quinta-feira, 31 de maio de 2007

Dia Mundial da Criança

Um de Junho é o Dia Mundial da Criança.

Após a 2ª Grande Guerra Mundial, as crianças de todo o Mundo enfrentavam grandes dificuldades, a alimentação era deficiente, os cuidados médicos eram escassos. Os pais não tinham dinheiro, viviam com muitas dificuldades, retiravam os filhos da Escola e punham-nos a trabalhar de sol a sol. Mais de metade das crianças Europeias não sabia ler nem escrever.

Em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres, propôs às Nações Unidas que se comemorasse um dia dedicado a todas as crianças do Mundo.

Os Estados Membros das Nações Unidas, - ONU - reconhecendo que as crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social, necessitam de cuidados e atenções especiais, precisam de ser compreendidas, preparadas e educadas de modo a terem possibilidades de usufruir de um futuro condigno e risonho, propuseram o Dia 1 de Junho, como Dia Mundial da Criança.
Nunca é demais lembrar, até porque poucas vezes isso tem sido feito, quais os direitos que assistem especificamente às crianças, e que estão consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança que foi elaborada em 1989 pelas Nações Unidas, que tiveram em consideração, entre outras coisas, o indicado na Declaração dos Direitos da Criança, adoptada em 20 de Novembro de 1959 pela Assembleia Geral desta Organização, que dizia que “a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais...”.

A ONU reconheceu também que “em todos os países do mundo há crianças que vivem em condições particularmente difíceis e a quem importa assegurar uma atenção especial, tendo devidamente em conta a importância das tradições e valores culturais de cada povo para a protecção e o desenvolvimento harmonioso da criança e a importância da cooperação internacional para a melhoria das condições de vida das crianças em todos os países, em particular nos países em desenvolvimento.”

CRIANÇA!

Criança, tu és o conforto
Criança, tu és o amor.
Tu, que tens alegria nos teus olhos
E que aos outros ofereces amizade;
Tu, que caminhas
Sem maus pensamentos
E que amas
Sem rodeios
Vem ...!
Vem comigo.
Dá-me a tua mão.
Criança,
Tu és o símbolo
Do amor
Da paz
E da liberdade.
Tu és o fruto
Da inocência
E da pureza.
Criança
Ajuda-nos a construir
Um mundo bom,
Como tu
Estrela brilhante!

Poema de Paula Perna

Junho, mês festeiro

Junho, o mês do Sagrado Coração de Jesus.
Junho, o mês dos Santos Populares.
Junho, o mês das Primeiras Comunhões e das Profissões de Fé.
Junho, o mês das avaliações dos alunos e dos exames.
Junho, a antecâmara das férias.

Um Junho feliz para todos!

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Como gosto de Ti, Senhora!


Senhora e Mãe nossa! Neste último dia de Maio, mês a Ti consagrado, quero saudar-Te e
pedir-te que todos os dias da minha vida sejam Maio.

Mãe, modelo, companheira, amiga, ternura, confidente, presença. Tu sabes, Senhora, a importância que tens na minha vida. Como eu te amo, ó rosto materno de Deus! Como me sinto teu filho no Filho que nos deste!

Quantos segredos Te confio e quanto paz de Ti recebo!

Senhora orante, ensina-me a rezar! Senhora da Mensagem, ensina-me a escutar o Salvador na Palavra viva da Bíblia, na voz da Igreja, no rosto de cada irmão! Mãe do amor puro, ensina-me a amar com uma alegria feita serviço, persistência, discrição.

Mãe do Bom Pastor, sinaleira de Cristo nas estradas da vida, ensina-me que só o absoluto de Deus liberta o homem.

Maria, minha boa e terna mãe, nos momentos difíceis da vida, quando a dor, a imcompreensão, o pecado me tornem mais frágil, embrulha-me no teu xaile, envolve-me no teu carinho, defende-me do mal.

Gosto tanto de ti, Mãezita!

AVE-MARIA

Ave-Maria! Mãe piedosa e boa,
Em cuja meiga sombra sacrossanta
Queremos repousar. Mãe! Abençoa
Todos os filhos teus e em coro canta,
Com todos os que sofrem, a prece santa
Que elevamos ao Pai. Prece que soa
Como eflúvio de amor e a alma levanta
Aos páramos divinos onde ecoa.
Ó doce Mãe do meigo Nazareno!
Consolação dos fracos! Luz radiosa
Que ao náufrago conduz em mar sereno!
Escuta compassiva a nossa voz,
Ó Máter pura e piedosa!
E estende a tua bênção sobre nós!
Marly Guimarães Fróes

Texto fantástico! Vale a pena ler

NÓTULA SOBRE A GREVE

Eu sei que ser governo não é fácil.
Mas reconheço que ser cidadão se está a tornar cada vez mais difícil.
Tenho consciência de que é com os sacrifícios de todos que conseguiremos o progresso do país.
Tenho noção de que a via do diálogo é a mais recomendável para a equação das dificuldades e para a resolução dos problemas.
Mas percebo a saturação, o desgaste e a indignação de quem se sente, repetidamente, injustiçado.
E noto que não é tanto por questões salariais que as pessoas protestam (embora estas também tenham o seu peso). O que está em causa são, sobretudo, questões de porte, de atitude, de autismo, de indiferença, de sobranceria, de arrogância, de esquecimento dos mais pobres e de abandono dos mais pequenos.
Não faço greve, mas entendo quem a faz. Por isso, estou solidário com muitos dos que recorrem a este instrumento. É com os mais pobres que mais convivo. Sei das suas preocupações e acompanho muitas das suas angústias.
Só espero que, apesar da legitimidade do protesto (o Padre Häring falava da necessidade do «ministério do protesto»!), nenhum doente fique por consultar!
Que aqueles que exercem o poder (entendido como serviço) não procurem minorar o alcance da greve. Escutem as pessoas. E tentem ajudá-las a resolver os seus dramas!

http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/

Portugal é o nono país mais pacífico do mundo


Portugal é o nono país mais pacífico do mundo, de acordo com uma tabela divulgada hoje liderada pela Noruega, na qual o Iraque surge na última posição.

O denominado Global Peace Index, que agrupa 121 países, foi elaborado pelo filantropo australiano Steve Killelea para o The Economist Intellegence Unit, o centro de investigação associado à revista britânica The Economist.

A tabela foi feita com base em 24 factores como os níveis de violência, o crime organizado e as verbas que cada nação destina às forças militares.

Os países europeus estão em maioria no top dez dos mais seguros, enquanto os Estados Unidos da América ocupam a 96ª posição.

O estudo salienta que os países estáveis, de pequena dimensão e integrados em blocos regionais como a União Europeia estão entre os mais tranquilos.

Os rendimentos dos cidadãos e o nível de educação são também factores determinantes na posição que cada país ocupa neste ranking, cuja elaboração contou com o apoio de personalidades como os prémios Nobel da Paz Dalai Lama, Desmond Tuto e Jimmy Carter.

Segundo esta tabela, a Noruega é o país mais pacífico do mundo, seguida da Nova Zelândia, Dinamarca, Irlanda e Japão. Finlândia, Suécia, Canadá, Portugal e Áustria completam os primeiros dez lugares.

No fundo da lista está o Iraque, considerado o mais perigoso, seguido do Sudão, Israel, Rússia, Nigéria, Colômbia, Paquistão, Líbano e Costa do Marfim. Angola surge como o 10.º país mais perigoso do mundo nesta tabela.
Lusa/SOL
Será???
É que não se nota muito... Basta estar atento à comunicação social. Assaltos, ofensas corporais (e não só...), roubos de todo o tipo, raptos, ameaças...burlas - até pela internet... A insegurança anda no ar.
E que dizer de alguns bairos de algumas cidades onde a própria polícia só entra em força? E o medo que as pessoas sentem de percorrer determinados locais a partir de certas horas? E o perigo para a vida que representam as nossas estradas?
Bom, se mesmo com isto tudo, Portugal é o 9º país mais seguro do mundo, que será em outras paragens!?

terça-feira, 29 de maio de 2007

A ESCOLA FOI ÀS URNAS

Em 29 de Maio, realizaram-se as eleições para o Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de Tarouca.
Enorme paricipação. Professores do 1º, 2º, 3º Ciclos e Secundário, representantes dos alunos, dos encarregados de educação, pessoal administrativo e auxiliar, representantes da sociedade civil... marcaram presença massiva. Votaram 94,98% dos inscritos.
Foi esmagadora a vitória da Lista A ( 77.88%), liderada pela Dra. Manuela Machado, que já era a anterior Presidente do Conselho Executivo. Integram ainda a nova direcção o Dr. Orlindo, a Dr.a Augusta, a Dra Celina (que transitam do anterior Conselho Executivo) e o Dr. João.
Sem nada ter contra ninguém, expresso o meu contentamento pela vitória destes amigos. Sempre os apoiei, sem nunca abdicar de lhes manifestar os meus pontos de vista. Mas também sempre me acolheram e souberam respeitar a minha "reguilice"! É assim com os verdadeiros amigos.
Muitas vezes disse de viva voz à Dra. Manuela que tinha o dom de saber exercer o poder. Confio plenamente que o continuará a fazer em prol de uma comunidade educativa actualizada, mobilizada e mobilizadora, onde cada um é acolhido e respeitado.
E já agora, amiga, não esqueça as aulas de substituição! (Lá está o reguila...). Mas sei que também sente que é preciso dar "uma volta ao caso"!
PARABÉNS!

Os meninos da Profissão de Fé


Os meninos da Profissão de fé começaram ontem a preparação próxima da sua festa, que será no dia do Corpo de Deus.
Depois, em 9 e 1o de Junho, estes miúdos peregrinarão até Fátima para participarem na Pregrinação Nacional das Crianças.
Há muitos anos que o fazemos, sempre com o grupo da Profissão de Fé. Ainda recordo os tempos em que éramos a única paróquia da Diocese a fazê-lo. Felizmente cada vezes mais paróquias têm alinhado nesta iniciativa que junta em Fátima milhares e milhares de crianças.
Este ano, porque calha num fim-de-semana, não os posso acompanhar. Mas vão bem entregues. Os catequistas são sempre inultrapassáveis.

Cem portugueses trabalham "como escravos" na Islândia

Até há pouco tempo, os relatos de "trabalho escravo" chegavam-nos de países distantes, da Ásia, de África, ou da América do Sul. Hoje, não só têm lugar na próspera e civilizada Europa, como a exploração da mão--de-obra emigrante atinge cada vez mais portugueses.

