sábado, 30 de novembro de 2013

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

THE LADIES

 

Numa sonoridade única que combina apenas piano e voz, com apontamentos de violino, surgem temas já conhecidos, ornamentados com uma nova roupagem. Combinando as influências de duas culturas muito diferentes, nasce um espectáculo rico em musicalidade, harmonia e emoção. O espectáculo das “The Ladies” é uma viagem pelo passado e presente de músicas, na nossa língua, que estão na nossa memória.

(Gabinete da Cultura, turismo e comunicação, Câmara Municipal de Tarouca)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

QUE IGREJA!?

Depois de ter participado nas exéquias do pai de um colega, regressei a Tarouca para a celebração da Eucaristia na Igreja Paroquial.
À noite fui jantar com colegas e, nesta refeição, estiveram leigos. Conversa animada, mas serena e refletida. Mais uma vez gostei de sentir a vivência dos leigos, o seu desejo de participação corresponsável e a vontade comum de trabalhar por uma Igreja mais povo de Deus, mais espaço de comunhão, de partilha e de corresponsabilidade. Todos partilhámos e comungámos desta ideia, firme e primordial: CRISTO. A Igreja existe por causa de Cristo. Por isso a Igreja só tem que caminhar por Cristo, para Cristo e com Cristo.
Uma Igreja serenamente apaixonada por Cristo, que supera as tentações dos jogos de poder, que não aceita "jogos por debaixo da mesa", que rejeita intrigas, protagonismos, importâncias. Uma Igreja em missão, preocupada com as periferias, alegre, anunciante, testemunhante.
Uma Igreja menos preocupada com normazinhas, estatutos, burocracias, papéis, tradições. Porque lhe falta tempo para o essencial: viver, testemunhar e anunciar Jesus Cristo. Neste sentido, gostei de ouvir o que hoje disse publicamente um sacerdote: "A única palavra que importa é a Palavra de Deus."
Uma Igreja cada vez mais atenta e aberta à corresponsabilidade laical. Afinal os leigos são a maioria absoluta.  Os sacerdotes e os bispos não existem para substituir, calar ou abafar os leigos. Existem para servir o povo de Deus.
Antigamente dizia-se as novidades chegavam a Portugal em passo de caracol. Muitas vezes tenho essa impressão hoje. O Papa Francisco está a chegar à Igreja portuguesa a passo de caracol. A começar na hierarquia e a terminar nos leigos.
Uma Igreja aburguesada e instalada, com um discurso clerical e abstrato, sem profecia, a "coçar para dentro", muito entretida com as suas normas, os seus grupos e movimentos, as suas estruturas, a sua organização. Mas o mundo é o caminho da Igreja!

Iniciados os trabalhos de requalificação de Alcácima

 
Leia aqui

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Não é opção progressista pretender resolver os problemas, eliminando uma vida humana





Entre estes seres frágeis, de que a Igreja quer cuidar com predilecção, estão também os nascituros, os mais inermes e inocentes de todos, a quem hoje se quer negar a dignidade humana para poder fazer deles o que apetece, tirando-lhes a vida e promovendo legislações para que ninguém o possa impedir. Muitas vezes, para ridiculizar jocosamente a defesa que a Igreja faz da vida dos nascituros, procura-se apresentar a sua posição como ideológica, obscurantista e conservadora; e no entanto esta defesa da vida nascente está intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano. Supõe a convicção de que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. É fim em si mesmo, e nunca um meio para resolver outras dificuldades. Se cai esta convicção, não restam fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos direitos humanos, que ficariam sempre sujeitos às conveniências contingentes dos poderosos de turno. Por si só a razão é suficiente para se reconhecer o valor inviolável de qualquer vida humana, mas, se a olhamos também a partir da fé, «toda a violação da dignidade pessoal do ser humano clama por vingança junto de Deus e torna-se ofensa ao Criador do homem».

 E precisamente porque é uma questão que mexe com a coerência interna da nossa mensagem sobre o valor da pessoa humana, não se deve esperar que a Igreja altere a sua posição sobre esta questão. A propósito, quero ser completamente honesto. Este não é um assunto sujeito a supostas reformas ou «modernizações». Não é opção progressista pretender resolver os problemas, eliminando uma vida humana. Mas é verdade também que temos feito pouco para acompanhar adequadamente as mulheres que estão em situações muito duras, nas quais o aborto lhes aparece como uma solução rápida para as suas profundas angústias, particularmente quando a vida que cresce nelas surgiu como resultado duma violência ou num contexto de extrema pobreza. Quem pode deixar de compreender estas situações de tamanho sofrimento?
Exortação Apostólica do Papa Francisco, Evangelii Gaudium 

25 frases do Papa na exortação Evangelii Gaudium

AQUI.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O que vai mudar na sua vida com o Orçamento para 2014

Pensionistas e funcionários públicos são os que suportam parte significativa da austeridade. Quem tem carros a gasóleo vai ser penalizado. Sobretaxa de IRS mantém-se, impostos sobre o álcool e o tabaco aumentam.

Veja aqui.

TC aceita aumento horário de trabalho na Função Pública
Aumento do horário de trabalho da função pública para 40 horas não é inconstitucional.

Veja aqui.

"Evangelii Gaudium"

Primeira Exortação Apostólica de Papa Francisco; texto na íntegra de Evangelii Gaudium


Descentralizemo-nos, diz Francisco, porque o centro está em todo o lado. Somos católicos. O centro é Cristo. E ele até tinha uma certa atração pelos decentralizados, as margens, as periferias. Vem na exortação  "Evangelii Gaudium". AQUI.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

39º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeitros Voluntários de Tarouca

PROGRAMA:

Assim, no PRÓXIMO DOMINGO, dia 1 de dezembro, a Missa das 11 horas terá lugar no Quartel dos Bombeiros.

Como falar de sexo com os filhos?




O sexo é um dos temas mais importantes sobre os quais é preciso conversar com os filhos. Mas também é um dos mais difíceis.

Apresentamos, a seguir, algumas dicas sobre como abordar o tema na família. O ideal é começar a conversar com os filhos sobre sexo desde que são pequenos (sugere-se iniciar antes dos 12 anos), destacando a importância de esperar até o casamento para dar início à vida sexual.

1. Aproveite momentos que possam ser oportunos. Sempre surgem momentos nos quais é possível iniciar uma conversa de maneira natural: por exemplo, ao ver uma cena de sexo em uma novela ou filme.

2. Dê a informação aos poucos. Não queira abranger o tema todo em uma só conversa, pois isso pode ser cansativo e incômodo, tanto para seus filhos quanto para você. Conversando sobre sexo aos poucos, seus filhos poderão ir formando suas opiniões e princípios, e valorização o fato de não terem recebido toda a informação de uma só vez.

