe de Deus e nossa Mãe,
A todos quantos, nas variadas frentes,
Arriscam a própria vida para dar a vida ao próximo.
Pensamos nos profissionais de saúde,
Nas forças de segurança e de socorro.
Pensamos nos funcionários dos nossos Lares
E de outros organismos similares.
Pensamos nas pessoas que, de coração apertadinho,
Trabalham para que não nos falte o necessário.
Pensamos nos cientistas e investigadores
E em quantos não descansam
Para encontrarem remédio que minore este mal.
Recebe no Teu regaço materno
a quantos passaram já para a Casa do Pai.
 
Obrigado, Mãe!
Um beijo.
Nosso e de todos os homens e mulheres
Que habitam as Paróquias de Tarouca e Almofala.

Sabes bem quanto gostam de ti!  
Mãe, estas duas Paróquias
São comunidades Tuas!
Elas são  e serão sempre
As Paróquias  da Senhora das Dores!
Amen.

quarta-feira, 25 de março de 2020

O Cardeal D. António Marto presidiu à celebração da consagração de Portugal e de Espanha ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria



"... nesta singular hora de sofrimento, acolhe os que perecem, dá alento aos que a Ti se consagram e renova o universo e a humanidade"
O cardeal D. António Marto presidiu hoje, em Fátima, à celebração da consagração de Portugal e de Espanha ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria, pedindo o seu auxílio e proteção no momento de tribulação que vivemos actualmente.
Neste dia solene, em que a Igreja celebra a Anunciação a Maria de que ela seria a Mãe de Jesus, os bispos portugueses e espanhóis pediram a Sua intercessão pelas “vítimas directas e indirectas” da pandemia que nos atinge; pelos “profissionais de saúde, incansáveis nos seus esforços por socorrer os doentes”; pelas “autoridades, no seu esforço para encontrar soluções” e por “todos nós e pelas nossas famílias”.
A Igreja peregrina sobre a terra, em Portugal e Espanha, nações que tuas são, olha para o teu lado aberto, sua fonte de salvação, e suplica: nesta singular hora de sofrimento, assiste a tua Igreja, inspira os governantes das nações, ouve os pobres e os aflitos, exalta os humildes e os oprimidos, cura os doentes e os pecadores, levanta os abatidos e os desanimados, liberta os cativos e os prisioneiros e livra-nos da pandemia que nos atinge” disse o cardeal D. António Marto na oração de consagração dos dois países, à qual se associaram também a Albânia, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Eslováquia, Guatemala, Hungria, Índia, México, Moldávia, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Polónia, Quénia, Republica Dominicana, Roménia e Timor Leste, muitos deles intimamente ligados a Fátima e à sua Mensagem.
Ao Coração de Jesus Cristo, “médico das almas”, D. António Marto pediu um “abraço” de amparo e conforto para “as crianças, os anciãos e os mais vulneráveis, os médicos, os enfermeiros, os profissionais de saúde e os voluntários cuidadores”, pedindo igualmente pelo reforço “da cidadania e da solidariedade”.
Na oração, ajoelhado diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima que se venera na Capelinha e que hoje esteve na Basílica da Santíssima Trindade para esta ocasião, o Cardeal português invocou os Santos Pastorinhos, sepultados na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, também eles vítimas de uma pandemia. Especialmente Santa Jacinta, de quem celebramos o centenário da sua morte, que experimentou a solidão do hospital nos seus últimos momentos de vida.
Ao consagrar-se ao teu Sagrado Coração, entrega-se a Igreja à guarda do Coração Imaculado de Maria, configurado pela luz da tua Páscoa e aqui revelado a três crianças como refúgio e caminho que ao teu coração conduz. Seja a Virgem Santa Maria, a Senhora do Rosário de Fátima, a Saúde dos Enfermos e o Refúgio dos Teus discípulos gerados junto à Cruz do teu amor”, prosseguiu D. António Marto. A oração terminou com um pedido: “nesta singular hora de sofrimento, acolhe os que perecem, dá alento aos que a Ti se consagram e renova o universo e a humanidade. Ámen”.
O terço foi recitado em português, espanhol, inglês e polaco, e todas as dioceses portuguesas e espanholas estiveram, particularmente, unidas na oração do rosário pelas intenções de todo o mundo. Embora a consagração tenha sido preparada para os dois países ibéricos, nestes últimos dois dias mais 22 conferências episcopais, de todos os continentes aderiram, assim como numerosos fiéis de todo o mundo, a esta oração a partir de Fátima, transmitida em directo por inúmeros canais de televisão, em sinal aberto e por cabo, rádios e canais da internet, numa parceria entre o Santuário de Fátima e a TV Canção Nova. Só no canal youtube do Santuário de Fátima foi seguida em directo e em permanência por 49 mil subscritores.
A iniciativa portuguesa surgiu de um pedido, feito por um conjunto de leigos que reuniu milhares de assinaturas, dirigido ao presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, que depois consultou todos os bispos portugueses que anuíram ao pedido, confiando a D.António Marto a proclamação da oração.