Os últimos exemplos têm a Islândia como pano de fundo e cerca de cem trabalhadores portugueses."É uma experiência muito má, parece que nos tratam como escravos", desabafou um trabalhador português , recentemente regressado da Islândia. Aquele trabalhador, que pediu o anonimato, foi contratado por uma empresa de trabalho temporário para participar na escavação de túneis, destinados a recolher a água proveniente do degelo dos glaciares e a transportá-la para uma barragem para produzir energia eléctrica."


"Trabalhamos dentro dos túneis todo o dia, em jornadas de 14 horas, com água até aos joelhos", diz aquele trabalhador, que aponta ainda a inexistência de condições mínimas: "até na mesa das refeições cai água constantemente". A alimentação é outra fonte de problemas: "a comida é horrível", diz o mesmo emigrante. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Norte, Albano Ribeiro, adianta que as refeições são sempre feitas de arroz e cozinhadas pelos outros trabalhadores chineses, sendo que os operários são obrigados a comer num período de tempo muito curto, sempre dentro do túnel, sábados, domingos e feriados.

Segundo o DN apurou, em causa está a construção da central hidroeléctrica de Kárahnjúkar, na zona noroeste da Islândia, um megaprojecto adjudicado à multinacional de origem norte-americana, Alcoa, e iniciado em 2003.

Um jornalista do jornal islandês Morgunbladid confirmou ao DN que "têm existido incidentes relacionados com as condições de trabalho nesse projecto", adiantando que o Governo islandês anunciou a intenção de tomar iniciativas para regular as condições em que essa mão-de-obra é contratada.

Através do mecanismo de subcontratação de pessoal, com recurso a empresas de trabalho temporário, as grandes empresas conseguem reduzir os custos - buscando a mão--de-obra mais barata no mercado internacional - e limpar a imagem, quando há denúncias sobre desrespeito pela legislação laboral.

De acordo com o dirigente sindical que denunciou o caso, os portugueses têm como companheiros chineses, polacos e italianos, sendo que estes últimos ganham, em média, mais três mil euros por mês do que os portugueses que executam o mesmo trabalho.

Esta denúncia surge na mesma semana em que o DN deu conta de um caso parecido registado em Andorra, Espanha, com trabalhadores da construção civil. Foram dirigentes sindicais de Andorra que pediram à CGTP para que esta realizasse uma acção pedagógica para sensibilizar os trabalhadores portugueses que aceitam trabalhar em condições desumanas a qualquer preço.


A mão-de-obra portuguesa menos qualificada - confrontada com uma taxa de desemprego de 8,4% no último trimestre e com a concorrência de mão-de-obra imigrante mais barata - tenta agora a sua sorte na União Europeia. A Espanha, a Inglaterra, a Holanda e a Alemanha são, por ordem decrescente, os destinos preferidos. Estima-se que mais de 20 mil portugueses estejam a abandonar o País todos os anos em busca de trabalho.

Jornal de Notícias (DN), 27-5-07

segunda-feira, 28 de maio de 2007

"NEM QUE TIVESSE QUE IR AO PAPA..."

Aparecera decidida. Queria baptizar o filho. Respondi que, na Paróquia, quem tratava dos assuntos do Baptismo era o Diácono Amorim. Disse que sabia disso, mas que queria primeiro falar comigo.
Afirmou que não era casada catolicamente, que era casada civilmente e que tanto ela como o companheiro não queriam casar pela Igreja. "E olhe somos tanto ou mais católicos do que os que se casam pela Igreja!" Procurei ouvir e perceber motivos. Foi repetindo que se dava bem com o homem com quem vivia, que era o homem da sua vida e que ele também a amava muito. Mas o Sacramento do Matrimónio estava fora de hipótese. Ah! Não havia nada que impedisse a celebração do Sacramento do Matrimónio. Simplesmente não queriam.

Mas o filho tinha que ser baptizado, nem que tivesse que ir ao Papa! A rir, fui-lhe dizendo que até poderia aproveitar para fazer uma bela viagem turística. Motivos para tal sobram em Itália...

Disse-lhe que o Evangelho é um todo. Ou se aceita ou não se aceita. Que aceitar só o que nos interessa não é nada. É interesseirismo e mesquinhês puros. É brincar ao "té-té" com Deus. E Deus leva-nos demasiado. E nós? Na perspectiva da fé católica, um homem e uma mulher devem viver juntos após a celebração do seu matrimónio. Que não senhor, que isso era antigamente, que agora não é nada assim. Perguntei-lhe se era ela a autora do Evangelho para o interpretar conforme as suas manias. Encolheu os ombros.

Disse-lhe que Deus não condena crianças, mas que os adultos teriam que responder pelas suas opções de vida. Portanto, e na perspectiva da verdade, devia primeiro procurar viver conforme a Igreja indica e só depois "meter" na Igreja o seu rebento. Não mostrou qualquer receptividade. Estava comodamente instalada nos seus preconceitos e manias. Ela era o absoluto, a deusinha de si mesma.

Sugeri-lhe que fosse pensar um bocadinho com o seu companheiro. Que questionassem a sua atitude perante o Evangelho, perante a Igreja, perante o filho e perante a verdade. Bastante contrariada, lá me disse que sim. Mas que queria baptizá-lo no mês tal. Tinha que ser. É que vinham parentes e amigos e desejava juntar toda a família. Disse-lhe que, se era para fazer uma festa, não precisavam do baptizado. Não faltariam outros motivos... Nem sequer é uma razão para baptizar. O Baptismo é muitíssimo mais que isso e muitíssimo para além disso. É só para quem tem fé e a quer viver na comunhão da Igreja.
Depois, fui buscar o ritual e pedi-lhe para ler a pergunta que o ministro faz aos pais no momento do Baptismo: "Que pedis à Igreja para o vosso filho?" Olhe que quem pede não exige... Ficou mais murcha, que não convencida.

Mudou de assunto. Falou dos padrinhos. Que tinha que ser um irmão e uma sobrinha. Apresentei-lhe o Boletim Paroquial do Natal e o da Páscoa que falavam exactamente das condições requeridas pela Igreja para exercício do múnus de padrinho/madrinha. Disse que os recebera, mas nem os lera. Meu Deus, tanto trabalho para informar e formar e depois dá nisto!!!
Nenhum dos dois possuia as condições exigidas. Ele, casado civilmente, nem sequer fora crismado; ela só tinha 13 anos e, claro, ainda não recebera o Sacramento da Confirmação. Disse-lhe quer nem pensar. Até espumejava! Que os padres deitavam a religião abaixo, que quem mandava era ela, que tinha que ser conforme pretendia. Respondi-lhe que, se quem mandava era ela, então que baptizasse ela o filho na "sua religião"! Confesso que fiz um esforço sobre-humano para conservar alguma calma. A arrogância e a prepotência, aliadas à ignorância e à perversidade tornam-se insuportáveis!
"- Olhe, minha senhora, a Igreja é para todos, mas não é para tudo!"

Caso único? Infelizmente não. Muitos. Mas felizmente aparecem com outro estofo, outra educação, outra humildade. Quase sempre.

Que mundo é este!! O que é a Igreja para esta gente? Supermercado de sacramentos? Bota de elástico para todo o serviço? Porreirismo barato e charlatão?
E Cristo? Onde fica? O que conta? Para muitos, um desprezível criado dos seus caprichos.

"SEJA FEITA, Ó DEUS, A VOSSA VONTADE ASSIM NA TERA COMO NO CÉU." Mas o que muita gente exige é que Deus lhe faça a sua vontade. Sempre! Que contra-Evangelho!

domingo, 27 de maio de 2007

Tarouquense desce, mas esperamos que suba rapidamente

A Equipa do Tarouca foi derrotada em Lamelas (1 - 0 para o Lamelas). Deste modo acabou por se juntar ao Viseu e Benfica e Mortágua rumo à 1.º Divisão Distrital. Por sua vez o Académico de Viseu subiu á III Divisão Nacional.
Tantas vezes que, na vida, é preciso dar um passo atrás para depois se darem dois em frente! Nada de desanimar. O Tarouquense, com o apoio e a solidariedade de todos, vai regressar para se estabelizar na Divisão de Honra, rumo à 3ª Divisão.
Não é tempo para desânimos nem para "assar" seja quem for. Mas será tempo para parar, analisar, definir um projecto e avançar.
Força, Tarouquense! Não te deixes abater.

Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55

— Por cada 100 euros que o patrão paga pela minha força de trabalho, o Estado, e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a Segurança Social;
— O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho, está obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social;
— E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros;
— Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão pagou, o Estado, e muito bem, fica com 21 euros para si.

Em resumo:
- Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55;
- Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 21;
— Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33;
— Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.

Eu pago, e acho muito bem, portanto exijo:
— Um sistema de ensino que garanta cultura, civismo e futuro emprego para os meus filhos; - Serviços de Saúde exemplares;
— Um hospital bem equipado a menos de 20 km da minha casa;
— Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o país;
— Auto-estradas sem portagens. Pontes que não caiam;
- Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano;
- Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos;
— Eu pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida e jardins públicos e espaços verdes bem tratados e seguros. Polícia eficiente e equipada... os monumentos do meu país bem conservados e abertos ao público... uma orquestra sinfônica... que não haja um único caso de fome e miséria nesta terra...

Na pior das hipóteses, cada 300€ em circulação em Portugal garantem ao Estado 100€ de receita.

Portanto, Srs. Governantes, governem-se com o dinheiro que lhes damos porque nós queremos e temos direito a tudo aquilo.

assinado Um português contribuinte.

O neo-liberalismo conseguiu assassinar consciências...

Uma pessoa, minha amiga, fora a uma consulta de especialidade a Coimbra. Na sala de espera, as pessoas iam falando disto e daquilo. Às tantas, um cavalheiro barafusta contra o custo de vida. É que era casado, pai de um filho, e em sua casa entravam por mês mil contos (falando em moeda antiga). E não davam para nada, queixava-se.
A pessoa, minha amiga, fica sem palavras. Entorpecida. Então em casa dela, onde são também três pessoas, têm de viver com o ordenado mínimo que o pai ganha e umas horas que a mãe dá em trabalhos domésticos, sendo ela estudante universitária!? Ah! E têm que pagar renda de casa... E a mãe nunca ganha para as despesas médicas, pois é doente.
Pois é! Há pessoas a quem o muito nunca chega. Há outras para quem o pouco tem que ser suficiente. Há cá uma conciência de justiça social neste país!!!

