segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Para falar com Deus e escutá-l'O, não são precisos telemóveis


Pede-se a cada pessoa que, durante as procissões e as vias sacras desligue MESMO o seu telemóvel porque causa da interferência com a instalação sonora, causando aquele ruído incómodo e aborrecido.
 
 Para falar e escutar Deus, não são precisos telemóveis, felizmente.  Por isso, não se esqueça. Ao entrar numa Igreja ou capela, desligue sempre o telemóvel. Pelo respeito que merece Deus, pelo respeito que as outras pessoas merecem, pelo respeito para consigo mesmo.
 
E já agora outra coisa. Quando estiver à mesa e o telefone tocar, querendo atender, peça licença, levante-se e venha atender cá fora. Os outros não têm que levar com as conversas telefónicas!

domingo, 28 de fevereiro de 2016

A Rapariga Dinamarquesa

Cartaz do Filme
Durante a semana passada, à conversa com uma senhora amiga, esta perguntou-me o que pensava do filme "A Rapariga Dinamarquesa", pois ela ainda não o tinha visto, embora sobre o mesmo tivesse presenciado uma discussão acesa.
Respondi à minha amiga que não vira o filme em causa e que dele nada sabia.
Depois procurei na internet onde aparece muita informação sobre este filme. Mas uma coisa é ver o trailer e ler várias comentário, outra bem diferente é visualizar o filme todo e, assim ter bases para uma análise e opinião fundamentadas.
Para uma primeira e superficial abordagem, aqui deixo uma referência, de onde pode ter acesso ao trailer.

O fim-de-semana nesta Paróquia




Foi carregado, mas belo este fim-de-semana.
No sábado, teve lugar a Festa da Catequese. Um regalo para os sentidos e o coração.
No domingo, realizou-se a celebração das Bodas de Prata e de Ouro de casais que as fazem em 2016.
À tarde, houve a Via Sacra da Misericórdia pelos povos, desta feita em Gondomar.
Pode inteirar-se de todas estas  e de outras atividades pastorais, visitando o blog da Paróquia. AQUI

sábado, 27 de fevereiro de 2016

15 simples atos de caridade para a Quaresma


Para a Quaresma, o Papa Francisco propõe 15 simples atos de caridade que mencionou como manifestações concretas de amor:
1. Sorrir, um cristão é sempre alegre!
2. Agradecer (embora não “precise” fazê-lo)....
3. Lembrar ao outro o quanto você o ama.
4. Cumprimentar com alegria as pessoas que você vê todos os dias.
5. Ouvir a história do outro, sem julgamento, com amor.
6. Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de você.
7. Animar a alguém.
8. Reconhecer os sucessos e qualidades do outro.
9. Separar o que você não usa e dar a quem precisa.
10. Ajudar a alguém para que êle possa descansar.
11. Corrigir com amor; não calar por medo.
12. Ter delicadezas com os que estão perto de você.
13. Limpar o que sujou, em casa.
14. Ajudar os outros a superar os obstáculos.
15. Telefonar para seus pais.

O MELHOR JEJUM
• Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas.
• Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão.
• Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência.
• Jejum de pessimismo e encher-se de esperança e otimismo.
•Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus.
• Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida.
• Jejum de tensões e encher-se com orações.
• Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria.
• Jejum de egoísmo e encher-se com compaixão pelos outros.
• Jejum de falta de perdão e encher-se de reconciliação.
• Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Jovens católicos exigem um pedido de desculpa por parte do Bloco de Esquerda:


O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) considera que o cartaz do Bloco de Esquerda sobre a adoção por casais do mesmo sexo “não se enquadra num respeito mútuo” e critica o “aproveitamento abusivo” da figura de Jesus Cristo.
‘Jesus também tinha dois pais’, é a frase que acompanha o cartar que o Bloco de Esquerda, divulgou esta quinta-feira, para se referir à aprovação da adoção por casais do mesmo sexo.
“Há um aproveitamento abusivo, sem sentido, da figura de Jesus Cristo. É uma analogia que não faz qualquer sentido. É abusiva e mesmo de mau gosto”, analisou o porta-voz da CEP.
À Agência ECCLESIA, o padre Manuel Barbosa destacou que a família para a Igreja “é sempre constituída por um casal, homem e mulher”.
“As convicções são diferentes não podemos dizer de outro modo”, observou.
O sacerdote defendeu o respeito pela liberdade de expressão mas observou que, neste caso, “não há o respeito mútuo” pelo outro, não só na Igreja mas “outros cristãos que seguem Jesus nas suas vidas”.
“Enquadra naturalmente no respeito pela liberdade de expressão mas não se enquadra num respeito mútuo que deveria existir porque a liberdade implica sempre uma corresponsabilidade e uma relação também com os valores essenciais da vida”, desenvolveu.
O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa assinala que está a “dar importância” a este cartaz e slogan pela utilização da figura de Jesus porque “há aspetos mais importantes, outras problemáticas” que Igreja e sociedade têm de atender.
O padre Manuel Barbosa recordou que já se lamentou que aquando da aprovação da lei da adoção por casais do mesmo sexo não tivesse existido uma “ocultação mais séria, mais demorada” das várias instituições da sociedade civil, “onde também está a Igreja”.
“Pode ser entendido também com o desviar de atenções de outros problemas mais candentes”, frisou o responsável que lamentou mais uma vez a forma “como é utilizada a figura de Jesus Cristo” e “as alusões”, sobretudo, quando a Igreja está “a viver em força” o tempo forte da Quaresma e o Ano Santo da Misericórdia.
O jornal ‘Económico’, divulga que na internet já circula uma petição pública de jovens católicos que exigem um pedido de desculpa por parte do Bloco de Esquerda: “O cartaz tem, de forma clara e inequívoca, o propósito de ofender a comunidade católica portuguesa.”
Fonte: aqui

Austeridade e saúde


Quando o país se sentiu mergulhado na crise económica e financeira, no contexto do inevitável alinhamento com a conjuntura internacional, e depois que os decisores políticos enveredaram, sob a batuta europeia, pela via austeritária, os efeitos da crise, que se fez global, sentiram-se gravemente por todo o lado. A maior parte da população sofreu o empobrecimento enquanto uma fatia mínima dos cidadãos logrou ver na circunstância uma privilegiante oportunidade única de autoencastelamento num refastelado estatuto económico-social.

Alguns grupos económicos, com o auxílio do Estado, que alguns consideravam falido, cresceram. Veja-se o incremento dado ao ensino privado, mercê da transferência de verbas do setor público, à luz do princípio da livre escolha, ou o crescimento do setor privado da saúde mediante a celebração de acordos entre as unidades de saúde privada e os subsistemas de saúde – alguns públicos como a ADSE superavitária – a que se furtaram os hospitais públicos.

Inúmeras empresas faliram, o desemprego aumentou em dimensão colossal; o estigma da precariedade pairou sobre a maior parte da população ativa; centenas de milhares de trabalhadores emigraram; aumentou abissalmente o número de pensionistas (reformados, aposentados e jubilados) e as pensões sofreram graves reduções; e muitos milhares ficaram na dependência das instituições de beneficência para sobreviverem.