3. Tenha senso de humor. Falar de sexo pode ser algo muito pesado, razão pela qual vale a pena tratar do tema de maneira ágil e com bom humor.

4. Mostre aos seus filhos quão maravilhoso é viver a sexualidade com a pessoa com quem se decide formar uma família. Enfatize a importância de esperar até o casamento, mesmo que você tenha tido relações sexuais antes de casar-se.

Os pais são uma importante referência para os filhos e, ainda que nem sempre tenham dado bom exemplo, é possível orientá-los de maneira adequada, para que não cometam os mesmos erros. É preciso que os pais estejam convencidos daquilo que pretendem ensinar aos seus filhos.

Nunca se esqueça: os pais são o maior exemplo para os filhos; a única maneira de evitar uma gravidez indesejada ou uma DST é a abstinência; nenhum método anticoncepcional é 100% seguro.

É importante dedicar tempo a estar com os filhos e lembrar de que a presença de um adulto durante seus tempos de lazer é conveniente. Os adolescentes que ficam mais tempo sozinhos tendem a iniciar sua vida sexual antes.

É preciso conversar com os filhos sobre os riscos do consumo de álcool e demais drogas, entre os quais se encontra o início precoce da vida sexual.

Oriente seus filhos sobre as amizades; é preciso que eles cultivem amizades saudáveis, que seus amigos não os pressionem para iniciar a vida sexual nem a ter outros comportamentos de risco, como o consumo de álcool, cigarro e outras drogas.

Fonte: aqui

domingo, 24 de novembro de 2013

Cristo Rei: para quando o tanque, o alcatroamento e a eletrificação?



24 de novembro. Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, Rei do Universo. Por isso, na tarde deste dia, desloquei-me à Capela de Cristo Rei para celebrar a Eucaristia com os irmãos na fé.
Assim não pude marcar presença no Dia da Igreja Diocesana, mas a comunidade esteve presente através de jovens e adultos.

No contato com as pessoas, apercebi-me, mais uma vez, da necessidade de algumas intervenções por parte de quem de direito.

1º. Eletrificação daquele espaço. Sim, Cristo Rei não tem eletricidade. Nos momentos da festa (em Julho) ou em ocasiões como a de hoje, um pequeno gerador lá vai fornecendo a luz ao lugar. Além de ficar muito caro, tal recurso tem os limites que todos compreendemos.

2º. Construção de um amplo depósito que possa fornecer a água que ajude no combate aos incêndios. O depósito existente, além de pequeno, fica situado perto da estátua de Cristo Rei e quando os helicópteros baixam para recolher a água, provocam fortes movimentos de ar que podem causar gravíssimos danos à estátua. Ora após uma experiência de derrocada da imagem devido a causas naturais, é mais do que compreensível o temor das pessoas quanto aos referidos helicópteros.
Felizmente Cristo Rei tem água de nascente, fesquinha, límpida, jorrando da fonte. As sobras dessa mesma água poderiam ser conduzidas para um espaço aberto existente nos baldios, onde um tanque adequado ajudaria na tarefa de combater os  incêndios e isentaria de perigo a imagem de Cristo Rei. Bombeiros e Cristo Rei só lucrariam com esta obra que nem será assim tão dispendiosa.

3. Alcatroamento da estrada da serra que liga Cristo Rei a Santa Helena. O tempo inclemente da serra é demais conhecido. Até se têm feito algumas reparações da estrada. Só que é trabalho para deitar fora. Pouco tempo depois, a via fica intransitável, só acessível  ao jeep (e nem todos!).
Com o alcatroamento referido, facilitavam-se às pessoas os passeis pedestres, tão em moda nesta região e promovia-se o turismo. Já presenciei a deceção de muitos  turistas quando perguntam em Santa Helena se podem continuar viagem para Cristo Rei pela estrada da Serra ou vice-versa. E muita mais gente testemunhou isto.
Ouve-se a cada passo que o turismo pode ser a indústria mais rentável desta zona. Mas o turismo também se promove com pequenas obras. Como o alcatroamento do citado troço da serra.
Ainda hoje me contaram um episódio elucidativo. Ao descer de Cristo Rei, uma excursão parou na povoação. Porquê? Viram as pessoas a apanhar maçãs e queriam levar. Tiveram sorte com a hospitalidade da nossa gente que  ofereceu umas caixas. Mas é assim que se investe. A partir daquela data, todos os anos vêm cá comprara as maçãs. E sabemos como é, um cliente acaba por trazer novos clientes...

sábado, 23 de novembro de 2013

Ano da Fé levou mais de 8 milhões de pessoas ao Vaticano


 
 A Santa Sé revelou que diversas iniciativas promovidas no Vaticano mobilizaram mais de oito milhões e meio de pessoas ao longo do Ano da Fé, que se iniciou em outubro de 2012 e se encerra este domingo.
“Chega ao fim um ano dedicado completamente a reavivar a fé dos crentes, mas agora continua o desejo de manter vivo o ensinamento que recebemos nestes meses, recordando os mais de oito milhões e meio de peregrinos que este ano se deslocaram ao túmulo de São Pedro”, declarou o presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, D. Rino Fisichella, em conferência de imprensa.
Antes do final Ano da Fé, convocado pelo Papa emérito Bento XVI, o seu sucessor, Francisco vai encontrar-se hoje com 500 catecúmenos, que se preparam para receber o Batismo, vindos de 47 países.
A missa conclusiva tem início marcado para as 10h30 (menos uma em Lisboa) de domingo, na Praça de São Pedro, e vai ser marcada pela primeira exposição das relíquias de São Pedro.
Nesta celebração vai ser ainda entregue a nova exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho) do Papa a representantes dos cinco continentes e será promovida uma recolha de fundos em favor das populações das Filipinas.
“Para o final do Ano da Fé pensamos num conjunto de vários sinais para demonstrar a continuidade da fé”, explicou D. Rino Fisichella.
O responsável quis contrariar o discurso que coloca em relevo “os fatores da crise” para sublinhar “os muitos sinais positivos de esperança que estão realmente presentes na Igrejas”.
“O Ano da Fé permitiu-nos experimentar isso: apoiados por um testemunho tão impressionado, entusiasta e confiante, que se manifesta sobretudo no silêncio da vida quotidiana, olhamos para o futuro com mais serenidade, graças à experiência adquirida neste ano, cujos efeitos positivos esperamos ver prolongados durante muito tempo”, concluiu.
(Agência ecclesia)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

CAMPANHA DE RECOLHA DE BRINQUEDOS EM TAROUCA

 

Até ao próximo dia 1 de dezembro traga um brinquedo e faça uma criança feliz! É este o apelo lançado pelo Serviço de Ação Social e Saúde da Câmara Municipal de Tarouca e a Santa Casa da Misericórdia.
Esta campanha pretende reunir brinquedos que serão entregues às crianças carenciadas do Concelho.
Se tem brinquedos a mais em sua casa e sem utilidade, esta é uma oportunidade de forma simples e solidária fazer feliz quem mais precisa.
De 23 novembro a 1 de dezembro poderá entregar os seus brinquedos nos Bombeiros Voluntários de Tarouca, Santa Casa da Misericórdia, Câmara Municipal, ou nas Juntas de Freguesia do Concelho.
Lembre-se, ao divulgar esta iniciativa também está a ajudar!
Fonte: aqui

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Assim não, senhores polícias! ASSIM NÃO!



