terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Imposição das cinzas


A tradição de impor as cinzas vem da Igreja primitiva. Naquela época, as pessoas colocavam as cinzas na cabeça e apresentavam-se, diante da comunidade, com um “hábito penitencial”, uma espécie de saco de sarapilheira, dispostas a cumprir uma penitência em reparação dos seus pecados graves; cumprida a penitência, regressavam na Quinta-Feira Santa, antes de iniciar o Tríduo Pascal, para receber a graça da reconciliação, voltando à paz com Deus e com a Igreja. A Quaresma adquiriu assim um sentido penitencial, para todos os cristãos, por volta do ano 400, e, a partir do século XI, a Igreja de Roma passou a impor as cinzas no início deste tempo da Quaresma a todos os fiéis, porque todos somos penitentes. A cinza é, portanto, um símbolo e não apenas um gesto puramente exterior; a Igreja conserva-o, como sinal da atitude do coração penitente que cada batizado é chamado a assumir no itinerário quaresmal. A cinza, como sinal de humildade, recorda ao cristão a sua origem e o seu fim: «És pó e ao pó voltarás» (Génesis 3,19). É assim que começamos a Quaresma. Ela convida-nos a entrar em nós mesmos para nos mergulhar, nas fontes da vida e da alegria, que jorram do lado aberto de Cristo Crucificado, morto e Ressuscitado.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Congresso da Cidadania Política - 2017


O primeiro em movimento no Mundo!
 Congresso de características únicas! 

O Congresso da Cidadania Política - 2017, é organizado por todas as forças políticas da Assembleia Municipal de Tarouca e aberto a todo o Douro Sul - Assembleias Municipais, Escolas, Associações, Cidadãos!

Propósito central: "A Sustentabilidade do Território"

Em 2727 de fevereiro, precisamente a 90 dias da sua realização, foi dado a conhecer este Congresso de características únicas em Conferência de imprensa com a presença de todos os Deputados Municipais.
Precisamos da sua ajuda para fazer do dia 27 de maio de 2017, um dia marcante para toda a região do Douro Sul!

Sublinhe-se que este conferência de imprensa decorreu no Centro Paroquial Santa Helena da Cruz, uma vez que o incêndio deixou o edifício da Câmara Municipal com evidentes estragos, decorrendo agora a recuperação do imóvel.
Um Congresso em Movimento!

"O Caminho Faz-se Caminhando"!

Importa a participação dos cidadãos neste Congresso, porque em democracia as ideias dos cidadãos contam.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Aceite estes dois CONVITES. Vai gostar!

Foto de Gaspta.

***
Convite

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

26-2-2017 - 8º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Leituras: aqui

1. Quanta paz e serenidade nos traz esta confiança na Providência divina! O profeta Isaías apresenta-a sob a imagem do amor materno, cheio de ternura: «Poderá a mulher esquecer a criança que amamenta e não ter compaixão do filho das suas entranhas? Mas ainda que ela se esqueça, Eu não te esquecerei» (49,15). Como isto é bonito! Deus não Se esquece de nós, de cada um de nós! De cada um de nós com nome e sobrenome. Ama-nos e não nos esquece. Deus, de modo pessoal e único, cuida não só deste mundo; das aves do céu e dos lírios do campo; cuida de nós; mais ainda, cuida de mim, cuida de ti! Não fui, por isso, deixado por Deus, sozinho, perdido, sem lugar, numa sociedade anónima, num universo, entregue à sua sorte! Não. Deus cuida de mim! Não é mais um Deus distante, para Quem contaria muito pouco a minha vida! Ele é um Deus bom, que me oferece ajuda! Se é sempre consolador saber que, na minha vida, há uma pessoa que me ama e cuida de mim, um pai, uma mãe, mas muito mais decisivo é que exista um Deus que me conhece, que me ama e Se ocupa de mim! Que lindo pensamento!  