Há dias, um amigo meu contava-me que havia quadros superiores de empresas privadas a ganhar mais de sessenta mil contos por mês, fora os prémios de produtividade que podiam ascender a dois milhões de contos/ano. Um euromilhões anual! Fiquei autenticamente escandalizado. Sem palavras.
Em conversa com pessoas amigas, falo deste caso. Uma delas retorque que, sendo empresas privadas, nada tinha a comentar. Era natural. Outra vez me senti sem palavras.
Como é possível? O neo-liberalismo selvagem conseguiu destruir nas consciências todos os resquícios de justiça social. Vale tudo. As pessoas tornaram-se completamente insensíveis. Acham tudo natural. Até que, num país com 2 milhões de pobres, haja gente a ganhar estes inqualificáveis ordenados.

Os portugueses são capazes de fazer uma guerra pelo facto de na escola tal cairem umas pingas no refeitório. Mas a maioria é completamente insensível perante esta escandalosa situação social. Quando se mobilizará a sociedade para o que realmente interessa?
Quando será que os meios de comunicação social pegam na pobreza como algo que está na moda e é preciso combater?
Quando será que a Igreja, especialmente a sua hierarquia, dá voz e vez àqueles que não têm voz nem vez? Corajosamente, decididamente, sem medo do "politicamente correcto"!
Que o Espírito nos ilumine.

sábado, 26 de maio de 2007

SOLENIDADE DO PENTECOSTES

Dia 27 de Maio de 2007. Solenidade do Pentecostes. 50 dias após a Páscoa, a Igreja celebra a "Páscoa vermelha do Espírito".
Cristo Ressuscitado e Glorificado cumpre a promessa e envia do Pai o Espírito Santo, o Paráclito. O Espírito Santo, Dom de Deus a todos os crentes, dá vida, renova, transforma, constrói comunidade e faz nascer o Homem Novo.

"Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo,que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles.Todos ficaram cheios do Espírito Santoe começaram a falar outras línguas,conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem." (Act 2, 3-4)

"Dito isto, soprou sobre eles e disse lhes: «Recebei o Espírito Santo" (Jo. 20,22)

"Ninguém pode dizer: «Jesus é o Senhor»,a não ser pela acção do Espírito Santo.De facto, há diversidade de dons espirituais,mas o Espírito é o mesmo.Há diversidade de ministérios,mas o Senhor é o mesmo.Há diversas operações,mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.Em cada um se manifestam os dons do Espíritopara o bem comum." (1Cor 12, 3-7)

«Sem o Espírita Santa, Deus fica longe; Crista permace no Passado; o Evangelho é letra morto; a Igreja é uma simples organização; a autoridade é um poder; a missão é propaganda; o culto, uma velharia; e o agir moral, um agir de escravos., Mas, no Espírito, a cosmos é enobrecido pela geração do Reino; Crista ressuscitada torna-Se presente; O Evangelho faz-se poder e vida; a igreja o realiza a comunhão trinitária; a autoridade transforma-se em serviço; a liturgia é memorial e antecipação; o agir humano é deificado». - Atenágoras

Um lavrador octogenário fala do Espírito Santo

Quando questionado sobre o que sabia acerca dos dons do Espírito Santo, Gregório Machado Barcelos, um lavrador octogenário da Ilha Terceira, respondeu: “É bom que o senhor me pergunte, porque acho que na cidade falam, falam e acertam pouco. Sem ofensa, até acho que não sabem nada, de nada. Mas eu digo como é que meu pai dizia e o pai dele lembrava muitas vezes como era.
Eu digo que os dons do Espírito Santo são sete e são sete porque é assim mesmo, é um número que vem dos antigos, como as sete partidas do Mundo ou os sete dias da semana e não vale a pena estar a aprofundar muito, porque não se chega a lado nenhum e só complica. E o primeiro dom do Espírito Santo é a Sabedoria – é o dom da inteligência e da luz. Quem recebe este dom fica homem de sabença. Os apóstolos estavam muito atoleimados e cheios de cagança e veio o Divino que botou o lume nas cabeças deles e eles ficaram mais espertinhos. Depois vem o dom do Entendimento. Este está muito ligado ao outro, mas aqui, quer dizer mais a amizade, o entendimento, a paz entre os homens. Este é assim: o Senhor Espírito Santo não é de guerras e quem tiver pitafe dum vizinho deve de fazer logo as pazes que é para ser atendido. E o terceiro dom do Espírito Santo é o do Concelho – o Espírito Santo é que nos ilumina e indica o caminho. É a luz, o sopro, ou seja, o espírito. É por isso que tem a forma de uma Pomba, porque tudo cria e é amor e carinho. O quarto dom é o da Fortaleza, que vem amparar a nossa natural fraqueza – com este dom a gente damos testemunho público, não temos medo. Quem tem o Senhor Espírito Santo consigo tem tudo e pode estar descansado. Depois vem o dom da Ciência, do trabalho e do estudo. O saber porque é que as coisas são assim e não assado. É não ser toleirão nem atorresmado como muitos que há para aí. O senhor sabe! O dom da Piedade e da humildade é o sexto dom. Quer dizer que o Senhor Espírito Santo não faz cerimónia nem tem caganças. Assim os irmãos devem ser simples e rectos. E depois, por derradeiro, vem o sétimo dom que é o Temor mas não é o temor de medo. É o temor de respeito – para cá e para lá. A gente respeita o Espírito Santo porque o Senhor Espírito Santo respeita a gente. Temor não é andar de joelhos esfolados ou pés descalços a fazer penitências tolas: é fazer mas é bodos discretos com respeito mas alegria que o Espírito Santo não tem toleimas nem maldades escondidas. É isto que são os sete dons do Espírito Santo e o senhor se perguntar por aí ninguém vai ao contrário, fique sabendo.”

"Matadouro" nacional

Sabe quantas pessoas já morrerram nas estradas portuguesas desde o início do ano?

Veja a resposta em http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt

Fernando Charrua é o sexto funcionário a ser afastado

Para quem ainda tem pruridos em considerar que este governo está muito para além daquilo que, só eufemisticamente, poderia ser chamado de "democracia musculada", vejam-se as semelhanças entre estes procedimentos e os adoptados pela PIDE.

Directora da DREN acusada de perseguição
Fernando Charrua é o sexto funcionário a ser afastado
Fernando Charrua é já o sexto funcionário da Direcção Regional de Educação do Norte a queixar-se de perseguição por parte da directora da DREN. Margarida Moreira já tinha afastado outras cinco pessoas, revela a edição de hoje do semanário Expresso.

De acordo com o jornal, uma das outras cinco pessoas que Margarida Moreira afastou foi um professor cego desde a nascença. O móbil do afastamento de António Queirós foi o mesmo: uma conversa mantida com um colega foi relatada e deturpada junto da DREN.

O suspeito do relato será o mesmo envolvido no caso do Professor Charrua, acusado pela directora da DREN de ter ofendido o primeiro-ministro dentro do edifício público.

Entretanto, o semanário Sol revela hoje que o afastamento de Fernando Charrua foi apoiado pela secretaria-geral da Educação, antes de o caso ser tornado público.

A minha saltariquice é um encanto!

Os pequeninos do 2º ano estão em preparação intensiva para a sua festinha da 1ª Comunhão.
Hoje estive com eles. Foi uma maravilha! lindos, espertos, sorridentes, atenciosos. Só eles mesmo!
Cantámos, rezámos, conversámos... foi uma festa com Jesus. Ah! E ganharam todas as apostas que fiz com eles. "esta agora não sabeis! Eu vou ganhar." Mas qual quê! Logo os deditos se espetavam no ar para responder. São uns campeões, os meus pequenitos.

Às tantas, quis pregar-lhes uma partida. Fui malandreco. Quis me dissessem os mandamentos da Lei de Deus. Ora tal não faz parte do programa do 2º ano. As catequistas, bondosamente, abanaram a cabeça, como quem diz: "Isso não vale!"Mas pensam que eles entupiram? Enganam-se. Uns atrás dos outros, responderam: "Amar os outros como Jesus amou!" Fulminante. Fiquei sem palavras. Não sabem ainda enumerá-los um por um, mas já captaram a substância.
Fui à sacristia buscar hóstias para lhes falar de Jesus na Eucaristia. Logo um, mais entusiasta, dispara: "Isso não vale, porque isso é pão!" Pedi-lhe para explicar. Queriam todos falar. Há que pôr ordem "no galinheiro". Então disse que eu queria enganá-los, que aquelas hóstias não estavam consagradas, portanto não eram Jesus. Que o Jesus estava no sacrário.
E lá do canto, uma pequenita diz que é na Missa que o pão é consagrado e fica o Corpo de Jesus.
Que simplicidade bonita!

Só houve uma coisa onde asneiraram. Falei-lhes que iam fazer a 1ª Comunhão na solenidade da Santíssima Trindade. Todos sabiam o nome das Três Pessoas Divinas, todas sabiam uma oração para louvar a Santíssima Trindade... mas quando lhes perguntei qual das Três Pessoas se fez homem, parecia um totoloto! Cada um arrumou para lá com a sua! Claro que era "areia de mais para a sua camioneta". Lá expliquei. Pareceu-me que entenderam. Mas todos sabiam que Deus se fez homem para nos salvar.

Depois, todos viraditos para o sacrário, conversámos um bocadinho com Jesus, muito certinhos, com convicção e alegria. Após a genuflexão (muito lhes custa! Esperneiam-se todos!), foram saindo. Uma ainda chegou ao pé de mim, põe-se em bicos de pés, puxou-me a cabeça para baixo e segredou: "O meu vestido é cor-de-rosa!". Deu beijito e desandau.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Precisamos de Santos sem véu ou batina.

"Precisamos de Santos de calças jeans e ténis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema,
ouvem música e passeiam com os amigos.

Precisamos de Santos modernos,
santos do século XXI,
com uma espiritualidade inserida
no nosso nosso tempo.

Precisamos de Santos comprometidos
com os pobres e as necessárias
mudanças sociais.

Precisamos de Santos
que vivam no mundo,
se santifiquem no mundo,
que não tenham medo
de viver no mundo.

Precisamos de Santos
que bebam coca-cola
e comam hot-dogs,
que usem jeans,
que sejam internautas,
que usem disc man.

Precisamos de Santos
que gostem de cinema,
de teatro, de música,
de dança, de desporto.