Desinvestiu-se na educação, na saúde, na segurança social. As prestações sociais (no desemprego, pensões, subsídios por doença, rendimento social de inserção) emagreceram em montantes e tempo.

Os efeitos da crise socioeconómica assumiram visibilidade nas escolas, nos supermercados, nas empresas e serviços, na rua, nas coletividades, nos bancos alimentares. Os bancos, embora sujeitos a testes de stresse e a operações de recapitalização, deixaram de fazer chegar dinheiro à economia e alguns tornaram-se vassalos de bancos maiores, sendo que outros pura e simplesmente se eclipsaram ou ficaram como um peso pesado para o Estado.

***

Cedo a Comunicação Social deu conta da existência de um número significativo de pessoas, sobretudo as marcadas pela idade, doenças crónicas e penúria de recursos (nomeadamente pessoas contempladas por baixíssimas pensões de velhice de doença ou de desemprego) que se viam na necessidade de cortar na alimentação e/ou na medicação. É certo que os sucessivos governos fizeram um grande esforço na disciplina do medicamento, quer promovendo a produção e venda dos medicamentos genéricos quer determinando a prescrição médica por substância ativa e não pela designação comercial do produto, deixando ao doente a capacidade de escolha. No entanto, muitos viram o acesso à consulta e à medicação dificultado; e alguns morreram isolados.

Entretanto, surgiram dois estudos que pretenderam uma abordagem aprofundada e sistemática dos efeitos da austeridade na saúde.

Um foi dado a conhecer hoje, dia 25 de fevereiro, na RTP: três investigadores do Porto – Andreia Filipa Novo, Rui Alves Castro e Marcelo Sá Carvalho – deram corpo a um estudo, cuja publicação se aguarda, sobre o “impacto da austeridade na saúde”, tendo concluído que a instabilidade económica provocou, entre 2000 e 2010, mais fraturas no fémur, por via da osteoporose, referindo que a fratura do colo do fémur é uma das maiores causas da mortalidade.


Mais dizem que “a falta de acesso a medicamentos e a diminuição do poder de compra estão diretamente relacionados com o problema”.

Embora se trate de um estudo que ainda não abrange o tempo mais pernicioso da austeridade – de 2011 a 2015 – o mesmo releva para a reflexão dos cidadãos e como marco de referência para a tomada de decisão de quem democraticamente é obrigado a dirigir o rumo do país.

Diga-se que um estudo que abrangesse o período da aplicação da austeridade como receita plasmada num afolha de Excel provavelmente permitiria chegar a conclusões mais gravosas, dada a aplicação cega da receita “custe o que custar” ou ainda além da troika. Muito embora, durante esse período, se fizessem sentir os efeitos de algumas políticas setoriais, como a da disciplinação do medicamento ou a do envolvimento das autarquias e da chamada sociedade civil na solução de muitas das situações de carência, houve aspetos de notória dificuldade, como: situações de legionella, gripe A, hepatite C, entupimento das urgências, rarefação dos médicos no serviço nacional de saúde, precariedade no trabalho, isolamento crescente de membros das famílias.

***

Também em 2013 a Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa publicou um trabalho sob o título Os efeitos da austeridade na saúde da população: evidência internacional e experiência portuguesa”, da autoria dum grupo de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa: Carlos Matias Dias, Rita Carvalho da Fonseca, Teresa Contreiras e José Pereira Miguel. No seu resumo, os autores referem:

“A evidência disponível, em parte histórica, demonstra que a austeridade em tempos de crise económica tem efeitos predominantemente negativos sobre a saúde dos indivíduos e das populações que incluem aumentos na mortalidade, morbilidade e fatores de risco, assim como diminuição no acesso e utilização de cuidados de saúde. Alguns destes efeitos não são imediatos e podem fazer-se sentir a médio prazo. Numa perspetiva de saúde pública, a austeridade surge, assim, como parte do sistema complexo e ainda não totalmente conhecido que explica porque é que algumas pessoas e algumas sociedades são mais saudáveis do que outras. A austeridade influencia de forma complexa, os fatores de risco, protetores e promotores do estado de saúde, assim como as consequências dos problemas de saúde e a resposta organizada das sociedades, consubstanciada nos sistemas de saúde de cada país.”

O site do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge tem acessível um PowerPoint organizado pelos referidos investigadores. Este instrumento de apresentação do estudo releva que a “austeridade surge como um elemento fundamental a considerar no planeamento e organização das respostas da sociedade com vista à promoção, prevenção e melhoria do estado de saúde da população”.

Num primeiro momento, põem em evidência a dupla “austeridade e saúde pública, tentando definir o “Estado de Saúde da População” e elencando os “determinantes sociais da saúde”, bem como as “políticas adotadas na generalidade dos setores”, nomeadamente no da “saúde” e no respeitante a “todas as políticas públicas” que possam repercutir-se na saúde ou desta receber significativa influência.  

Depois, sob a asserção de que a “austeridade influencia de forma complexa e não completamente conhecida o estado de saúde”, abordam os “fatores de risco” e os “fatores de proteção e promoção”; as “consequências dos problemas de saúde existentes”; e a “capacidade de resposta dos sistemas de saúde”.

Salientam que “estudos com análise de dados individuais reportam essencialmente efeitos negativos”, ao passo que “estudos com análise de dados agregados apresentam efeitos negativos a curto e médio prazo”, reportando, no entanto, “alguns efeitos positivos a curto prazo”.

Dos “efeitos negativos a curto e médio prazo”, selecionam: a “alteração das condições de acesso a cuidados de saúde”; o aumento dos suicídios”; o “aumento de consumo de álcool e de substâncias ilícitas”; a “doença mental”; e os “surtos de doenças transmissíveis”.

Dos “efeitos positivos a curto prazo reportados em situações de crise anteriores”, destacam; a “redução da mortalidade por acidentes de viação”; a “alteração nos estilos de vida dos grandes fumadores e nos grandes obesos; e o “aumento da atividade física”. No entanto, sabemos que a obesidade infantil parece ter vindo para ficar.

Por outro lado, a política austeritária tem como efeito sistémico a “redução de despesa pública”, que se materializa na “redução de serviços e recursos financeiros, humanos e materiais”, na “introdução (reintrodução ou aumento) de taxas de acesso”, no “aumento do pagamento das despesas de saúde pelas famílias”, na “reorganização do setor prestador de cuidados”, na “renegociação da despesa com medicamentos e outros bens e serviços” e na “alteração do quadro normativo do setor da saúde”.

Depois, a “investigação sobre os fatores determinantes e de confundimento face aos efeitos das medidas de austeridade” sublinha dados como os da morbilidade e mortalidade, em franco aumento; a “investigação sobre os mecanismos de reposta individuais e da população (epidemiologia da resiliência)” releva, por um lado a “capacidade de autodefesa” de uma grande franja da população e a corrida a apoios e, por outro, a desistência de muitos; e a “monitorização dos efeitos a curto, médio e longo prazo em setores para além da saúde (da educação, da proteção social, produtivo,…)” evidencia a visibilidade que a crise projeta na escola e na autarquia, levando-as a um esforço suplementar, e nas empresas, que produzem menos e pagam menos, embora os custos de produção não baixem.

