sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Os santos da simplicidade e do quotidiano


O EVANGELHO NO PRESENTE

Os membros de uma mesma família têm traços do rosto comuns…As pessoas que partilham toda uma vida juntos acabam por se parecerem…Esta festa anual de Todos os Santos reúne inúmeros rostos que trazem em si a imagem e a semelhança de Deus. Um rosto de humanidade transfigurada.

Enquanto vivos, os santos não se consideravam como tais, longe disso! Eles não esculpiam a sua efígie num fundo de auto-satisfação…Contrariamente àquilo que geralmente aparece nas imagens ditas piedosas e nas biografias embelezadas, eles não foram perfeitos, nem à primeira, nem totalmente, nem sobretudo sem esforço. Eles tinham fraquezas e defeitos contra os quais se bateram toda a vida.

Alguns, como S. Agostinho, vieram de longe, transfigurados pelo amor de Deus que acolheram na sua existência. Quanto mais se aproximaram da luz de Deus, tanto mais viram e reconheceram as sombras da sua existência.

Peregrinos do quotidiano, a maior parte deles não realizaram feitos heróicos nem cumpriram prodígios. É certo que alguns têm à sua conta realizações espectaculares, no plano humanitário, no plano espiritual, ou ainda na história da Igreja. Mas muitos outros, a maioria, são os santos da simplicidade e do quotidiano! Infelizmente, canoniza-se muito pouco estas pessoas do quotidiano!

Um rosto com traços de Cristo.

Encontramos em cada um dos santos e das santas um mesmo perfil. Poderíamos mesmo desenhar o seu retrato-robô comum. Por muito frequentarem Cristo, deixaram-se modelar pelos seus traços.

Como Jesus, os santos tiveram que viver muitas vezes em sentido contrário às ideias recebidas e aos comportamentos do seu tempo. Viver as Bem-aventuranças não é evidente: ser pobre de coração num mundo que glorifica o poder e o ter; ser suave num mundo duro e violento; ter o coração puro face à corrupção; fazer a paz quando outros declaram a guerra…Os santos foram pessoas “em marcha”, isto é, pessoas activas, apaixonadas pelo Evangelho… Os santos foram homens e mulheres corajosos, capazes de reagir e de afirmar a todo o custo aquilo que os fazia viver. Eles mostram-nos o caminho da verdade e da liberdade.

Aqueles que frequentaram os santos – aqueles que os frequentam hoje – afirmam que, junto deles, sentimos que nos tornamos melhores. O seu exemplo ilumina. A sua alegria é o seu testemunho mais belo. A sua felicidade é contagiosa.

Solenidade de todos os Santos - Ano A

Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los, dizendo:

«Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus.

Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a terra.

Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus.

Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa,vos insultarem, vos perseguireme, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Halloween

  • Há dois mil anos os celtas habitavam a Inglaterra, Irlanda, França e Península Ibérica. Costumavam comemorar o Dia de Ano Novo a 1 de Novembro.

  • Para eles era o fim do Verão, das colheitas e o início dos Invernos escuros, com tempestades e muito frio. Era nesta altura do ano que a população celta sofria mais mortes, por causa do tempo.

  • Por isso, os druidas (os seus sacerdotes) acreditavam que a noite de 31 de Outubro era uma espécie de abertura da passagem entre a vida e a morte.

  • Assim, pensavam que nessa noite os fantasmas do mundo da morte andavam à solta na Terra em busca de alimento e por isso faziam fogueiras no alto das colinas para os afastar. Essa noite era chamada de "Samhain", o "Dia das Almas".

  • Além de causarem problemas e prejudicarem as colheitas, os celtas acreditavam que a presença dos espíritos auxiliavam as adivinhações dos druidas.

  • Alguns séculos mais tarde, a influência do Cristianismo espalhou-se pelas terras celtas e no início do século VII, o Papa Bonifácio IV designou o dia 1 de Novembro como "O Dia de Todos os Santos".

  • No século X, a Igreja dedicou o dia 2 de Novembro às almas, em memória de todos os falecidos.

  • Antes dos tempos cristãos havia também muitas preocupações com a vida e a morte.

  • Uma das lendas sobre essa festa tem origem celta e diz que os espíritos dos que morreram naquele ano voltariam à procura de corpos vivos para os possuir e usar pelo próximo ano.

  • Claro que os vivos não queriam ser possuídos pelos mortos que queriam continuar a andar pela Terra! Ficavam a ser mortos-vivos, "zombies" ou almas penadas!
    Então na noite do dia 31 de Outubro, as pessoas apagavam a iluminação e o lume das suas casas, para que se tornassem frias e desagradáveis, colocavam disfarces de monstros e iam para a rua fazer barulho, para assustar e afastar os espíritos...

In Clube Júnir

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Não compreendi a posição de Ferreira Leite

A Dr.a Ferreira Leite discordou, há dias, do aumento do salário mínimo para os valores indicados pelo governo - 450 euros mensais.
Não compreendi. A líder do PSD tem contestado certas realizações faraónicas previstas pelo governo em nome de um melhor e mais eficiente apoio social. E agora acha que o valor do ordenado mínimo é demasiado?
Com as dificuldades crescentes, o ordenado mínimo é mesmo um ordenado de miséria!
Por que não se incomoda Ferreira Leite com os ordenados e mordomias de certos gestores, políticos e donos de algumas empresas? Não seria por aí que deveria ter entrado?
Muito falar de justiça social, muita preocupação com os sinais de pobreza e empobrecimento das famílias, mas quando se trata de apresentar medidas concretas, nada?

Novo Comandante

O Posto da Guarda Nacional Republicana do Concelho de Tarouca tem, desde o passado dia 1 de Outubro, novo Comandante.
O anterior, 1º Sargento, José Pereirinha, foi promovido e colocado em Vila Nova de Milfontes.
Alberto Manuel Pinto Marques, natural de Britiande - Lamego, veio do Posto da GNR de Armamar como 2º Sargento.
Ao novo Comandante do Posto, desejamos toda a sorte na difícil missão. A segurança e tranquilidade dos cidadãos muito dependem da GNR.

Política familiar, uma hipocrisia

D. António Baltazar Marcelino, Bispo emérito de Aveiro, arrasa a actual política familiar.
Fantástico artigo! Claro, preciso, objectivo. A mensagem cristã escorre em cada parágrafo. A denúncia profética entusiasma e compromete. Os factos apresentados são incontornáveis.
Obrigado, D. António Marcelino.
Já tinha saudades de ver alguém da hierarquia a falar com este desassombro e esta clareza!

Não perca! Leia e releia. Comente.
http://www.agencia.ecclesia.pt/pub/14/noticia.asp?jornalid=14&noticiaid=65782

Aos 15 anos aterroriza família

Manuel, o jovem de 15 anos que disparou contra a mãe e o tio, em Vila Meã, Amarante, anteontem à noite, não mostra arrependimento e na família ninguém o quer recolher. "Ele é muito mau e com a droga fica ainda mais violento. Dá-lhe as fúrias, parte tudo. Depois disto, temos medo", desabafa Laura Carvalho, avó do menor.
Correio da Manhã, online

Pois é. A sabedoria popular bem avisa: "Quem semeia ventos colhe tempestades!"
semeamos facilitismo, super-protecção, vontadinhas todas feitas, alergia a qualquer forma de contrafazer os meninos... Esquecemos que "de pequenino se torce o pepino"e que educar crianças é evitar futuras prisões. Depois dá nisto.
Lamentavelmente, há uns anos a esta parte, cada vez mais pais se vão tornando papás e mamãs e deixam de ser pais e mães! Quando serão os pais seriamente responsabilizados pelo comportamento dos filhos? Em Inglaterra são. Aposto como a situação melhorava, e de que maneira!
Nunca compreendi a razão pela qual este governo fala tanto de formação e exige cursos para tudo e mais alguma coisa e nunca se preocupou com a formação para se ser pai e se ser mãe! E é aqui, na família, que tudo se joga. Mas família não é prioridade para quem nos governa, pelo contrário. Desgraçadamente!

É verdade que se um educador, pai que seja, dá um açoite num filho, é um aquidelrei! Aparecem as televisões, processos... É a acusação de maus tratos, de violência sobre as crianças... Enfim, só empurrões para a marginalidade que, depois, causa iras, revoltas, inquietações. As contradições da sociedade que se revela incapaz de educar para os valores que tecem e engrandecem a pessoa humana.
Há hoje muitas dúvidas no "como educar". Compreensível. Não pode haver dúvidas que, por este caminho, não vamos lá. Há que arrepiar caminho, voltando aos valores. Sem eles, semeamos selvas e precipícios para o futuro.

A escola, que o actual governo transformou numa tortura para professores e numa prisão para alunos, tem que voltar a ser o espaço alegre, cativante, bonito que já foi. Perdida num labirinto de leis e regulamentos, tolhida pelo alçapão das estatísticas, privada da autoridade dos professores e da criatividade livre de mestres e discentes, a escola actual é mais um lugar onde os pais colocam os filhos para que lhos guardem do que um espaço de aprendizagem e de interiorização de valores. Por isso, cada vez menos encanto das crianças e jovens pela escola.
Uma criança, um jovem "aprisionado na escola" desde manhãzinha até à noitinha, pode render? Pode sentir-se feliz? Onde lhe fica o tempo para se socializar, para brincar, para se expandir?

Ah! É urgente que crianças e jovens passem muito, muito mais tempo com a família. Como? Pertence ao Estado resolver a situação. É prioritária.

Precisamos de casas de correcção. Competentes, actualizadas, actuantes. Um rapaz como o Manuel, ou encontra uma casa assim ou será um desgraçado, também para desgraça dos outros. E quantos, quantos não há por aí? Todos conhecemos.

Cartoon

Isto de ranking tem muito que se lhe diga...