Ato de Consagração

Coração de Jesus Cristo, médico das almas,
Filho amado e rosto da misericórdia do Pai,
a Igreja peregrina sobre a terra,
em Portugal e Espanha, nações que tuas são,
olha para o teu lado aberto, sua fonte de salvação, e suplica:
— nesta singular hora de sofrimento,
assiste a tua Igreja,
inspira os governantes das nações,
ouve os pobres e os aflitos,
exalta os humildes e os oprimidos,
cura os doentes e os pecadores,
levanta os abatidos e os desanimados,
liberta os cativos e os prisioneiros
e livra-nos da pandemia que nos atinge.
 Coração de Jesus Cristo, médico das almas,
elevado no alto da Cruz e tocado pelos dedos do discípulo no íntimo do cenáculo,
a Igreja peregrina sobre a terra,
em Portugal e Espanha, nações que tuas são,
contempla-Te como imagem do abraço do Pai à humanidade,
esse abraço que, no Espírito do Amor, queremos dar uns aos outros
segundo o teu mandato no lava-pés, e suplica:
— nesta singular hora de sofrimento,
ampara as crianças, os anciãos e os mais vulneráveis,
conforta os médicos, os enfermeiros, os profissionais de saúde e os voluntários cuidadores,
fortalece as famílias e reforça-nos na cidadania e na solidariedade,
sê a luz dos moribundos,
acolhe no teu reino os defuntos,
afasta de nós todo o mal
e livra-nos da pandemia que nos atinge.
Coração de Jesus Cristo, médico das almas e Filho da Virgem Santa Maria,
pelo Coração de tua Mãe,
a quem se entrega a Igreja peregrina sobre a terra,
em Portugal e Espanha, nações que, desde há séculos, suas são,
e em tantos outros países,
aceita a consagração da tua Igreja.
Ao consagrar-se ao teu Sagrado Coração,
entrega-se a Igreja à guarda do Coração Imaculado de Maria,
configurado pela luz da tua Páscoa e aqui revelado a três crianças
como refúgio e caminho que ao teu coração conduz.
Seja a Virgem Santa Maria, a Senhora do Rosário de Fátima,
a Saúde dos Enfermos e o Refúgio dos Teus discípulos gerados junto à Cruz do teu amor.
Seja o Imaculado Coração de Maria, a quem nos entregamos, connosco a dizer:
— nesta singular hora de sofrimento,
acolhe os que perecem,
dá alento aos que a Ti se consagram
e renova o universo e a humanidade.
Ámen.
Fonte: aqui


PARA SI, CARO EMIGRANTE, NESTA HORA DIFÍCIL PARA TODOS!

APELO NOSSOS EMIGRANTES E MIGRANTES
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Vivemos tempos de angústia e ansiedade, tempos de incertezas e receio do impacto desta pandemia e, acima de tudo, das consequências que os efeitos da mesma possam provocar no seio das nossas famílias.
É tempo de união e concertação de esforços para conter o covid-19, e por isso o afastamento é agora a maior prova de amor que podemos dar àqueles que nos são queridos. ...
Nesta altura é habitual rumarem à vossa terra para usufruírem do merecido descanso junto das vossas famílias, se ponderarem vir, fica o apelo para que permaneçam nas vossas casas.

Esta não é a altura de visitar os vossos entes queridos, de rever os vossos familiares, de partilhar abraços apertados, de ir conviver com os amigos para o café ou passear pelos espaços públicos.
Lidamos com um inimigo invisível, implacável para com aqueles que de alguma forma têm o seu sistema imunitário debilitado. Lidamos com um inimigo dos afetos, dos abraços, da proximidade e da partilha, e por isso, os vossos pais, os vossos avós, necessitam mais do que nunca da vossa atuação responsável. Todos temos o dever de os proteger!
Separados pelo bem de todos, unidos pelos nossos!


COMUNICADO
Maria Filomena Moreira Neves Viegas, Autoridade de Saúde Coordenadora do Agrupamento dos Centros de Saúde Douro II – Douro Sul, perante a atual situação epidemiológica da infecção do COVID-19, urge que sejam tomadas medidas de contenção máxima de possível risco de contágio, implementando mecanismo de resposta rápida.
DETERMINO que todos os cidadãos que regressam do Estrangeiro permane...
çam em isolamento profilático pelo período de 14 (catorze) dias, a contar do dia da sua chegada. Esta determinação é divulgada através da Comissão Municipal de Protecção Civil de cada Município para atuação imediata.
Lamego, 19 de março de 2020
Autoridade de Saúde Coordenadora do ACES Douro Sul
Dra. Filomena Viegas

 COVID – 19 – MUNICÍPIO DE TAROUCA CRIA LINHA DE APOIO À POPULAÇÃO SÉNIOR DO CONCELHO E AOS EMIGRANTES

A pensar na população sénior do concelho, a Câmara Municipal de Tarouca irá disponibilizar, a partir de amanhã, 18 de março, uma linha de apoio ao idoso e pessoas com mobilidade reduzida, com o objetivo de garantir o seu distanciamento social, como medida de prevenção, procurando assim diminuir o risco de contrair o novo coronavírus entre aqueles que fazem parte dos grupos de risco.
Dada a s...ituação excecional, a Linha de Apoio ao Idoso procurará responder às necessidades de esclarecimento e sensibilizar para a adoção de comportamentos preventivos, assim como disponibilizar a distribuição de medicamentos e bens de primeira necessidade.
De segunda a sexta, das as 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00, através do 800 202 613 (ligações de telefone fixo) ou 935 055 159 (ligações de telemóvel), a população sénior do Concelho de Tarouca tem ao dispor uma linha de apoio telefónico destinada ao atendimento de situações que se enquadrem no quadro de apoios definidos.
(Durante a noite e fins de semana, em caso de urgência, poderá contactar o telemóvel n.º 935 055 159).
Este serviço telefónico serve também, para esclarecer e tirar dúvidas aos nossos emigrantes, que têm chegado às suas terras.
Município de Tarouca

terça-feira, 24 de março de 2020

Poluição pode explicar rápida difusão do vírus, diz estudo italiano

A poluição mais intensa pode explicar, pelo menos em parte, a rápida difusão do novo coronavírus. Um estudo da Sociedade Italiana de Medicina Ambiental e de investigadores de quatro universidade cruzou os dados da Agência de Protecção do Ambiente e da Protecção Civil e concluiu que há evidências de que “a velocidade do aumento de casos de contágio” pode estar ligada às condições de poluição atmosférica e ter contribuído para o transporte do vírus.