Em suma, o estudo conclui que os “efeitos da austeridade na saúde dos indivíduos e das populações parecem ser predominantemente negativos”, pelo que há “necessidade de desenvolver sistemas de registo e recolha de informação adequados” e de “monitorizar os efeitos das medidas de austeridade na saúde da população para além do período de austeridade”.

Por outro lado, há que estabelecer uma “investigação mais aprofundada sobre os mecanismos de resiliência dos indivíduos e das populações” e definir um conjunto de “intervenções planeadas, organizadas e fundamentadas em evidência que amenizem os efeitos negativos a curto e médio prazo em idênticas situações futuras”.

***

Nada que não se esperasse, mas que robora a força das vozes que protestavam contra a aplicação da receita prescrita pela política austeritária sob a égide da inevitabilidade, mas sem ter em conta a realidade sobre que iam recaindo inexoravelmente as células da folha de Excel do receptivo monitor/inspetor.

Razão tinha o atual Presidente da Comissão Europeia quando declarou que as autoridades europeias feriram a dignidade das populações dos países sujeitos a programas de resgate ou o seu assessor ao clamar que tinham sido impostos tantos sacrifícios como muito mais dor que resultados.

Ademais, os dados recentes da Comunicação Social sobre depressões, tragédias de assassinatos e suicídios e casos de abandono bem mostram como é urgente inverter a situação.

2016.02.25 – Louro de Carvalho

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

DIRECTA com DEUS

Noite de 4 para 5 de Março.
Santuário de Nossa Senhora dos Remédios
Começa com a via-sacra no Escadório (ao´pé da cidade) dia 4, às 23h, e continuaríamos pela noite no Santuário: adoração, reconciliação, terminando com Eucaristia às 06h da manhã do dia 5.
Vamos nesta "DIRECTA com DEUS"?
Vamos attender ao pedido do Papa?

Afinal Lamego é tão perto...
Jovens, adultos, todos... Convite para todos.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Joguem à bola! Deixem os árbitros em paz!

Senhores dirigentes desportivos, se olhassem tanto  - já não peço muito - para os erros de gestão que cometem como olham para o trabalho dos árbitros, aposto que os nossos clubes estavam bem melhores...
Senhores treinadores, não acham que é tempo de acabar com a "choradeira nacional" acerca do trabalho dos árbitros? Ponham os atletas a jogar bom futebol, tirem de cada um deles o melhor que podem dar, construam verdadeiras equipas,  puxem pelas vossas capacidades táctico-estratégicas... Deixem-se de desculpas.
Senhores jogadores, comparem os vossos ordenados com a maioria daqueles que vos apoiam nos jogos e vejam que são uns príncipes! Joguem à bola, treinem com afinco, deem o vosso melhor! Não culpem quem arbitra pelos vossos fracassos, mas reconheçam que podem e devem fazer muito mais e com muito menos erros.
Senhores comentadores, já repararam que muitos dos programas das nossas rádios e televisões ficam-se essencialmente pela denúncia  de erros dos árbitros?  Falem de futebol, expliquem as jogadas, apontem as falhas e as virtudes de jogadores e treinadores... Alguns programas desportivas parecem um tribunal onde o árbitro é julgado e condenado.
Senhores dirigentes federativos, façam o vosso melhor para que a todos chegue a imagem clara da imparcialidade na nomeação dos árbitros!
Senhores das claques, aprimorem o apoio às vossas equipas, com colorido, com criatividade, com intensidade! Puxem pelos estádios! Mas não amedrontem, coajam, nem condicionem o trabalho dos árbitros.  Há atitudes de algumas claques que deveriam fazer-vos corar de vergonha!
Erram os jogadores, erram os treinadores, erram - e muito - os dirigentes. Mas isso parece cair sob o manto da compreensão face ao natural erro humano.
Erram os árbitros e aí é um sarilho. Como se os árbitros fossem deuses e não seres humanos como os outros humanos. Que hipocrisia!

Eles fugiram da própria festa de casamento

casamento1
O noivo e noiva simplesmente fugiram da festa do casamento
 – e você vai gostar quando souber o motivo

Veja AQUI o texto e vídeo

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O Opel Astra ganhou o título de Carro do Ano 2016

Carro do Ano 2016
Contas feitas, o Opel Astra recolheu opinião favorável de 17 dos 19 jurados – que lhe outorgaram o primeiro lugar nas suas votações – sendo o primeiro modelo da casa alemã, em 32 edições do Essilor Carro do Ano troféu Volante de Cristal, a conquistar o troféu. O Astra sucede, assim, ao Volkswagen Passat, vencedor da competição em 2015.


Quanto às vitórias nas diversas classes em análise:
Carro do Ano 2016
Carro do Ano 2016
Carro do Ano 2016
Carro do Ano 2016
Carro do Ano 2016
Fonte: aqui

Eutanásia, morte digna?


Como é possível que, num mundo cheio de mortes por ideologias fanáticas que pretendem um mundo limpo de infiéis, sem dignidade nem lugar, estejamos nós a discutir como matar para eliminar o sofrimento