Precisamos de Santos sociáveis,
abertos, normais, amigos, alegres,
companheiros.

Precisamos de Santos
que estejam no mundo;
e saibam saborear
as coisas puras e boas do mundo,
mas que não sejam mundanos."

João Paulo II

Dia Internacional da Criança Desaparecida

Assinalar angústias e esperanças. Debater e encorajar toda a população a espalhar a mensagem de solidariedade.

O Dia Internacional da Criança Desaparecida é hoje assinalado. A somar aos casos mediáticos que comunicação social dá conta, muitos outros se juntam, calando angústias e procurando esperanças.

A iniciativa de criar o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas surgiu na sequência do rapto de uma criança de seis anos - Etan Patz - a 25 de Maio de 1979 em Nova Iorque.
Nos anos que se seguiram, varias organizações começaram a assinalar esta data, mas só em 1983 o Presidente dos Estados Unidos declarou o dia 25 de Maio como dedicado às crianças desaparecidas. Três anos mais tarde, esta data conheceu dimensão internacional.

Na Europa, apenas a partir de 2002 é que este dia passou a ser assinalado pela Child Focus, uma organização europeia não-governamental (ONG), criada no seguimento do caso Dutroux das duas meninas desaparecidas na Bélgica em 1998.

Em 2004 a comemoração chegou a Portugal. O objectivo desta iniciativa é o de encorajar a população e a comunicação social a reflectir sobre todas as crianças que foram dadas como desaparecidas na Europa e no mundo. E também levar as autoridades a reflectir na prevenção e nas estratégias a criar, em colaboração com as entidades responsáveis pela educação, a justiça e a segurança.

Decorre hoje, no auditório da Assembleia da República a II Conferência Europeia de Crianças Desaparecidas e Exploradas Sexualmente. Esta iniciativa, organizado pelo Instituto de Apoio à Criança, recebe vários especialistas nacionais e estrangeiros entre eles o presidente do Grupo Especialista em Crimes Contra Menores da Interpol, mas também representantes do Centro Internacional de Crianças desaparecidas e exploradas (ICMEC) e da Federação Europeia das Crianças Desaparecidas, bem como o coordenador do Departamento de investigação Criminal da Policia Judiciária do Funchal.
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=46802&seccaoid=3&tipoid=142

Cada notícia governamental!

- Em Abril, numa entrevista ao Jornal da Noite da RTP, falando acerca da contestação dos funcionários públicos às medidas do Governo, o Sr. J. S. Pinto de Sousa afirmou taxativamente e com aquele arzinho de quem "só eu é que sei" : " Os funcionários públicos têm razão. No anterior Governo viram os salários congelados, agora a progressão nas carreiras. Isto não pode continuar e para o ano temos que negociar com os sindicatos".

Resultado das "boas intenções" deste senhor : AS PROGRESSÕES NA FUNÇÃO PÚBLICA ESTÃO CONGELADAS ATÉ AO FINAL DE 2008.
Realmente, não há mais pachorra !

- Outra "pérola" governamental saída das notícias de hoje : "AS CRIANÇAS VÃO PASSAR A PAGAR TAXAS MODERADORAS" !!!!
Até já com as criancinhas se metem !!!........

Mais uma : segundo o ministro Mário Lino, no Alentejo não há nada, nem escolas, nem hospitais, nem hóteis, enfim, é tudo, segundo as palavras desse iluminado "um deserto". Pergunta-se : quem é que tem andado a fechar hospitais e escolas ? Quem é que, sem qualquer sombra de dúvida, tudo tem feito para "fechar" o interior ?

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Pássaro "mordidor"

Não lhe basta ser um prisioneiro desde o nascimento, quanto mais o nome que recebeu: Bibi! Ele que é casto, se não por vocação, pelo menos por exigência de vida.
Deram-mo há 10 anos, com esta indicação: "Entre todos os que tenho, este é o mais cantador."
Realmente, enquanto jovem, cantava deliciosa e interminavelmente. Só que agora, talvez pelo peso dos anos, não canta. E mais, tornou-se agressivo. Mal alguém se aproxima do seu "solar" abre o bico, bate as asas, saltarica freneticamente, pula para as grades... Sempre na intenção de picar. Se por acaso a mão se aproxima, e na impossibilidade de a agarrar, bica repitidamente as grades. Está uma verdadeira ferinha! Nem quem lhe dá de comer e lhe limpa o palácio reconhece.
De uma coisa tem medo: do fumo do cigarro. Pode estar todo encarniçado, mas se me vê a fumar, amaina e tenta fugir. Não quer brincadeiras poluidoras. O meu canário é um ecologista militante! Por isso, adora alface.
Bom, em abono da verdade, deve dizer-se que lá de bom bico é ele. Tudo o que se lhe dá ele debica. Claro, umas coisas mais do que outras.
Gosto de colocar o seu "palácio" ao pé de mim quando estou a almoçar ou a jantar. Ele empoleira-se todo, com uns olhos que parecem dois radares. Mal me mexo, ele mexe as asas. Se faço qualquer gesto de me aproximar, abre o bico, abana as asas e salta para a grade. Depois, se não lhe ligo, fica um bocado a piar. Será para descarregar a cólera?
Mas é uma companhia e uma companhia limpa. Volta e meia, mete-se na piazita da água e lava-se até onde pode. Sacude-se então, deixando aspersão de água em redor.
Brevemente terá a companhia de um jovem papagaio. Quero ver depois a sua valentia!

Enfim, histórias de dois solteirões impertinentes. O Padre, que o é por opção, e o canário que o é por obrigação. Dizem que todos os solteirões têm as suas neuras. A dele está à vista. É agressivo. E a minha? Oxalá não tivesse. Mas na fragilidade que sou, entrego-me à Misericórdia bonita do Pai, confiando no Seu perdão que me salva e me refaz.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Bispo do Algarve oferece-se para mediar entrega de Maddie

D. Manuel Neto Quintas, Bispo do Algarve, ofereceu-se para mediar a entrega de Madeleine McCann, se for esse o entendimento dos seus raptores.
"Estaria disponível e se houvesse algum telefonema a dizer que me tinham escolhido para a entregar, diria logo que sim e penso que não haveria ninguém que não desse a mesma resposta", indicou.

Em declarações à Renascença, o prelado convidou os eventuais a raptores a devolverem a menina, "mesmo que seja de uma forma privada, não pública, anónima, mas devolvam-na aos seus pais, porque o lugar dela é a sua família".
"Gostaria que o caso não esmorecesse", acrescenta, para que "muitas pessoas se envolvam nesta situação".

D. Manuel Quintas considera que a comunicação social portuguesa está a cumprir bem o seu papel e elogia a maneira exemplar como a Polícia Judiciária está a acompanhar este caso. "Da minha não tenho qualquer reparo a fazer, pelo contrário", apontou, pedindo que todos colaborem "forneçam as informações que pareçam mais adequadas".

Na terça-feira, o Bispo do Algarve associou-se à corrente de oração pela menina britânica desaparecida de Lagos e deixou um apelo: "Pensem no sofrimento causado aos pais, a todos os pais, reconsiderem, entrem dentro de si e devolvam a Madeleine".

http://www.agencia.ecclesia.pt

terça-feira, 22 de maio de 2007

Para onde caminha a juventude?

Claro que não gosto das aulas de substituição. Têm tanto de humilhante e desumano!
Hoje tive uma aula de substituição com o 12º ano. Eu que sou professor do 2º ciclo!!!
Nada a dizer em desabono do comportamento dos jovens. À jovem, direi: "Foram porreiros!"
Alguns aproveitaram o tempo, agarram-se ao trabalho que a titular da disciplina mandou realizar. E houve mesmo quem, por não ter à mão o material necessário para executar esse trabalho, se dedicou a outros estudos.
Até aqui tudo bem. O que me preocupou e até me escandalizou foi o facto de uma parte deles ter trabalhado pouco ou nada. E estamos à boca dos exames. Como é possível? Já não são meninos do 2º ciclo! Estão no limiar de abrir as portas para a vida! Que quer esta gente?
Mais, não estão a dar razão a quem acusa a actual geração de "rasca"? Então é só telemóveis, mensagens, conversas da treta, estilo HI5? Nada de exigente os motiva? Não há o mínimo de profundidade e de estofo? Só a superficialidade, o borboletismo lhe diz alguma coisa? Às vezes, tenho a impressão que se preocupam infinitamente mais os professores com os alunos do que estes consigo próprios. Mas os jovens têm obrigação de saber que, se não se defenderem, ninguém o poderá fazer por eles.
Claro que os pais e os responsáveis falham. Já ouviram os responsáveis pela política educativa deste país dizer aos jovens que têm que trabalhar? Que estudar não é exploração da mão-de-obra infantil?? E os pais? Estão atentos, vigilantes, motivadores e insistentes? Ou ficam-se no "papã e mamã"? Ou no não-te-rales? Bom, sempre será mais fácil criticar os professores e a escola do que "obrigar" os filhos a trabalhar. Só que assim não vão lá.

Como alguém diz, qualquer dia nem o emprego de varredor apanham (com todo o respeito pela profissão). É que vêm os estrangeiros com mais habilitação e mais estudos e ocupam os postos de trabalho... Há paises onde os jovens se agarram mesmo!

Sou um admirador da juventude. Há jovens extraordinários, jovens mesmo! Muitas vezes tenho sublinhado isso. Em todo o lado e também na nossa Paróquia. Mas não são esses que me preocupam. Quem me preocupa mesmo são os pseudo-jovens, os envelhecidos de espírito, os interiormente vazios e por isso, mas susceptíveis de andar na vida sem valores, estilo borboletas, poisando avidamente de prazer em prazer.
Quem me preocupa mesmo é uma juventude que não quer nada com nada e se arrasta parasitariamente, a leste de tudo, sem razões de viver e de acreditar.
Uma juventude sem ideais que vive de namoros e namoricos ao sabor do momento e do apetite, que acha careta o 6º e 9º mandamentos (guardar castidade...), que é escrava da moda, que se alimenta mal apesar de toda a informação que possui sobre comeres e beberes, que é arrogante, atrevida, insolente e egoísta, que não lê, não estuda, não reflecte e mete Deus no baú das velharias.

Mas penso, como pessoa de esperança, que, enquanto houver um punhados de jovens, mesmo jovens, a central de aquecimento do mundo continua ligada.