O estudo foi realizado entre 10 e 29 de Fevereiro e teve uma actualização a 3 de Março, para ter já em conta o período de incubação do vírus. “Impulso” e “aceleração” são “concomitantes à presença de fortes concentrações de partículas atmosféricas”, sobretudo na Lombardia, notam os 12 investigadores das universidades de Bolonha, Bari, Milão e Trieste.
No estudo, os autores citam também dados relativos a situações epidemiológicas na China e que apontam no mesmo sentido. Por isso, o distanciamento social não será suficiente para combater a doença e é preciso também adoptar “medidas restritivas para conter a poluição”, dizem.
Fonte: aqui

segunda-feira, 23 de março de 2020

Momento mundial de oração


Na próxima quarta-feira, haverá um momento de oração mundial ao meio-dia, com a recitação do Pai-Nosso, pedindo o fim da pandemia. Foi o Papa Francisco quem convocou esta oração.


«Nestes dias de provação, enquanto a Humanidade estremece com a ameaça da pandemia, gostaria de propor a todos os cristãos que unam as suas vozes para o Céu. Convido todos os chefes das Igrejas e os líderes de todas as comunidades cristãs, juntamente com todos os cristãos das várias confissões, a invocar o Deus Altíssimo, Todo-Poderoso, enquanto recitam simultaneamente a oração que Jesus, Nosso Senhor, nos ensinou»,
Queremos responder à pandemia do vírus com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura. Permaneçamos unidos. Façamos sentir a nossa proximidade às pessoas mais sós e mais provadas”.

domingo, 22 de março de 2020

Celebrei por vós, com 3 intenções especiais


Neste 4º Domingo da Quaresma, estamos unidos no Senhor Ressuscitado.
Tendo que ficar em casa, fisicamente afastados uns dos outros, sentimo-nos unidos e reunidos em Cristo ressuscitado que a todos abraça. O coração está sempre perto. O coração de Cristo é a nossa casa comum. N'Ele cada pessoa é acolhida, n'Ele todos nos sentimos reunidos.
Pela TV, rádio, novas tecnologias, certamente que todos os cristãos participaram ou vão participar hoje na Eucaristia , a partir de suas casas.
Resultado de imagem para espirito santo e a eucaristiaTambém já celebrei a Santa Missa
Tendo a Santa Missa um valor infinito como sabemos, hoje pus no Coração do Pai, por Cristo único Mediador, estas três intenções:
- Os meus paroquianos das Paróquias de Tarouca e de Almofala. Todos e cada um. Suas intenções e necessidades. Pedi ao Senhor que a Bondade Divina lhes conceda  amor,  paz,  pão,  saúde, fé e tino para a vida.  Supliquei ao Pai que esta ausência física da Eucaristia lhes aumente a fome e a vontade de participar na Missa, fonte e cume da vida cristã. Implorei, em Quaresma, que Cristo, que curou o cego de nascença, cure igualmente as nossas cegueiras e escancare o coração a Cristo e ao Seu Evangelho  de tarouquenses e almofalenses. Dirigi a Deus uma prece sentida para que a Sua Misericórdia nos proteja desta terrível epidemia, nos ajude a cumprir as normas de segurança, e nos mantenha solidários e fraternos.
- Todos os falecidos, nossos irmãos. Os que foram destas paróquias e já partiram. As vítimas do virus que deixaram este mundo. Que todos, ressuscitados em Cristo e por Cristo, vivam a vida plena de Deus.
- Pedi os dons do Espírito Santo, o Defensor. Que o Espírito encha de sabedoria, inteligência, ciência e fortaleza todos os cientistas e investigadores. Neles está a esperança para a hora presente.  Que seja descoberto o remédio para tanto sofrimento. Que seja encontrada a vacina para combater esta praga que atormenta o mundo inteiro. "Mandai, Senhor, o Vosso Espírito, e renovareis a face da terra"!

sábado, 21 de março de 2020

Bill Gates avisa que, se tudo correr bem, quarentena pode durar dois a três meses – mas só resolverá o problema nos países ricos…


Seis lições sobre a epidemia de Covid-19 e o que está para vir
Há cinco anos, numa conferência TED Talk, o milionário e filantropo Bill Gates lançou o aviso de que a Humanidade se deveria preparar para uma epidemia. Agora, quando o mundo assiste, mais ou menos impotente, à concretização dessa sua previsão e ao crescimento do número de casos e de mortes provocados pela epidemia da Covid-19, o fundador da Microsoft afirma que o mundo tem de estar preparado para um combate global ao novo coronavírus, que pode prolongar-se durante mais tempo do que alguns esperavam no início.
A análise à atual pandemia e à necessidade de prevenir as futuras foi feita por Bill Gates durante uma entrevista numa sessão de Ask Me Anything, da rede social Reedit. Depois, o próprio Bill Gates publicou a transcrição das perguntas e respostas na sua página GatesNotes. Eis algumas das suas lições:
Esperanças e receios na crise atual – “Com as ações certas, incluindo os testes e a distância social (a que chamo “shut down”) dentro de 2 a 3 meses os países ricos podem ter conseguido evitar níveis elevados de infeção. Tenho medo das consequências económicas, mas temo ainda mais como isto afectará os países em desenvolvimento, onde não se pode praticar a distância social como nos países ricos, e onde a capacidade hospitalar é muito menor.”
Esperar 18 meses pela vacina – “Vamos precisar, literalmente, de milhares de milhões de vacinas para proteger o mundo. As vacinas exigem testes para garantir que sejam seguras e eficazes, além de cadeias de fabrico novas. As primeiras vacinas que recebermos irão para profissionais de saúde e trabalhadores críticos. Isso pode acontecer antes de 18 meses, se tudo correr bem, mas nós e o dr. Fauci e outros temos o cuidado de não prometer isso, já que não temos a certeza. O trabalho está indo a toda velocidade.”
Tratamento eficaz antes da vacina – “Uma terapêutica pode estar disponível bem antes da vacina. Idealmente, isso reduziria o número de pessoas que precisam de cuidados intensivos, incluindo ventiladores. Pode ser um anti-viral, um anticorpos ou qualquer outra coisa. Uma ideia que está a ser explorada é a de usar o sangue (plasma) das pessoas que foram consideradas curadas. Se funcionasse, essa seria a maneira mais rápida de proteger os profissionais de saúde e os pacientes com doenças graves.”
Exemplo da China – “Depois de 23 de janeiro, quando perceberam o quanto era sério, os chineses instituíram um forte isolamento social, que fez toda a diferença. Outros países irão fazer isso de forma um pouco diferente, mas acredito que uma combinação entre testes e isolamento social funciona claramente. E é o melhor que temos para combater a epidemia até termos uma vacina.”
Até quando isto vai durar?  Isso vai variar muito de país por país. A China está a ter muito poucos casos agora porque os seus testes e quarentenas foram muito eficazes. Se um país conseguir fazer bem esse trabalho, em 6 a 10 semanas pode fazer diminuir o número de casos e abrir-se outra vez.
Há perigo de novos surtos depois de terminada a quarentena?  “Depende de como se lidar com as pessoas vindas de outros países e de quantos testes se fizerem. Até agora, na China, eles estão a fazer um bom trabalho, a controlar com muito rigor as pessoas que entram no país e a identificar, de imediato, os infetados. Hong Kong, Taiwan e Singapura  também estão a fazer um bom trabalho.
Fonte: aqui