1. Promove-se uma corrida pedestre. Os candidatos são divididos por grupos diferentes. Num grupo, alinham os atletas com melhor alimentação, melhor preparação, melhor formação atlética, melhores expectativas; no outro grupo corre o resto, todo o resto. O resultado adivinha-se. Naturalmente que o primeiro grupo sai vencedor.
Comparar os resultados das escolas públicas com os das escolas particulares parece-me algo completamente descontextualizado.
A escola pública, porque inclusiva, aceita toda a gente; as privadas escolhem os seus alunos. As privadas, porque caras, não estão ao alcance de todos, são os que têm mais posses que podem escolher para os filhos esse tipo de ensino. Logo essas crianças e jovens têm outro acompanhamento familiar, outros incentivos, outras motivações, outras expectativas. Claro que reconheço que nos colégios há outra disciplinar, que possibilita melhor ritmo pedagógico e melhores aprendizagens. Depois é diferente uma escola com 100 ou 200 alunos e uma escola com 800, 1000, 2000. As condições, a proximidade, são outras...

2. Vários grupos, equitativos na diversidade, partiram do Castanheiro do Ouro para Santa Helena em marcha de corrida. Resultado, foram poucos os que conseguiram vencer com êxito a prova... Foi difícil.
Então, no ano seguinte, encurtou-se e simplificou-se o percurso. Foi só do Castanheiro do Ouro até à Câmara Municipal. Resultado, êxitos estrondosos. Quase toda a gente atingiu a meta em bom tempo.
Claro que veio logo a terreiro a organização da prova a propagandear os rotundos êxitos alcançados, graças à boa organização, às medidas tomadas, à preparação dos atletas, ao empenho dos instrutores....
Só que a organização foi tão boa que se esqueceu de planear tudo devidamente ou algo lhe fugiu do controle. E a um grupo, em vez de se marcar a meta na Câmara Municipal, colou-se em Várzea da Serra. Resultado, esse grupo teve piores resultados do que no ano anterior.

Vejam se não será uma história parecida com o que se passa nos exames nacionais.
Convém, por isso, que estejamos todos atentos e não nos deixemos "comer pela propaganda da organização, neste caso do governo". Que em propaganda é imbatível. Assim fosse em obras!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O Pai Nosso...

Se em minha vida não ajo como filho de Deus, fechando o meu coração ao Amor,
Será inútil dizer: PAI NOSSO;

Se os meus valores são representados pelos bens da terra,
Será inútil dizer: QUE ESTAIS NO CÉU;

Se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo,
Será inútil dizer: SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME;

Se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades,
Será inútil dizer: VENHA A NÓS O VOSSO REINO;

Se no fundo o que eu quero mesmo é que todos os meus desejos se realizem,
Será inútil dizer: SEJA FEITA A TUA VONTADE;

Se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome,
Será inútil dizer: O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE;

Se não me importo em injustiçar, oprimir e magoar aqueles que atravessem o meu caminho,
Será inútil dizer: PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO;

Se escolho sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho de Cristo,
Será inútil dizer: E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO;

Se por minha vontade procuro os prazeres materiais e tudo o que é proibido me seduz,
Será inútil dizer: LIVRAI-NOS DO MAL;

Se sabendo que sou assim, continuo omitindo-o a mim próprio e pouco ou nada faço para modificar,
Será inútil dizer: AMÉM.

Milagres da Paciência

A vida surpreende-nos todos os dias com gente simpática. É uma criança que nos sorri, jovens que nos atendem delicadamente, adultos e idosos que nos rodeiam de amabilidade.
Mas a vida oferece-nos também no dia a dia profissional ou social e mesmo familiar, contactos com pessoas impertinentes e incompreensíveis. Temos de estar preparados para atender gente desta espécie, que cada vez é em maior número neste mundo angustiado. É necessária uma dose extraordinária de paciência. Lê-se no “Principezinho” de Saint-Êxupérye: “Disse a flor ao Principezinho: é preciso que eu suporte duas ou três larvas, se quiser conhecer as borboletas”.
A virtude da paciência tem de acompanhar-nos para caminharmos serenamente através da vida.
Certa senhora entrou num táxi, a caminho da estação do caminho de ferro. Precisava de apanhar um determinado comboio. Ao ver que o taxista não seguia o caminho mais rápido disse-lhe apontando-lhe outra rua: Por esta rua chega mais depressa. O taxista, homem de nervos cansados pelo seu trabalho extenuante, gritou-lhe: Mas a senhora quer saber melhor que eu? Ando nesta cidade há muitos anos.
A senhora viu que estava diante de um homem difícil, exaltado e respondeu-lhe com delicadeza: Desculpe! Afinal enganei-me. O senhor sabe muito melhor que eu...
A viagem continuou e a passageira verificou que o taxista virou à direita para seguir precisamente a rua que ela indicara.
Chegaram à estação. Pagou. E o taxista, com um sorriso humilde disse-lhe: Muito obrigado por me ter sugerido o caminho mais curto de que eu não me lembrava. Reconhecera que a cliente tinha razão.
Quantas vezes temos de ceder a razão aos impertinentes e cansativos, pois é a melhor forma de voltar a razão para o nosso lado...
Mário Salgueirinho

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Será que todos os castigos são maus?

Ninguém, com os cinco sentidos aferidos, defenderá os castigos de antigamente, com reguadas, varadas, bofetadas a esmo, por tudo e por nada.
Recordo-me de cenas na escola primária que eram bárbaras. As crianças da 4ª classe todas a chorar alto por causa das reguadas e varadas que levavam porque não respondiam bem às perguntas de História ou não resolviam os problemas de Matemática...
Recordo-me de pequenos do 1º ano (actual 5º ano) que ficavam com sulcos azulados e salientes na pernas, provocados por varadas, por cometerem erros nas retroversões para Latim quando era a sua vez de as fazer no quadro...
Tempo, tempo, vai e não volta!

Actualmente caímos no extremo. Não se pode tocar no menino que fica traumatizado!!! Ah! E alguns pais nem querem que se fale mais alto ao menino!!!
Se penso que em algumas crianças é crime bater, noutras o crime está em não levarem umas boas palmadas! Na hora exacta, só lhes fazia bem. Caíam-lhes como uma luva educativa.
Temos hoje miúdos maus. Há que dizê-lo e assumi-lo. Sem regras, desafiantes, incontornáveis, poços de vícios. Que infernizam famílias (bem-feito aos pais que não sabem educar!), escolas, sociedade. Que não só se estorvam a si mesmo, como - mais grave - estorvam os outros.
E depois lá vêm não sei quantas reuniões disciplinares na escola, não sei quantos casos assinalados para a comissão de crianças e jovens em risco, não sei quantas situações enviadas para o ministério público...Quando toda a gente vê que com umas palmadas a situação se resolveria.
Tudo serve para desculpar o mau comportamento. Ele é a hiper-actividade, ele é o ambiente sócio-económico, ele é a genética, ele a família desestruturada, ele é a comunicação social, ele é o ambiente social... Coitadinho do mal comportado! É uma vítima! Tudo justifica o mal que faz e que é! Nunca é responsabilizado seriamente pelo mal que escolhe fazer.
E depois o mal está no professor! Quantos docentes têm que gastar tempos infindos a pôr ordem e disciplina na sala de aula? Exactamente, o tempo que deveria ser para aprender. Às vezes parece que as coisas estão mais orientadas para o professor ser "domesticador de feras" do que para ser o orientador, motivador e incentivador das aprendizagens. Tristes tempos!

Hoje é assim. Aprender sem esforço. Tudo o que cheire a trabalho, esforço, empenho, sacrifício, está calado! O que importa é oferecer a papinha feita e muito bem embrulhada. Ah! E de fácil digestão.

Esta geração, um dia, erguer-se-á contra a actual geração - a começar logicamente pelos actuais governantes - e há-de condená-la, porque não a soube nem quis preparar para um futuro que se imagina bem exigente.

A Igreja pode estar a perder a “sintonia com as pessoas que procuram verdadeiramente Deus"

D. José Policarpo reconheceu que a Igreja pode estar a perder a “sintonia com as pessoas que procuram verdadeiramente Deus”. Durante a conferência sobre « As Linhas Emergentes para a Evangelização da Europa Globalizada e Laicizada», que decorreu em Lisboa e contou com a presença do arcebispo de Viena, o Cardeal Patriarca de Lisboa afirmou que a “estrutura canónica com que é enquadrada a nossa direcção pastoral é demasiadamente rígida para deixar a liberdade de resposta à própria procura de Deus”.
“A Igreja com respostas demasiadamente rígidas e canónicas às inquietações dos fiéis", perde a sensibilidade de chegar a essas pessoas”.

In ecclesia

BOM PAPA JOÃO: ELEIÇÃO FOI HÁ 50 ANOS

Ninguém esperava. Mas há cinquenta anos (precisamente a 28 de Outubro de 1958) foi eleito um Santo Padre com 77 anos. Chamava-se Ângelo e escolheu o nome de João: «Vocabor Johannes».

Ficou conhecido como sendo o bom Papa João. Nasci dois anos depois de ele ter nascido...para o Céu. Cresci a ouvir falar do Papa bom. Tudo o que se recebe no berço é sagrado. Minha querida Mãe falava-me deste Homem com um enlevo contagiante.

Foi ele quem desencadeou o Concílio Vaticano II. Enviava beijos às crianças. Era de uma simplicidade desarmante e de uma bondade que só os humildes sabem ter. Por isso era sábio, muito sábio. O seu coração era do tamanho do mundo. Só uma vez se terá zangado a sério: foi quando não conseguiu harmonizar duas pessoas que estavam incompatibilizadas.

Tinha uma seriedade extraordinária. O seu Diário de uma alma é uma lição viva que não passa de moda.

Levou tempo a habituar-se à missão de Santo Padre. Conta-se que, uma noite, estava a pensar em determinados problemas e terá dito a si mesmo: «Bom, levarei isto ao Papa». De imediato caiu em si: «Mas agora o Papa sou eu». Rematou da seguinte forma: «Já sei,
entregarei tudo ao Bom Deus»!

Afirmou que «o mundo inteiro era a sua família». Daí que estivesse à vontade com toda a gente. Numa audiência a religiosas, uma delas apresentou-se assim: «Sou a superiora do Espírito Santo». Sua Santidade não deixou escapar: «Ah sim? Tendes muita sorte. Eu sou apenas o vigário de Cristo»!

Tudo isto estava escorado numa enorme vida interior, numa profunda exigência consigo mesmo. Mons. Giuseppe de Lucca exarou esta percepção: «Ninguém era mais aberto do que ele e, ao mesmo tempo, ninguém era tão inimigo da facilidade, do facilitismo».