2. Mas, pensando agora mais friamente, na falta de meios da nossa previdência social, e em tantas pessoas que vivem em condições tão precárias, ou até na miséria, estas palavras de Jesus poderão parecer-nos abstratas ou até ilusórias. Todavia, bem vistas as coisas, são mais atuais do que nunca! Recordam-nos que não se pode servir a dois senhores: a Deus e à riqueza. Enquanto cada um procurar acumular para si, nunca haverá justiça. Se, pelo contrário, confiando na Providência de Deus, procurarmos juntos o seu Reino, então não faltará a ninguém o necessário para viver dignamente. Na verdade, um coração ocupado pela ganância de possuir é um coração vazio de Deus. Num coração possuído pelas riquezas, não há lugar para a fé. Isto mesmo nos diz o Papa, na recente Mensagem para a Quaresma: «O dinheiro pode chegar a dominar-nos até ao ponto de se tornar um ídolo tirânico (cf. EG 55). Em vez de instrumento ao nosso dispor para fazer o bem e exercer a solidariedade com os outros, o dinheiro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que não deixa espaço ao amor e dificulta a paz». Se, pelo contrário, se deixa a Deus o lugar que Lhe compete, isto é, o primeiro lugar, então o seu amor leva-nos a partilhar também as riquezas, e a pô-las ao serviço de projetos de solidariedade e de progresso. E assim a Providência de Deus passa através do nosso serviço aos outros, do nosso partilhar com os outros. Se cada um de nós não acumular riquezas só para si mas as puser ao serviço dos outros, neste caso a Providência de Deus torna-se visível neste gesto de solidariedade.              

3. Bem sabemos que hoje é mais fácil confiar no dinheiro, na previdência e nos seguros, do que na providência do amor de Deus. E, por isso, vivemos com alguma ansiedade em relação ao futuro. Mas, se pensarmos bem, a confiança na Providência de Deus reconduz-nos a uma justa escala de valores: «Porventura não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário?» (Mt 6,25). Para fazer de maneira que a ninguém falte o pão, a água, o vestuário, a casa, o trabalho, a saúde, é preciso que todos nos reconheçamos filhos do Pai que está nos Céus e, por conseguinte, irmãos entre nós, e que nos comportemos de modo consequente.

4. A Quaresma está à porta. É oportunidade de recolocar Deus no lugar das nossas preocupações e de voltarmos a um estilo simples e sóbrio de vida, com o olhar mais atento às necessidades dos irmãos! E assim mostraremos ao mundo esta fé confiante na providência divina: quando Deus tem o primeiro lugar nos nossos corações, também os outros estarão sempre à frente das nossas preocupações!
Amaro Gonçalo