Pode acontecer a todos...

Primeiro padre português infetado com coronavírus
Veja aqui

sexta-feira, 20 de março de 2020

É oficial. Só pode sair de casa se for para fazer uma destas 20 coisas

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Devem ficar em casa os que estão doentes e os que têm mais de 70 anos. Para os restantes cidadãos, foi aprovada uma lista de 20 coisas que podem justificar a saída de casa.
Veja aqui a lista completa.

Uma conhecida música ao serviço de uma mensagem nova e atual


O melhor é não abrir a porta a ninguém que não conhecem

Alerta muito importante
 A imagem pode conter: texto que diz "ATENÇÃO AVISO IMPORTANTE"
Passem a palavra, principalmente aos nossos pais e avós para não abrirem a porta a ninguém que diga que vai fazer rastreio ao Covid, pois a intenção é assaltar as casas.
Atenção, também ninguém deve abrir a porta a pessoal da NOS porque não há profissionais no terreno e há quem se queira aproveitar da situação. O melhor é não abrir a porta a ninguém que não conhecem...porque no geral,nesta fase , nenhuma empresa anda no terreno!!!
In Diário de Viseu

quarta-feira, 18 de março de 2020

Pais Cuidadores da Saúde e da Vida

DIA DO PAI
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Neste tempo quaresmal e de emergência, ao celebrarmos o Dia do Pai, temos consciência de que não somos donos da vida. Basta um vírus para a colocar em risco.
Queremos, antes de mais, enviar a todos os pais uma mensagem de gratidão, conforto e esperança no meio das ameaças que, inexoravelmente, todos sofremos. Fazemos votos de que, no fim deste período de sobressalto, o mundo esteja melhor e a vida de cada pessoa mais valorizada.
Com as crianças e adolescentes em casa, vão ser precisos “superpais e supermães” para reinventar a convivência familiar, pois a atividade social terá de estar reduzida ao mínimo, como a prudência recomenda.
Quem sabe se não será oportunidade para diálogo familiar sobre a beleza e sentido da vida: esse bem superior a todas as ilusões do bem-estar, da riqueza, da economia, dos negócios, do consumo, da rivalidade, da superioridade…? Na realidade, somos todos limitados e ansiosos por algo ou Alguém que não passe com uma pandemia!
Quem sabe se não pode ser um tempo para “recomeçar” em pontos essenciais da vida pessoal, de casal e de família, melhorando a qualidade dos relacionamentos?
Contava, há dias, um pai que, depois de algumas dificuldades da vida em casal e algum tempo separados, conseguiu voltar a ler a sua própria história à luz de Deus e dar um passo mais decisivo no casamento. Deus voltou a dar-lhe a esposa e os filhos e, juntos, decidiram abraçar com mais força a vida de família. Ser pai é, se necessário, ter a humildade de “pedir perdão e recomeçar”!
Quem sabe se não é oportunidade para acompanhar, nem que seja à distância, quem está mergulhado no drama da doença, da solidão ou de outro género?
No dia 19 de março, a Igreja faz memória de S. José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus. É modelo de pai e de todos os pais! Dele, não se conhece qualquer palavra, pois os quatro Evangelhos não relatam qualquer diálogo. Homem silencioso, soube garantir a estabilidade necessária à mais extraordinária família sobre a terra. Viveu para que Maria de Nazaré e Jesus tivessem uma casa, um lar carinhoso, o conforto e a proteção necessária.
Para fazer bela a família, mesmo no meio das ameaças de uma pandemia, como a que vivemos, não são precisas muitas palavras, basta que cada uma seja rico em amor para o outro. “Não tenhas medo!” ouviu José numa mensagem que vinha do “Alto”, no momento das dúvidas existenciais que o assaltavam. Foi um pai fiel à voz de Deus e foi pai forte sempre que teve de mudar de local para proteger a família.
Que S. José ilumine todos os pais num período em que estarão mais tempo com os filhos. Que saibam inventar novas formas de convívio, de trabalho e de passatempo em família. Provavelmente vão fazer coisas que nunca fizeram, ter conversas que não teriam, orações em família que nunca fariam, projetos que juntos não sonhariam!
Como sugere a imagem que o Papa Francisco tem no seu quarto, até a dormir, um pai como S. José continua a velar! Confiemo-nos a ele, confiemos os nossos filhos, famílias, amigos e este belo mundo doente. Todos somos importantes! Podemos contagiar com o coronavírus ou tudo curar com o remédio mais eficaz, o do amor.
Muitos parabéns para todos os pais!
Mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família para o Dia do Pai – 19 de março de 2020