As sementes de bondade que deixou ainda não se extinguiram. Jamais se apagarão do coração das pessoas!
Há pessoas que nos marcam na vida. João XXIII faleceu quando eu tenha 11 anos. Contudo ficou-me na alma. Como mais nenhum, pese embora o respeito e a admiração por todos.
A bondade deixa na vida sulcos inapagáveis. E João XXIII foi isso: O BOM PAPA JOÃO.

A degradação do ensino

«A degradação do ensino não começou com este Governo. O que este Governo trouxe de novo foi a capacidade de transformar essa degradação, que os anteriores procuraram negar, num sinal de modernidade e de progresso».
Helena Matos

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Como é possível a generalização da loucura?

Em 2007 reformaram-se cerca de 3300 professores. Este ano já vamos em mais de 5000 e o ritmo parece estar a acelerar

Ao memorando de entendimento entre a plataforma sindical e o Ministério da Educação, assinado a 17 de Abril de 2008, sucedeu uma atmosfera beligerante latente e um clima de apaziguamento pelo terror. Entrou-se numa espécie de guerra fria, que tem garantido a paz entre ministério e sindicatos pelo preço da escravidão endémica dos professores. Ora equilíbrios conseguidos sobre desequilíbrios, ou entendimentos momentâneos sobre desentendimentos de toda a vida são coisas de engenharia social doentia, que só podem produzir desastre. A face visível desse desastre é o actual êxodo dos professores mais experientes. A invisível, ainda mais grave e comprometedora do futuro do país, é a imbecilização crescente dos alunos, sujeitos a lógicas de sucesso sem conhecimento e anestesiados por Magalhães a pataco.
Em 2007 reformaram-se cerca de 3300 professores. Este ano já vamos em mais de 5000 e o ritmo parece estar a acelerar. É só ver as longas listas do Diário da República. Os testemunhos, chapados na imprensa, de docentes que aceitam penalizações gravosas de 30 e 40 por cento sobre pensões de reforma para toda vida, ao mesmo tempo que reiteram o amor a uma profissão que, garantem, abraçaram por vocação e só abandonam por coacção, transformam um processo de reforma num processo de excomunhão. Um país maduro estaria hoje a reflectir aturadamente sobre o que Fernando Savater escreveu: 'A primeira credencial requerida para se poder ensinar, formal ou informalmente e em qualquer tipo de sociedade, é ter-se vivido: a veterania é sempre uma graduação.'
A vida dos professores nas escolas tem-se vindo a transformar num inferno. A missão dos professores, que é promover o saber e o bem colectivo, está hoje drasticamente prejudicada por uma burocracia louca e improdutiva, que os afoga em papéis e reuniões e os deixa sem tempo para ensinar. A carga e a natureza do trabalho a que se obrigam os professores são uma violentação e um retrocesso a tempos e a processos que a simples sensatez reprova liminarmente. Ocorre, então, a pergunta: como é possível a generalização da loucura?
A resposta radica no uso do modelo publicitário (cortejo ridículo de 23 governantes para enregar o Magalhães e 35 páginas de publicidade paga e redigida sob forma de artigos são exemplos bem recentes) e das técnicas populistas. O Governo tem conduzido a sua campanha de subjugação dos professores repetindo até à exaustão os mesmos paradigmas falsos e os mesmos slogans facilmente memorizáveis pelos justiceiros dos 'privilégios' dos docentes. As ideias (a escola a tempo inteiro, por exemplo) são tão elementares como as que promovem os produtos de uso generalizado (o Tide lava mais branco). Mas tal como os consumidores se tornam fiéis ao produto cujo slogan melhor memorizam, embora sabendo que a concorrência faz exactamente o mesmo, assim se têm cativado apoiantes com a solução de problemas imediatos, que nada têm a ver com o ensino. E a dissolução sociológica dos professores pela via populista tem procurado ainda, com êxito, identificar e premiar uma nova vaga de servidores menores - tiranetes deslumbrados ou adesivos - que responderam ao apelo e massacram agora os colegas, inflados com os pequenos poderes que o novo modelo de gestão das escolas lhes proporciona.
A experiência mostrou-me que o problema do ensino é demasiado sério e vital para o abandonarmos ao livre arbítrio dos políticos. 'Bolonha', a que este Governo aderiu, ou a flexibilização das formações, que este Governo promoveu através do escândalo das 'novas oportunidades', não se afastam, nos objectivos, dos tempos da submissão ao evangelho marxista, ou seja, os interesses das crianças e dos jovens cedem ante a ideologia dominante e o resto só conta na medida em que seja eleitoralmente gratificante. Assim, contra a instauração de um regime de burocracia e terror, para salvaguardar a sanidade mental e intelectual dos professores, encaro o protesto e a resistência como um exercício a que ninguém tem actualmente o direito de se furtar.
Santana Castilho, Professor do ensino superior

Justiça ou barbárie?

Mandaram-me por email um pequeno filme sobre a justiça iraniana. Vistas as imagens, fica a indignação. Barbárie pura!
Como é que o mundo pode fechar os olhos? O Iran, tão afadigado com a energia nuclear, continua a aplicar castigos que deveriam fazer corar de vergonha toda esta aldeia global em que o mundo se transformou.
Se o vídeo for fidedigno como penso que é, só resta uma reacção digna: o direito à indignação. São cenas de verdadeiro horror, que julgava extintas desde que caíram o nazismo e comunismo .
Mas não, estão aí! Desgraçadamente.
Até quando, comunidade internacional, continuarás a tolerar o horror?

Os amigo são assim

Não pôde estar no momento de sofrimento por que passei há 78 dias. Veio agora, porque só hoje lhe foi possível. Mas veio!
Tomámos uma refeição fraterna, conversámos um bocado e partiu para a sua vida.
Obrigado pela vinda, pela amizade demonstrada, pela compreensão oferecida, pelo apoio dado, por me ter ouvido. Foi bom termos partilhado ideias e as marcas da vida.
Um abraço amigo.

domingo, 26 de outubro de 2008

Quanto mais exigentes somos connosco próprios, mais tolerantes seremos para com as fragilidades alheias

Uma pessoa que leva uma vida escorreita, limpinha, cristalina, normalmente é tolerante e activamente compreensiva em relação àqueles que falham. Não deixa de chamar ao mal, mal; contudo procura seguir a máxima: "condene-se o pecado, mas salve-se o pecador."
Por outro lado, há quem se oriente por "vícios privados, públicas virtudes". A uma vida privada moralmente devassa, procura corresponder com a imagem pública de pessoa de bem. Ora, por regra, tais pessoas são arrogantes, autoritárias, inflexíveis para com aqueles que falham na vida. É a lei das compensações: se não se é, procura parecer-se. O farisaísmo no seu melhor.
Muitos pais, com vidas privadas menos recomendáveis, são depois de uma desconfiança, de um autoritarismo imposicionista sem medida em relação aos seus filhos.

Havia no meu tempo de menino uma canção brasileira cuja letra já não recordo precisamente.
Mas andava por aqui:

Senhor, aqui estou de joelhos
Trazendo os olhos vermelhos
De tanto, tanto chorar.

Sei que muito errei
E pelo meu pecado transgredi
Os mandamentos da Vossa Lei.

Penso que a canção transmite o mais importante. Perante o pecado, a falha, a queda, só resta a humildade grande da entrega ao Senhor cuja misericórdia é sem limites, cujo amor refaz por dentro, cuja providência abre caminhos de futuro.
Perdoados para perdoar; compreendidos para compreender; amados para amar; ajudados e amparados para apoiar.

Alguém me dizia uma vez que teve muitas falhas, que não era exemplo nenhum para ninguém, mas que aprendera à sua custa a ser mais tolerante, mais compreensivo, a ter mãos no coração para apoiar, incentivar, ajudar aqueles que caíram na vida ou a quem a vida empurrou para a queda.

Senhor, que nesta semana sejamos mais humanos, mais tolerantes e compassivos em relação ao próximo que falha. Sejamos menos juízes e muito mais irmãos, sabendo ajudar, amparar, estimular os corações feridos pelas quedas da caminhada.
Dá-nos, Senhor, um coração belamente humilde, que saiba reconhecer as quedas, erguer-se ao Teu perdão, semeando depois no mundo a esperança de um futuro ressuscitado.

Conselho Pastoral

Reuniu na noite da última sexta-feira o Conselho Pastoral Paroquial.
Sensibilizou-me o facto das pessoas que faltaram terem antecipadamente justificado a ausência. Ou porque estavam na faculdade, ou porque tinham um cônjuge doente ou porque estavam no velório de um familiar acabado de falecer, ou porque estavam fora da terra.
O Conselho analisou o último ano pastoral de acordo com o Plano Pastoral que havia sido aprovado. Todas as actividades foram realizadas, algumas com maior impacto e adesão, outras com menos. Mas foi interessante a abordagem feita e a maneira como os representantes fizeram eco do sentir dos representados.
Havia sido enviado aos conselheiros um pré-projecto do novo Plano Pastoral que foi explicado, debatido e aprofundado neste encontro. Algumas actividades foram acrescentadas e uma ou outra ficará dependente de estudo para posterior realização ou não.
O Plano Pastoral 2008/09 gira à volta dos Sacramentos da Ordem e do Matrimónio e as actividades têm a ver com esta temática, logicamente.
De salientar que no Plano Pastoral existem três actividades ao nível arciprestal: uma acção de promoção vocacional para adolescentes, um encontro destinado aos recasados e o Crisma, que este ano não será em Santa Helena.
Debateram-se e apresentaram-se outros assuntos de interesse pastoral paroquial.
Mais uma bela vivência do espírito de comunhão. Aprendo sempre muito nestas experiências.
Paranéns ao Conselho Pastoral.
No site da Paróquia e no jornal paroquial de Novembro, será colocado o Plano Pastoral para que todos o possam conhecer.