Que a GNR, PSP, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima, Guardas Prisionais e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE),  inspetores da Polícia Judiciária e elementos das polícias municipais  se manifestem, tudo normal. É um direito que lhes assiste.

Agora que haja rebentamento de petardos, que derrubem as barreiras metálicas de proteção, que passem pelo contingente policial e invadam a escadaria da Assembleia da República, que seja preciso a chegada de elementos da polícia de choque, que o corpo de intervenção recue até às portas da Assembleia da República, isso já não tem sentido.

Muita desta gente que hoje se manifestou poderá estar amanhã do outro lado da barricada a defender a Assembleia da República perante outros manifestantes.
Que autoridade terá para manter a ordem e defender os limites, quando hoje tiveram o comportamento que tiveram???
Que se manifestem, que digam da sua indignação, que soltem palavras de ordem, que reivindiquem o que acham ser os seus legítimos direitos, tudo bem. É assim em democracia.
Mas que haja comportamentos e atitudes como os de hoje, isso não! É indigno. Os senhores agentes não podem ter uma postura enquanto manifestantes e exigir outra enquanto agentes da autoridade. É que quem semeia ventos, colhe tempestades.

Muitas vezes, e de diversas formas, me tenho manifestado por uma autoridade policial dignificada pelo estado e pelos cidadãos. Mas hoje reprovo totalmente o seu comportamento.

Campanha de Recolha de alimentos



O Banco Alimentar Contra a Fome de Viseu vai realizar nos próximos dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro mais uma Campanha de Recolha de alimentos em supermercados.
Numa altura em que a ajuda de cada um de nós se torna mais imprescindível, aqui estamos uma vez mais a pedir a sua indispensável colaboração, pedindo que apele à participação dos seus Paroquianos para a referida campanha durante as missas celebradas no fim-de-semana anterior ou nas folhas informativas publicadas até essa data.
A sensibilização de todas as pessoas de boa vontade para estas campanhas tem sido decisiva para as mesmas, tanto no que se refere aos produtos doados como ao trabalho voluntário prestado.
  Graças à generosidade de muitas pessoas o Banco Alimentar está neste momento a contribuir todos os dias com alimentos para 97 Instituições de Solidariedade Social do Distrito de Viseu, muitas das quais Centros Sociais Paroquiais e Conferências de S. Vicente de Paulo, que os entregam a mais de 5.400 pessoas necessitadas.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Nana Mouskouri - Libertad

Portugal no Mundial 2014

Cristiano Ronaldo no Portugal-Suécia

Portugal conseguiu nesta terça-feira o apuramento para a fase final do Mundial 2014. Depois de terem vencido no Estádio da Luz por 1-0, os portugueses ganharam na Suécia por 3-2, com três golos de Cristiano Ronaldo e um total de 4-2 na eliminatória.

Em 1500, os Portugueses descobriam o Brasil. Nessa altura, capitaneou a 'equipa' Pedro Álvares Cabral.
Em 2014,  a frota portuguesa será capitaneada per Cristiano Ronaldo.

Em 1500, com a descoberta das terras de Vera Cruz, os portugueses "deram novos mundos ao mundo".
Em 2014, confiamos que os portugueses ofereçam ao mundo um mundo de futebol.

Em 1500, a equipa capitaneada por Cabral  ficou no pódio dos descobridores.
Em 2014, esperamos que a frota comandada por Ronaldo atinja o pódio.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Um jovem de 30 anos ensina como se vence na vida!

Tem 30 anos. Fizera o 12º ano, mas não quis estudar mais, contrariando fortemente a
vontade dos pais que desejavam que ele prosseguisse os estudos.
Partiu para Lisboa e foi trabalhar para as obras. Foi-se apercebendo, no contacto com as pessoas, que poderia ganhar bom dinheiro nas reparações. Uma torneira que avaria, um lâmpada para substituir, um aparelho de rádio para compor, uma televisão a precisar de conserto, substituição de uns azulejos ou de uns tacos, um puxador avariado, etc, etc.
Embora habilidoso, havia muitas situações que não dominava. Inscreveu-se então numa série de concursos noturnos que o foram preparando tecnicamente para o desempenho de várias tarefas de reparação.
À medida que ia adquirindo competências, acorria aos convites que lhe faziam para consertos. Após as horas de trabalho e aos sábados, lá ia ele no seu Corsa de 2 lugares pelas ruas de Lisboa e arredores fora, subindo e descendo escadas. Às vezes o trabalho era tão simples e rápido que até tinha vergonha de dizer às pessoas 'quanto era'.  E o 'não é nada', saía-lhe espontâneo dos lábios. O que é simples para quem sabe torna-se obstáculo inultrapassável para quem não sabe. Por isso, a esmagadora maioria colocava-lhe na mão uma nota que ultrapassava em muito o custo da reparação.
Trabalhador, poupado, eficiente, perfeccionista,  aos vinte e tal anos, já tinha a sua própria pequena empresa de construção. Sempre o primeiro a chegar e o último a partir. Era um trabalhador no meio dos seus trabalhadores.
Partiu então para a concretização de um velho e lídimo desejo: possuir a sua própria casa, casar e ter filhos.
Com a crise, o ritmo das obras abrandou muito.  Perder a empresa? Abandonar os trabalhadores que com ele tinham feito uma equipa dinâmica, competente e eficiente? Deu voltas e revoltas à cabeça. Reajustou a empresa e mudou de bússola. Em vez da construção, a reparação. Estimulou os seus colaboradores para que frequentassem cursos técnicos conforme as suas habilidades e partiu para a luta.
Um sucesso. A empresa não só manteve os postos de trabalho como os aumentou. Claro que para isso muito contribuiu o "part-time" que há muito dedicava às pequenas reparações, sobretudo porque lhe abriu muitas portas.
Encontrei-o há tempos. Disse-me que de há 3 anos a esta parte, marca sempre as férias para todo o pessoal da empresa na altura das vindimas e da apanha da fruta. E o motivo deixou-me ainda mais admirado. Assim pode deixar os 2 filhinhos com a avó e ele e a mulher vão ganhar uns tostões naquelas atividades agrícolas.
- "Sabe, os tempos não estão para brincadeiras. Quero manter a minha vidinha equilibrada e para isso tenho que lhe dar."