Fia-te na Virgem e não corras! Oração em tempos de pandemia


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Não foi Deus quem "enviou" a epidemia de Covid-19. Provocou-a o comportamento incorreto dos homens e mulheres, principalmente em termos de higiene e alimentação. De resto, esta pandemia é uma espécie de quaresma do capitalismo e denuncia e evidencia muitos dos pecados da chamada sociedade globalizada.
Pela mesma razão, não será Deus a "interromper" a epidemia, com uma iniciativa espetacular e fulminante, como um relâmpago que desce do alto dos céus, sem que nós não façamos a nossa parte, sem que nós não invertamos o rumo dos nossos caminhos e das nossas metas ambiciosas de desenvolvimento e progresso, que tocam o limite e provocam a exaustação do nosso Planeta.
Esperar por milagres sem a nossa conversão é não conhecer o rosto do Deus que Se revelou em Jesus Cristo.
Um Deus que resolve as situações magicamente, por ímpeto de condescendência ou por ira divina, é um falso Deus. Pensar assim faz parte de um imaginário mitológico pagão, que parte da visão de um "Deus ex machina", que contrasta claramente com a nossa fé em Jesus Cristo. N’Ele Deus assumiu a nossa condição humana, até ao fim, padecendo como nós, padecendo connosco, padecendo por nós.
O nosso Deus, o Deus de Jesus Cristo, não é um Deus distante, apático, que, lá do alto, poderia, por um momento, lembrar-Se de nós. E, que por capricho ou vingança, nos deixa morrer. Não. O nosso Deus é-nos mais íntimo a nós que nós a nós próprios (Santo Agostinho). Ouvimos na 1.ª leitura da missa de hoje: “Qual é, na verdade, a grande nação que tem a divindade tão perto de si como está perto de nós o Senhor, nosso Deus, sempre que O invocamos”? (Dt 4, 1.5-9).
O nosso Deus é um Deus humanizado e Crucificado, um Deus que padece e Se compadece de nós, sem nunca se furtar ou “escapar” miraculosamente a quaisquer limites da nossa condição humana, nem mesmo ao limite mais extremo da morte. Isto de Deus Se fazer Homem, em Jesus, não foi uma simples «imitação». Foi mesmo um assumir a nossa condição, com todas as consequências, até levar e elevar consigo, pela ressurreição, a nossa humanidade, à sua plena realização.
Por isso, invocar a Deus para transformar magicamente pedras em pão, é considerado por Jesus um tipo de tentação diabólica a superar, e não uma forma de oração cristã a recomendar.
E então não devemos rezar, não devemos pedir?
Do ponto de vista religioso, faz todo o sentido pedir a Deus, que intervenha diante de uma situação particular de necessidade. Pedir é uma forma de eu reconhecer que não disponho em mim de tudo o que preciso. Pedir é uma forma de me abrir ao dom, que recebo de outrem, do outro, de Deus também, sem o Qual a minha vida perde o seu fundamento. E nesse sentido a petição põe-me na condição de indigente e, neste sentido, rompe o círculo da minha autossuficiência. Por isso, importa mesmo rezar e rezar pedindo e pedindo sempre. A petição é uma forma de entrega humilde às mãos de Deus, para que Ele dê agilidade às nossas.
No entanto, do ponto de vista evangélico, deve ficar claro que aqueles que oram sempre se colocam à disposição, para se envolverem ativamente na própria resposta que esperam de Deus. Muito mal pede a Deus quem nega aos outros o que pede para si (cf. São Pedro Crisólogo). Santo Agostinho disse de maneira muito bela: “Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti”.
Segundo o testemunho de Jesus, o Filho de Deus, a iniciativa salvífica de Deus precisa – para ser feita "assim na terra como no céu" – de encarnar, através do esforço e do compromisso humanos, de todos e de cada um.
Assim, no caso da epidemia que nos afeta, está em jogo o trabalho de "cura", entendido não apenas como uma aplicação eficaz de terapias médicas, mas também – ou talvez acima de tudo – como uma boa prática de dedicação fraterna. Rezar a um Deus que Se revelou em Jesus, faz-me olhar para o outro como irmão e, nessa medida, põe-me em ação.
Para ser ainda mais concreto, existe uma maneira muito simples e acessível de todos se envolverem na iniciativa de Deus: respeitar rigorosamente as indicações para ficar em casa, exceto em caso de necessidade absoluta. Há que fazer bem a nossa parte. Noé foi avisado do dilúvio e construiu a arca. José foi avisados dos anos de carestia e fez as suas provisões. Maria e José foram avisados da perseguição e rumaram ao Egito.
Se não fomos capazes de ouvir os avisos, se não formos capazes desta forma mínima de dedicação fraterna, que é respeitar as regras, continuar a repetir "Senhor! Senhor!” não passará de um exercício inútil de superstição miraculosa.
Os portugueses têm afinal um provérbio irónico que, a ser bem interpretado, faz agora todo o sentido: “Fia-te na Virgem e não corras!”. O mesmo é dizer: faz tudo como se tudo dependesse de Deus e faz tudo como se tudo dependesse de ti.
 
NB:
1. “Deus ex machina” é uma expressão que significa literalmente "Deus surgido da máquina", e é utilizada para indicar uma solução inesperada, improvável e mirabolante para terminar uma obra ficcional; resumindo, é uma espécie de Deus tipo «caixa automática», que age ou reage maquinalmente.
2. Texto inspirado na publicação no fb de Duilio Albarello.

terça-feira, 17 de março de 2020

Em Santa Helena, rezei por vós!



 Tarde deste dia. Meti-me no carro sozinho e fui até Santa Helena.
Senti a necessidade de colocar no coração de Deus, diante das venerandas Imagens da Senhora das Dores e de Santa Helena, esta trágica situação epidémica  que assola o mundo.  De pé diante dos problemas e desafios, de joelhos diante de Deus. Onde se experimentam  os limites do homem, aí começam as possibilidades de Deus.
De Teixelo a Santa Helena, ida e volta, apenas me cruzei com um carro. E durante as 2 horas que lá passei, não me apercebi de qualquer movimento. O tempo estava muito desagradável na Serra. Mas esta continua, como sempre, a ser a bela catedral natural onde ecoa belamente o silêncio falante Deus.
 