“Mais vale ser um ateu do que um cristão hipócrita”: o Papa NÃO disse isso

Fomos invadidos por uma torrente de notícias sobre umas (supostas) declarações do Papa Francisco. Os títulos gritaram em uníssono: "Papa diz que mais vale ser um ateu do que um cristão hipócrita / cristão com vida dupla".
“Mais vale ser um ateu do que um cristão hipócrita”: o Papa NÃO disse isso
Fomos invadidos por uma torrente de notícias sobre umas (supostas) declarações do Papa Francisco. Os títulos gritaram em uníssono: “Papa diz que mais vale ser um ateu do que um cristão hipócrita / cristão com vida dupla”.
Desconfiando do que noticiavam os nossos amigos jornalistas – como aliás recomendo a toda a gente – fui ler a homilia da Missa de ontem de manhã no Vaticano, na qual o Papa teria proferido essa afirmação.
Em primeiro lugar a palavra ‘hipócrita’ ou ‘hipocrisia’ não consta. É um insulto bastante repetido por parte dos que não acreditam em Deus ou dos que até acreditam mas não lhes apetece ir à Missa: “Esses que vão à Missa são todos uns hipócritas, andam ali a bater com a mão no peito e depois vêm cá para fora e são os piores!” Isto mostra que, mesmo os que não acreditam, associam o ir à Missa a uma maior responsabilidade moral que não atribuem a outras actividades: “Pois, vais ao cinema e depois nem sequer pões a mesa!” Simplesmente não tem o mesmo impacto.
A relação entre ir à Missa e ter uma vida perfeita existe na mentalidade das pessoas, mesmo na nossa sociedade, que de cristã já não tem muito. E perante comportamentos menos bons, erros, cobardias, egoísmos, enfim todas as diferentes ‘caras’ que pode ter o pecado, por parte dos tais que vão à Missa, está o caldo entornado: “Hipócritas!”
O erro nesta crítica está no pressuposto que quem vai à Missa já é perfeito, o que não é de todo verdade. Alguém que vai à Missa tem o direito a ser visto como alguém que está a tentar ser perfeito, embora possa ainda estar muito longe de o ser. Ao mesmo tempo, essa pessoa tem o dever de realmente tentar ser perfeita (ser santa) mesmo que sabendo que poderá cair e terá de voltar a levantar-se, se necessário for recorrendo à Confissão.
O que não pode fazer é ter comportamentos escandalosos, como se não se soubesse filha de Deus, templo do Espírito Santo, sal da Terra e luz do Mundo. Foi isto que o Papa criticou na sua homilia de hoje: os escândalos criados pelos cristãos junto dos outros, que os podem afastar ainda mais de Deus.
Em segundo lugar, a palavra ‘ateu’ aparece apenas uma vez na homilia, e a frase é esta: «Quantas vezes já ouvimos na rua ou em outros locais alguém dizer: “Para ser católico como aquele é melhor ser ateu!” É isto o escândalo, que destrói, que manda abaixo.»
Expliquem-me, meus senhores, onde é que o Papa disse aquilo que vocês dizem que o Papa disse. Na única vez que fala do ‘ateu’ o Papa está a citar uma frase, bastante comum, não a afirmá-la. As verdadeiras ‘fake news‘ são os ‘media‘. Não precisamos de mais.
(João Silveira, via Senza Pagare)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Belo programa de ação


 "E o Bispo reza e faz rezar; ensina, aprende e faz aprender; dirige ouvindo; sofre e alegra-se e alegra; acolhe e celebra; escuta e pede conselho, mas tem de decidir muitas vezes a sós. Que o Espírito esteja sempre com ele."
Abílio de Carvalho

Observação
Belo programa de ação para qualquer liderança!
"Ensina, aprende e faz aprender"
"Acolhe"
"Dirige ouvindo"
"Sofre, alegra-se e alegra"
"Escuta e pede conselho"
"Tem que decidir muitas vezes só"




Nestes acredito...

José Gomes Ferreira e Medina Carreira são as pessoas em quem mais acredito quando falam de economia e finanças.
Poderei não estar certo? Admito.
Como um normal cidadão, sem conhecimentos específicos da área, vejo-os frontais, sem politiquices, nem presos ao politicamente correto. Vão ao fundo das questões e apresentam-nas na sua nudez, numa linguagem direta, acessível aos telespectadores.
Muitos os acusam, mormente ao Dr. Medina, de fundamentalismo, pessimismo crónico e outros mimos. Talvez porque a verdade não convenha a muita gente que se move em águas turvas de diversos interesses.
 Sob o manto de algumas boas notícias, como a redução do deficit, restituição de salários e outras, que os agentes políticos exploram até à exaustão, a situação económica do país é um autêntico braseiro que uma fina camada de cinzas encobre.
Medina Carreira e José Gomes Ferreira são dos que, corajosamente, alertam os cidadãos para o braseiro em que assenta o país.
Lembro-me sempre das "melhoras" do doente terminal antes do último suspiro.
Pessimismo? Talvez.
Se os agentes políticos - TODOS - falassem clara e frontalmente da verdadeira situação do país, então acreditava que todos juntos éramos capazes de vencer.
Mas falar clara e distintamente de toda a situação económica- financeira agrada aos agentes políticos? Interessa-lhes? E depois o poder?