Destes precisávamos de milhões. E então adeus crise para que te quero...
Antes da casa e do carro, a empresa.
Em vez do queixume e do protesto barato, os cursos técnicos que lhe abriram possibilidades.
Perante as dificuldades, jamais a desistência, mas a mudança de rumo.
Em vez do empresário que coça para dentro e pensa só em si, o cidadão solidário e preocupado com a sorte dos seus colaboradores que valoriza.
Em vez de férias, gastando o que tem e o que não tem, mudança de atividade e rentabilização do tempo.
Em vez do carro de alta cilindrada, o veículo utilitário que serve para transportar a família e para o trabalho.
Em vez de horas gastas nos cafés e nas tainadas, o part-time das reparações.
Em vez do snobismo barato e xoxo, as mãos calejadas como uma bandeira de progresso e de dignidade.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

As 10 coisas que o Papa Francisco quer que você saiba

O vaticanista John Allen publica um livro que resume as características mais importantes do pontificado de Francisco e seu impacto na Igreja.

A primeira questão é a de uma Igreja pobre e dos pobres. Recordando a mensagem aos jornalistas acreditados durante o conclave, em 16 de março, o autor escreve que o Papa Francisco "quer que você saiba que Cristo veio oferecer o amor e a salvação a todos, mas especialmente aos pobres".

O segundo tema é a humildade. Allen lembra que, durante o Sínodo para a Nova Evangelização, realizado em outubro de 2012, Dom Tagle, cardeal de Manila (Filipinas), sublinhou que, se a Igreja quiser reviver sua essência missionária no começo do século 21, precisará de três qualidades: humildade, simplicidade e uma grande capacidade de silêncio. Para Allen, o Papa Francisco cumpre "três dos três" requisitos mencionados por Dom Tagle, "com a humildade acima de todos".

A terceira questão é estar perto do povo. Ainda que, para o Papa Bergoglio, seja simples estar perto das pessoas, que seja parte da sua personalidade, "isso também reflete uma visão de liderança". Evangelizar significa encontrar o povo onde o povo está, ser capaz de compreendê-lo em suas dúvidas e frustrações, conhecê-lo bem, estando perto dele. Estes são bons conselhos, "não somente para o Papa, mas para qualquer um que queira levar Cristo ao mundo".

Assim, o quarto elemento, que parece ser o leitmotiv do Papa Francisco, segundo Allen, é que "nunca nos cansemos da misericórdia de Deus", assim como ele repetiu em sua primeira alocução do Ângelus.

A quinta coisa é que agora todos nós somos franciscanos. "Ao escolher o nome de Francisco, o novo Papa nos disse, essencialmente, que o que Francisco de Assis representa não é mais propriedade de uma congregação religiosa ou de uma escola do catolicismo em particular, mas que é exemplo de vida em todos os níveis, incluindo o mais alto da hierarquia."

Allen dá muita importância ao sexto ponto da lista: a fé deve ser proposta, não imposta. Recordando a bênção dada aos jornalistas em 16 de março, o autor comenta que o Papa foi um participante decisivo da abertura e do diálogo, com uma postura missionária, que abraça todos e não exclui ninguém.

O sétimo elemento é que o Papa Francisco quer que sempre levemos em consideração a realidade de que a Igreja não é uma ONG. Podemos ser bons, profissionais, piedosos, mas, "se não professamos Cristo, como o Papa disse em sua primeira Missa, em 14 de março, há algo errado; podemos chegar a ser uma ONG caridosa, mas não a Igreja, a esposa de Cristo".

A oitava mensagem que o jornalista comenta do Papa Francisco é a de nunca cair no pessimismo. Allen recorda que, em 2012, em uma entrevista ao 30 Giorni, o cardeal Bergoglio sublinhava que o fruto da esperança é a "coragem apostólica", que significa a vontade inquebrantável de transmitir a Palavra de Deus, sempre e em todo lugar.

O nono ensinamento do Papa Francisco aos católicos é o senso de humor; e o décimo: que jamais se despreze a importância da unidade. "O Papa Francisco – conclui Allen – é fruto da ordem jesuíta, que certamente formou nele a capacidade de valorizar a grande diversidade que existe dentro da Igreja Católica."

Questionário para o Sínodo da Família

III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos: Desafios pastorais da família no contexto da evangelização
 
 
O Papa Francisco proclamou a III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que terá lugar no Vaticano de 5 a 19 de Outubro de 2014 sobre o tema: «Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização». 

Para preparar esta Assembleia, o Papa convida todos os cristãos a responder ao inquérito sobre a realidade familiar. Para dar seguimento a esta consulta, a Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa disponibiliza o presente questionário, facilitando o contributo de cada fiel católico.

O questionário estará disponível até 8 de Dezembro de 2013. O seu preenchimento demora aproximadamente 60 minutos. 

Não perca a oportunidade de participar nesta consulta histórica, e assim contribuir para o discernimento sinodal!

A Igreja Católica agradece a sua participação.

Responda AQUI.  

domingo, 17 de novembro de 2013

No próximo domingo, dia 24 de novembro...

 Missa na Capela de Cristo Rei às 15 horas.
 
Foto de Sdpj Lamego.

TENHA UM SANTO DOMINGO!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Academia Portuguesa da História premeia livro "História da Igreja de Lamego", do Dr. Correia Duarte

Capa

Acaba de ser atribuído à "História da Igreja de Lamego", um dos prémios anuais da Academia Portuguesa da História.
É muito bom para a Igreja de Lamego, até porque, no BOLETIM anual que é distribuído aos académicos de todo o mundo, passa a vir todos os anos, a partir de agora, na lista dos livros premiados na história da instituição, o nosso de Lamego.
Transcrevo, por gentileza do autor, a carta que lhe foi enviada a comunicar o prémio.

 
O P.e Dr. Joaquim Correia Duarte acaba de ver reconhecido todo o seu mérito ao ver premiado o seu livro "História da Igreja de Lamego".
A Academia Portuguesa da História,  de que o ilustre premiado é membro, acaba assim por avalizar positiva e enfaticamente esta obra. 
Historiador consagrado, investigador profícuo, romancista reconhecido, opinador apreciado, sacerdote zeloso e apostólico, homem de bem e de ciência, bom colega e amigo, o P.e Correia Duarte merece todos os prémios, embora a sua humildade jamais os procure.
A comunhão presbiteral só pode sentir-se enriquecida. A Diocese só pode reconhecer, louvar e prestigiar tão eloquente sacerdote.
Muitos parabéns, Dr. Correia Duarte!
Continue a presentear-nos com os muitos dons que Deus lhe deu e que sobressaem exemplarmente na humildade laboriosa e serena do bom amigo.
 