Gostava de perceber o que se entende por dignidade. Para os defensores da eutanásia, esse tem sido um argumento. Mas dá vontade de perguntar: uma pessoa sofrida, em grande sofrimento, por uma doença ou situação “sem cura” perde a dignidade? A mãe a fazer o luto de um filho, por exemplo, ou um deficiente profundo, um doente “terminal” ou o Papa João Paulo II tremendo e babando-se nos seus últimos tempos, tornaram-se indignos? Não seria melhor “ajudá-los a morrer” ou, talvez, “matá-los piedosamente”? A resposta que me dão é que “faz muita impressão”, que “não há direito de deixar ali a sofrer”, que “a sua vida já só é um peso para si mesmo e para os outros” que “a sua vida acabou”, “que sentido tem?”; e por isso mais vale acabar mesmo… e nós ajudamos; claro… se for esse o seu desejo pedido com liberdade.
Vale a pena comentar e responder a estas questões.
1) Então, a dignidade da morte viria desta ser a pedido, consciente e livre! Mas… todos sabemos que a liberdade é sempre condicionada e, de modo especial, ainda mais, no grande sofrimento ou na euforia. Um mínimo de psicologia e de entendimento da linguagem sabe que não se pode tomar à letra o que se ouve ou se lê. Quantas vezes atendo pessoas que mais ou menos com insistência me dizem “não aguento mais”, “não sei o que ando cá a fazer”, “isto não faz qualquer sentido”, “quero morrer, ajude-me”, etc. Então começa a conversa, respeitando essa dor. Conte-me a história toda, vamos ver por onde entra essa imensa solidão ou essa revolta, essa culpabilidade ou experiência de desamor insuportável… vamos falar dessa infelicidade, desse medo aterrador, desse sentimento de exclusão… E, tirando alguns casos de suicidas obsessivos, sempre se encontra algum caminho, uma janela, que ajuda a ver a luz (lá ao fundo), a descobrir uma aceitação possível. É preciso tempo, paciência e acolhimento para que a pessoa se comece a sentir amada ou, pelo menos, a admitir que pode ser reconhecido o seu valor. Tomo muito a sério a pessoa que pede a morte, mas devo perguntar-me: quer morrer ou está a dizer-nos outra coisa? Quer que aquele sofrimento morra, certamente. Mas a morte pela eutanásia, não mata o sofrimento, mata a pessoa! Aliás o que a minha experiência diz é que se eu, mais do que entender o seu sofrimento, também lhe mostro que concordo com a eutanásia, o que lhe estou a comunicar é: “realmente, mais um que acha que eu já não sirvo para nada”.
2) A desfiguração e o sofrimento psíquico ou físico não tira dignidade à pessoa: esta, por maior que seja a limitação, não deixa de ser pessoa, sempre digna de ser respeitada e amada. O que é indigno na pessoa é a mentira, a corrupção, a inveja, a prepotência e a soberba que exclui e escraviza. A eutanásia também não resolve essas doenças morais, nem dá espaço para que sejam repensadas e superadas, eventualmente, com o acompanhamento, com o perdão e o paliativo necessário. Se, em vez de acompanhar a pessoa, para lhe dar dignidade a mato, não só não a compreendi como a “coisifiquei”. Diz-se: faço-o por pena, para que não sofra! Mas bem dizia o Prof. Daniel Serrão: “a morte por compaixão é a morte da compaixão”. Na verdade o que acaba ali é a relação e o cuidado com o outro; e, por um acto não médico, alivia-se a tensão: resolve-se, sim, o problema de quem acompanha e já não sabe lidar com ele. Uma subtil tentação, nem sempre perceptível, sob a capa de parecer que é um agir “pro vida”.
3) A morte a pedido manifesta a autonomia da pessoa e daí a sua dignidade? Pode parecer, mas vejo aí uma confusão entre autossuficiência e autonomia. Autonomia significa que se tem uma “lei própria” e se tem consciência dela e se é coerente com ela, com todos os seus condicionamentos. A pessoa vai-se tornando cada vez mais autónoma na medida em que se vai tornando cada vez mais moralmente livre. E a liberdade, que é uma aprendizagem difícil, é a capacidade de gerir os seus condicionamentos e escolher o bem maior; isto é, decidir-se pelo que é mais humano e mais nos humaniza como seres sociais. A autossuficiência é não ter que dar contas a ninguém e fazer o que se entende por imaginar que se pode dispor de si e dos outros “como se quiser”. Não somos autossuficientes. A morte a pedido pode não parecer, mas é uma tentação de autossuficiência. Escolher matar-se tal como matar, não é, certamente, escolher o bem maior – com autonomia e liberdade. É mais um grito de socorro. E socorrer deve ser um acto inteligente (o que se passa aqui? Qual é a dor?) e não uma cedência a um impulso ingénuo e “piedoso”.
4) Se admitirmos que há um direito a querer morrer (e um direito a que me matem?), isso não implica que alguém, um médico, por exemplo, tenha o dever de o fazer. Terá o dever moral de ajudar quem faz tal pedido, na medida das suas possibilidades, mas ninguém pode impor essa obrigação de matar outro, mesmo que compreenda a sua dor e o seu pedido. Se se chegasse a legalizar a eutanásia devíamos ter claras várias coisas importantes. A primeira, que o que é legal não só não é necessariamente bom, como não é necessariamente legítimo moralmente. A segunda, que os direitos de uns não podem forçar os de outros; além do direito de discordar, tem-se o direito a que se respeite, positivamente, a objeção de consciência. Por fim, cada um deveria ter o direito de ter a lista toda dos médicos “eutanasistas”. Eu não recorreria a um médico que pudesse olhar para mim e pensasse “este já está a mais; não vai longe; a sua vida não é digna!” Aliás, nenhum parlamento tem direito a avaliar e legislar sobre a vida. Isto é a determinar que há vidas que se podem descartar ou que não são dignas; mesmo que se diga que é para respeitar a autonomia e a liberdade.
5) A “solução” da eutanásia, no estádio actual da medicina (do acompanhamento psicológico e espiritual, dos cuidados paliativos, das possibilidades de enquadramento social, etc.), seria uma saída completamente reacionária e violenta. Sim, num estádio anterior de civilização, cultural e socialmente falando, talvez se pudesse entender os defensores da “boa morte” ou até os “abafadores”. Mas, hoje, é difícil de aceitar o matar como um bom caminho. É claro que é preciso compreender a dor de quem acompanha a doença prolongada de uma pessoa querida sem ver saídas rápidas e eficazes. Mas os cuidados paliativos também atendem e apoiam o contexto familiar da pessoa em processo terminal, mais ou menos prolongado.
6) Há ainda um outro perigo ou tentação. A eutanásia pode dar dinheiro! Poupar nos gastos com velhinhos ou deficientes, ter mais facilmente espaço e camas para outros com mais possibilidades e mais ricos, poderia ser um razoável negócio, dentro de uma cultura de morte que elimine quem não é útil, quem não produz, ou quem é considerado um peso demasiado. Nessa cultura, seriam os próprios infelizes, pobres e feios a pedir a eutanásia, não encontrando lugar num “desejável mundo cosmeticamente limpinho”. Os totalitarismos já fizeram essa experiência e não deu resultado. Como seria “O admirável mundo novo” dos “eutanasistas”?
7) Morte assistida! Todas as mortes devem ser acompanhadas com cuidado respeito e afeto: não assistidas como quem vê o espectáculo, mas como quem vive solidário esse momento tão importante de cada vida humana. Porquê trocar os nomes à realidade? Para enganar quem? Se estou a facilitar e dar condições para que alguém se suicide, não é suicídio assistido, é conivência e participação. Se estou a “eutanasiar” outra pessoa, ainda que com todo o jeito e preparação, estou a matá-la. Mesmo que tenha sido a seu pedido, não é assistência, é ser autor “responsável”. Para quê branquear o acto de matar com o título de “morte assistida”? Se é preciso perceber o que se quer dizer com “mata-me!”, também é preciso desmascarar o que se quer dizer com “dou assistência à tua morte!”
Como é possível que, num mundo cheio de mortes por ideologias fanáticas e doentes que pretendem um mundo limpo de infiéis, sem dignidade nem lugar, estejamos, nós, a discutir como matar para eliminar o sofrimento! Que atraso civilizacional!

Fonte: aqui

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Há quem só entre na Igreja "empurrado"!