Veja aqui o que diz José Gomes Ferreira sobre a situação na CGD.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Não erramos ... Erramos

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Incêndio no edifício dos Paços do Concelho.

Foto de Município de Tarouca.
Nota de imprensa
Domingo, 19 de fevereiro. Cerca das 8:30 horas, alerta de incêndio no edifício dos Paços do Concelho.
O incêndio terá tido início num curto-circuito de um quadro elétrico sendo os prejuízos, e embora ainda não totalmente contabilizados, muito elevados. ...
Rede elétrica, rede informática e de águas ficaram tremendamente destruídas, e todo o edifício e gabinetes foram afetados pelo fumo negro, proveniente do material que se encontrava em combustão.
Os prejuízos, além de materiais, são também funcionais, pois serão necessárias intervenções de fundo para o restabelecimento de todas as ligações de informática, energia e águas.
Contudo, ainda amanhã, a autarquia tudo fará para assegurar os serviços mínimos aos seus munícipes.
Foi fundamental a rápida e eficaz intervenção dos Bombeiros Voluntários de Tarouca, bem como a de muitos funcionários da autarquia, que rapidamente se predispuseram a ajudar numa primeira intervenção, a quem se dirige os sinceros agradecimentos.

Município de Tarouca

Nota
Muita força ao Executivo. Com determinação do Executivo, dos funcionários e de todos os órgãos autárquicos, a situação vai ser ultrapassada.
 Certamente que todos os munícipes compreenderão o momento e não deixarão de apoiar.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Uma senhora que pergunta se também pode ser escuteira...

Foto de Carlos Lopes.
Depois do anúncio nas redes sociais e nas Missas deste fim-de-semana da reabertura do Agrupamento 1oo6 de Tarouca do CNE (Corpo Nacional de Escutas) cuja inscrição para crianças, adolescentes e jovens pode ser feita na sacristia da Igreja Paroquial desde agora até ao fim de março, uma senhora apareceu-me e perguntou:
- Então também posso ser escuteira?
Disse-lhe que era só até aos 22 anos.
- Oh!!! Gostava tanto! Da outra vez não disse nada porque tinha o meu marido doente, mas agora que estou viúva, já podia.
Disse-lhe que podia ser escuta à sua maneira, entusiasmando os netos e netas a ingressar no escutismo.
- Sim, isso eu faço, mas gostava imenso de usar aquele lenço e aquelas saias que vejo às escuteiras.
- Só queria ser escuteira por causa disso?
- Não, também gostava de acampar nas tendas, dormir numa tenda ao ar livre, cercada pelo ar purinho do campo. Nunca dormi numa tenda!
- Se é por causa disso, arranja uma tenda e monta-a ao pé das outras durante a novena de Santa Helena.
- Não é a mesma coisa. Um acampamento com a malta nova tem outra graça...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Bispo da Itália elimina padrinhos de Batismo e Confirmação