Casal amigo em Bodas de Ouro

Seu filho, o meu amigo e colega P.e José Pontes, telefonara a convidar. Fiquei contente e imediatamente aderi ao convite.
Tinha tudo organizado para estar presente, ontem, nas Bodas de Ouro do senhor Zé e da D. Rufina. Mas o homem põe e a vida dispõe... À última hora, não me foi possível.
Quando passei pela paróquia de Cimbres, durante os primeiros nove anos da minha vida sacerdotal, sempre foi acolhido e tratado com grande amizade por este casal. Era então o seu filho seminarista. Veio a ordenar-se durante a estada ali da equipa sacerdotal a que então eu pertencia.
Pessoas simples, afáveis e crentes, faziam da sua casa a casa dos sacerdotes que por lá passavam.
Na hora do seu jubileu matrimonial, aqui lhes deixo, do fundo do coração, um abraço enorme de parabéns. Por muitos anos!

sábado, 25 de outubro de 2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Peditório conta o cancro ... e silêncios que não falam

Foi depositada em mão na caixa do correio. Abri. Era um pedido para não me esquecer de comunicar nas Eucaristias dominicais o peditório da Liga conta o cancro.
O cancro é uma calamidade. Milhares e milhares de pessoas de todas as idades e estratos sociais são flageladas por esta doença. Por isso, iniciativas que visem contribuir para o progresso científico, para o apoio aos doentes e para prevenção primária, diagnóstico, tratamento e reabilitação em Cancro, são importantíssimas. Daí que me mereça todo o empenho este peditório.

Li hoje que o Bispo da diocese espanhola de Sigüenza-Guadalajara tenciona reconverter temporariamente parte do centro de formação que a diocese construiu em Guadalajara em refeitórios gratuitos como medida de emergência ante a crescente procura registada na província no último ano.
Ideia fantástica! Num tempo de crise, geradora de graves situações de miséria, aquela Igreja Particular desce ao terreno para acolher, alimentar e apoiar. Igreja dos pobres, porque Igreja de Jesus Cristo.

Confirma a ideia que tenho da Igreja em Espanha, mormente da sua hierarquia. Decidida, clara, que desce ao terreno, que marca posição, que não tem medo. Até admito que possa ser mais "conservadora" do que a Igreja que está em Portugal, mas ganha a esta aos pontos em poder de decisão, em frontalidade, em testemunho.
Por aqui, ouvem-se belos (?) discursos, procurando agradar a gregos e a troianos, mas tanta pobreza, tanta pobreza em gestos proféticos! Repete-nos até ao tutano a palavra do Papa, mas fazer aquilo que ele solicitou - É PRECISO MUDAR - está quieto!!! Muitos estudos, muitos estudos, mas decisão e afirmação, nada!

A visita Ad Sacra Limina foi há um ano. O QUE É QUE REALMENTE MUDOU OU ESTÁ A MUDAR???

Fala-se hoje da "ditadura do relativismo". Com toda a razão. Sente-se constantemente. Mas a propósito da Igreja Portuguesa, não poderíamos falar da "ditadura da indecisão"? Não será uma Igreja enclausurada em relação aos reais problemas das "ovelhas"?
Há dias, alguém dizia com certa piada, a propósito da Dr.a Ferreira Leite, que ela aprendera a ser a líder em silêncio com a hierarquia católica!... De facto, na vigência da actual maioria política, o silêncio tem sido a postura da hierarquia, a não ser quando aquela lhe "pisou os calos" (capelães, creches, etc).

O que é o amor?

Numa escola primária, um aluno perguntou à professora: "o que é o amor?"
Ela ficou surpreendida com a pergunta inteligente do pequeno e sentindo dificuldade em responder-lhe de forma que ele compreendesse bem, como estava na hora do recreio, disse aos alunos: Cada um de vós vai dar uma volta pelo jardim e trazer-me o que mais lhe desperte um sentimento de amor.
As crianças saíram apressadamente e procuraram com todo o interesse.
Quando voltaram à sala de aula, a professora disse-lhes: quero que cada um me mostre o que mais lhe despertou um sentimento de amor.
Então o primeiro disse: Encontrei uma bela flor e trouxe-a comigo.
O segundo disse: Vi esta borboleta. Encantei-me com a beleza das suas asas e trouxe-a para a minha colecção.
O terceiro pequeno disse que encontrou um passarinho caído do ninho e trouxe-o por achar-lhe muita gracinha.
A professora notou que um dos garotos se manteve sempre calado no seu lugar, envergonhado por não ter trazido nada.
Quando a mestra lhe perguntou porque não trouxera nada, ele timidamente respondeu: eu vi aquela flor exalando o seu perfume, mas não quis colhê-la. Preferi que continuasse a exalar o perfume por mais tempo. Também vi a borboleta de asas belas. Mas pareceu-me voar tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Também vi o passarinho caído entre as folhas. Mas ao ver a tristeza da sua mãe, fui repô-lo no seu ninho. Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a felicidade da liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe da avezinha. Como posso mostrar o que senti?
A professora ficou encantada com a resposta da criança e felicitou-a porque só ela compreendera que só podemos trazer o amor no coração.
A lição daquele pequeno deve entrar em nós para aprendermos a trazer o coração cheio de amor: amor que nos faz interessar pelos outros, para ajudá-los a serem mais felizes.
Mário Salgueirinho

Mensagem final da XII assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos

A Mensagem final da XII assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, a decorrer no Vaticano, foi tornada pública esta Sexta-feira. Os delegados dos episcopados católicos de todo o mundo defendem a presença da Bíblia nas famílias, nas escolas e no mundo da cultura, utilizando também a «comunicação informática, televisiva e virtual».

O texto, divulgado pela página oficial do Sínodo, divide-se em quatro capítulos (A voz da Palavra: a Revelação; o rosto da Palavra: Jesus Cristo; a casa da Palavra: a Igreja; as estradas da Palavra: a missão) e 15 pontos.

«A Bíblia deve entrar nas famílias, para que os pais e os filhos a leiam, rezem com ela e esta seja para elas uma luz para os passos no caminho da existência», pode ler-se.

Os Bispos reunidos no Vaticano destacam que «as Sagradas Escrituras devem entrar também nas escolas e nos âmbitos culturais, porque foram durante séculos a referência capital da arte, da literatura, da música, do pensamento e da própria ética comum».
«A sua riqueza simbólica, poética e narrativa torna-a uma bandeira da beleza, seja para a fé seja para a própria cultura, num mundo muitas vezes desfigurado pela brutalidade e as porquidões».

A Mensagem sinodal é dirigida a todos os católicos, em particular aos pastores, aos «muitos e generosos catequistas» e a quantos orientam a Igreja «na escuta e na leitura amorosa da Bíblia».

Os padres sinodais consideram que o texto bíblico «apresenta também o sopro de dor que sai da terra, vai ao encontro dos oprimidos e do lamento dos infelizes», por ter no seu cume «a cruz onde Cristo, só e abandonado, vive a tragédia do sofrimento mais atroz e da morte».

Mimados

Testemunhos reflectem a tragédia de muitas famílias, religiosos e religiosas, sacerdotes e até bispos que sofrem por causa de Cristo.É impressionante o relato de cristãos cuja vida corre perigo. Durante os trabalhos do Sínodo dos Bispos, os testemunhos do Iraque e da Índia reflectem a tragédia de muitas famílias, religiosos e religiosas, sacerdotes e até bispos que sofrem por causa de Cristo. Mas, apesar das ameaças, do medo e da violência – mesmo arriscando-se a morrer – permanecem fortes na fé e no amor à Palavra de Deus.
Comovente, também, o relato de um bispo da ex-URSS, proveniente de uma República Báltica, onde a polícia ordenou numa paróquia que todas as Bíblias fossem deitadas ao chão e espezinhadas pelo padre. E o Padre, em vez de as pisar, ajoelhou-se para as beijar e, por causa disso, foi condenado para a Sibéria.E nós, por cá, ou andamos distraídos ou ainda nos queixamos…Somos mesmo mimados!
Aura Miguel

A vida à luz da Palavra

SEXTA FEIRA

PALAVRA (1 Tes 1, 1-5b)
Paulo, Silvano e Timóteo à Igreja dos Tessalonicenses, que está em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: A graça e a paz estejam convosco. Damos continuamente graças a Deus por todos vós, ao fazermos menção de vós nas nossas orações. Recordamos a actividade da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em Nosso Senhor Jesus Cristo, na presença de Deus, nosso Pai.
A 8,34).
Tessalónica era uma cidade do Norte da Grécia, de relevante importância económica, comercial e política. Paulo pregou em Tessalónica na sua segunda viagem, aproximadamente no ano 50. A fé operante, a caridade madura e a esperança constante, são a imagem de marca desta comunidade. E em Jesus Cristo, a certeza da presença de Deus.

MEDITAÇÃO
Paulo começa por dar graças a Deus pelo empenho dos tessalonissenses na fé, na esperança e na caridade, reconhecendo quanto bem se realizou através do testemunho da comunidade. Na certeza do primado de Deus actuando em cada um dos cristãos daquela comunidade. Da mesma maneira, somos também nós convidados a um compromisso novo, na certeza de actuarmos em presença de Deus, em seu nome. Como podemos melhorar, também nós o nosso testemunho de fé, a nossa profunda esperança, no amor aos irmãos?

ORAÇÃO
Ó Deus ! Em paz me concedeste passar a noite. Em paz me concedeste passar este dia.
Por onde eu for, que eu vá sempre pelo caminho que me indicares. Ó Deus, guia os meus passos pelo caminho recto. Concede que, falando, eu nunca ceda à calúnia; que, tendo fome, não ceda à murmuração; que, sendo rico, não me torne prepotente. Concede, Senhor, que eu passe todos os dias invocando-Te, sem outro senhor acima de Ti ! (Oração etíope)

ACÇÃO
Vive este dia com o desejo de viver a fé, no esforço da caridade e na firmeza da esperança em Jesus Cristo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A felicidade não se resume à quantidade de bens materiais

A crise financeira deve servir para todos reflectirmos sobre o estilo de vida que levamos, diz o Cardeal-Patriarca de Lisboa.
Em declarações à Renascença, D.José Policarpo afirma que é preciso perceber que a felicidade não se resume à quantidade de bens materiais que cada um possui.
“Talvez nós todos, como sociedade, e as pessoas em concreto, tenhamos que meditar um pouco se o modelo de felicidade, muito centrado no ter, no ter sempre mais, se é um modelo válido, se nós não teremos de ter modelos muito mais modestos e austeros de vida”, refere.