Entrei no templo, fechei a porta e, após um tempo de saudação e intimidade, preparei as coisas.
Em tempo quaresmal, comecei com a Via Sacra. No rasto dos passos da Paixão do Senhor, vi as dores, angústias e aflições que atinge a humanidade na hora presente.
Seguidamente rezei o Ofício de Leitura. Depois a Santa Missa.
Na homilia, sentei-me. Como meditação, um  belo texto de São Pedro Crisólogo que começava assim: "Há três coisas, irmãos, pelas quais se confirma a fé, se fortalece a devoção e se mantém a virtude: a oração, o jejum e a misericórdia". Deixei que Deus me falasse. Orar é antes de mais saber escutar o Deus que nos fala ao coração.
Escolhi a Oração Eucarística II. Foi um momento muito mais longo do que habitualmente e que me envolveu imenso.
"...e Vos damos graças…"
- Pelo Vosso amor sem limites. De tal maneira amastes o mundo, Pai  Santo, que nos deste o Vosso Filho, rosto e testemunha da Vossa misericórdia;
- Por Jesus, nosso Salvor, que por nós e por nossa salvação, aceitou voluntariamente a morte;
- Pelo dom do Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e nos conduz nos caminhos da fé, da esperança e do amor;
- Pela Igreja ao serviço do Reino de Deus, que corajosamente, embora de coração sangrante, suspendeu a Eucaristia comunitária neste tempo de epidemia em prol de um bem máximo que é a defesa da vida;
- Pelo trabalho, esforço e entrega dos profissionais da saúde que, nesta hora, se expõem e vão até à exaustão para cuidar dos doentes;
- Pelos bombeiros, agentes de autoridade e aqueles que, mesmo temendo ser contaminados, levam por diante aquelas tarefas que asseguram os serviços básicos às populações e o fornecimento de alimentos, medicamentos e valem a outras necessidades;
- Pelas populações que, maioritariamente, estão a acatar as regras que todos temos que cumprir nestas circunstância;
- Pelo esforço de cientistas e investigadores em prol de uma solução que leve à cura;
- Pela esperança que nunca deixais morrer no coração das pessoas e dos povos.
"Lembrai-Vos também dos nossos irmãos que morreram na esperança da ressurreição…"
- Todas as vítimas do coronavirus que já faleceram;
- As almas do Purgatório;
- Cada falecido das Paróquias  de Tarouca e Almofala;
- Os nossos familiares, amigos, benfeitores e conterrâneos que já partiram deste mundo;
- Aqueles que já morreram e pelos quais nunca ninguém reza…
"Tende misericórdia de nós, Senhor…"
- De todos os infectados por este monstruoso virus. Assiste-os, defende-os, cura-os!
- De todos os que lutam contra esta peste: médicos, especialistas, técnicos, enfermeiros, pessoal auxiliar, voluntários, polícias, bombeiros e os que prestam serviços necessários à população. Dá-lhes sabedoria, coração, paciência, fortaleza. Livra-os do contágio. Guia as suas acções.
- De todas as famílias que têm doentes  virais. Acode às suas angústias, incertezas, temores e desesperanças. Sê, Senhor, o Cireneu destas horas!
- Das pessoas que por fanatismo, por desleixo ou por presunção não estão a aceitar as orientações que visam proteger a vida, primeiro bem.
- Pelas autoridades do Estado e pela administração para que, sob o Espírito de sabedoria, ponham em marcha as deliberações aconselhadas em cada momento. Que sejam esclarecidos e decididos. 
- E como a caridade começa em casa, livra, Senhor, as pessoas das paróquias de Tarouca e de Almofala desta terrível doença. Protege-nos, Senhor! Defende-nos, Senhor! Abençoa-nos, Senhor!
- Lembra-te, Deus amigo e misericordioso, da minha família, amigos e benfeitores. Coloco-os no teu coração de Pai.
 
Terminada a Eucaristia, já com um casaco sobre a alva por causa do frio que se fazia sentir na capela, rezei o terço. A mão de Maria está sempre disponível para nos levar a Jesus. E levar-nos a Jesus é a sua alegria.
Falei de mim a Maria Santíssima, das minhas paróquias e suas gentes, dos problemas e desafios, da mundo atual, dos sonhos, projectos e necessidades. E especialmente deste medonho coronavírus, com todo o cortejo de sofrimentos, dores, angústias e necessidades.
Pedi a Nossa Senhora que as pessoas deste tempo, à luz da  limitação por todos sentida, descubram que só Deus é o absoluto, que regressem a Deus, pois só n'Ele se encontra o sentido último da vida.
 
Porque estamos quase na Festa de São José, patrono da Igreja, dos homens que são pais e da famílias,
pedi ao homem simples, justo e santo que defenda as famílias, os pais e a humanidade como defendeu e ajudou o Jesus Menino, especialmente nesta hora de angústia.
 
Depois de ter colocado no coração da MÃE, toda a situação atual, fechei a porta e regressei. Mais sereno e confiante. Até porque a "Deus tudo é possível". N'Ele reside a esperança nova. A morte não tem a última palavra, pertence à vida!
Ele nos fará ressuscitar da paixão e do sepulcro do coronavírus!
 
Intercede por nós, Santa Mãe!
Defende-nos, Santa Helena!

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A Fé e as Obras

Neste momento, como a vida é o dom maior,  ter obras é ficar em casa.

segunda-feira, 16 de março de 2020

Não percebo, juro que não!

Coronavírus: confirmada primeira morte por covid-19 em Portugal - Aqui

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Diante desta calamidade que afeta o país e o mundo - já há pelo menos um caso confirmado no nosso distrito - continuamos a observar:
-  Gente que continua nos cafés, à mesma mesa, calmamente, como se nada estivesse a acontecer...
- Gente a conversar na rua, aos grupos, sem respeito pelas regras de distância... E o pior é que muitas vezes são as pessoas de maior risco, os idosos…
- Gente que açambarca tudo e mais alguma coisa como se os outros não existissem. E os pobres? Aqueles que têm comprar as coisas apenas à medida das suas possibilidades? Com que ficam?
- Gente que continua, contra todas as orientações, a reunir-se. E, pasme-se diante da estupidez - para rezar juntos em templos!!!
- Gente que não guarda as distâncias físicas estipuladas, que continua a cumprimentar-se,  que pensa que o coronavírus é apenas para os outros.
- Gente salta-pocinhas que passa a vida na rua em vez de estar em casa.
- Gente que pensa que o remédio para esta horrenda maleita é chagar o email/messenger dos outros com "santinhos e oração milagrosas". Que parvoíce! Que falta de cultura elementar cristã!
- Gente que apesar da situação, não reza, não lê a Bíblia, se esquece do terço, não liga aos inúmeros espaços de oração que as novas tecnologias e a comunicação social oferecem ..