O Bispo de Melfi-Rapolla-Venosa, Dom Gianfranco Todisco, surpreendeu com a drástica decisão de eliminar por rês anos, mediante um decreto ad experimentum, os padrinhos e madrinhas de Batismo e Crisma. O decreto indica como motivo que, muitas vezes, falta a “responsabilidade de transmitir a fé com o testemunho de vida” entre os escolhidos.
No decreto, assinado em outubro de 2016 mas divulgado nos últimos dias, o Bispo explica que os párocos de sua jurisdição não podem garantir a idoneidade dos candidatos a padrinhos que os paroquianos apresentam.
“Muitos padrinhos e madrinhas, apesar de serem boas pessoas, não têm plena consciência do papel que devem desenvolver de testemunho da fé, porque são escolhidos com critérios familiares, de amizade ou sociais”, indica o decreto.
Diante da polêmica decisão, Mons. Piero Amenta, Prelado Auditor do Tribunal da Rota Romana, declarou à ACI Stampa (agência em italiano do grupo ACI) que, segundo o Código de Direito Canônico, a presença do padrinho ou da madrinha “não é totalmente necessária nem totalmente indispensável”.
O cânone 872 do Código de Direito Canônico estabelece: “Dê-se, quanto possível, ao batizando um padrinho, cuja missão é assistir na iniciação cristã ao adulto batizando, e, conjuntamente com os pais, apresentar ao batismo a criança a batizar e esforçar-se por que o batizado viva uma vida cristã consentânea com o batismo e cumpra fielmente as obrigações que lhe são inerentes”.
Segundo Mons. Amenta, o Bispo de Melfi utiliza um decreto que “suspende a vigência do cânone, que por outro lado já relativizava a figura do padrinho e da madrinha”. Entretanto, o especialista da Rota considera que a decisão poderia confundir.
Em sua opinião, “teria sido melhor uma carta a todo o clero na qual o Bispo poderia explicar que, assim como o cânone o faz facultativo, foi tomada a decisão de evitar os padrinhos, pelo menos para garantir uma uniformidade de comportamento da parte dos párocos”.
Mons. Amenta está de acordo com a necessidade de decisões corajosas para renovar a pastoral sacramental, mas se pergunta se a suspensão dos padrinhos seja a solução adequada.
Segundo o especialista, deveriam buscar “conferir o sacramento do Batismo e da Crisma pedindo também aos pais um tipo de percurso de fé. Ter também a coragem de recusar um sacramento se se dão conta de que a família na qual os filhos e jovens crescem não é capaz de transmitir sequer um vago sentido da fé”.
Fonte: aqui


Opinião pessoal
Finalmente alguém que enfrenta com coragem um problema que tanto massacra os párocos!
Tantas chatices, tantas caras torcidas, tanta revolta, tanta confusão, tanta divisão por causa dos padrinhos!
E para quê?
Qual o real impacto dos padrinhos na educação cristã dos batizados? Atrevo-me a dizer: pouco ou nenhum!
Aliás os padrinhos não são escolhidos (regra geral) pelos pais em virtude da fé, mas por interesses, por razões familiares, por amizades, por motivos sociais.
Depois há as razões, na minha opinião válidas, para uma pessoa não poder ser padrinho. E aqui é que surgem os problemas das chatices, de caras torcidas, de revoltas, de confusão, de divisão.
Já o Código de Direito Canónico  relativiza o problema dos padrinhos quando afirma: "Dê-se, quanto possível, ao batizando um padrinho...", Ora quer que o Código não impõe o padrinho ou madrinha como indispensáveis para a realização do Batismo. Podem não existir.
Felicito este Bispo pela coragem, frontalidade e verdade com que encara a situação. Oxalá que muitos outros enveredem pelo mesmo caminho!



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Trabalhadores cristãos portugueses e espanhóis denunciam injustiças e querem «acordar» Igreja para o «sofrimento dos trabalhadores»

As equipas executivas do Movimento de Trabalhadores Cristãos de Portugal, e a Comissão Permanente da 'Hermandad Obrera de Acción Católica de Espanha' (HOAC) estiveram reunidas nos dias 14 e 15, na Covilhã, para analisar a situação do mundo do trabalho e da Igreja nos dois países, bem como a vida e ação dos movimentos.
DR
DENÚNCIA:
- “Crescente desigualdade social”,
- "Injustiça laboral"
- " Injustiças e a corrupção"
- “Precariedade”
- "Empregos instáveis"
-  “Desemprego de longa duração”
-  “Desistência de uma vida ativa e de cidadania”
- "Sofrimento dos trabalhadores, nomeadamente dos jovens"
- "Políticas de austeridade, de cortes de salários e de pensões e de redução dos direitos sociais"
- Existência de  “indiferentes e acomodados” diante da situação laboral
- "Pouco acolhimento que o sofrimento destas pessoas tem tido no seio da Pastoral da Igreja”,
- “Uma certa apatia” no seio da Igreja em relação a estas problemáticas: “o sofrimento dos trabalhadores, as suas causas e como agir para transformar a realidade”.