O pessimismo não ajuda nada

A senhora Maria – nome fictício – mais uma vez me disse:
– Está a ver ! O mundo está perdido. Agora até já querem casar homens com homens e mulheres com mulheres!...
Os meus leitores não conhecem esta senhora e não perdem nada por isso. Mas conhecem outras pessoas tão pessimistas como ela. Gente assim há por todo o lado e é a pensar nelas que hoje me veio à cabeça esta história que ouvi há tempos e me foi contada como verdadeira:
Um homem limpo e bem vestido, sentado numa cadeira, tinha a seu lado um cartaz com os seguintes dizeres: «Obrigado a todos os que me ajudam a ser feliz». Ao lado do cartaz exibia uma linda salva cheia de moedas e até algumas notas.
As pessoas passavam e ficavam admiradas. Muitas paravam e metiam conversa com o homem, que sempre tinha palavras de grande alegria e gratidão pela estima que tanta gente lhe demonstrava.
Um dia, um homem que já o observava há algum tempo, aproximou-se e disse-lhe:
– Você não é o mendigo que costumava estar no outro lado da cidade?
– Sim, sou! Houve uma época em que eu roto e sujo me costumava sentar no chão com uma placa ao lado, que dizia: «Uma ajuda para este pobre mendigo.» Mas as pessoas até tinham nojo de parar ao pé de mim e atiravam-me apenas algumas moedas negras. As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, pensei que era melhor mudar. Ninguém gosta de gente suja e mal vestida e que anda sempre a dizer mal da vida. Resolvi pois ser mais verdadeiro comigo e com as pessoas e dar um ar de alguém que até está feliz com a vida que leva e os benfeitores que o ajudam. Pois, olhe, nunca a vida me correu tão bem!
Creio, digo eu agora, que há muita gente da Igreja, e não só, que tem muito a aprender com este inteligente mendigo.
In O Amigo do Povo

A vida à luz da Palavra

QUINTA FEIRA

PALAVRA
Eles apresentaram-Lhe um denário e Jesus perguntou: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Eles responderam: «De César». Disse-Lhes Jesus: «Então, dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus».

A figura de César (imagem de imperador-deus) presente nas moedas representa para os judeus fiéis a idolatria condenável pelo primeiro mandamento. E porque feita de um legalismo inconsistente, à pergunta dos fariseus, Jesus responde com o fim da ambiguidade: a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

MEDITAÇÃO
A Deus o que é de Deus. E basta. Parece simples e evidente, não é? Mas não tão facilmente. É na história que se realiza o espaço e o tempo da salvação. É na nossa história que construímos o Reino de Deus. Dando a Deus tudo. Conscientes da vida que vivemos. Do mundo que habitamos. Na certeza, de como dizia S. João Bosco, sermos simultaneamente “honestos cidadãos e bons cristãos”. A César o que é de César (com justiça, com verdade, com honestidade e carácter participativo), a Deus o que é de Deus (amando o outro, construindo um mundo novo, sendo testemunhas da verdade de Deus em nós). Que te falta ainda para viver intensamente desta maneira?

ORAÇÃO
A minha consciência, Senhor, não duvida, antes tem certeza de que Te amo. Feriste-me o coração com a Tua palavra e te amei. O céu, a terra e tudo o que neles existe, dizem-me por toda a parte que Te ame. Mas que amo eu, quando Te amo? Não amo uma formosura corporal, nem uma glória passageira. E, contudo, amo uma luz, uma voz, um perfume, um alimento, um abraço, quando amo meu Deus, luz, voz, perfume, alimento e abraço do homem interior, onde brilha para a minha alma uma luz que nenhum espaço contém, onde ressoa uma voz que o tempo não arrebata, onde se exala um perfume que o vento não esparge, onde se saboreia uma comida que a sofreguidão não diminui, onde se sente um contacto que a saciedade não desfaz. Eis o que amo, quando amo meu Deus (Sto. Agostinho).

ACÇÃO
Procura hoje dar tempo a Deus. O tempo justo. A Deus o que é de Deus!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sorrir faz bem

Hemorroidal
Já lá vão uns bons pares de anos. A Ti Maria Formiga, além de muitoooooo surda, sofria de Hemorróidas. Como o achaque ao fundo das costas não apresentasse melhoras, antes piorasse dia após dia, o marido decide levá-la ao médico.
Tinham eles uma filha, estudante na escola secundária da vila, que detestava que os pais, "a fizessem passar por vergonhas". Por isso, no dia em que os três decidiram partir lá da sua aldeia perdida na serra em direcção à sede do concelho, a rapariga não cessou nunca de dar conselhos e informações ao pai. Sim, porque a mãe nem o estrondo da trovoada era capaz de ouvir.
- O pai já sabe que quando o sr. doutor perguntar de que se queixa a mãe, não diga que é do cu. Diga sempre que sofre do ânus, ânus, ânus!
- Ai, filha aprendeis cada coisa naquela escola! Repete lá outra vez o que hei-de dezer ao doitor!...
E lá seguiram. A mãe sentada no burro, o pai a puxar o burro pela rédea e a filha a tocar o burro.
O pobre homem repetia constantemente: ânus, ânus, ânus!
- Ó Leonor, olha que não vou esquecer o nome das partes púdicas da tua mãe!
Entraram no consultório homem e mulher. A filha ficou na sala de espera.
- Sinhor doitor, a minha é mouca como um penedo. Mas saiba Vossa Sinhoria que tem passado muito mal...
- Então de que se queixa ela? - pergunta o clínico.
- Ai, sinhor doutor, a minha sofre do.... do..., do...
E o chapéu ia rodando em balsa louca no dedo do campónio, enquanto com a outra mão coçava aflitivamente o cabelo a ver se aliviava a temperatura daquela cabeça prestes a incendiar-se de tanto pensar.
- Sofre do... do... Com licença, sinhor doitor!
Desanda desenfreado, abre abruptamente a porta do consultório e dispara em direcção à filha:
- Ouve lá, ó Leonor, como se chama o cu da tua mãe!?

DIZ QUE É UMA ESPÉCIE DE HUMOR

Confesso que, como toda a gente, aprecio o bom humor, como aprecio a boa literatura, a boa arte, a boa conversa. Haverá alguém que aprecie o que não é bom? Deus é humor, como alvitra Félix Uribe, e, sendo a suma bondade, o humor de Deus só pode ser sumamente bom. Por conseguinte, o que não é bom não se aproxima de Deus.

Confesso também que não percebo a razão para tanto êxito dos Gato Fedorento. É tudo tão previsível, tão formatado, tão estereotipado e tão standard que qualquer um é capaz de prever o programa subsequente ou a piada seguinte. Talvez seja essa mesmo a causa: fazer o que toda a gente espera. Mas chamar bom àquilo, francamente.

O humor, para ser bom, não tem de ser achincalhante. Se tudo (desde a velocidade até à duração da própria vida) tem limites, porque é que o humor não há-de ter limites? Ou será que a boçalidade tem de ser um ingrediente do humor? Vasco Santana ou António Silva faziam rir as pessoas sem baixarem de nível. Raul Solnado, que nem é nada conservador, já verberou os (des)caminhos que o humor está a trilhar em Portugal.

Que se satirize o Magalhães, vá que não vá. Mas que, para realizar tal sátira, seja necessário brincar com a Santa Missa é uma distância que não deveria ser percorrida. É claro que com outras religiões não brincam assim. Daí que, mesmo mansamente, não possamos deixar de lavrar o nosso veemente protesto.

Confira http://oinimputavel.blogspot.com/2008/10/gatos-fedorentos-ridicularizam-catlicos.html

In http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/

A vida à luz da Palavra

QUARTA FEIRA

PALAVRA
Jesus, conhecendo a sua malícia, respondeu: «Porque Me tentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo».
Mateus sublinha a malícia dos fariseus fazendo notar como Jesus conhece as suas intenções. E inicia-se a resposta de Jesus. Os fariseus são agora tentadores e hipócritas. Tentam a verdade de Deus e fingem com habilidade, atentando contra Jesus. Na moeda do tributo estará a resposta a esta situação.

MEDITAÇÃO
A pergunta surge aos olhos de Jesus como tentação. Ele que não confunde o seu Reino (de justiça, amor, verdade), com os reinos da história (condenados a um tempo, marcados pelo poder, pela força). Ele, cuja missão é tão só a de nos “salvar deste mundo”. Ele, cujo projecto é aproximar-nos do Pai. Da sua vontade. Do seu amor. A disponibilidade para acreditar, a disponibilidade para amar, a confiança em Deus é a nossa melhor moeda de tributo…


ORAÇÃO
A minha moeda, Senhor, tem a esfinge do nosso tempo: stress, desânimo, desconforto, ambiguidade, incerteza. Está marcada pelo desgaste do tempo! Transporta em tantas situações, sinais de injustiça, de busca de poder, de consumismo, de venda fácil. Está longe, quem sabe se demasiado longe, do desprendimento, da entrega, da libertação. Esquecida de ti, fechada em mil situações de egoísmos e vaidades. Reconheço-me necessitado de um maior tributo, selado pelo amor que em mim queres, desprendido de tudo o que do mundo não é de ti. Vem, Senhor, e enche-me de ti!

ACÇÃO
Procura ao longo do teu dia dar o tributo necessário a quem mais precisa: em atenções, em disponibilidade, em formas de solidariedade e de partilha. Liberta-te um pouco de tudo o que te sobeja para dar a quem mais precisa.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Assobiadela monumental

Porto perde em casa frente ao Dínamo Kiev por 0-1.
Vi o jogo. O Porto jogou mal.
No campeonato português, porque frágil, o FCP de Jesualdo ainda vai fazendo umas coisas. Mas na Europa, é o que todos podemos ver. Infelizmente.
Aliás, o Porto começa a partida com "nove". Sim, porque jogar com Mariano e Lino, é o mesmo que jogar com nove. Onde ficou o Tomás Costa?
Depois, uma surpresa desagradável: Nuno. Ele que até vinha a fazer boas partidas, parece-me que não ficou imune de responsabilidades no golo sofrido. Azar portista. Ora falha Helton, ora falha Nuno.
Faltou inspiração, dinâmica, inconformismo, espírito de equipa, criatividade, futebol.
Sinceramente, nada que não estivesse à espera. Com Jesualdo, nunca podemos estar descansados. Ou não tinha estudado verdadeiramente o adversário - algo em que não acredito - ou não foi capaz de preparar uma resposta adequada - que me parece o normal. Resultado? Mais uma vergonha europeia e a corresponde reacção dos adeptos: assobiadela monumental.
Sei que sou repetitivo. Mas, neste momento, parece-me que não me resta alternativa coerente. Demita-se, senhor Jesualdo! Por respeito à sua idade. Por respeito à grande Instituição que serve.