 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Repórter TVI: «Desviados»

E assim vai a saúde
em muitos pontos deste país!...

Veja aqui

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Entrei no Seminário há 50 anos



Ano letivo 1963-1964. Depois do exame de admissão que, durante uma semana  de agosto, teve lugar no Seminário de Resende, 56 miúdos foram chamados para frequentar aquele Seminário. Entre eles, estava eu.
Recordo ainda alguns episódios. Entrei no Seminário a mancar, pois tinha escaldado um pé una dias antes da entrada. Sei o número que me foi dado para marcar a roupa. O 320. E nunca mais usei este número para nada. Ficou para sempre reservado àquela experiência. Recordo o fato preto e o chapéu que tive que levar na mala. Recordo a azáfama de minha mãe e suas amigas na marcação da minha roupa. Recordo uma casa apinhada de miúdos e os padres de batina.
Recordo as saudades imensas que sentia da família. Afinal era uma criança que nunca tinha saído de casa. Ai, como contava os dias que faltavam para o Natal!
Recordo o bofetão que ainda hoje me dói. Era o dia 28 de outubro. Segunda aula de música. O professor chamou-nos um a um para irmos até à secretário e indicarmos o lugar do "dó" na pauta. Quantos errámos - e fomos quase todos - fomos corridos a bofetão que nos fez ver estrelas...
Recordo os silêncios, intensos e pesados, que o dia-a-dia da casa nos impunha. E a transgressão recebia o troco, dorido, intenso. Reconheço que não era para transgressões nesse campo, mais por medo do que por convicção.
Recordo o episódio do colega que, choroso, disse ao professor de Desenho que lhe tinham tirado o compasso. O mestre percorreu as carteiras todas daquele grande salão. Quando chegou ao pé de mim, afirmou: "Pronto, está encontrado quem roubou o compasso." É que o meu  era o único que já não tinha o logotipo. Parece que o chão me engoliu. A revolta misturou-se com as lágrimas e gritei com quanta força tinha: "Não fui eu! Eu não sou ladrão!"
O professor chamou-me imediatamente ao seu quarto. Ameaçou-me com tudo, até mesmo com a expulsão.  Com as lagrimitas a escorrer pela face, lembro-me de lhe ter enfatizado: "Pode-me mandar embora, mas não fui eu!"
Há coisas que, se pudéssemos voltar atrás, certamente todos mudaríamos.  Mas deste cena, eu orgulho-me. Defendi a verdade, podendo sofrer as piores consequências. Não quero nem nunca quis mal ao referido professor de Desenho. No final desse ano letivo, saiu do Seminário e nunca mais o vi. Gostaria muito de o ter encontrado mais tarde para lhe dizer umas coisas. Não como vingança ou retaliação. Apenas para o ajudar a tomar consciência do crime cometido. Seja qual for o tempo, nada explica que se acuse daquela maneira uma criança.
Recordo o tempo em que, à noite, o diretor espiritual, durante o exame de consciência, proclamava solenemente "não queirais dormir numa cama suspensa sobre o inferno!" A ênfase posta na advertência e a pronúncia, prolongando-a, atemorizavam crianças e adolescentes. Não estranha, por isso, que muitos, antes do deitar, passassem pelo diretor espiritual para se confessarem.
Recordo o tempo em que, durante o recreio, tínhamos que pedir autorização para ir à capela visitar o Santíssimo. A transgressão valia mais uns castigos...
Sim, a educação no Seminário, naquele tempo, tinha muito de "Manhã Submersa", de Virgílio Ferreira. 
Não há aqui propriamente uma acusação aos padres formadores, até porque muitos estavam lá contrariados, obedecendo ao bispo. E nem sempre os bispos têm cuidado nos padres que escolhem para o Seminário. Além disto, há a contextualização.  A maneira de educar vai mudando com o tempo e hoje, felizmente, a formação nos Seminários não tem nada a ver com a daquele tempo.
Estou grato ao Seminário. Muito. Apesar de tanto negrume educacional, foi lá que fui  amadurecendo a fé. Foi lá que me apaixonei por Jesus Cristo. E só isto ultrapassaria infinitamente tudo o que de menos bom senti e presenciei. O Seminário foi uma escola de superação, de método, de valores. Ali caminhei com grandes amigos que o tempo não apaga. Lá encontrei mestres que me marcaram pela simpatia, pelo acolhimento, pela compreensão, pelo saber, pela bondade.
Obrigado, Seminário!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Cegada de S.Martinho












Seis dias de muita festa e animação são dedicados ao padroeiro da vinha e do vinho nos Esporões, em Tarouca. O ponto alto dos festejos é marcado pela tradicional “Cegada de S.Martinho”, que se realiza na noite de 10 de novembro, onde o vinho é rei!

A tradição que anima e movimenta as gentes do concelho de Tarouca e da região é já centenária, não havendo precisão no que concerne à data em que terá sido iniciada.

A véspera do dia de S.Martinho é marcada por uma procissão que se inicia, pelas 19h30 do dia 10 de Novembro, no Lugar do Outeiro da Forca, Esporões, e percorre as principais ruas até chegar ao centro da aldeia. Ali juntam-se gentes da terra e dos concelhos limítrofes, para seguirem, iluminados pelas tochas. A acompanhar a procissão segue “Sua Eminência”, o “Bispo”, e como não podia deixar de ser, carros com ramadas, pipas e cabaças, bem como os seus respetivos provadores. Lá diz o velho ditado, “No dia de S.Martinho: Lume, Castanhas e Vinho”. 

Chegados ao centro da aldeia, é altura de ouvir com atenção o sermão pregado por “Sua Eminência”, uma sátira ao quotidiano. Simultaneamente é retratada a história da videira e do seu sagrado fruto, o vinho.

 Segue-se o Pai Nosso:

“Santa uva que estais no paraíso, purificada sejais vós sem enxofre, venha a nós o vosso líquido, para ser bebido à nossa vontade, tanto em casa como nas tabernas, três litros por cada hora nos dai hoje, perdoai-nos as vezes em que bebemos menos, assim como o mal que nos fazeis, não nos deixeis cair atordoados e livrai-nos da polícia a horas mortas. Ámen”.

E depois são lidos os Dez Mandamentos de Baco, cada um acompanhado pela respetiva prova de vinho por parte de “Sua Eminência”: 

1º - Bebe-se inteiro;

2º - Até ao fundo;

3º - Como o primeiro;

4º - Como o segundo;

5º - Estando cheio não fica meio;

6º - Para provar;

7º - Para começar;

8º - Para continuar;

9º - Para não tombar;

10º - Para acabar. 