Há quem só entre na Igreja "empurrado"!
O homem é um ser ivre. Felizmente!
Mas há quem nunca se sirva dessa liberdade para ir ao encontro de Deus e dos irmãos nos templos.
Há quem só entre num templo empurrado!
Ou porque os pais o levam no dia do baptismo.
Ou porque outros o conduzem para lá dentro de um caixão.
Perdeu-se o respeito humano em muitos aspectos. Nalguns seria bem escusado.
Mas no que toca à prática cristã, o respeito humano aumentou!
Imensas pessoas têm vergonha de praticar a sua fé.
É moda dizer-se "cristão não praticante", "agnóstico", "indiferente", etc
Que este ANO DA MISERICÓEDIA mexa connosco, nos abane e nos inquiete.
Nos ponha a caminho, à procura.
Donde vimos?
O que fazemos aqui?
Para onde vamos?

domingo, 21 de fevereiro de 2016

ELE JÁ NÃO SE REVIA NESTE MUNDO

Muitas das pessoas que marcaram a nossa vida já não estão vivas. Pelo menos, já não estão vivas na terra.
Nesta sexta-feira, foi Umberto Eco que se apagou. Mas o seu legado não se extinguiu.
Notei que, nos últimos tempos, andava desencantado com o mundo. Não se revia no rumo deste mundo.
A acidez assomava, com espantosa frequência, aos seus lábios.
A democratização da comunicação não o entusiasmava. Pelo contrário, chegava a assustá-lo: «Quando todos têm direito à palavra, damo-la a idiotas».
Não diria tanto. Mas uma coisa é certa. Nestes tempos, há que estar preparado para tudo!
Fonte: aqui

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Deus quer que apostemos na família


Como vem sendo hábito nas suas visitas apostólicas, também o programa da visita ao México incluiu um encontro do Santo Padre com as famílias. Tal encontro ocorreu no passado dia 15 de fevereiro no Estádio “Víctor Manuel Reyna”, em Tuxtla Gutiérrez.

Depois de ouvir testemunhos de alguns circunstantes, proferiu o seu discurso em que fez, por várias vezes, referência a tais testemunhos de vivência sofrida, mas carregada de esperança.

Aos olhos de Francisco um estádio em terra de Chiapas adquiriu, graças à multidão das famílias presentes, um “sabor de família, de lar” em que Deus Se faz presente. E, quando Deus está presente, a família deixa que a alguém que venha por bem se abram as portas da casa, da vida em família, em que se partilha o pão que alimenta e o suor ante as dificuldades do quotidiano – “o pão das alegrias, da esperança, dos sonhos, e o suor perante as amarguras, as deceções e as quedas”.

O encontro apresentou como nota de terna visualização a cena de um rapaz enfermo a ler o seu testemunho por um papel seguro pelo pai e pela mãe ajoelhados. E o Pontífice não deixou de chamar a atenção para esta imagem: “os pais de joelhos diante do filho, que está enfermo”.

Achando natural que haja discussão em família, mas não aceitando que o dia termine sem o necessário entendimento, o Papa insistiu no cultivo do amor familiar. E esse amor entre os cônjuges, esse amor de pais para filhos e de filhos para os pais, vivido na intimidade familiar sem as perturbações do exterior, leva aos gestos mais fecundos. E Francisco reconhece o simbolismo do gesto de quem ajoelha diante do filho enfermo e aprecia as palavras do enfermo Manuel que ganha na família aquele “encher-se de vontade”. É a família que induz a que os seus elementos se encham de “vontade para a vida”, encham de vontade a família, os amigos e todos os que encontrarem na vida.

***

Depois deste dado empírico, o Pontífice latino-americano remeteu para a origem desta vontade e deste sonho, o Espírito Santo, que nos dá “motivos para continuar a apostar na família, sonhar, construir uma vida com sabor a casa e a família”.

Na perspetiva papal, a família não é uma simples invenção humana, mas um fruto do desígnio de Deus, como explicou:

“Isto é o que Deus Pai sempre sonhou e, por isto, Deus Pai lutou desde os tempos antigos. Naquela tarde, quando tudo parecia perdido no jardim do Éden, Deus Pai encheu de vontade aquele jovem casal e mostrou-lhes que nem tudo estava perdido. E, quando o povo de Israel sentia que não podia resistir mais na travessia do deserto, Deus Pai incitou-o a encher-se de vontade com o maná. E quando chegou a plenitude dos tempos, Deus Pai encheu de vontade a humanidade para sempre mandando-nos o seu Filho.”

Também hoje Deus Pai – diz o Papa – Deus Pai encheu e enche de vontade a nossa vida, “porque não pode proceder diversamente”. Pai Deus não desiste de nos querer bem e de nos encher de vontade, impelindo-nos para diante, “porque o seu nome é amor, o seu nome é dom gratuito, o seu nome é dedicação, o seu nome é misericórdia”.

Diga-se, em termos parentéticos, que muitas vezes os construtores de opinião dão relevo apenas aos lances de denúncia política, social e económica do Papa Francisco e esquecem que tudo isto radica na leitura que faz do Evangelho, nos seus pressupostos e nas suas consequências vivenciais. Ora, como sabemos, é a liberalidade misericordiosa de Deus que O leva a desejar o nosso bem e a desenvolvê-lo uns com os outros na família, no grupo, na comunidade. E, para tanto, exige-se a fraternidade da partilha, da equidade no serviço, na justa distribuição, no amor. Por outro lado, quando esta convivência regista quebras de solidariedade, tem que estar disponível o perdão em ordem à recomposição do relacionamento.

Por isso, Deus Se revelou aos homens e lhes confiou o seu desígnio. Diz o Bergoglio:

“Tudo isto no-lo deu a conhecer, em toda a sua força e clareza, no seu Filho Jesus, que gastou a sua vida até à morte para tornar possível o Reino de Deus; um Reino que nos convida a participar naquela lógica nova que põe em movimento uma dinâmica capaz de abrir os céus, capaz de abrir os nossos corações, as nossas mentes, as nossas mãos, desafiando-nos para novos horizontes; um Reino que tem sabor de família, que tem sabor de vida partilhada.”

Sobre a possibilidade da instauração e virtualidade do Reino, explicita:

“Este Reino, em Jesus e com Jesus, é possível; é capaz de transformar em vinho de festa as nossas perspetivas, atitudes e sentimentos frequentemente anaguados; é capaz de curar os nossos corações, convidando-nos repetidamente – chegando a setenta vezes sete – a recomeçar; é capaz de fazer sempre todas as coisas novas.”

Na sequência do testemunho de Manuel, Francisco reconhece que há “muitos adolescentes sem audácia, sem força, nem vontade”. E, como causa, aponta o facto de se sentirem sozinhos, não terem ninguém com quem conversar. Neste sentido, ficam interpelados os pais quanto à conversa com os filhos ou quanto à falta de tempo para eles.

Além da solidão, muitos jovens sentem a precariedade e o dedo condenatório dos outros. Ora, na sequência do testemunho de Beatriz, reconhece o Pontífice, “pode-nos desesperar a precariedade, a escassez” e o “ver-se privado muitas vezes do mínimo indispensável”. Mais: a precariedade gera ansiedade, o não saber que fazer, sobretudo “quando há filhos para criar”.

E, se a ameaça da precariedade ao estômago já é grave, mais grave é a sua ameaça à alma: “pode desmotivar-nos, tirar-nos a força e tentar-nos para caminhos ou alternativas com solução só aparente que, no fim de contas, não resolve nada” – só nos fecha dentro de nós deixando-nos a alma deserta.