Rendimento Social de Inserção

Neste concelho com 8296 habitantes, segundo o censo de 2001, temos 220 FAMÍLIAS a receber o Rendimento Social de Inserção.
Claro que nem todas estas famílias recebem o mesmo e, segundo julgo saber, esse tal Rendimento fica-se, no geral, cá por baixo.

- Pode-se questionar se é justo ou não que todas essas famílias recebam o Rendimento Social de Inserção. Mas não podemos pôr em causa que muitas delas precisam mesmo dele para viver ou sobreviver. Então os que dizem que não há pobres terão que "engolir o sapo vivo". Há mesmo!
- Nos últimos tempos, tem-se registado uma chegada constante de famílias e/ou pessoas problemáticas ao Concelho, aumentando assim o número de casos a atender. Entretanto, muitas delas continuam registadas na terra de origem (bilhete de identidade, carta de condução, cartão de eleitor...). Ora sabendo que os dinheiro recebido pela autarquia é proporcional aos habitantes que ela possui, conclui-se que estas pessoas não "pagam para Tarouca", mas recebem de Tarouca. Será justo?
- Todas as famílias intervencionadas estão a ser acompanhadas por técnicas que ajudam, estimulam, orientam, mas também verificam in loco a veracidade da carência. E isto é bom. Só me parece que haveria de dar neste processo maior protagonismo às juntas de freguesia. São os eleitos mais próximos dos cidadãos e, por isso, mais a par das reais carências/ou não das pessoas.
- Há que arranjar maneiras de colocar esta gente(os que podem, claro) a dar o seu contributo à sociedade. Por exemplo, uma mata toda a gente pode e sabe limpar... É justo e salutar que quem recebe dos impostos de todos faça alguma coisa pela causa de todos.
- Muito se fala e se critica o Rendimento Social de Inserção! Mas os que criticam "metem a viola ao saco" quando se trata de meninos e meninas que vão para a universidade em brutos carros, mas que recebem bolsas!! Isto sim, é escândalo de bradar aos céus!!!
- Muito se fala e se critica o Rendimento Social de Inserção! Mas os que criticam "metem a viola ao saco" diante de fortunas que não pagam impostos ou dos lucros fabulosos de muitas empresas.
- Muito se fala e se critica o Rendimento Social de Inserção! Mas os que criticam "metem a viola ao saco" diante do tráfego de influências que permitem aos poderosos obter toda a sorte de privilégios, enquanto as pessoas do povo os vêm passar à frente... Já viram algum filho, irmão, afilhado de político desempregado?

Esta tendência lusitana de olhar sempre para o pequenino como o culpado da má situação económica e de fechar sempre os olhos aos abusos do grande está-nos no sangue.
Recordo que há décadas, os pequenos e indefesos agricultores (como hoje!!!) se queixavam das dificuldades económicas por que passavam. E a razão era sempre a mesma: os trabalhadores rurais. Ganhavam muito e trabalhavam pouco! Coitados dos trabalhadores rurais! Nem para o pão ganhavam e labutavam de sol a sol... Nunca vi essas agricultores olhar para cima: as péssimas políticas agrícolas (ontem como hoje...), os lucros dos intermediários, os custos dos produtos da indústria...
Hoje continuámos na mesma. Perante o Rendimento Social de Inserção, gritaria! Perante os usos, abusos e tráfego de influência dos grandes, silêncio!
Ainda não aprendemos mesmo!

FRASES - DEUS

A verdade da vida

1 - 'Deus não escolhe
pessoas capacitadas,
Ele capacita os escolhidos.'

2 - 'Um com Deus é maioria.'

3 - 'Devemos orar sempre,
não até Deus nos ouvir,
mas até que possamos ouvir a Deus.'

4- 'Nada está fora
do alcance da oração,
exceto o que está fora
da vontade de Deus.'

5- 'O mais importante
não é encontrar a pessoa certa,
é sim ser a pessoa certa.'

6 - 'Moisés gastou:
40 anos pensando que era alguém;
40 anos aprendendo que não era ninguém
e 40 anos descobrindo o que Deus pode fazer com um NINGUÉM.'

7 - 'A fé ri das impossibilidades.'

8 - 'Não confunda a vontade de DEUS,
com a permissão de DEUS.

9 - 'Não diga a DEUS
que você tem um grande problema.
Mas diga ao problema que você
tem um grande DEUS.'

DECLARAÇÃO:
Sim, eu amo Deus. Ele é a fonte de minha existência, é meu Salvador. Ele me sustenta a cada dia.
Sem Ele eu não sou nada, mas com Ele eu posso todas as coisas através de Jesus Cristo, que me fortalece. (Filipenses 4:13)
E SAIBA QUE JESUS TE AMA !!!!!!!!
(enviado por email)

O Sínodo dos Bispos

Constituirá um marco notável da História Eclesiástica a XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em decurso no Vaticano entre os dias 5 e 26 de Outubro, sobre “A Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja”. E são vários os motivos: participam nesta magna assembleia 25 mulheres, das quais 6 peritas e 19 auditoras; o papa interveio em plena aula sinodal; e, pela primeira vez, um rabino (um não cristão) discursa numa assembleia católica de alto nível.
O sínodo, instituído por Paulo VI em 15 de Setembro de 1965, pelo Motu Proprio “Apostolica sollicitudo”, na sequência do Concílio Vaticano II, como testemunho da colegialidade dos bispos em comunhão com o Bispo de Roma, não é um concílio nem um parlamento. Assume-se, antes, como uma instituição eclesial criada na atenção aos sinais dos tempos e com vista à interpretação profunda dos desígnios divinos, através do estudo comum das condições da Igreja e da procura de soluções para as questões relacionadas com a sua missão.
Foram já celebradas 12 assembleias ordinárias, 2 extraordinárias, 8 especiais e está convocada uma especial para África, a decorrer de 4 a 25 de Outubro de 2009.
Ao contrário do concílio, em que participam todos os bispos que não estejam fisicamente impedidos, no sínodo participam delegados de todos os países onde a Igreja Católica esteja implantada, mesmo que em infimidade numérica. Mas as assembleias são amplamente preparadas nas dioceses e noutras estruturas eclesiais a quem é enviado, com a devida antecedência, o documento de estudo (lineamenta) em que se desmultiplica o tema numa infinidade de questões e subquestões às quais se deve responder. Os relatórios das dioceses dão origem, além de relações por grupos linguísticos, ao “instrumentum laboris”, o documento que serve de base ao estudo dos padres sinodais, a melhorar com as intervenções de quantos houverem por bem fazê-lo, com o apoio de peritos e auditores. E, para lá da mensagens que os padres sinodais eventualmente possam produzir para o exterior, como seus autores, cabe-lhes a elaboração de uma proposta de exortação apostólica, que o papa examina, retoca e assume como sua, para a dirigir a toda a Igreja. Tem, por exemplo, sido muito debatida a “Sacramentum Caritatis” de Bento XVI, editada em resultado do sínodo de 2005 sobre a Eucaristia.
Porém, o que torna este sínodo um acontecimento incontornável é a atenção deliberadamente prestada à palavra de Deus na vida e missão da Igreja. Trata-se de um fórum poliédrico em que a Palavra de Deus tem um aprofundamento de excepção, não apenas enquanto património da humanidade consignado em Livro, mas sobretudo enquanto dinamismo vivo, quer quando, lida em termos de meditação pessoal, orienta a consciência e os impulsos espirituais de cada um, quer, sobretudo, quando, proclamada em assembleia litúrgica ou paralitúrgica, impulsiona a vida de toda a comunidade. Mais: a palavra divina não se esgota no âmbito do Livro, mas persiste viva e operante na tradição dinâmica da Igreja que a todo o momento pode gerar a inovação, a renovação e a transformação das mentes, das atitudes e dos comportamentos das pessoas e da comunidade.
Não é por acaso que o Papa, qual Bispo da Igreja Católica, se dirige aos Padres Sinodais, os bispos, indicando a necessidade de superar a dicotomia entre a exegese bíblica (estudo dos textos, sua origem, contexto, evolução e significado) e a teologia, enquanto ciência que emoldura a fé esclarecida da Igreja e de cada um dos seus membros, estriba a arquitectura de uma moral consistente e implica uma acção pastoral atenta aos problemas e anseios do homem e à missão da Igreja. Não quer mais o papa uma exegese bíblica desvinculada do ambiente da fé, a ponto de ela configurar um trabalho que qualquer estudioso poderia fazer com perfeição técnica, mas longe do apelo do dom de Deus.
E um dos delegados de Portugal, D. António Bessa Taipa, interveio publicamente na 15.ª Congregação Geral, na tarde de 14 de Outubro, para: sugerir a relação íntima do mistério da Palavra de Deus com o mistério da Eucaristia, de modo que, na missa, a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística possam entender-se, sem margem para equívocos, como uma única acção litúrgica; estabelecer a relação entre a Sagrada Escritura, o Mistério da Bíblia e o Mistério Eucarístico, de modo a considerar a Sagrada Escritura como livro especial e a inculcar a veneração da Bíblia como Livro Santo, humano-divino; e, ainda, articular a leitura assídua da Bíblia com a atenção permanente ao mundo, que, por mais que vejamos e ouçamos, é preciso amar em suas dores e sofrimentos como Deus o amou e ama.
Oxalá que este espectáculo de formação, estudo e oração augure uma Igreja mais eficaz e mais credível num mundo cada vez mais escravizado pela “latria” do relativismo.
Louro de Carvalho (enviado por email)

Um sítio na Internet contra a pobreza

Fica aqui o apelo a todos os internautas: visitem, divulguem e contribuam para que, cada vez mais pessoas fiquem sensibilizadas para estas situações. Mas acima de tudo, que cada um de nós consiga fazer a diferença, porque não podemos ficar indiferentes perante as desigualdades sociais que irmãos nossos passam em todo o mundo.

www.levanta-te.org

A vida ao ritmo da Palavra

TERÇA FEIRA

PALAVRA
Enviaram-Lhe alguns dos seus discípulos, juntamente com os herodianos, e disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas, segundo a verdade, o caminho de Deus, sem te deixares influenciar por ninguém, pois não fazes acepção de pessoas. Diz-nos o teu parecer: É lícito ou não pagar tributo a César?».