 Depois de todo o imponente cerimonial, “Sua Eminência” retira-se, e a festa continua pela noite dentro.

 Esta festa dedicada ao Santo Padroeiro da vinha e do vinho, S.Martinho, numa mistura de popular e cristão, representa uma tradição que tem passado de geração em geração, constituindo-se como um marco característico importantíssimo do concelho de Tarouca, que a Associação de S. Martinho, em parceria com a Câmara Municipal de Tarouca, tem procurado preservar.

 Testemunhos da terra afirmam que “antes acabar o mundo do que acabar o S.Martinho dos Esporões”!

Gabinete da Cultura, Turismo e Comunicação

Câmara Municipal de Tarouca

domingo, 10 de novembro de 2013

Responda às 38 questões do Papa Francisco sobre a Família

Muitas vezes os cristãos  queixam-se de não serem escutados na Igreja.
Ora o Papa Francisco põe agora à disposição dos cristãos um questionário sobre um tema que muito diz a cada pessoa: a FAMÍLIA.

Então leia  aqui o questionário e responda pelo email indicado. Faça-se ouvir.
Envie as suas respostas, respeitando os praz

Semana dos Seminários 2013

Santo Domingo! Boa Semana!


sábado, 9 de novembro de 2013

Festa de São Martinho dos Esporões no «Portugal no Coração»



O «talk-show» da RTP «Portugal no Coração» vai estar na Festa de S. Martinho, em Esporões, Tarouca. O programa vai para o ar na próxima segunda-feira.

Com momentos transmitidos em direto a partir do Centro Cívico dos Esporões, o programa mostrará algumas das comemorações e atividades que se inserem habitualmente nas Festas de S. Martinho, que começam já este sábado.

O programa, que será apresentado por Jorge Gabriel e Marta Leite de Castro, começará às 15h e prolongar-se-á até às 18h.

Fonte: aqui

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

PARA QUE CRISTO SE FORME EM NÓS

Semana dos Seminários (10 a 17 de novembro) 
 
1. Está na moda a palavra “Seminário”. Usa-se na Universidade e para múltiplos encontros de estudo e de trabalho. Neste âmbito alargado, um Seminário é um tempo onde as pessoas se reúnem num lugar mais ou menos redondo para porem em comum as suas ideias e pontos de vista acerca de uma determinada temática ou situação. É cada vez mais da experiência comum que ninguém possui a verdade toda inteira, bem redonda, como diziam os antigos filósofos gregos, sendo, por isso, enriquecedores todos os contributos e todos os pontos de vista. Ainda por cima num tempo em que os saberes tendem a especializar-se, é sempre bom saber o contributo que pode trazer para a discussão o vizinho do lado. Sempre neste sentido lato, um Seminário é aquilo que a raiz da palavra indica: uma sementeira.
2. Mas hoje quero referir-me ao Seminário em sentido estrito e específico, que é o lugar, o tempo e o modo onde e como a Igreja reúne e forma os candidatos ao sacerdócio. O lugar e o modo é aqui uma casa ampla e simples, uma tenda plantada no coração da cidade dos homens, com espaços interiores e exteriores, com vistas para Deus e para o mundo, dado que quem se prepara para o sacerdócio tem de aprender a ver e a ouvir Deus de perto e a ser visto e ouvido por Deus, como tem igualmente de estar atento às situações concretas em que vivem os homens e mulheres deste tempo, pois deve saber ouvir os seus gritos de alegria ou de tristeza, e deve saber levar-lhes a mensagem do Evangelho, e dizer a cada um: «“Tu também és amado por Deus em Cristo Jesus”. E não apenas dizê-lo, mas pensá-lo realmente. E não apenas pensá-lo, mas fazê-lo acontecer, de modo que essa pessoa sinta e descubra que há nela alguma coisa já salva, alguma coisa maior e mais nobre do que pensava, e desperte assim para uma nova consciência de si» (Eloi Leclerc, Sagesse d’un pauvre, Paris, Éditions Franciscaines, 1984, p. 150). Também de forma diferente dos Seminários que por aí se realizam, o tempo do Seminário para a formação sacerdotal não é um dia nem uma semana ou um semestre, mas a vida toda.
3. Os Seminários de estudo ou de trabalho e o Seminário que prepara para a vida sacerdotal têm na sua raiz a semente. Semente e semeador e campo lavrado e semeado são metáforas que povoam a Escritura dos dois Testamentos, e indicam um modo de vida. O agricultor olha com carinho o chão que trabalha, as árvores que planta, os frutos que vê nascer e amadurecer. Lançar a semente é um tempo e um modo importante, mas é a colheita que ele tem sempre em vista. A colheita é um tempo de alegria (Sl 126,5-6). De acordo com o Evangelho, é pela colheita e pela alegria que devemos afinar sempre o nosso olhar e os critérios com que contemplamos a seara de Deus. Assim deve ser também o Seminário: tempo de nos maravilharmos com as árvores que florescem. Quando desaparece a flor, surge o fruto. No dizer de Jesus, o Senhor que servimos é o Senhor da colheita, da estação dos frutos, da alegria. Por isso, manda-nos rezar assim: «Pedi ao Senhor da colheita (therismós) que mande trabalhadores para a sua colheita (therismós)» (Lc 10,2). Ou somos da estação dos frutos e da alegria, ou andamos certamente perdidos.
 
4. A missão específica do Seminário, dizem os Documentos do magistério da Igreja, é «formar Pastores para a Igreja de hoje, no mundo de hoje» (Exortação Apostólica Pastores Dabo Vobis, n.º 61; Normas Fundamentais para a Formação Sacerdotal nas Dioceses Portuguesas, n.º 129 e 162). O Pastor está atento às suas ovelhas e conhece-as uma a uma, cuida delas com premura, dá a vida por elas (Jo 10,1-18). É, por isso, que, na sua vertente humana, o Seminário deve ser uma comunidade impregnada de profunda amizade e caridade, de modo a poder ser considerada uma verdadeira família, que vive na simplicidade, na confiança e na alegria. E, na sua vertente cristã, deve configurar-se como comunidade de discípulos do Senhor Ressuscitado, reunida à volta da alegria do Senhor Ressuscitado, formada dia a dia na leitura e na meditação da Palavra de Deus, no sacramento da Eucaristia e no exercício da justiça e da caridade fraterna. Uma comunidade onde resplandeça o Espírito de Cristo e o amor para com a Igreja. Uma comunidade orante, onde se aprende e se cultiva o vocativo da oração e o imperativo da comunhão (Exortação Apostólica Pastores Dabo Vobis, n.º 60).
 