SAIA APENAS À RUA PARA trabalhar, ir ás compras, fazer algo urgente e indispensável. SEMPRE SOZINHO E DISTANTE DOS OUTROS!
A melhor vacina contra o virus é ficar em casa. Sempre!
Insista, explique, seja teimoso no cumprimentos da prevenção contra o vírus.
Alerte e volte a alertar os idosos, crianças e jovens.
Especial atenção merecem os que não sabem ler, não frequentam a internet ou não veem televisão.
Cumpra fielmente as regras de higiene indicadas.
Todos somos poucos para derrotar "tão sinistro bicho!"

"FECHADOS EM CASA POR AMOR, POR FAVOR"

 "O “isolamento social” a que todos nos devemos votar é determinante para o bem de todos e de cada um. “Fechados em casa” pode ser também um ato de amor. É também uma forma de vivermos intensa e santamente o Tempo Santo da Quaresma e de podermos experimentar desde já a operar em nós a «força da sua Ressurreição» (Filipenses 3,10). “Fechados em casa” podemos sempre consolar o coração com as celebrações que chegarão até nós via televisão, rádio e mundo digital."(Apelo de D. António Couto, 15/2/2020)



domingo, 15 de março de 2020

Só naquele salão. Unido a todos, celebrei a Eucaristia para todos

Como a Igreja Paroquial está em obras, temos utilizado o Centro Paroquial para a celebração de Eucaristias.
 A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) determinou  a suspensão da celebração comunitária das Missas, até “ser superada atual situação de emergência”.
Em mais de seis décadas e tal de existência, nunca tinha passado por esta experiência. Desde pequenito que a Missa  é para mim o coração do Domingo, a festa, o momento vital. Nunca a vi como um dever, uma obrigação, mas como necessidade vital.
Fazendo parte da assembleia celebrante, presidindo ou concelebrando, sempre vivi o domingo em comunidade, com a comunidade e para a comunidade.
Hoje foi uma experiência única. Fui para o Centro Paroquial bastante cedo, preparei tudo, fiz a oração de Laudes, pus uma música e passeei no salão.  Apenas duas pessoas apareceram, mas dadas as respectivas explicações, agradeceram e, de imediato, regressaram a casa.
11 horas. Hora habitual da Missa do Dia, comecei a Eucaristia. Ao olhar para aquelas cadeiras vazias, um gelo percorreu-me a espinha e senti formigueiro na alma. Invadiu-me uma tristeza imensa.
De repente, comecei a ver todas as cadeiras ocupadas, todos os corredores ocupados. Tudo apinhado. Era gente de todo o lado. Tarouca, Castanheiro do Ouro, Ponte das Tábuas, Quintela, Vila Pouca, Gondomar, Arguedeira, Esporões, Valverde, Cravaz, Teixelo, Bustelo, Almofala… todos! Ia celebrar por todos, para todos, com todos. Ausentes fisicamente, unidos espiritualmente na comunhão da Igreja e na profissão da mesma fé. Então deixei de me sentir só e senti-me abraçado a todos nos braços abertos de Cristo. Foi isto que de coração disse ao Senhor no início da celebração.
Após as leituras, sentei-me e fiz a minha meditação. O cântaro vazio da Samaritana… os nossos cântaros vazios de esperança, de saúde, de paz, de fraternidade, de Deus…. O poço da ciência, do bem-estar, do consumismo, da indiferença, da fama… não preenchem a nossa sede, geram mais sedes. O coronavírus "apresenta-se como um sinal dos tempos de que o homem não é Deus de si próprio nem a ciência e a tecnologia encerram a última palavra de Esperança. Para nós esta circunstância pode ser vivida como uma séria interpelação ao primado de Deus nas nossas vidas e à importância da vivência fraterna do mandamento novo do amor". Só N'Ele encontramos a água viva que jorra para a vida eterna.
A Eucaristia seguiu normal e compassadamente.
No momento da Acção de Graças, louvei o Senhor, senti-me identificado com o brado de Cristo na cruz: "Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?" e coloquei nas mãos do Pai:
- Todos os atingidos por este tremendo surto viral
- Os que já partiram
- O pessoal médico que luta denodadamente para ajudar os doentes 
- Todos os voluntários e solidários
- Os cientistas e investigadores para que a luz do Espírito Santo os leve à descoberta da cura
- As autoridades para que ajam com sabedoria, decisão e oportunidade
- As pessoas que têm mais dificuldade em acolher e praticar as recomendações
- As famílias e pessoas em aflição, dor, abatimento, carências
- Cada um dos paroquianos e suas intenções
- O mundo inteiro, campo de Deus.
Arrumei tudo, fechei a porta e regressei. Mais pacificado interiormente. Deus é sempre fonte de paz, serenidade, esperança. Poder partilhar com Ele as preocupações do mundo, foi um dom do Seu amor.

Uma palavra de muito contentamento pelo comportamento dos paroquianos. Graças à acção de muita gente, foram muito poucos os que não sabiam da suspensão da Eucaristia. O acolhimento da decisão dos Bispos de Portugal foi aqui fantástico. Parabéns!

sábado, 14 de março de 2020

À espera do Ressuscitado


A suspensão das missas comunitária por parte da Conferência Episcopal trouxe-me à mente a frase de Paul Claudel em O Anúncio a Maria: Para quê atormentar-nos se é tão fácil obedecer? Evidentemente que todo temos a nossa opinião sobre o assunto. E claro que todos temos liberdade de a dar. Mas pergunto-me: isso é útil? A verdade é que o Espírito Santo não escolheu bloggers católicos ou opinadores do Facebook para governar a Igreja. Escolheu os bispos.