Reconhecer o pagamento a César é reconhecer a legitimidade da autoridade de Roma sobre Israel. A ironia que inicia a pergunta dá espaço à maquinação dos fariseus. A escolha dos fariseus coloca a problemática na fronteira entre o mundo religioso e o político. Se Jesus reconhece o tributo ao imperador, revela-se um judeu pouco observante; por sua vez declarar a ilegitimidade desse pagamento, colocá-lo-ia numa situação delicada diante das autoridades romanas. Que resposta encontrará Jesus?

MEDITAÇÃO
Fé e política: uma questão sempre pertinente. Também no nosso mundo a complexidade da relação destas duas realidades inquieta muitos cristãos. Inquieta-nos no dia-a-dia das nossas opções. Se responde afirmativamente, é condenado pelos compatriotas. Se negativamente, podia ser acusado diante dos romanos como perigoso agitador social, sem respeito pelas autoridades. A resposta de Jesus é feliz e ao mesmo tempo evidente. Na política da nossa vida, actuemos com o horizonte da fé. Sem mútuos enganos.

ORAÇÃO
Sei que és sincero, Senhor, e que ensinas segundo a verdade o caminho de Deus. Sem fazeres acepção de pessoas. Escolhendo cada um como destinatário do teu amor. Conduz-me por esses montes e vales que me levam ao encontro de Deus que se faz caminho, caminhando a meu lado. Guia-me para estar contigo. Viver de ti. Amar por ti. Para que no final deste dia, possa oferecer-te o louvor simples das minhas palavras, no agradecimento profundo de tudo o que tu és por mim e em mim. Glória a ti, Senhor Jesus!

ACÇÃO
Procura afastar-te de todas as ironias que não deixam espaço nem tempo à autêntica felicidade. Que as tuas palavras sejam sinceras, cheias de Deus. Sem fazer, em nenhuma circunstância, acepção de pessoas.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Temas fracturantes ou sociedade fracturada?

Tornou-se frequente denominar de fracturantes determinados temas que levantam maior volume de polémica na sociedade, questionam determinadas atitudes e comportamentos, põem em causa valores tidos, até há pouco, como indiscutíveis para amplos sectores da opinião pública considerada mais consistente e ambicionam a alteração substancial de alguns códigos.
Têm o condão da transversalidade entre partidos políticos, escolas, organizações sociais, países e, quiçá, religiões. A título de exemplo, podem apontar-se as questões do aborto, da eutanásia, do casamento entre pessoas de sexo igual e, entre nós, as da regionalização. Todas elas, porque atravessam partidos e grupos, da esquerda à direita, mandam-se para referendo, na convicção de que os programas eleitorais não são suficientemente claros e os eleitores, quando votam, não terão em conta essas matérias.
Alegando que algumas, como o aborto e a eutanásia, são questões de consciência, tentam retirá-las da alçada dos políticos que representam a nação e entendem que é o povo que deve pronunciar-se directamente sobre a opção legislativa, embora sem carácter vinculativo.
Quanto à problemática da regionalização, embora se enalteçam as suas vantagens, apesar da pequena dimensão do luso continente, reconhece-se a dificuldade em sair do esquema desenhado pelo Liberalismo, bem como a tendência do poder central em propalar transferência de poderes e competências, mas continuar a tudo regulamentar até ao ínfimo pormenor. Por outro lado, teme-se que a extensão das competências agora nas mãos dos municípios ao âmbito regional implique, em maior escala, comportamentos marcados não raras vezes de nepotismo e compadrio, larvados da mais genuína regularidade inerente ao concurso público. E o argumento de que as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (que poderiam ser as plataformas de preparação para o estabelecimento das regiões administrativas em concreto!) não têm poder, porque os seus titulares não são eleitos, perde consistência, quando se sabe que a fonte do poder não está em exclusivo na eleição e que o grande temor dos dois partidos do arco do poder é o de que, num esquema livre de eleição regional, o Alentejo seria liderado pela CDU.
No atinente à problemática do casamento entre pessoas de sexo igual, o discurso conhecido presta-se a equívocos vários. Não se pode confundir a obrigação do respeito pela orientação sexual de cada um (e pela sua pretensão de vivência e convivência) com a ambição da criação de situações de excepção, como aconteceu quando a Câmara de Lisboa forneceu instalações para a sede de uma associação de gays (pergunta-se se o faz para outras associações que lho solicitem). Nem se pode inferir dessa obrigação de respeito e de não discriminação social a legitimidade do casamento enquanto instrumento fundacional da instituição familiar, argumentando abusivamente com o artigo 13.º da Constituição e exigindo a alteração intempestiva do artigo 1577.º do Código Civil. A proibição da discriminação atinge a diferenciação com base em condições meramente subjectivas, implica a igualdade básica de participação na vida política, com a possibilidade de acesso aos cargos públicos e funções políticas, e assegura a igualdade de base económica, social e cultural. Por mais que se fale de novos contextos familiares (família monoparental, união de facto, filhos nascidos extra união matrimonial, etc.) e do dever do Estado de a todos respeitar e integrar no quadro das suas obrigações de apoio e regulação, não se podem olvidar todas as finalidades do casamento, privilegiando esta ou aquela em detrimento das outras (a possibilidade da procriação é só uma e não exclusiva do ponto de vista biológico!), nem tampouco se pode reduzir a família à sua dimensão matrimonializada. No entanto, há que reconhecer que, numa sociedade estabilizada, as situações excepcionais, se bem que mereçam os mesmo tratamento das situações por todos reconhecidas como generalizadas, não têm que, à partida, decorrer dos mesmos pressupostos institucionais. Talvez uma leitura mais atenta do artigos 36.º, 67.º e 68.º da CRP (família, casamento e filiação) faça bem a muitos espíritos!
Demais, aqueles outros itens que alguns crêem ser do âmbito da consciência individual, usualmente aparecem em cima da mesa como matéria política. E com razão, já que, além da perspectiva pessoal, implicam questões de natureza colectiva, como a malha populacional a haver ou não haver (caso do aborto) ou a já não haver (caso da eutanásia), exprimem a colisão de direitos (direito à vida do nascituro, direito ao conforto da antemamã), direito à vida contraditório (direito à vida enquanto vida, direito à vida em condições de dignidade humana, direito ao conforto do lado da comunidade). Mas eles envolvem parâmetros científicos, nem sempre concludentes e, por vezes, vendáveis a posições ideológicas. E, sobretudo, eles patenteiam uma complexa dimensão ética. E é aqui que entra a consciência de cada um, mas formada com base no conhecimento disponível e actuante, à luz da liberdade de decisão pessoal, com o apoio da orientação de quem honestamente esteja capacitado para uma orientação de cunho holístico e humanista.
Em qualquer caso, já que a sociedade está profundamente fracturada, cabe ao poder político assumir o ónus de legislar sobre toda a temática dita fracturante, tendo em conta todo o conhecimento científico disponível e a disponibilizar e as diversas dimensões ético-políticas. Se não se tratasse de matéria política ou se como tal não fosse encarada, o Estado não poderia legislar sobre ela.
E cabe ao Estado, através dos seus órgãos de poder e de administração, organizar o acompanhamento pedagógico para que as pessoas, em concreto, decidam com toda a liberdade a lucidez possível. Não podem os poderes públicos relegar estas matérias para referendo ou deixar que as fracturas sociais se tornem mais expostas e dolorosas.
Louro de Carvalho (enviado por email)

A vida ao ritmo da Palavra

SEGUNDA FEIRA

PALAVRA
Naquele tempo, os fariseus reuniram-se para deliberar sobre a maneira de surpreender Jesus no que dissesse.
A entrada de Jesus em Jerusalém provoca um conflito entre Jesus e os seus opositores que leva os responsáveis judeus a tomar uma atitude de oposição irredutível, procurando a forma de o surpreenderem. Este é um conflito no prelúdio do que será o fim que conhecemos: a sua condenação à morte e morte de cruz.

MEDITAÇÃO
Procuram surpreender Jesus. Inquietos com a novidade pragmática de Jesus, os fariseus procuram uma forma de o encarcerar nos seus argumentos. Para o condenar. Para o eliminar da história. Urdindo uma estratégia ardilosa, caem na sua própria demagogia. Afinal, quem é este Jesus de Nazaré? Ficará surpreendido Jesus? Certamente que não! Porque o seu projecto é outro. O seu mundo é outro. Um Reino novo. Simplesmente de Deus.

ORAÇÃO
Hoje quero deliberar por ti, Senhor Jesus. Surpreender-te com o meu afecto, a minha adesão à tua mensagem e à tua vida. Deixar-me seduzir pelo teu amor. E transformar-me à tua imagem. Viver para ti. Que a tua Palavra seja eficaz em mim. Que tudo o que digas, inunde em afirmações de vida, todo o meu ser. Para deliberar por ti. Para que me surpreenda cada palavra tua. Tudo o que me dizes. Tu, em mim.

ACÇÃO
Deixa-te surpreender ao longo deste dia pela vontade de Jesus e o seu projecto. Não deixes que nada, nem ninguém te deixe vacilar. “Delibera” no sentido de transpor para a tua vida, Cristo vivo.

domingo, 19 de outubro de 2008

Foi bonito!

Hoje, na Eucaristia das 11 horas, tevemos um coral especial. Mais instrumentos, mais gente a cantar. Pessoas que vieram de outras freguesias e se associaram ao coral. Sobretudo jovens.
Gostei da serenidade, da alegria, do entusiasmo, da abertura a quem chega.
Parabéns.

Em pousio?