5. O ambiente simples e dinâmico do Seminário ajudará cada um dos candidatos ao sacerdócio a alcançar uma compreensão cada vez mais profunda das exigências e da beleza da sua vocação, em ordem à aceitação, cada vez mais radical e definitiva, do projecto de Deus. Os formadores saberão acompanhar cada candidato, e levá-lo a ver a sua vocação à luz da Igreja, da sua doutrina, da sua prática pastoral e litúrgica e da sua legislação, de modo a fazer crescer no coração de cada candidato um coração novo à medida de Cristo, conforme ao coração de Cristo, sensível às dores de cada ser humano, para saber ser, neste mundo controverso, verdadeiro semeador de esperança e ceifeiro feliz.
 
6. Sábia e inteligentemente, a documentação da Igreja tem salientado que, «de sua natureza, a formação sacerdotal exige uma continuidade, ao longo de toda a vida, com incidência nos primeiros anos de sacerdócio» (Exortação Apostólica Pastores Dabo Vobis, n.º 70-76; Normas Fundamentais para a Formação Sacerdotal nas Dioceses   Portuguesas, n.º 152). Isto quer dizer que devemos humildemente saber estar sempre em formação, sentados na escola do nosso verdadeiro Mestre e Senhor.
 
7. Atravessamos uma vez mais a Semana dos Seminários, que este ano acontece de 10 a 17 de Novembro, subordinada à temática de sabor paulino «Para que Cristo se forme em nós» (cf. Gálatas 4,19). Rezemos ao Senhor da colheita para que seja Ele, Bom Pastor, a velar sempre pelo seu rebanho, e para que nos ensine a ser Pastores e formar Pastores segundo o seu coração de Pastor e Pai premuroso. E sejamos generosos no Ofertório de Domingo, dia 17, que será destinado, na sua inteireza, para as necessidades dos nossos Seminários de Lamego e Resende. E que Deus nos abençoe e guarde em cada dia, e faça frutificar o labor dos nossos Seminários.
 
Lamego, 1 de Novembro de 2013, Solenidade de Todos os Santos
+ António, Bispo de Lamego

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Carta aberta de Jose Arregi ao Papa Francisco sobre a família

José Arregui Olaizola é doutorado em Teologia pelo Instituto Católico de Paris.
Depois de lecionar diversas disciplinas de Teologia em várias Faculdades, foi-lhe retirada a licença de ensinar e viu-se forçado a deixar a Ordem Franciscana e o sacerdócio.
Atualmente é professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Deusto.

Jose Arregi  escreve agora ao Papa Francisco sobre a família e pronuncia-se acerca das 38 questões que Francisco enviou aos bispos do mundo inteiro.
Uma carta em que sobressai o tom carinhoso, confiante, com que o autor se dirige ao Papa.

Veja aqui

POMBA

pomba
Pomba,
porque te escondes
da luz?
Buscas a sombra
de um passado findo?
Olha
a cúpula dos céus
aberta sobre o mundo.

Por Tarouca...

1. Mais de uma dezena de carros assaltados e vandalizados em Tarouca

2. Tarouca recebe feira de livros usados

Veja aqui estas notícias.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Não é fácil o dia-a-dia de uma mãe nos tempos que correm!

Embora ligado, o despertador nem é preciso. Apenas uma questão de precaução.
Às 6 horas, marido e mulher saltam da cama. Higiene matinal, preparação do pequeno almoço a dois. Depois ambos se sentam por uns momentos para partilhar a refeição. "É importante começarmos juntos, partilharmos estes primeiros instantes do dia, darmo-nos mutuamente força para os desafios e imprevisto que sempre podem acontecer."
O marido, porque trabalha longe, tem que sair mais cedo. É então a hora de acordar os três filhos e aturar as quezílias que o despertar sempre acarreta. Um, porque só mais um bocadinho de cama; outro que não gosta daquela roupa que a mãe lhe preparou; outro que se esqueceu de pôr na mochila o fato de educação física...
Não tomam o pequeno almoço sem estarem todos à mesa.  Mas um nunca mais se despacha; outro barafusta que assim não chega a horas à escola; outro que o leite arrefece...
Finalmente todos no carro. Há que deixar um numa escola, outro noutra e ainda outro noutra. A palavra mais escutada é 'despacha-te'. Mas um esquece-se de tirar do carro o guarda-chuva e volta atrás; outro que se esqueceu de pedir o dinheiro para carregar o cartão; a mais pequenina porque não parte para a escola sem um momento de colinho e sem muitos beijinhos...
Ufa! Chega ao emprego cansada, algo nervosa. Diz para si própria que tem que se aclamar, que deve separar as coisas, que as preocupações familiares ficam à porta do trabalho.
À hora exata está no local de trabalho, com a boa disposição de sempre, mesmo quando por dentro, rolam lágrimas.
Não é dada a confusões, a jogos, a intrigas. Procura apenas ser uma boa profissional, colaborando e ajudando, sem 'trunfos na manga'. Apesar de ser assim, e talvez por ser assim, nem sempre é bem vista pelos colegas. Mas isso não lhe retira o gosto de ser assim.
Hora de almoço. Como sempre vai a casa que não fica longe. Prepara alguma coisa para comer e aplica o resto do tempo a cuidar das tarefas domésticas. Isto de ser esposa e mãe de três filhos pequenos traz muitos encargos. É altura de receber e fazer vários telefonemas. Liga à mãe para ver se o pai está melhor. Liga ao sobrinho que faz anos nesse dia. Recebe o telefonema do filho mais velho a queixar-se da comida na cantina. Atende a amiga que precisa de desabafar porque em casa as coisas vão mal...
Volta pontualmente ao emprego. A tarde decorre com alguma calma, mas a certa altura irrompe pelo espaço o 'boss' gritando pelo trabalho que pedira para o fim da manhã e ainda não aparecera. A colega que o devia fazer, meia sonsinha - exepto na língua -  como sempre atrasara-se e estava agora  atarantada. Não gosta de ver ninguém enrascado. Por isso levanta-se e vai ajudar a colega. Tem que lhe dar para atender o ultimato do 'boss'. Determinada e organizada, consegue. Nem um gesto de reconhecimento recebe da colega. Mas isso, embora sinta, não lhe retira da boa disposição.
Começa agora a recolha. Passagem pelas escolas, para levar os filhos. Cada um quer deitar cá para fora tudo de uma vez. Não se ouvem uns aos outros, só querem que a mãe os ouça. Tenta pôr calma, organiza a intervenção dos pequenos. Mas não é fácil. Crianças deste tempo...
Em casa corre de quarto para quarto para ajudar nas tarefas de casa dos filhos. E quando chamam todos ao mesmo tempo?  E quando a pequenita não a larga porque está carente, precisa de miminhos e de atenção?  O telefone toca, toca! É a mãe a dizer que o pai piorou, mas que não quer ir ao médico. Que só ela tem jeito para o levar a fazer o que tem de ser feito. 
E quando lhe falam no pai, acabou. Tem sempre a prioridade. Explica aos dois mais velhos o que têm de fazer, pega na pequenita pela mãe e lá vai para casa do pai. Depois de muita paciência, consegue convencê-lo a ir ao médico. Mas ele insiste que só vai se a filha o acompanhar. E os pequenos que ficaram em casa sozinhos? E o jantar? E o marido que volta sempre muito tarde, porque o trabalho assim o obriga?
Liga ao marido para telefonicamente ir controlando os filhos e voa para o hospital. Uma fila de espera a perder de vista. O pai a queixar-se. A mãe apressada e desesperada.
O marido telefona-lhe a dizer que tem tudo sobre controle em casa. Que não se afligisse, que depois os dois preparariam o jantar.
"Obrigado, querido!" - sussurra ao telefone.
E aquela voz calma, firme, quente renova-lhe as forças e sente-se mais determinada. E enquanto abraça a mãe que tema neta ao colo e segura carinhosamente as mãos do pai, vai dizendo no coração: "Obrigado, Senhor, pelo meu marido!"