Educação: BE quer esclarecimentos sobre suspensão de professor

O Bloco de Esquerda (BE) solicitou ao Ministério da Educação esclarecimentos sobre a suspensão de um professor da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), pedindo garantias de que não se trata de um caso de perseguição por delito de opinião.
O requerimento, a que a Lusa teve hoje acesso, surge na sequência da decisão da directora regional de educação do norte de suspender Fernando Charrua por, alegadamente, se ter referido em termos insultuosos à licenciatura do primeiro-ministro, José Sócrates.
O documento, entregue segunda-feira na Assembleia da República, recorda que a directora regional, Margarida Moreira, citada pela comunicação social, considerou que o insulto foi proferido em ambiente de trabalho, dando lugar à instauração de um processo disciplinar e à suspensão do professor.
Para o Bloco de Esquerda, "não se compreende a medida disciplinar instaurada a este professor quando se sabe que são os próprios ministros do governo socialista que não se coíbem de fazer comentários jocosos, numa cerimónia pública, sobre a licenciatura do primeiro-ministro".
Nesta perspectiva, o BE solicita à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que esclareça se tem conhecimento da situação e o que pretende fazer para "clarificar os seus contornos".
Por outro lado, pretende saber se a ministra "está em condições de garantir que não se trata de perseguição a um funcionário por delito de opinião".
O caso ocorreu em finais de Abril, culminando com a suspensão preventiva de Fernando Charrua, ex-deputado do PSD e funcionário da DREN há cerca de duas décadas.
Numa carta enviada a várias escolas, Fernando Charrua admitiu ter feito um "comentário jocoso a um colega, dentro de um gabinete", acrescentando que o referido comentário foi "retirado do anedotário nacional do caso Sócrates/Independente".
Segundo Fernando Charrua, esse comentário foi "maldosamente pintado de insulto" e levado à directora regional, originando um processo disciplinar e a suspensão preventiva, entretanto já levantada.
Depois de ter sido interposta uma providência cautelar para anular a suspensão preventiva, o Ministério da Educação decidiu, ainda antes da decisão judicial, terminar a requisição de Fernando Charrua na DREN, onde trabalhava na área dos recursos humanos.
Desta forma, o professor de inglês regressou à Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto, onde exercia a actividade docente antes de ser requisitado pela DREN.
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/MQzJfE72%2BCftzZzgH141qA.html

Ó TEMPO, VOLTA PARA TRÁS!!
Certo taberneiro tinha no seu estabelecimento um papagaio que, mal via alguém entrar, logo soltava a língua: "Morra o Salazar! Morra o Salazar!"
Alguém avisa o taberneiro que tivesse cuidado, pois se aparecesse a PIDE teria certamente problemas. O homem, que sabia bem que a PIDE não era para brincadeiras, resolveu prevenir-se. Como não conseguiu outro lugar onde colocar o pássaro, meteu-o no galinheiro.
Foi o que o galo quis. Ao ver aquela "galinha" tão colorida e tão exótica, redobra-se-lhe o apetite. E ronda incessantemente o pobre intruso que, para se defender teve que gritar bem alto os seus argumentos: "Ei, amigo, calma aí! Eu estou aqui, não por ser gay, mas por motivos políticos. Sou um anti-fascista preso!"

Esta historieta não terá lugar no actual "reino democrático português"?
Portanto, caro amigo, antes de lançar uma piada sobre os nossos governantes, tenha cuidado! Há "pides" à solta e pode apanhar com "um processo disciplinar e a suspensão preventiva"...
É só democracia! É só democracia!

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Que urbanismo para Tarouca?

http://tarouca.com.sapo.pt

Ontem, durante o passeio, ao passarmos em Moimenta da Beira e em Trancoso, chamei a atenção das pessoas para o grande número de vivendas (não se falou de gostos...) que aquelas duas localidades têm. Em contraste com os "caixotes" da nossa Tarouca.
Numa das localidades a reacção das pessoas foi espontânea. Bateram palmas.

De facto, em Tarouca, toda a gente está cheia de ver prédios por todo o lado e de ver falta de vivendas por todo o lado. Não acham que está mais que na hora de acabarmos com "Tarouca encaixotada"??? É que não havia necessidade... tirando, claro os interesses económicos de alguns.

domingo, 20 de maio de 2007

O Futebol Clube do Porto é Campeão!

No saquito de viagem, levei o meu equipamento portista. O Sporting e Benfica já tinham marcado. O Porto estava a zero. Havia logicamente alegria entre sportinguistas e benfiquistas. Quando fizemos a última paragem, o Porto marca. Claro que saltei exuberantemente. Parecia um miúdo! Entrei no autocarro, ripei do meu equipamento e toca a enfiá-lo por cima da roupa. Todo de azul e branco. Perante as gragalhadas e as farfitas dos outros adeptos. Alguém filmou a cena. Iam aconselhando não vestir já o equipamento. Mas sentia que o Porto ganharia, embora aqueles minutos após o empate e antes do 2º golo abanassem bem este coração.
A partir do 2º golo, não me calei mais até a voz, já cansada pelo dia, ter dado o berro. Mas houve animação naquele autocarro. Os dos outros clubes também gritaram o nome deles. "Tudo numa boa", como diz brasileiro. Depois, peguei no micro e felicitei os outros adeptos. Gosto de brincar aos clubes, nunca criar ou participar em guerras. Não vejo o Benfica e o Sprting como inimigos.
Olho-me envolvido pelo meu fardamento portista. E acreditem que sinto orgulho! Espero que me compreendam.

Passeio Paroquial correu bem

Quatro autocarros, a carrinha de apoio e alguns automóveis particulares fizeram-se ao caminho. A manhã aparecera carrancuda e, na mente das pessoas, pairava a interrogação: "Será que vamos ter a sorte dos dois últimos Passeios Paroquiais?" Realmente não temos tido muita sorte com o tempo. Alguns, na brincadeira, diziam que o Padre precisava de se confessar para fazer as pazes com o S. Pedo...

Às 9.30 horas, estávamos em Trancoso. Ainda tomámos o pequeno-almoço em paz. Mas logo que nos começámos a dirigir para a Igreja, toca a chover e a trovejar. Durante a Eucaristia e o regresso aos autocarros, parecia que o céu estava em festa. Seria por ser a Festividade da Ascensão?
Por feliz coincidência, celebrámos a Eucaristia num templo dedicado a São Pedro, o nosso Padroeiro. Gostei da maneira como decorreu a Missa. As pessoas estiveram presentes, serenas, participativas.

Largámos para Gouveia, com o nevoeiro e a chuva a envolver-nos quase sempre. Nesta cidade, o tempo piorou. Era preciso resolver o problema de um local abrigado para se comer . Dirigi-me à Igreja onde estava a terminar a Eucaristia. Falei com uma Irmã e pus-lhe o problema. Esta chama um senhor da comissão da Igreja e apontam para uma casa dirigida por Irmãs, logo a seguir a Gouveia. O senhor gentilmente dispõe-se a levar-me à casa das Irmãs que, amavelmente nos cedem as instalações. Volto no carro do senhor para os autocarros. Tudo num ápice. Em frente à referida casa, um belo parque de estacionamento. Toca a pegar nos farnéis e a entrar. Toda a gente satisfeita. Iríamos ter um local confortável para almoçar. No fim, as Irmãs abriram o bar e serviram um cafezinho.

Fantástico gesto destas Irmãs e deste leigo da comissão. Jamais o esqueceremos. Na sua simpatia, disponibilidade e amabilidade ressoa eloquentemente o amor-serviço do Evangelho. Assim, todos nós aprendemos como é importante praticar a hospitalidade de que fala abundantemente a Bíblia. Desta maneira, certamente algum possível preconceito existente em relação às religiosas possa ter sido desfeito.

Saímos para Manteigas. Que bela paisagem verde na descida! Encantadora. Depois parámos para visitar um enorme viveiro de trutas e um canil de "Serra da Estrela." Que viveiro enorme! Em condições. Valeu a pena.

Partimos para a Serra da Estrela. Na Torre, e em poucos minutos, apanhamos de tudo. Réstias de Sol, navoeiro cerrado, chuva e granizo. Foi pena que não estivesse a funcionar a produção de neve artificial. Mas as pessoas, encolhiditas com o frio, lá foram tomar uma bebida, vaguear pelas lojas de comércio, fazer algumas compras.
Descemos para a Lagoa Comprida. Melhor tempo. Aqui lanchámos, visitamos a Lagoa e alguns fizeram mais uma investida às lojitas do comércio. Depois das fotos da praxe, descemos para tomar um cafezinho. A partir daqui, penso que o futebol tomou conta das preocupações da maioria dos viajantes.
Chegámos a Tarouca pelas 22 horas. Notava-se que as pessoas vinham contentes. Algumas apresentaram sugestões para o passeio do próximo ano.

Estou contente. Mesmo sem as melhores condições climatéricas, as pessoas foram espectaculares. Houve animação, entreajuda, solidariedade, compreensão. Maravilhoso. Aliás, Tarouca habituou-me a isto: as pessoas, quando saem daqui, sabem honrar a sua terra pela postura e compostura. Parabéns.
É naturalmente um dia cansativo. O stress é meia mantença. Mas todas as pessoas queriam que comesse com elas. E cultivámos um belo espírito de família em palavras, gestos e atitudes.

sábado, 19 de maio de 2007

Neste sábado...

Depoia da Missa no Lar e da Eucaristia das crianças, teve lugar a reunião dos pais dos pequenos que vão fazer a 1ª Comunhão e a Profissão de Fé.
Estavam, felizmente, muitos pais, mais elas do que eles. Além de aspectos gerais que estas festas envolvem, foi feita uma reflexão com base em três pequenos textos lidos por catequistas. Um de Bento XVI sobre a centralidade da Eucaristia semanal, outro que relatava a visão de um pai acerca da educação actual e outro ainda de Mário Salgueirinho sobre a suavidade, a amabilidade e o carinho dos pais .
Depois o Pároco conduziu a reflexão, contextuando-a na vida da comunidade.
De seguida, os pais dividiram-se em 2 grupos, com as respectivas catequistas, para planearem aspectos práticos que têm a ver com as duas festas.
Depois, toca a correr para mais um funeral, terminando com a vespertina em Gondomar.

Os nossos jovens e crismandos bazaram para Sernancelhe, para a Jornada Diocesana da Juventude.
Espero que, como sempre, estejam à altura, se sintam felizes e dêem na alegria o seu contributo para o sucesso da jornada. Como gostaria de estar com eles!!! Estive em espírito e oração.