Depois, o discurso apresenta formas de combate a esta precariedade e isolamento:

- Leis que protejam e garantam o mínimo necessário para cada família e cada pessoa poderem crescer através do estudo e dum trabalho digno;

- Compromisso pessoal de procurar transmitir o amor de Deus que experimentamos no serviço aos outros;

- Oração e integração na vida da Igreja, comungando “com o irmão frágil, o doente, o necessitado, o prisioneiro”.

***

Também o Papa denuncia as várias frentes da fragilização da família:

- Considerá-la um modelo já ultrapassado e sem lugar nas nossas sociedades;

- Favorecimento de sistemas ditos modernos baseados no modelo do isolamento;

- Colonização ideológica – em nome da liberdade, democracia e soberania – destruidora da família como célula base da sociedade sã.

E, reconhecendo que “viver em família não é sempre fácil e, muitas vezes, é doloroso e árduo”, Francisco diz da família o mesmo que já disse da Igreja:

“Prefiro uma família ferida que cada dia procura harmonizar o amor, a uma família e sociedade enfermiça pelo confinamento e/ou a comodidade do medo de amar. Prefiro uma família que procura uma vez e outra recomeçar a uma família e sociedade narcisista e obcecada com o luxo e o conforto.”

Critica o Papa explicitamente o caso dos casais que não querem ter filhos na pujança da vida porque preferem o luxo ou a comodidade, as férias, o turismo. E depois, quando querem, já é demasiado tarde. Assim, o Pontífice insiste:

“Prefiro uma família com o rosto cansado pelos sacrifícios à família com rostos maquilhados que não se entendem de ternura e compaixão. Prefiro um homem e uma mulher (…) com o rosto enrugado pelas lutas de todos os dias, que, passados mais de cinquenta anos, continuam a amar-se.”

E, para que a família se estabeleça, progrida e se mantenha, “é preciso ter paciência, amor, é preciso perdoar-se”. Mesmo que haja discussão, que é natural, é importante que, diz o Papa:

“Não terminem o dia sem fazer a paz; porque, se acabam o dia em guerra, vão acordar já em guerra fria, e a guerra fria é muito perigosa na família, porque vai escavando por debaixo das rugas da fidelidade conjugal”.

A propósito de rugas, deixa o exemplo duma atriz latino-americana de cinema a quem aconselharam um arranjo “para poder continuar a trabalhar bem”, quando, já próxima da casa dos sessenta anos, se começaram a ver as rugas na cara. Porém, ela retorquiu determinada:

“Estas rugas custaram-me muito trabalho, muito esforço, muita aflição e uma vida sobrecarregada; nem por sonhos lhes quero tocar, são os vestígios da minha história”.

No casal, acontece o mesmo, segundo as palavras de Francisco:

“A vida matrimonial tem que se renovar todos os dias. E, como disse antes, prefiro famílias enrugadas, com feridas, com cicatrizes, mas continuam a caminhar para diante; porque estas feridas, estas cicatrizes, estas rugas são fruto da fidelidade a um amor que nem sempre foi fácil. O amor não é fácil; não é fácil, não. Mas é a coisa mais linda que um homem e uma mulher podem trocar entre si: o verdadeiro amor, para toda a vida.”

***

Na sequência do pedido que lhe fizeram para rezar por aquelas famílias mexicanas, o Pontífice prometeu rezar ali mesmo e apontou, rezando e fazendo rezar:

-A Mãe, Nossa Senhora de Guadalupe. “A Guadalupana quis visitar estas terras, o que nos dá a certeza de que, pela sua intercessão, este sonho de família não será derrotado pela precariedade e solidão. Ela é mãe e está pronta a defender sempre as famílias, a defender o nosso futuro, está sempre pronta a encher-nos de vontade, dando-nos o seu Filho.”

- São José, “caladito, trabalhador, mas sempre à frente da família, sempre a cuidar da família”.

***

Pela oração, pelo amor, pelo compromisso pessoal para com os outros, pela integração na comunidade, as famílias progredirão, hão de manter-se e concretizarão o desígnio de Deus e a vontade dos homens.

2016.02.18 – Louro de Carvalho

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

"Portuguesas e portugueses" não é apenas um erro e um pleonasmo: é uma estupidez.


Cada vez que alguém, prestes a dirigir-se à população, arranca com "portuguesas e portugueses" dou comigo a gritar um grito fininho que me dá cabo dos ouvidos.Cerro os punhos e rosno quando são machos com aquela condescendência oiticentista de dizer "portugueses e portuguesas" com a entoação de quem se orgulha em mostrar que se é moderno ao ponto de não se esquecer das mulheres. Diz aquele sorriso meio-engatatão, meio-paternal: "Ah pois! Eu faço questão de incluir o mulherio!"
Vamos lá por partes. Somos todos portugueses. Todos nós, seja de que sexo ou de que sexualidade formos, somos portugueses. Somos o povo português ou a população ou a nação portuguesa.
Como somos todos portugueses quando alguém fala em "portugueses e portuguesas" está a falar duas vezes das mulheres portuguesas. As mulheres estão obviamente incluidas nos portugueses. Mas, ao falar singularmente das portuguesas, está-se propositadamente a excluir os homens, como se as mulheres fossem portugueses de primeiro (ou de segundo, tanto faz) grau.
Somos todos seres humanos. As mulheres não são seres humanas. Quando se fala na língua portuguesa não se está a pensar apenas na língua que falam as portuguesas. É a língua dos portugueses e doutros povos menos idiotas.
"Portuguesas e portugueses" não é apenas um erro e um pleonasmo: é uma estupidez, uma piroseira e uma redundância que fede a um machismo ignorante e desconfortavelmente satisfeitinho.
Somos todos portugueses e basta.

Miguel Esteves Cardoso, in O Público, 12-02-2016

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

UMAS HORAS NA 'REFORMA AGRÁRIA'

Semeia e cria, viverás com
Quando há pouco cheguei a casa, o termómetro do veículo assinalava 3 graus....
Pois, hoje passei uma horas na 'reforma agrária' no meu campito em Arneirós. Enquanto as pessoas se entregavam à poda das arvorezinhas, ao corte da alta erva e sua destrinça e à apanha dos ramos podados, eu dediquei-me à apanha de laranjas, tangerinas e fiz outras pequenas operações, visando a limpeza e ordenamento do espaço.
Não sentia as mãos, tal o frio, mas andava satisfeito. Até os cigarros ficaram quase esquecidos...
Depois do trabalho, passei pelo meu pai, meu irmão e meus sobrinhos com os quais jantei e rezei o terço, regressando em seguida a casa.
É muito mais o que gasto do que aquilo que recolho nesta fase da vida das plantas. Mas tem outro sabor, pois já diz o povo: "semeia e cria, e viverás com alegria."
Até não sou dado a laranjas, mas hoje no campo comi 2 tangerinas e uma laranja. E souberam que nem rebuçados...
Para casa trouxe só algumas, pois reparti a maioria com outras pessoas.
O meu obrigado às pessoas que executaram o trabalho.
Ao meu campito digo com sinceridade: "Anda, moço! Porta-te bem e vê lá se deixas de ser tão propício à erva! Pelo contrário, favorece, acolhe e estimula as árvores de boa qualidade. Quero sentir sempre gosto em te visitar..."