ANÚNCIO:
- "Justa remuneração “pilar fundamental do progresso”, da justiça social e da “distribuição da riqueza”


COMPROMISSO:
- "As diversas formas de reação dos trabalhadores"
- "Maior sentido ético e de indignação contra as injustiças e a corrupção"
- "Reconhecimento da importância e da necessidade da unidade"
- "Acreditar que outra sociedade, justa e sustentável é possível”
- "Participação de todos “na mudança”, de “agir e incentivar ao associativismo na procura de respostas para os problemas sociais”
- “Acordar” os “indiferentes e acomodados” para as “injustiças cometidas contra os mais desfavorecidos da sociedade”
- Ser “agentes de transformação no implementar de uma nova vivência social, baseada nos valores cristãos”


"O pouco acolhimento que o sofrimento destas pessoas, nomeadamente dos jovens, tem tido no seio da Pastoral da Igreja”
Os trabalhadores tocam num ponte importante. É preciso ter a nobreza humilde de o reconhecer.
Uma Igreja a "coçar para dentro": os seus movimentos, a sua catequese, a sua pastoral, a sua escola, a sua liturgia, o seu Direito Canónico, os seus problemas...
Mas a Igreja só cresce quando se abre ao mundo, quando é evangelho. Afinal quando desempenha o serviço que Cristo lhe confiou!
Uma Igreja ensimesmada no divórcio, no aborto e na eutanásia.
"Toda a vida humana é sagrada desde a sua conceção até à morte natural."
Então é função da Igreja propor, anunciar, apoiar a vida desde o seio materno até ao seu ocaso.
Não ao aborto, não à eutanásia, sim à vida. Sempre!
Mas igualmente não à pobreza, à discriminação, à exploração, às desigualdades gritantes, à exploração e precaridade laboral, aos salários indignos. Sempre!
Há um fixismo da Igreja nos dois momentos - o inicial e o terminal. E o durante??? É tão importante como os outros.
Igreja de Cristo, caminha para as periferias existenciais e tira o profetismo da gaveta. Perde o medo  que tu apelidas de "santa prudência" e sê voz e vez dos que não têm voz nem vez!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

QUE CAMPANHA AUTÁRQUICA QUEREMOS!?



2017 é ano de eleições autárquicas.
O poder autárquico é o que está mais perto das populações e lhes é mais acessível. Não tenho neste momento dados sobre a abstenção neste tipo de eleições, mas acredito que sejam as que menos cidadãos eleitores tenham a abster-se de votar. E compreende-se. É aos autarcas que as populações se dirigem para a resolução de múltiplos e variados problemas que têm a ver com a sua vida. E mesmo quando se precisa de ir às instâncias do poder central, é muito importante a solidariedade do poder autárquico.
Mas porque estão mais próximos, os autarcas são mais conhecidos dos eleitores. A sua acção e o seu comportamento, sendo mais visíveis, tornam-se facilmente analisáveis e deturpáveis, tanto no melhor como no pior sentido.