FUI DESAFIADO...

O Doutor João António Pinheiro desafiou-me!
O desafio consiste em completar frases.
Vou ver.
Eu quero: uma Igreja mais casa e escola de comunhão.
Eu tenho: a certeza que Deus nunca nos abandona.
Eu acho: que cada pessoa pode ser sempre melhor.
Eu odeio: tudo aquilo que atenta contra a dignidade da pessoa humana.
Eu sinto: que Deus me ama.
Eu escuto: o clamor dos pobres sem voz nem vez.
Eu cheiro: o perfume deste Maio florido.
Eu imploro: pelo fim de políticas injustas, falsas e alienantes.
Eu procuro: ser fiel à minha consciência.
Eu arrependo-me: do mau feitio que às vezes tenho.
Eu amo: o amor que ressoa em tanta gente mais santa do que eu.
Eu sinto dor: diante do sofrimento da criança, do simples e do explorado.
Eu sinto a falta: de ser mais vezes compreendido.
Eu importo-me: mesmo com quem não se importa comigo.
Eu sempre: sonho com um mundo melhor.
Eu não fico: a rezar tanto quanto necessitava.
Eu acredito: que o FCP vai ser campeão domingo próximo.
Eu danço: ao ritmo do chato do relógio.
Eu canto: muito mal.
Eu falho: mais vezes do que gostava.
Eu luto: aqui pela esperança de um mundo novo que há-de vir.
Eu escrevo: mais vezes por necessidade do que por gosto.
Eu ganho: compreensões e aversões.
Eu perco: horas de sono.
Eu confundo-me: quando sinto que fui injusto com alguém.
Eu estou: a escrever.
Eu fico feliz: quando vejo sinais de crescimento na comunidade.
Eu tenho esperança: que o neoliberalismo selvagem dê lugar a um sistema mais justo e mais fraterno.
Eu preciso: de ver construído o Centro Paroquial.
Eu deveria: fazer um ano sabático.
Eu sou: sonhador.
Eu não gosto: da prepotência, da má-criação, do “não-te-rales”, de pessoas que não são frontais.

E, agora, tenho de passar o desafio a seis pessoas! As «vítimas» são:
José Ricardo Dias
Adelaide Melo
Arlete Ribeiro
Fernando Luís Carvalho
Blog Miradouro
Sr_bob

sexta-feira, 18 de maio de 2007

DE FATO MACACO

Das três pessoas que vieram recolocar os sinos e proceder à mecanização dos mesmos, dois eram engenheiros. Um era patrão e outro funcionário daquela empresa.
Até aqui tudo bem. Mas quem os visse não saberia que eram engenheiros. Roupa de trabalho, mãos de trabalho, postura de trabalho. Nada de fato e gravata a dar ordens, armados em importantes. Nada disso. Trabalhadores mesmo!
Penso que é disto que este país precisa para andar para a frente. Não precisamos de gente muito enfatuada, que, do alto do seu "canudo" universitário só saiba dar ordens, porque "exercer as tarefas seria demasiado humilhante para o doutor ou engenheiro que é!"
Precisamos de gente que exemplifique, que execute, que resolva as situações. Que saiba aliar teoria e prática. Precisamos de gente competente, sem dúvida. Mas sem manias de doutorice. Numa palavra, precisamos de doutores e engenheiros de "fato macaco".
Dei os parabéns aos dois engenheiros pela sua postura, até porque, infelizmente, ainda não é muito vulgar. Mas terá que ser e é bem que seja.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Agora a nossa polícia é que é má.....


Ora quando sabemos que existem dezenas de raptos de crianças emInglaterra que nunca foram resolvidos pela "maravilhosa e espectacular policia britânica" isto no país ( UK ) que até tem omaior número de desaparecimentos de crianças em toda a comunidade, os ingleses estão a achar que a nossa polícia não tem actuado bem.

Obviamente pretendem achar "culpas" no nosso país pelo que aconteceu, pois sabemos que os maiores pedófilos até são os ..... ingleses e eles andam por todo o lado, até no nosso pacato Portugal.

Por sinal, segundo o que nos é dado saber até ao momento, o único acusado será um inglês...

Estão todos lixados porque afinal ninguém em Portugal negligencia nem larga assim os filhos num quarto de hotel e vai para os "copos".

Portugal não pode servir de bode expiatório para estes ilhéus ( deve ser pancada da insularidade ) que pensam estar acima de todos.

PORTUGAL!!!!

Regressaram os sinos

Os sinos da Igreja Matriz regressaram ao seu lugar. Tinha avisado a comunidade que eles iriam estar ausentes pelo espaço de um mês. Afinal 15 dias depois regressaram!
O guindaste recolocou-os no seu lugar e os técncos executaram o seu serviço. Amanhão, querendo Deus, concluirão as obras, com a instalação da mecanização dos toques dos sinos.
Não sou entendido na matéria, mas, pelo que pude ver, o restauro foi bem conseguido.
Ficámos a saber que o sino mais antigo é o mais pequeno dos três, que tem a bonita idade de 110 anos. É ainda um sobrevivente da antiga fábrica de sinos da Granja Nova.
Apercebi-me da satisfação de muita gente quando voltou a ouvir o seu som.
Aliás, já havia pessoas a clamarem que os sinos nunca mais voltavam! Como é possível!!!? Se eles regressarem mais cedo 15 dias do que aquilo que era suposto demorar o seu restauro...
Claro que também houve "inteligências"a propor que os sinos deveriam ir a restaurar um de cada vez para que a Igreja não ficasse sem sinos. Como se isso fosse possível! Só mesmo de quem tem a inteligência na sola dos pés. Não descobrem essas sub-inteligências que a macanização se tem de fazer com os três sinos a funcionar? Pois, para esses (as) isto é demasiada areia para a sua camioneta!
E aqueles que mais reclamam são os quem não ligam patavina aos sinos, quando, aos domingos, os chamam para a Eucaristia, deixando vago o seu lugar na assembleia dos crentes.
Mas é sempre assim. Só fala quem deveria estar calado. Ou como diz o povo, "só fala quem tem que se lhe diga".

ACIMA DE TUDO NÃO ESTRAGAR

O Estado tem funções essenciais na sociedade. Para as cumprir deveria ter como regra suprema o velho princípio médico do juramento de Hipócrates: Primum non nocere, acima de tudo não prejudicar.

Há 200 anos, insultar o rei dava severo castigo, mas o assassino de um escravo ficava impune. Era uma época bárbara sem respeito pelos direitos humanos. Hoje, uma mãe mata o filho aos dois meses de gestação com apoio do Estado (Lei n.º 16/2007 de 17 de Abril), mas será exemplarmente castigada se fumar um cigarro num bar (proposta de lei n.º 119/x). Aliás, mais castigada que se fumasse droga. Temos de abandonar a ideia de que a lei melhorou.

Não melhorou mas aumentou. A justiça antiga só actuava em crimes cometidos e danos causados. A lista de delitos e penas era discutível, mas limitada. Hoje a lei mete-se em tudo na nossa vida, não para corrigir injustiças, mas para ensinar como viver. As autoridades nacionais e europeias estatuem os mais pequenos detalhes da existência. Nada existe sem regulamentação. O Estado deixou de ser justo para ficar bisbilhoteiro.

O futuro desprezará o tempo que deixou a vida e a liberdade nas mãos de miríades de burocratas, funcionários, inspectores, ministros, polícias e juízes. Técnicos que, pela sua acção, geram muitas vezes mais estragos e custos que qualquer benefício que julguem atingir. O défice mostra-o bem. Mas o défice é o menos.

O pior é que, na ânsia regulamentar, a lei passou a castigar quem não faz mal nenhum. A polícia multa por conduzir sem cinto de segurança ou sem seguro, penaliza quem faltar à medicina no trabalho. A lei interessa-se por materiais de construção, formas de brinquedos, peso de mochilas escolares. No restaurante, onde não se fuma mas ainda se come, a lista de requisitos e regras abstrusas enche volumes pesadíssimos. Tudo com penas agravadas. O mundo diz-se mais evoluído, mas é mais espartilhado, quadriculado, entupido.

Não admira que o tema recorrente nos jornais seja a incapacidade das autoridades, da Ota e TGV à corrupção e desleixo. Os funcionários são os primeiros a denunciar os disparates dos seus serviços. A fúria legista gera os crimes mais bizarros cometidos, não por malfeitores, mas pelas autoridades pretendendo melhorar a nossa vida.

Esta afirmação parece severa, mas é evidente. Quando inspectores inutilizam toneladas de comida, que sabem em bom estado, porque o acondicionamento não era regular, cometem pecado que brada aos céus. Um exemplo recente mostra como até se minam as bases da nossa identidade nacional.

A escola, antes de tudo, ensina a ler e escrever. Por isso os custos de mudar a gramática lectiva são esmagadores, com benefícios vagos. Os linguistas, como todos os cientistas, são inovadores, polémicos, puristas. É natural que as teorias abundem, evoluam, se entrechoquem. Mas quando o Ministério da Educação intervém, a interessante discussão de especialistas passa a gravíssimo atentado à língua e cultura.

A Portaria n.º 1488/2004 de 24 de Dezembro revogou a anterior gramática (Nomenclatura Gramatical Portuguesa da Portaria n.º 22 664 de 28 de Abril de 1967), adoptando, "a título de experiência pedagógica, a Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário". Agora, como a experiência correu mal, vai proceder-se, "até Janeiro de 2009, à revisão dos programas das disciplinas de Língua Portuguesa" e "ficam suspensos, até 2010, os processos de adopção de novos manuais das disciplinas de Língua Portuguesa dos 5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade" (Portaria n.º 476/2007 de 18 de Abril).

A antiga gramática está revogada e a nova vai ser revista. Quem aprendeu, afinal não sabe nada. Quem quer aprender, não sabe o quê. Ninguém se entende. E o assunto é "só" a língua materna. Se existisse uma conspiração deliberada para destruir as bases da nossa educação, progresso e unidade nacionais, o efeito não seria pior. O facto de isto ser causado, não por terroristas, mas pela arrogância e incompetência de funcionários, não é desculpa. Estão na prisão muitos por muito menos.

João César das Nevesprofessor universitárionaohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Tem 86 anos. Toca Banjo. É um bom amigo.