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Ele foi, ele é o seu mensageiro


O papa Francisco presidiu à celebração eucarística na Basílica de Guadalupe no passado dia 13 de fevereiro no quadro da sua visita apostólica ao México.   

Como fez questão de o referir no discurso que proferiu perante as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo diplomático, o escopo da visita passava pela atitude do “filho que quer prestar homenagem à sua mãe, a Virgem de Guadalupe, e deixar-se olhar por Ela”.

Neste sentido, a homilia papal corresponde à visão lúcida do cristão sobre Maria na vida de cada pessoa e no dinamismo duma Igreja peregrina, bem como ao sentimento de ternura que Francisco nutre por Maria, a Mãe de Misericórdia, a Senhora da Paz, que, na esteira do Pai de toda a Consolação, se vale do mais humilde dos filhos para, na realização do desígnio divino, zelar pelo “santuário” e apregoar as maravilhas de Deus e a solicitude de Sua e nossa Mãe.

Comentando a perícopa evangélica do texto de Lucas (Lc 1,39-48) proclamada na Liturgia da Palavra da Missa, referente à visita de Maria a Isabel, o Papa acentua que “Maria foi visitar a prima Isabel” e o fez “sem demora nem hesitação, apressadamente” para “fazer companhia à sua parente que estava nos últimos meses de gravidez”.

Salientando que Maria não se deixou deslumbrar pelo privilégio de que fora dotada, segundo a palavra do anjo, e que não se sentiu “no dever de se afastar dos seus”, assegura que o encontro com o anjo “reavivou e pôs em marcha uma solicitude pela qual Maria é e será sempre identificada como a mulher do sim, um sim de entrega a Deus e, ao mesmo tempo, um sim de entrega aos seus irmãos”. Pela força do “sim” inabalável, a mãe de Jesus pôs-se “em marcha para dar o melhor de Si mesma, caminhando ao encontro dos outros”.

É o sinal indesmentível, o exemplo admirável de que o favor de Deus não se guarda ciosamente para si, mas tem de redundar na entrega ao serviço dos outros, a começar pelos que estão mais próximos. É a consequência da fé pessoal expressa em obra em prol da comunidade.

***

A escuta da mencionada perícopa do evangelho lucano no ambiente da Basílica de Guadalupe, tendo “um sabor especial” na ótica do Pontífice latino-americano, faz-lhe estabelecer o paralelo entre a visita que a Senhora do Sim fez a Isabel, sua parenta, e a visita que Se dignou fazer aos “habitantes desta terra da América na pessoa do índio São Juan Diego”. Como soube viver e agir no estilo do povo da Galileia e da Judeia e percorrer aquelas estradas, também soube e quis mover-se “pelas estradas que a levaram a alcançar “Tepeyac, com as suas roupas, usando a sua língua, para servir esta grande nação”. E, “como acompanhou a gravidez de Isabel”, também “acompanhou e acompanha a gestação desta abençoada terra mexicana”. É a incarnação de Maria na cultura e na vida sofrida de cada lugar e de cada tempo histórico, vestindo as cores do lugar e do tempo sem renunciar às vestes da salvação, à cor celeste, à profundeza da mensagem e à agilidade da disponibilidade para Deus e para as pessoas e povos.

Tal como Deus fez grandes coisas em sua humilde serva (cf Lc 1,48.49), também Maria “Se apresentou ao humilde Juanito” e, do mesmo modo, “continua a fazer-se presente junto de todos nós, especialmente daqueles que sentem, como ele, que não valem nada”.

Diz o Papa que “aquela escolha particular” ou “preferencial de Juanito” não foi uma escolha “contra ninguém, mas a favor de todos”. Vem na lógica do sentido do carisma enquanto dom de Deus concedido a uma pessoa para bem de toda a comunidade.

Numa atitude de predileção amorosa e misericordiosa de quem sabe que a Deus nada é impossível (cf Lc 1,37), a Mulher do Sim fez do índio humilde Juan Diego (Juanito) – que se considerava como “mecapal, cacaxtle, cauda, asa, necessitado ele próprio de ser conduzido” – o seu mensageiro, o “muito digno de confiança”.

***

Com aquele primeiro “milagre”, ocorrido “naquela madrugada de Dezembro de 1531” e “que se tornará depois a memória viva de tudo o que guarda este Santuário”, – explicita o Papa – “naquele encontro, Deus despertou a esperança de seu filho Juan, a esperança dum povo”.

Deste facto, Francisco tira consequências no alinhamento com a convicção de que Deus está preferencialmente do lado dos mais desfavorecidos. São pertinentes a suas palavras de implicância social e política, decorrentes do Evangelho:

“Naquele amanhecer, Deus despertou e desperta a esperança dos mais humildes, dos atribulados, dos deslocados e marginalizados, de quantos sentem que não têm um lugar digno nestas terras. Naquele amanhecer, Deus aproximou-Se e aproxima-Se do coração atribulado mas resistente de tantas mães, pais, avós que viram os seus filhos partir, viram-nos perdidos ou mesmo arrebatados pela criminalidade.”

Por outro lado, torna-se necessário que as pessoas que sofrem a marginalização, a pobreza ou o descarte despertem em si mesmas a consciência crítica da realidade, acalentem a esperança, confiem na misericórdia de Deus e se comprometam a testemunhar e a usar de misericórdia solidária para com os demais. 

Apesar de Juanito ter dito à Virgem que ele não era a pessoa certa, “Maria, decididamente – com a decisão que nasce do coração misericordioso do Pai –, não aceita”. O seu propósito é irreversível: “ele seria o seu mensageiro”. Com efeito, “naquele amanhecer, Juanzito experimenta na sua vida o que é a esperança, o que é a misericórdia de Deus”. Por conseguinte, “é escolhido para vigiar, cuidar, proteger e incentivar a construção deste Santuário”. Muito embora tenha sugerido à Virgem que, “se Ela queria levar por diante aquela obra, deveria escolher outros – porque ele não tinha instrução, não era formado, nem pertencia ao grupo daqueles que poderiam realizá-la” – a Mulher do Sim não desiste do filho humilde, tal como Deus nunca desiste do homem.

Porém, o discurso pontifical ultrapassa a fisicidade do santuário de pedra para atingir o santuário de carne e alma:

“Deste modo consegue manifestar algo difícil de expressar, uma verdadeira e própria imagem transparente de amor e de justiça: na construção do outro santuário – o santuário da vida, o das nossas comunidades, sociedades e culturas –, ninguém pode ser deixado de fora”.

E este é um santuário de inclusão, tanto do lado dos colaboradores como do dos destinatários:

“Todos somos necessários, sobretudo aqueles que normalmente não contam porque não estão à altura das circunstâncias ou porque não “contribuem com o capital necessário” para a sua construção. O santuário de Deus é a vida dos seus filhos, de todos e em todas as condições, especialmente dos jovens sem futuro, expostos a uma infinidade de situações dolorosas e arriscadas, e dos idosos sem reconhecimento, esquecidos em tantos cantos. O santuário de Deus são as nossas famílias que precisam do mínimo necessário para se poderem formar e sustentar. O santuário de Deus é o rosto de tantos que encontramos no nosso caminho...”