Então nesta campanha:
- que os vários candidatos apresentem as suas propostas com clareza, de modo que os cidadãos fiquem correctamente informados para poderem optar;
- sabendo que toda a eleição comporta também uma avaliação da obra feita, que tal avaliação seja realizada objectivamente, oferecendo os motivos de concordância ou discordância;
- que a campanha decorra dentro de uma dinâmica de esperança realista;
- que se evite a demagogia de tudo prometer a todas para não criar nas populações a decepção que acarreta sempre o afastamento dos eleitores da política e do interesse pela causa pública;
- que a campanha tenha nível e dignidade. Apresentem-se e debatam-se ideias e projectos, mas evite-se o ataque pessoal e mesquinho. "Lavar roupa suja" é para o lavadoiro, nunca para uma campanha de nível e com nível;
- que a saudável discordância política saiba respeitar o cavalheirismo entre os vários candidatos. Antes de tudo, está o ser humano e sua infinda dignidade. Há adversários, não pode haver inimigos. Pode-se discordar, mas existe o dever de ser SEMPRE cavalheiro;
- que os cidadãos estejam atentos, sejam serenos, saibam analisar a postura e as propostas dos candidatos e se decidam, não pelo interesse particular e - tantas vezes - mesquinho, mas tendo sempre em conta o bem comum. Quandos todos estiverem bem, cada um também estará.
Também as novas tecnologias são para todos, mas não são para tudo.
É aflitivo como algumas situação insignificantes merecem tanto debate, tanto acusação, tanta desculpa, tanta insinuação, tanto ataque pessoal nas redes sociais.
Parece que não queremos ver mais que um dedo à frente dos olhos.
Os grandes problemas passam ao lado. O mesquinho, a intriga, os jogos por baixo da cinza é que comandam.
- A questão da falta de emprego pela ausência de investimento nesta zona
- O turismo de que tanto se fala mas pelo qual há imenso a fazer. E o turismo será certamente uma fonte de emprego e de desenvolvimento
- A recuperação das partes antigas das localidades, tantas vezes abandonadas e transformadas em escombros
- A preservação do património
- A elevação cultural do concelho... Nem uma universidade sénior temos... Nem uma rádio local...
- Dinamizar, organizar e otimizar a assistência social de modo a evitar a quintalização da mesma e o dispêndio de dinheiro que não existe
- Na época da globalização, nenhum município é uma ilha, por isso há que trabalhar com outros municípios de modo a que haja desenvolvimento regional que a todos favoreça e dê resposta válida a questões vitais para as pessoas, como a saúde que está como está nesta zona toda
- Incentivar e apoiar ativamente toda a iniciativa cívica no campo da cultura, da economia, do associativismo
- Um novo olhar sobre a agricultura precisa-se: novas culturas, melhoramento da logística agrícola, escoamento dos produtos, arrendamento e junção de parcelas de terrenos
- Desburocratização dos serviços, essa teia imensa consumidora de tempo, paciência e recursos
- Criar um ambiente positivo que ultrapasse a má-língua, o deita-a-baixo, canalizando as energias para a construção do futuro.
- Vivenciar a democracia no que tem de mais belo: participação cívica, criatividade, solidariedade, empenhamento


Neste ano eleitoral não olhemos só para o umbigo de cada um, de cada partido. Nem para a sombra dos outros!
Olhemos longe, olhemos ao largo.

É POSSÍVEL SER CATÓLICO SEM SER PRATICANTE?

É POSSÍVEL SER CATÓLICO SEM SER PRATICANTE?
SE NÃO FOR PRATICANTE, PODERÁ SER CATÓLICO?

 
Chen Chien-Jen é um respeitado cientista apresentado como «católico praticante». Ainda bem.
Aliás, como é possível ser católico sem ser praticante? Se não for praticante, poderá ser católico?
Como imaginar um católico que não pratique a fé, que não pratique a Eucaristia, que não pratique a Confissão, que não pratique os Mandamentos, que não pratique as Bem-Aventuranças?
É certo que nem sempre se consegue.Mas praticante não é tanto aquele que consegue. É sobretudo aquele que tenta, aquele que não desiste de tentar!
João António Teixeira

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Ser ESCUTEIRO É "BUÉ DE FIXE"!

Paróquia de Tarouca
ESCUTISMO
Criança,
Adolescente,
Jovem,

QUERES SER ESCUTEIRO(A)?
Inscreve-te na sacristia da Igreja de Tarouca até ao fim de março!
Fala com os teus pais e avança com a inscrição!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Boa semana, Famílias! Já que os problemas sempre estão, haja boa disposição!