Como sempre acontece, também hoje, ao chegar à Capela para celebrar a Eucaristia, o sr. Manuel Gouveia estava à minha espera.
Mal páro o "jerico", já ele se está a sorrir. Logo a seguir aos cumprimentos, lá vem sempre uma das dele. Uma piada, uma pequena provoção, uma achega, uma chalaça... o que lhe ocorrer no momento. Sempre bem disposto, sentindo um enorme prazer em me ver rir.
É uma daquelas pessoas que possui este dom natural. Diz as coisas com uma espontaneidade enorme, sem forçar. E revela um coração lavado, sem malícia, nem brejeirice. A maneira de falar já provoca a boa disposição.

Há tempos, encontrei-o em Sta Helena. Começou com as dele. Entretanto, disse-me que ia à Capela. Pouco tempo depois, já estava ao pé de nós. Perguntei-lhe se se lhe secava a boca a rezar. Respondeu que não, que se pusera em oração, mas a Santa Helena nem para ele olhara. Então pensou que ela queria uma esmolinha. Subiu e colocou no cestinho a dita. Voltou a olhar para ela e nada... "Bem, hoje não tás para me aturar. Então não te chateio mais. Virei noutra altura. E vim embora..."
Num dia de intenso calor, perguntei-lhe se, com aquela idade, não estaria na hora de ir fazer companhia à sua patroa. Abriu muito os braços e disse-me:
- Olhe, vou ao cemitério todos os domingos e levo sempre o aparelho ligado para ouvir bem. Pergunto-lhe se me quer lá. Mas sempre lhe vou dizendo para esperar mais uns tempos. É que teremos a eternidade para namorar. Ela não me responde. Ora quem cala consente. Como vê, não está nada ansiosa por mim... Além disso, já viu ? Com este calor e numa espaçozinho tão pequeno, ia ser suar em bica. E quem me ia lá levar a jarra para me refrescar? O senhor que é um somítico!?..."
Enfim, seria um nunca mais acabar de histórias...
Hoje, apareceu-me com uma preocupação. E falou a sério. Pedia a Deus que o não levasse sem se confessar. Ele que se confessa regularmente e recebe Nosso Senhor sempre na Eucaristia. Disse-me que gosta muito de brincar, mas que queria aparecer junto do Amigo com "as contas em dia."

"Quero cantar, ser alegre// Que a tristeza não faz bem;// Eu nunca via a tristeza// Dar de comer a ninguém."
E o Mestre disse: "Deixo-vos a minha alegria para que em vós a minha alegria seja completa."
Felizes aqueles que possuem o dom de fazer rir, de criar boa disposição e o fazem render em favor de todos. É um dom maravilhoso.
Num mumbo sorumbático, carregado, tristonho, pesado, que parece viver em sexta-feira santa continuadamente, bem-aventurados os "puros de coração" que conseguem transmitir uma aragem de sadia alegria, optimismo, desentorpecimento. Rir é mesmo o melhor remédio.

Canção das Águas

Caminhava certo dia um homem ao lado de um pequeno riacho, que saltitava alegre por entre pedras e arbustos. Com curiosidade, foi acompanhando o curso do pequeno ribeiro que se foi avolumando até tornar-se um rio caudaloso.
Foi seguindo a margem por entre grandes pedras e encontrou uma gruta. Perante a lisura daquelas pedras enormes, admirou o trabalho do tempo. Olhou mais atentamente e viu uma placa numa das pedras, com algumas palavras gravadas. Concluiu que alguém já tinha entrado naquela gruta antes dele.
Com a sua lanterna, abeirou-se da placa e leu. Eram palavras belas da autoria do poeta Tagore, prémio Nobel da literatura em 1913: "Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras. Foi a água com a sua doçura a sua dança e a sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a doçura consegue esculpir."
Este belo pensamento de Tagore tem uma mensagem importante para todos nós, especialmente pais e educadores.
Os pais que tratam seus filhos com intransigência, com dureza de palavras, com medidas violentas não conseguem moldar a alma dos filhos que não aceitam as ordens, os conselhos e orientações dos seus progenitores. As pancadas duras do martelo não fazem esculturas belas...
A educação é uma maravilhosa obra de arte. Os professores que usam de dureza para com os jovens, que têm de instruir e educar, perdem o seu tempo.
Mas a suavidade, a amabilidade e o carinho dos pais e dos outros educadores, conseguem resultados surpreendentes, às vezes inesperados, como a água aperfeiçoou aquelas rochas duras com a sua canção suave e incessante.
http://padremariosalgueirinho.blogspot.com

terça-feira, 15 de maio de 2007

Chegam as homilias?

No Brsil, Bento XVI assegurou que a Igreja «não se pode limitar só às homilias, conferências, cursos Bíblicos ou teológicos, mas deve recorrer também aos meios de comunicação».

Em concreto, mencionou «imprensa, rádio e televisão, sites da internet, foros e tantos outros sistemas para comunicar eficazmente a mensagem de Cristo a um grande número de pessoas».

JOVENS QUE SE PREOCUPAM COM OS JOVENS

Descobrira na internet o site dos nossos jovens. Gostou do que viu e telefonou-me, falando na possibilidade de intercâmbio entre o seu grupo de jovens e o desta Paróquia. Disse-lhe que, felizmente, aqui os grupos têm a sua autonomia e os seus líderes, dentro de um quadro de comunhão paroquial. Por isso, deveria contactar com a responsável do Grupo. Entretanto, falei desta questão à Dra. Arlete que, auscultando os jovens, me referiu depois ter notado grande receptividade à ideia.
Ontem voltou a telefonar, perguntando se haveria possibilidade de se encontrar com a responsável pelo Grupo de Jovens. Estabelecidos os devidos contactos, comuniquei-lhe que sim. E aí apareceu. Fomos a casa da Dra. Arlete. Durante a viagem, perguntou-me se Tarouca tinha Grupo Coral. Disse que sim e manifestei a minha surpresa pela pergunta. Referiu então que uma amiga lhe falara muito agradavelmente do coral de Tarouca que, no sábado passado, havia estado a animar a liturgia de um casamento na Cumieira. Depois, em casa da Dra. Arlete, conversámos um bocado com D. Delfina, que é membro do referido coral.
Fiquei contente. Muito. Fico sempre felicíssimo quando tenho ressonâncias positivas de qualquer presença da paróquia no exterior.
Os dois responsácveis pelos respectivos grupos falaram. Mais tarde juntei-me eu também. Foi um diálogo franco, aberto. Conversou-se sobre alegrias, experiências, modos de estar e de intervir, mas também sobre algumas decepções que este tipo de trabalho por vezes acarreta. Delineram-se algumas formas de intercâmbio, entre as quais esterá a realização de um encontro entre os dois grupos logo que seja possível. A época de exames que se aproxima aconselha moderação na realização deste tipo de actividades.

Quando me trouxe a casa, falou-me dos Convívios Fraternos, com entusiasmo, com paixão. Desde que fizera o seu Convívio, nunca mais deixou de estar presente na equipa dirigente que orientou os convívios seguintes. Disse-me que tinham um site. Entrou e fomos ver esse site.
Cada foto era uma história que o entusiasmava.
Falámos mais um pouco. Deus, os seus estudos, o futuro, a vocação. Foi então que descobriu que, ao sair da janela do site dos convívios, estava aberta uma outra janela onde estava um trabalho meu para os meus alunos. Era aí que eu ficara quando me bateu à porta. Disse-lhe que iria acabar o trabalho, mas que não se preocupasse. Pediu desculpa, agradeceu e partiu.

Ainda dizem mal dos jovens! Claro que, tal como no mundo dos adultos, há jovens que navegam na lama do vazio, nas ondas medonhas e engolidoras do prazer passageiro, da violência, da destruição, do vício. Mas... por que só reparamos nestes?

E os outros, Senhor? E os outros?

segunda-feira, 14 de maio de 2007

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." - Martin Luther King


A situação que se segue aconteceu num voo da British Airways entre Johannesburgo (África do Sul) e Londres.
Uma mulher (branca), de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar em classe económica e viu que estava ao lado de um passageiro negro. Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.
"Algum problema, minha senhora?" - perguntou a comissária.
"Não vê?" - respondeu a senhora - "vocês colocaram-me ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Tem de me arranjar outro lugar."
"Por favor, acalme-se!" - disse a hospedeira - "Infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível".
A comissária afasta-se e volta alguns minutos depois.
"Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre em classe económica. Falei com o comandante e ele confirmou. Temos apenas um lugar em primeira classe".
E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua: "Veja, é incomum que a nossa companhia permita que um passageiro da classe económica se sente na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável".
E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu: "Portanto, senhor, caso queira, por favor pegue na sua bagagem de mão, pois reservamos para si um lugar em primeira classe..."
TODOS os passageiros que, estupefactos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.

Se você é contra o racismo, nunca se permita assistir impavidamente a cenas destas. Denuncie. Intervenha.

domingo, 13 de maio de 2007

"Não há vida como a de padre!"

Há fins-de-semana, meu Deus! Nem vos digo nem vos conto!Sexta-feira. De manhã, reunião do Conselho de Arciprestes. De tarde, programa semanal da rádio; reunião de preparação para o Matrimónio; ordenação, redacção e envio aos sacerdotes do Arciprestado das conclusões da reunião e de outro material; novena da Senhora da Ajuda.

Sábado, casamento e baptizado; Eucaristia no Lar da 3ª Idade; Eucaristia das crianças; funeral; Missa e Procissão em honra de Nossa Senhora de Fátima. Este ano, o trajecto foi da bela Capela da Senhora das Necessidades para a Matriz, onde decorreu a Benção das criancinhas e a saudação individual a Nossa Senhora. Ah! E o Diácono orientou a reunião de baptismos e presidiu à novena em Teixelo. Pois, com tanto trabalho, nem tive tempo de visitar o Conselho Económico e os escuteiros que gratuitamente procediam a limpezas e restauro em Santa Helena. Tentei telefonar, mas não foi possível atenderem-me.No mesmo dia, situações tão diferentes! Homilias necessariamente diferentes, com preparações diferentes. Tenho que estar todo em tudo. Eu quero, mas as forças físicas não deixam...

Domingo, Eucaristia da 8, Missa festiva em Teixelo, Eucaristia das 11 com baptismos e, porque no domingo próximo é o passeio paroquial, Missa em Santa Helena.Claro, sem contar com o telefone, as pessoas que batem à porta, as burocracias que é preciso realizar, as pessoas que me procuram na Igreja e nas capelas e aquelas que eu tenho necessidade de contactar.Sinto-me cansado.
E tenho a sensação que quase ninguém se apercebo que estou cansado. Claro, notam que a voz não é a mesma, que às vezes o raciocínio é mais lento, a frase menos fluente.