Diante desta decisão, mais do que opiniões, parece-me que o mais útil é reflectir sobre este sacrifício a que o Senhor nos chama nesta Quaresma. Também a nós nos é pedido que nos retiremos do mundo durante um tempo. É evidente que não vamos para o deserto como Jesus. Hoje, mesmo fechados em casa, podemos estar em contacto com o resto do mundo. Para além disso temos o que comer e o que beber. Mas estes dias de recolhimento podem ser úteis para estar mais a sós com o Senhor.

Estes dias também são úteis para reavivar em nós a sede da Eucaristia. Falo por mim: a facilidade com que em Lisboa posso ir à missa leva-me tantas vezes a não lhe dar o devido valor. Quantas vezes trato a missa como uma maçada ou um inconveniente. Quantas vezes tento encaixar a missa entre os planos de Domingo. Quantas vezes chego a ter a ousadia de me chatear porque numa cidade onde há missa a quase todas as horas não haver nenhuma no horário que me era mais conveniente. Quando soube da decisão de suspender as missas públicas de repente senti-me privado de algo essencial na minha vida. E suponho que o tempo que levar até que volte a poder ir à Santa Missa só vai aumentar esse sentimento. Espero por isso que esta “ausência” sirva para cm crescer na consciência da graça que é poder is à missa e comungar o Corpo de Cristo.

Para além disso reparo que nestes dois dias desde que a decisão da CEP foi tomada começo a rezar mais e com mais intensidade. Como se a ausência da missa aumentasse em mim a urgência de estar com Deus. Aumentasse a minha dependência de Deus. Neste tempo de incerteza é bom reavivar esta consciência de que somos criatura de Deus, que dele estamos dependentes. Mas sobretudo, a consciência de que só Ele É.

Por fim penso que misericórdia que é para nós vivermos este sacrifício na Quaresma. Nesta Quaresma a espera pelo ressuscitado torna-se mais carnal. Também nós, como os apóstolos depois da crucifição, estamos fechados em casa com medo. Também para nós o Senhor está escondido. A suspensão das missas públicas é como a pedra à porta do sepulcro. E nós agora  iremos atravessar um logo Sábado Santo. Até ao dia em que está suspensão seja levantada. E aí poderemos correr à Eucaristia, como Pedro e João para o Sepulcro. Poderemos cair de joelhos como Tomé diante do Corpo de Cristo e exclamar “Meu Senhor e meu Deus”.

Em Deus querendo haveremos de voltar-nos a encontrar na Igreja. Voltaremos a adorar a Deus feito Carne num pedaço de Pão. Voltaremos a comungar o Sangue de Cristo. Que este tempo de espera aumente em nós o desejo pela Eucaristia e a consciência da Graça que Deus nos concede de cada vez que nela participamos. Sobretudo, não desesperemos. Como diz São Paulo:

Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós? Ele, que nem sequer poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não havia de nos oferecer tudo juntamente com Ele?

Jesus Cristo, aquele que morreu, mas que ressuscitou, que está à direita de Deus é quem intercede por nós. Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? Em tudo isso somos vencedores, graças àquele que nos amou. Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus.
Fonte: aqui

Aos mais novos...


Obrigado!


sexta-feira, 13 de março de 2020

A ter em conta neste tempo de pandemia

1. A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) determinou hoje a suspensão da celebração comunitária das Missas, até “ser superada atual situação de emergência”. - Ver aqui
 
2. Como pode seguir a Santa Missa na comunicação social?
Veja aqui
 
3. Paróquia de S. Pedro de Tarouca e o COVID-19: Medidas. Veja aqui
 
4. Viva isto:
 
5. Proceda assim:

- Lavar as mãos com frequência, com água e sabão ou algum desinfetante, antes e depois das refeições, antes e depois de ir ao WC;

- Em locais públicos, evitar pousar as mãos nos corrimões e maçanetas (metálicas) ou, pelo menos, ter o cuidado de lavar as mãos;
- Ao tossir ou espirrar, tapar a boca e o nariz com o braço ou com um lenço descartável (de papel) e deitá-lo ao caixote do lixo;
- Evitar tocar com os dedos na boca, no nariz e nos olhos;
- Ter alguma precaução com locais fechados e com muitas pessoas;
- Beber muita água.
- Quem tiver sintomas gripais, tosse, febre, deverá evitar participar nas atividades  comunitárias.
- Cumprimente só com a fala e a simpatia. Nada de abraços, beijos, apertos de mão…
- Faça uma vida mais caseira, evite ajuntamentos ou espaços muito concorridos. Vale mais só do que acompanhado pelo coronavírus! As novos tecnologias permitem contactos…
- Guarde distância (ou 1 metro) em relação a outras pessoas…
 
6. É Quaresma, tempo penitencial e de conversão pessoal. Aproveite para estar mais disponível para Deus, para O escutar, para se rever diante da Sua proposta de salvação.
 
6. Fale a Deus desta situação de pandemia e peça a Sua ajuda, a Sua luz, a Sua misericórdia. Reze pelos doentes, pelos cuidadores, pelas pessoas em dor, para que as pessoas se saibam comportar nesta situação…
 
REZEMOS:
 
"Senhor Jesus, Salvador do mundo,
esperança que não conhece a desilusão,
tem piedade de nós e livra-nos do mal!
A  Ti imploramos

a vitória sobre o flagelo deste vírus que está a alastrar,
a cura dos doentes,
a proteção dos que estão sãos,
o auxílio para quem presta cuidados de saúde. 
Mostra-nos o Teu Rosto de Misericórdia
e salva-nos com o Teu grande amor.  
Tudo isto te pedimos por intercessão de Maria,
Tua e nossa Mãe, que fielmente nos acompanha!
Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos.
Amen!"