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Família: Vaticano envia 38 perguntas aos bispos de todo o mundo

Pode  ler AQUI  as 38 perguntas e algumas maneiras de responder ao questionário.
Logicamente que não se trata de respostas exaustivas. Logicamente que contemplam o ponto de vista do autor das respostas.
Podemos concordar ou discordar, no todo ou em parte, com o autor. Mas assinalemos que deu a cara por aquilo em que acredita.


O
Vaticano promoveu hoje uma conferência de imprensa sobre a “preparação” do próximo Sínodo dos Bispos, convocado pelo Papa para debater, entre 5 e 19 de outubro do próximo ano, os “desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.
o Sínodo dos Bispos sobre a família vai ter duas etapas: a primeira, a Assembleia Geral Extraordinária de 2014, destinada a especificar o ‘status quaestionis’ (o estado da questão); a segunda, a Assembleia Geral Ordinária de 2015, em ordem a procurar linhas de ação para a pastoral da pessoa e da família.

O Vaticano divulgou hoje o documento preparatório do próximo Sínodo dos Bispos.
No documento sublinham-se os ensinamentos da Igreja Católica sobre o matrimónio como “vínculo sacramental indissolúvel” ligado ao “amor entre o homem e a mulher”, que “dura para sempre”, e à “procriação”.
O texto é acompanhado por um questionário com 38 perguntas que “permitem às Igrejas particulares” participar “ativamente” na preparação do Sínodo Extraordinário.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

D. Policarpo, politicamente incorreto


Diz o comentário do "Sol" de sexta-passada que as palavras de D. Policarpo contrariaram "alguns bispos". Sim, contrariaram alguns bispos e indignaram muitos católicos que em blogues e no facebook mandaram o patriarca emérito estudar doutrina social da Igreja. Neste ponto em concreto, pelo menos, ele está bem informado da DSI, que em nenhum dos seus ensinamentos defende a irresponsabilidade que diz que as dívidas não devem ser pagas. Por exemplo.  ( aqui )

domingo, 3 de novembro de 2013

Uma criança testemunha: "Eu acredito na Ressurreição"

Nesta manhã de domingo, uma pessoa contou-me um episódio ocorrido há poucos dias.
Estava essa pessoa adulta com uma criança. Apareceu uma Testemunha de Jeová que queria falar com elas sobre a Ressurreição e entregar um papel. Então a criança diz:
- Olha, no último encontro de catequese falámos sobre a Ressurreição.
- Ah! - respondeu  a Testemunha de Jeová. - E tu acreditas na Ressurreição?
De pronto a pequena responde:
- Eu acredito! E também acreditam os meus amigos e colegas. Por isso, temos que trabalhar muito.
A Testemunha foi-se embora, entregando o papel e debandando.
- Achas que fui malcriada para com a senhora? - pergunta a petiz à sua familiar.
- Não, de maneira nenhuma - respondeu a familiar.
- Pois eu sei que devemos acolher as pessoas. Mas nunca nos devemos esconder as verdades em que acreditamos - sentenciou, convicta, a menina.

sábado, 2 de novembro de 2013

Carta da Marisa Moura à administração da Carris



Exmos. Senhores
José Manuel Silva Rodrigues, Fernando Jorge Moreira da Silva, Maria Isabel Antunes, Joaquim José Zeferino e Maria Adelina Rocha

Chamo-me Marisa Sofia Duarte Moura e sou a contribuinte nº 215860101 da República Portuguesa.
Venho por este meio colocar-vos, a cada um de vós, algumas perguntas:

1.Sabem que o aumento do vosso vencimento, num total extra de 32 mil euros, fixado pela comissão de vencimentos, numa altura em que a empresa apresenta prejuízos de 42,3 milhões e um buraco de 776,6 milhões de euros, representa um crime previsto na lei sob a figura de gestão danosa?
2.Terão  a mínima noção de que há mais de 700 mil pessoas desempregadas em Portugal, neste momento, por causa de gente como os senhores que, sem qualquer moral, se pavoneiam em automóveis de luxo que, neste momento, custam 4.500 euros por mês a todos os contribuintes?
A dívida do país está acima dos 150 mil milhões de euros, o que significa que eu estou endividada em 15 mil euros.
Paguei em impostos no ano passado 10 mil euros. Não chega nem para a minha parte da dívida colectiva.

É com pessoas como os senhores, a esbanjar desta forma o nosso dinheiro, que os impostos dos contribuintes não vão chegar nunca para pagar o que realmente devem pagar - o bem-estar colectivo.
As vossas caras estão publicadas no site da empresa.Todos os portugueses sabem, portanto, quem são.
Quando pararem num semáforo vermelho, conseguirão enfrentar o olhar do condutor ao lado, estando os senhores ao volante de uma viatura paga com dinheiro que a empresa não tem e que é paga às custas da fome de milhares de pessoas, velhos, adultos, jovens e crianças?
 
Para os senhores auferirem do vosso vencimento, agora aumentado ilegalmente, e demais regalias, há 900 mil pessoas a trabalhar (inclusive em empresas estatais como a "vossa") sem sequer terem direito a Baixa se ficarem doentes, porque trabalham a recibos verdes.
Alguma vez pensam nisto?
Acham genuinamente que o trabalho que desempenham tem de ser tamanhamente bem remunerado ao ponto de se sobreporem às mais elementares necessidades de outros seres humanos?

Despeço-me sem grande consideração, mas com alguma esperança que consiga reactivar alguns genes da espécie humana que terão, com certeza, perdido algures, no decorrer da vossa vida.

Marisa Moura
(Recebido por email)