***

Segundo Francisco, a visita ao santuário mariano pode ser palco do diálogo íntimo do filho com a Mãe, como aconteceu com Juan Diego, a quem nos dirigimos “a partir das nossas dores, medos, desesperos, tristezas, e dizer-Lhe: Que posso dar eu, se não sou uma pessoa instruída?”. Podemos ainda fixá-la com o lamento de que “há tantas situações que nos tiram a força, que nos fazem sentir que não há espaço para a esperança, para a mudança, para a transformação”.

Embora não desdizendo da validade do olhar do lado das dores e lamentos o Papa prefere a oração de silêncio da parte de quem ama e sugere a seguinte oração de amor filial, tranquilidade e compromisso:

“Olhar-Te simplesmente – Mãe –, deixando aberto só o olhar; olhar-Te de cima a baixo, sem Te dizer nada, e dizer-Te tudo, mudo e reverente.

Não turbar o vento da tua fronte; só abrigar a minha solidão violada nos teus olhos de Mãe enamorada e no teu ninho de terra transparente.

As horas precipitam; fustigados mordem os homens insensatos a imundície da vida e da morte, com os seus rumores.

Olhar-Te, Mãe; contemplar-Te apenas, o coração silencioso na tua ternura, no teu casto silêncio de açucenas”. (Hino litúrgico).

E Francisco pretende que “no silêncio, enquanto ficamos a contemplá-La, ouvir que nos repete, Que tens, meu filho, o menor de todos? O que é que entristece o teu coração?, percebamos que Ela afirma que está aqui e que tem a honra de ser nossa mãe.

Sentir o carinho da mãe e a afirmação de que tem a honra e a disponibilidade de ser nossa mãe – isto “dá-nos a certeza de que as lágrimas daqueles que sofrem, não são estéreis”, mas “são uma oração silenciosa que sobe até ao céu e que, em Maria, encontra sempre lugar sob o seu manto”.

***

Por fim, o Papa assegura que, através da maternidade universal de Maria (Ela é mãe de todos e de cada um), perceberemos melhor a paternidade de Deus em relação a todos e cada um de nós e o seu companheirismo. E, se Maria é Mãe de todos e Deus é Pai de todos, então fica estabelecida para sempre a fraternidade universal: nós somos irmãos porque somos filhos de mãe comum e de pai comum. “N’Ela e com Ela, Deus faz-Se irmão e companheiro de estrada, carrega connosco as cruzes para não deixar as nossas dores esmagar-nos” – diz o Papa.

Por conseguinte, se Ela é a nossa mãe, se está aqui, tem força para nos dizer: “Não te deixes vencer pelas tuas dores, pelas tuas tristezas” e destina-nos para a missão:

“Hoje, volta a enviar-nos como a Juanito; hoje repete para nós: Sê o meu mensageiro, sê o meu enviado para construir muitos santuários novos, acompanhar tantas vidas, consolar tantas lágrimas. Basta que caminhes pelas estradas do teu bairro, da tua comunidade, da tua paróquia como meu mensageiro, minha mensageira; levanta santuários compartilhando a alegria de saber que não estamos sozinhos, que Ela está connosco.”

E como seremos seus mensageiros e administradores do seu santuário?

- Dando de comer aos famintos, de beber aos sedentos; oferecendo um lugar aos necessitados, vestindo os nus e visitando os doentes; e socorrendo os prisioneiros, não os deixando sozinhos;

- Perdoando a quem nos fez mal, consolando quem está triste, tendo paciência com os outros;

- Implorando e invocando o nosso Deus; e, no silêncio, dizendo à Mãe o que vier ao coração.

Construir o santuário implica “ajudar a erguer” a vida dos filhos de Maria, nossos irmãos; significa reconhecer que Deus é Pai, mas não só meu Pai ou não é Pai meu e padrasto dos outros. Ele é nosso Pai!

2016.02.16 – Louro de Carvalho

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

SE NÃO FOR PRATICANTE SERÁ CATÓLICO?

É sintomático quando, para se falar de um católico, é preciso acrescentar «praticante». É o que sucede, nestes dias, acerca do novo vice-presidente da República de Taiwain.
Chen Chien-Jen é um respeitado cientista apresentado como «católico praticante». Ainda bem.
Aliás, como é possível ser católico sem ser praticante? Se não for praticante, poderá ser católico?
Como imaginar um católico que não pratique a fé, que não pratique a Eucaristia, que não pratique a Confissão, que não pratique os Mandamentos, que não pratique as Bem-Aventuranças?
É certo que nem sempre se consegue.
Mas praticante não é tanto aquele que consegue. É sobretudo aquele que tenta, aquele que não desiste de tentar!
Fonte: aqui

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

«Se nós que somos vizinhos não nos ajudamos, mal vai o mundo».


Há tempos alguém me disse que vivia sozinha numa aldeia, com o marido doente, pois uma outra família que lá morava não se dava com ela. Já há anos não falavam. E foi-se lamentando, pois se tivesse algum problema, não tinha quem lhe acudisse.
Perguntei-lhe se ela era capaz de ir ter com esse casal para lhes pedir para fazerem as pazes. Disse-me que não, com eles não queria nada.
– Sendo assim, só vejo uma solução para resolver o seu problema de isolamento: mudar de terra – disse-lhe.
Lembrei-me então da história que se conta acerca do famoso construtor dos carros Ford.
Um dia, ao passar, um camponês viu um carro de marca Ford, topo de gama na altura, e ao lado dele um senhor bem vestido, nada mais nada menos que o dono da Fábrica Ford, um magnate da indústria automóvel. Estava muito contrariado porque o carro avariou.
O camponês parou, saiu do seu carro e aproximou-se do automóvel de Henry Ford.

– Senhor Ford, precisa de alguma coisa?
Henry Ford um pouco surpreendido, perguntou-lhe: – O senhor conhece-me?!
– Sim, diz o camponês, eu moro com a minha mulher e os meus filhos numa casinha perto do seu palacete.
Henry Ford então disse-lhe: – Pode dar-me uma boleia até casa, para eu mandar cá o meu motorista ver se resolve o problema?
– Com todo o gosto, senhor Ford, só que vai notar a falta de conforto no meu velho calhambeque.
– Isso não conta, o que conta é o favor que me faz.
– Pois, senhor Ford, se nós que somos vizinhos não nos ajudamos, mal vai o mundo!... Deixando o seu passageiro em casa, o camponês dirigiu-se para o seu casebre. Na manhã seguinte, quando ia a sair para o seu trabalho, bateu-lhe à porta o motorista do sr. Ford para lhe entregar um carro novo da marca Ford. Lá dentro, estava escrita a seguinte mensagem: «Se nós que somos vizinhos não nos ajudamos, mal vai o mundo».
Fonte: aqui