Logicamente compreenderão que gosto imensooo de celebra a Eucaristia, de procurar vivê-la, estar todo nela, de me entregar ao Mistério e n'Ele aos meus irmãos. Mas, Senhor, é difícil assim.
Uma coisa é escrever sobre a Eucaristia em belos aposentos, outra é esta vida, que o relógio sempre acelera.

Desiludido? Não. Continuo, graças a Deus, fascinado pelo ministério sacerdotal. Penso apenas que algo é preciso fazer para que o padre possa ser mais e doar-se mais.Às vezes pergunto-me que fazemos do mandamento novo do amor, quando exigimos tanto aos outros e somos tão pouco exigentes connosco próprios. Queremos tudo de acordo com as nossas conveniências, os nossos interesses, as nossas manias, as nossas tradições. Mesmo que pisemos quem nos serve. Mesmo que impeçamos que sejamos melhor servidos.

IMAGINAÇÃO AO PODER! IMAGINAÇÃO À SOCIEDADE!

São um jovem casal. Estiveram algum tempo como emigrantes na Suiça. No regresso, pensaram e apostaram numa vacaria. Com todos os requisitos legais. Não foi fácil vencer as barreiras burocráticas. Menos fácil ainda encarar os problremas financeiros com os consequentes encargos bancários. Mas nada os fez desistir. Habituados ao trabalho e a lutar por aquilo em que acreditavam, foram em frente.
Os problemas apareceram logo desde o início. Animais que morriam, investimentos que não deram certo. O desânimo invadiu as suas vidas. Mas resistiram, apoiando-se mutuamente, mantendo uma confiança inquebrantável no projecto em que acreditavam.
Tudo começou a correr melhor e, neste momento, a pequena empresa navega em mar calmo. Daqui a dias, chegam mais umas dezenas de vacas dinamarquesas. Por um preço louco cada uma. Estão optimistas.
O Segredo? Um enorme profissionalismo. Evitar toda a improvisação e amadorismo. Muito trabalho e consistência. Dizia-me ela que muitas vezes procura na internet mais informação para estar sempre au point.
O trabalho está programado. Temos que arranjar tempo para descansarmos, para nos divertirmos também. Só assim podemos dar sempre o nosso melhor. Disse ela convictamente perante o assentimento do marido. E refere com ênfase que em sua casa ninguém é dono de ninguém. Ambos dão o seu melhor em prol da família. Sentem-se como que em namoro continuado. Óptimo. Oxalá que todos os casais sentissem o mesmo.

Neste país somos demasiado estadodependentes. O Estado e as Câmaras é que têm de arranjar trabalho para todos. E os políticos, sempre ávidos de votos a qualquer preço, não se fazem rogar. Depois gritam que temos pessoal a mais na função pública.
Penso que os jovens, e cada vez mais, terão que lançar mãos à obra. Têm de ser criativos e inventar o seu trabalho, a sua pequena ou grande empresa. Para isso, exige-se à família a educação para a criatividade na responsabilidade. Menos pessismo e dependência e mais optimismo e capacidade de aposta. Menos dependentismo e mais criatividade. Com critividade e ousadia, teremos menos emigração e mais investimento nas nossas capacidades. Oxalá o Estado ajude e encorage! Oxalá as pessoas queiram sair do marasmo!

sábado, 12 de maio de 2007

A voz já arranha, mas a alma está quente!


Capela da Senhora das Necessidades. Vinte horas. Inicia-se a Eucaristia. O João Pedro levara o órgão e estava lá uma parte do coral. Capela cheia que nem um ovo e muita gente cá fora. Houve silêncio e participação. O andor da Senhora de Fátima estava muito bem ornado.
Tenho que falar muito alto, pois não há micro. Não me é nada fácil, dado o dia super-cansativo que tive. Mas faço um esforço. Maria merece tudo e as pessoas também. O tema escolhido foi este: "Maria e a comunidade". A Senhora nunca se diluiu na multidão, mas soube viver e construir comunidade. Viveu com e para os outros. É que quem se deixa envolver por Deus não se fecha, abre-se, dá-se.

Inicia-se a procissão. Um mar de velas segue atrás da imagem. Cada pessoa traz também na mão um flor que lhe foi entregue pelos organizadores da festa. Canta-se o terço todo. Já perto da Igreja, iniciamos a oração pelos povos, por cada povo da paróquia e pela família paroquial.

Na Igreja Paroquial, completamente cheia, inicia-se a Benção das criancinhas (até aos 3 anos). Muitos casais jovens com os filhitos pela mão. Uma catequista lê um textozinho do Evangelho, uma mãe, em nome dos pais presentes, explica o sentido daquele momento, o sacerdote precede à benção das crianças, depois todos os pais lêem em voz alta a oração de consagração das crianças a nossa Senhora.
Segue-se um momento sempre especial. Cada pessoa vai colocar a rosa junto do andor e ali, ao pé da imagem da Mãe, deixa-Lhe um segredo. Quantos desabafos, quantos pedidos, quantos agradecimentos, quantas confidências Maria Santíssima não acolheu hoje no seu coração de Mãe!!!
Entretanto, vamos cantando. A voz já arranha, mas a alma está contente.

"Obigado"

Os pais celebraram hoje o seu matrimónio e o João foi baptizado.
Já era crescidinho, brincalhão, saltariquento.Com um sorriso divino a inundar-lhe o rosto.
Durante as cerimónias do Bpatismo, portou-se como gente grande. Não protestou, não fugiu. Esteve todo.
Foi o primeiro a estender a mãozita para a vela que agarrou com imensa vontade e olhou-a muito fixamente.
No fim, quando lhe dirigia uma palavrinha de saudação, exclamou: "Obigado"!
Nunca ninguém me dissera isto! Fantástico, João! Mas olha, eu é que agradeço. A bondade de Deus refectia belamente no teu sorriso!
No fim, peguei nele ao colo e perguntei-lhe se queria assinar o livro como o pai, a mãe e os padrinhos. Acenou que sim. Mas como as assinaturas iam demnorando, começou a espernear. Para ele aquela cerimónia era já tempo a mais. Mas lá aguentou. Depois, nos braços do pai e da mãe, pegou na caneta (sem bico) e assinou convictamente.
Sê feliz, João! Com Jesus no coração.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Na reunião do Conselho de Arciprestes

Na manhã do dia 11 de Maio, o Conselho de Arciprestes esteve reunido.
Fez-se a análise do Plano Pastoral em curso e abordou-se o de 2007/08. Partilharam-se experiências, sentiu-se o pulsar da Diocese na diversidade de zonas e de gentes e comungou-se a pluaridade de enfoques perante a realidade pastoral que somos.

Poderiam ser diferentes estas reuniões? Talvez. No ritmo, na abordagem, na ambição. Mas são experiências interessantes, porque de comunhão.
Um grande amigo sacerdote tem esta expressão: "Só padre compreende padre." Tem muito de verdade. Infelizmente não pude ficar para a refeição. A Rádio chamava-me e os muitos trabalhos pastorais do dia também. Mas tive pena. São sempre momentos de são convívio, de partilha, de alegria.

Porque começa no próximo domingo a "Semana da Vida", tinha necessidade de fazer chegar aos colegas o material que me deram . Sempre faço por escrito um resumo da temática destas reuniões e as entrego aos sacerdotes deste arciprestado. Assim, não se perde tempo nas reuniões com informações e, além disto, vamos todos para os encontros sintonizados, sobrando mais tempo para a discussão, análise e partilha de assuntos que interessam.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Nem o Padre conhecem!

Bateram à porta. Fui atender. Era um casal jovem. Perguntaram se era eu o Pároco. Que viviam cá há pouco tempo e que queriam baptizar uma criança, sua filha. Mas que queriam baptizar na sua terra e que o Pároco de lá os mandou falar comigo.
Eram pessoas simpáticas e educadas. Falámos bastante. Às tantas, falei-lhes da vida da Paróquia e disse-lhes que viessem e participassem, seriam sempre bem-vindos. Falámos até de horários das celebrações. Aí ficaram mais atrapalhados, mais inibidos. Que ao fim-de-semana iam para a terra e que lá a Missa era muito cedo e que cedo já eles se levantavam todos os dias. A conversa prolongou-se. Procurei acolher e explicar. Também ouvir.
Não me parece que tenha valido muito. O que queriam mesmo era o "papel" para baptizarem lá na sua terra. Informei-os que quem tratava destas burocracias do Bpatismo era o Diác. Amorim. Disseram que também não o conheciam nem sabiam a povoação onde morava. Mais uma série de informações...

Não é caso único ao longo do ano. Nem o padre conhecem! Só vêm porque precisam. E o que lhes interessa é o "papel".
Realmente, nalguns locais desta Paróquia, existe muita gente que não é de cá. Fixa-se aqui por conveniências várias. Por causa do preço dos andares, para sair da aldeia, etc. Estrangeiros na terra onde vivem. Sobretudo porque assim querem.

Pergunto: para quê tanta preocupação em entregar, no Natal e na Páscoa, o boletim paroquial de casa em casa? Procuro sempre dar todas as explicações. Repeti-las. Para quê? Para quê um jornal paroquial? Para que tanta reunião? Para quê a rádio?

No tempo do imediatismo, só interessa o que de momento interessa. O resto?!

Mas continuo a pensar para mim mesmo o que terá de ser feito para integrar, para acolher, para envolver...

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Escola em eleições

No fim deste mês, realizar-se-ão as eleições para o Conselho Executivo do Agrupamento Verical de Escolas de Tarouca.
Dada a sua finalidade, a escola é chamada a ser, também neste aspecto, um exemplo da expressão democrática na vivência plena da cidadania.
Perante a realidade que somos, certamente haverá propostas várias tendentes a resolver problemas e a atingir metas que passam necessariamente pelo sucesso dos alunos nos diferentes âmbitos da sua formação. Logicamente que isto exige a construção quotidiana de mais e mais comunidade escolar onde cada um sinta a escola como sua casa, porque esta também acolhe cada pessoa como um familiar.
Oxalá que este tempo que antecede o acto eleitoral decorra num clima de franqueza, de abertura e de respeito pelas posições de cada um. Sem mazelas. Sem marcas negativas para o futuro.