As terras mais fracas entravam em pousio: produziam um ano, descansavam outro.
Esta comunidade tem duas religiosas, uma delas de vida contemplativa (foi superiora do Carmelo de Coimbra onde esteve a vidente Lúcia) e três sacerdotes, dois diocesanos e um missionário.
Actualmente não tem ninguém nos seminários. Ninguém em institutos ou congregação religiosas.
Parece que estamos em pousio. Ao menos, Deus permita que seja a terra a reforçar-se para depois dar uma colheita mais abundante.
No início deste Outubro, mês missionário, fiz esta reflexão com a comunidade. Preocupa-me a situação, mas não esmoreço. Espero apenas que sejamos uma macieira "Bravo de Esmolfe", que tantas vezes não dá nada num ano para carregar no ano seguinte. Mantenho viva a esperança.
Uma comunidade que não produz vocações deve interrogar-se sempre. Porque será? O que estará a faltar? Se o Senhor chama sempre, por razão não há resposta? Estarão as famílias a ser escolas de discernimento vocacional? A pastoral infantil e juvenil funcionará mesmo? Qual a temperatura da fé da comunidade? Não faltará muito mais oração? A comunidade estimula, favorece e ampara as vocações? Estará o pároco a desempenhar como deve o seu múnus de pastor?
Não percamos a esperança. Não deixemos de lutar pela esperança de um mundo outro que virá. Até porque Deus nunca abandona o seu povo.

sábado, 18 de outubro de 2008

19 de Outubro: Dia Mundial das Missões

Ano Paulino, oferece-nos a oportunidade de familiarizar com este insigne Apóstolo, que recebeu a vocação de proclamar o Evangelho aos gentios, em conformidade com quanto o Senhor lhe tinha prenunciado: "Vai! É para longe, é para junto dos pagãos que Eu te hei-de enviar" (Act 22, 21).

"A tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja."

"Anunciar Cristo e a sua mensagem salvífica constitui um dever premente para todos."
Bento XVI
Quando se fala em "Missões", muita gente pensa na África, na Ásia, em terras longínquas.
Claro que aí também são terras de missão.
E esta velha Europa cansada? E este Portugal? E as famílias? E os corações?
Precisamos todos, mesmo todos, de uma nova garra missionária, de nos deixarmos contaminar pelo exemplo de Paulo.
Uma fé com garra, com entusiasmo, com temperatura. Uma fé que nos faz sentir o amor louco de Deus e que o expande como fogueira que larga o calor.

Ano A –XXIX DOMINGO do Tempo Comum


«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus»

Jesus é confrontado por fariseus e herodianos. Há no ar um desejo de confronto, de controvérsia, de anulação de Jesus. César ou Deus? A César o que é de César a Deus o que é de Deus. Respeitando, construindo e edificando nesta cidade humana, a cidade de Deus.

Evangelho segundo S. Mateus (22, 15-21)
Naquele tempo, os fariseus reuniram-se para deliberar sobre a maneira de surpreender Jesus no que dissesse. Enviaram-Lhe alguns dos seus discípulos, juntamente com os herodianos, e disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas, segundo a verdade, o caminho de Deus, sem te deixares influenciar por ninguém, pois não fazes acepção de pessoas. Diz-nos o teu parecer: É lícito ou não pagar tributo a César?». Jesus, conhecendo a sua malícia, respondeu: «Porque Me tentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo». Eles apresentaram-Lhe um denário e Jesus perguntou: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Eles responderam: «De César». Disse-Lhes Jesus: «Então, dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus».

• Para o cristão, Deus é a referência fundamental e está sempre em primeiro lugar; mas isso não significa que o cristão viva à margem do mundo e se demita das suas responsabilidades na construção do mundo. O cristão deve ser um cidadão exemplar, que cumpre as suas responsabilidades e que colabora activamente na construção da sociedade humana. Ele respeita as leis e cumpre pontualmente as suas obrigações tributárias, com coerência e lealdade. Não foge aos impostos, não aceita esquemas de corrupção, não infringe as regras legalmente definidas. Vive de olhos postos em Deus; mas não se escusa a lutar por um mundo melhor e por uma sociedade mais justa e mais fraterna.

• Como é que eu me situo face ao poder político e às instituições civis: com total indiferença, com sujeição cega, ou com lealdade crítica? Como é que eu contribuo para a construção da sociedade? À luz de que critérios e de que valores julgo os factos, as decisões, as leis políticas e sociais que regem a comunidade humana em que estou inserido? As minhas opções políticas são coerentes com os critérios do Evangelho e com os valores de Jesus?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Reformas dos políticos custam 8,3 milhões

A despesa pública com as pensões vitalícias dos ex-titulares de cargos políticos irá ascender a 8,35 milhões de euros, em 2009. Com o universo de beneficiários a atingir já um número na ordem de 383 pessoas, a verba orçamentada para pagar reformas para toda a vida aos políticos no próximo ano, como prevê a proposta do Orçamento do Estado para 2009, representa um crescimento de 3,2 por cento face aos oito milhões de euros orçamentados para 2008.
In Correio da Manhã

COMENTÁRIOS
. Quem diria que este País está em crise...? Bom...em crise está sempre...para os mesmos.
. Para estes Senhores nada pode faltar... para os outros, que aconteça o mesmo que ao mexilhão...
. Se o governo não alterar esta situação de grande injustiça, dada a disparidade de pensões entre cidadãos do mesmo país, um dia pode ter graves problemas sociais. E os socialistas que estão no poder, tinham a obrigação, mais do que nenhum outro partido, de abrir os olhos para a realidade e apoiar os mais desfavorecidos. Mas isso, se calhar é pedir muito...
. Que vergonha de país! Uns milionários, outros riquíssimos! E cerca de dois milhões de portugueses com 360 euros por mês... Reformas de miséria! Há muita coisa a mudar neste nosso Portugal. A começar pelos políticos. Vamos a isso!
. Parecer de um cidadão pobre: Redução imediata de 50% nos vencimentos dos polícios e de quem tenha mais que um emprego/reforma (S. Exa. o Sr. Presidente da República) deve dar exemplo...
(Alguns comentários ao artigo e publicados no Correio da Manhã)

E o caro visitante, que acha?

AMI alerta para o aumento da pobreza em Portugal

Hoje é o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

A Fundação AMI - Assistência Médica Internacional considera que "o empobrecimento das famílias em Portugal é uma realidade", assinalando que "tendo em conta a análise da AMI, nestes primeiros seis meses de 2008, registou uma tendência para o aumento deste tipo de casos".
Estas conclusões decorrem da análise do número de pessoas que recorreram de Janeiro a Junho de 2008, aos equipamentos de apoio social da AMI espalhados por todo o país e da sua comparação com igual período de 2007.

No Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, a Fundação portuguesa sublinha que "a pobreza persistente agravou-se e os elevados números de novos casos continuaram ao longo do primeiro semestre de 2008, com 1400 pessoas a recorrer pela primeira vez ao apoio social da AMI".

O principal motivo verbalizado de recurso aos centros Sociais "Porta Amiga" é a "precariedade financeira". "O serviço que maior procura registou neste período de tempo foi o de distribuição de géneros alimentares, roupa e medicamentos. De salientar que a quantidade de alimentos é cada vez menor, enquanto aumenta o número de famílias apoiadas", refere comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
Segundo o documento, este é "um balanço que retrata uma situação preocupante no que respeita à capacidade da AMI e de outras ONG/IPSS darem respostas que impeçam o alastrar da pobreza em Portugal".
In ecclesia

Perguntar não ofende
. Então como é que se compreende que seja durante a vigência de um governo socialista que aumentem estas situações de pobreza? Que socialismo é este?
. O nosso Primeiro andou um mês a propagandear o "Magalhães". Quando dá, pelo menos, igual tempo ao combate à pobreza, flagelo desumanizante que nos devia envergonhar a todos, a começar por quem governa?
. Quando será que o combate à pobreza é uma prioridade para a Assembleia da República e para os partidos políticos?
. Alguém explica a razão pela qual os meios de comunicação social dão tão pouco espaço ao flagelo da pobreza?
. Porque reage tão passivamente a comunidade nacional a tão grande flagelo?

Os números da nossa vergonha!

A fome no mundo:
- afecta actualmente 923 a 925 milhões de pessoas
- 850 milhões antes da escalada dos preços
- 55 milhões de crianças sofrem de desnutrição.

Quando há fortunas astronómicas,
Quando se gastam loucuras em extravagâncias,
Quando se deixam heranças descomunais a animais,
Quando se aposta no supérfluo da vida,
Quando os governos gastam milhões e milhões em armas e propaganda,
Quando se colocam limites à produção agrícola,
Quando há gente no mundo do desporto, do espectáculo, da especulação, das instituições financeiras, do empresariado ... a ganharem loucuras
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Há 923 milhões de pessoas que passam fome no mundo!

Esta é a vergonha da nossa geração!!!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

TODOS CONTRA A FOME

Mais de 43 milhões de pessoas levantaram-se, em 2007, para exigir aos líderes mundiais que cumpram as suas promessas para acabar com a pobreza e desigualdade. Portugal contribuiu com mais de 65 mil vozes nesta iniciativa. “Este ano precisamos da tua ajuda para bater um novo recorde e a enviar uma mensagem ainda mais forte para os nossos governantes” – sublinha um comunicado da plataforma «Levanta-te» contra a pobreza e actua.

No Dia Mundial para a erradicação da pobreza (17 de Outubro) e, à semelhança do ano passado, “espera-se que volte a ser um grande momento de mobilização a nível nacional e internacional” – realça.

Em Setembro de 2000, chefes de Estado e de Governo de 189 países, incluindo Portugal, reuniram-se nas Nações Unidas. Ali assinaram a Declaração do Milénio, comprometendo-se a lutar contra a pobreza e fome, a desigualdade de género, a degradação ambiental e o vírus do VIH/SIDA. Assumiram ainda o compromisso de melhorar o acesso à educação, a cuidados de saúde e a água potável.

Estamos a meio caminho de 2015, ano que marcará o final do período para alcançar os Objectivos do Milénio. “É urgente «Levantarmo-nos e Actuarmos», para que os governos honrem os seus compromissos. Tal só acontecerá se tomarmos uma posição clara” - avança o comunicado.
Apresentamos algumas iniciativas a realizar em Portugal que alertam para este problema.

Daqui manifesto a minha total solidariedade, juntando a minha pobre voz a todos os homens e mulheres que se levantam conta a pobreza.
É uma vergonha que haja tantos milhões para salvar bancos e não haja dinheiro para salvar milhões de pessoas!