Acompanha sempre os pais à Eucaristia dominical. E como diz a mãe, está sempre pronto para vir ao "Jesu". Depois, cansa-se de estar na Igreja. Nada que um carinho, uma chamada de atenção, um colito, não resolvam...
O momento em que mais se enerva é na Comunhão. Vai com os pais e estende as mãozitas, que a mãe se apressa a retirar. Põe uma carita muito triste, bate com o pezito no chão, não é fácil... Por mais que tentem explicar-lhe.
Ao fim da Missa, dirige-se à sacristia, ele à frente e os pais atrás, de mãozita estendida. Se estou a conversar com alguém e não me apercebo, puxa-me pela roupa. Dou-lhe uma partícula que ele acolhe com imensa satisfação. "Como se diz?", sussurra-lhe a mãe. "bigado."
Há dias, depois do "bigado", puxa-me pelo casaco, estica-se na ponta dos pezitos e diz-me baixinho: " Mi gota di tu."
Há momentos que valem um dia.
Obrigado, pequenino-grande amigo! No teu gesto, senti a bondade bela do nosso Deus que nos envolve, nos fala e nos aquece a vida.
Há alguns domingos que não aparecem. Motivos familiares levam-nos a debandar, aos fins de semana, para a terra de origem. Mas sinto saudades. Se sinto!
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