Somos uma sociedade de "pais helicóptero" que fazem dos filhos reis, avisa psicólogo

O psicólogo Javier Urra defende que os educadores de hoje tendem a tornar-se "pais helicóptero", que supervisionam os filhos de forma constante, superprotegendo as crianças e fazendo-as sentir-se reis e equivocadas na importância do seu papel.

"Há uma sociedade do medo. São 'pais helicóptero', sempre a supervisionar a criança para que não coma terra, não tropece, não caia. O filho está sempre protegido, sobre mimado e há um momento em que se sente o rei e se equivoca. Ele é tão importante como os outros, mas não mais importante", sintetiza Javier Urra, terapeuta que lança agora em Portugal o livro "O Pequeno Ditador Cresceu", depois de a obra "O Pequeno Ditador" ter atingido a 18.ª edição.
Ao mesmo tempo, a autoridade dos pais dilui-se e faz dissipar regras, critérios e limites, uma realidade visível sobretudo em países desenvolvidos ou ricos, como em Espanha ou em Portugal, que apesar das dificuldades económicas não deixam de assim ser considerados.
"Em países como Angola ou o Quénia isto dificilmente se passará, porque não se aceita uma alteração das regras na casa. Aqui, nos nossos países, queremos ganhar o carinho dos filhos, deixamo-nos chantagear por eles. Antes, os pais não tinham tantos livros nem tantas séries de televisão, mas tinham critérios: isto está bem ou isto nesta casa não se passará assim", argumenta Javier Urra, em entrevista à agência Lusa.
As crianças, desde cedo, precisam de limites, caso contrário tornam-se neuróticas: "Precisam de um código. Os pais são como uma parede onde chocam. Os adolescentes, sobretudo, precisam de chocar, chocar e ver que o outro não cede".
Há normas ou limites que Javier Urra considera basilares para evitar que a criança sinta que pode tornar-se tirana: não permitir que maltrate ou ridicularize outras crianças ou adultos e não ceder a caprichos impróprios para cada idade (seja não querer ir à escola ou pretender fumar charros com os amigos).
Defende Javier Urra que as crianças precisam, desde cedo, de se habituar a normas básicas, como não estragar coisas ou respeitar hábitos básicos.
"A maioria dos pais diz a uma criança de 13 anos para lavar os dentes umas 12 vezes. Não é preciso dizer muitas vezes. A criança tem de o assumir, de o interiorizar e fazê-lo", exemplificou.
Mesmo que nem sempre seja culpa dos pais, uma criança adquirir o lugar de ditador em casa acontece geralmente porque não são passados critérios de limite ou de autocontrolo.
"Aprender a ser um pequeno ditador é muito fácil e é muito cómodo", reforça o terapeuta, lembrando que muitas vezes os pais aceitam o seu papel de escravos.
A este propósito, Javier Urra conta o episódio de um adolescente que entrou no seu centro de tratamento nos arredores de Madrid e que, mal se despia, atirava toda a roupa constantemente para o chão. "Simplesmente porque assim fazia em casa, porque assim fez sempre e nunca fazia de outro modo".
"Há crianças com menos de sete anos que dão pontapés às mães e estas dizem 'isso não se faz' enquanto sorriem", escreve Urra no seu novo livro, enumerando as caraterísticas das crianças com o "síndrome de imperador":
"São crianças caprichosas, sem limites, que dão ordens aos pais, organizam a vida familiar e chantageiam todas aqueles que tentam travá-las".
Para o próprio bem dos filhos, reforça Javier Urra, há que dizer 'não' às crianças, até porque querê-la e amá-la não é dizer 'sim' a tudo.
O psicólogo espanhol julga que se rompeu uma das normas ancestrais da sociedade - o respeito.
Para evitar "não traumatizar", Javier Urra considera que se cede demasiado, que a sociedade está a ser permissiva e a educar os filhos nos seus direitos, mas não nos seus deveres, produzindo filhos tiranos.
"Para seu próprio bem, temos de dizer 'não' às crianças", resume.