quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Bento XVI - obediência e reverência ao futuro Papa

 "Já não sou Sumo Pontífice da Igreja,
sou simplesmente um peregrino
que inicia a última etapa
da sua peregrinação nesta terra”,
declarou Bento XVI, desde a varanda
do palácio apostólico
de Castel Gandolfo,
arredores de Roma,
propriedade da Santa Sé,
na última aparição pública
como Sumo Pontífice.
 
Bento XVI, aos cardeais, hoje:
 
 
Venerados e queridos irmãos!
Com grande alegria vos acolho e dirijo a cada um de vós a minha cordial saudação. Agradeço ao cardeal Angelo Sodano que, como sempre, soube fazer-se intérprete dos sentimentos de todo o colégio: 'Cor ad cor loquitur'. Obrigado, eminência, de coração. E gostaria de dizer - retomando a experiência dos discípulos de Emaús - que também para mim foi uma grande alegria caminhar convosco nestes anos, na luz da presença do Senhor ressuscitado.
Como disse ontem diante de milhares de fiéis que lotaram a praça São Pedro, a vossa proximidade e o vosso conselho foram de grande ajuda no meu ministério. Nestes oito anos, vivemos com fé momentos belíssimos de luz radiante no caminho da Igreja, junto a momentos nos quais algumas nuvens pairavam no céu. Procuramos servir Cristo e a sua Igreja com amor profundo e total, que é a alma do nosso ministério. Demos esperança, aquela que vem de Cristo, que somente pode iluminar o caminho. Juntos podemos agradecer ao Senhor que nos fez crescer na comunhão, e juntos rezar para que vos ajude a crescer ainda nesta profundidade, de forma que o colégio de cardeais seja como uma orquestra, onde a diversidade - expressão da Igreja universal - contribua sempre para uma maior concórdia e harmonia.
Gostaria de deixar-vos um pensamento simples, que tenho muito no coração: um pensamento sobre a Igreja, sobre o seu ministério, que constitui para todos nós, podemos dizer, a razão e a paixão da vida. Deixo-me ajudar por uma expressão de Romano Guardini, escrita propriamente no ano em que os padres do Concílio Vaticano II aprovavam a Constituição 'Lumen Gentium', no seu último livro, com uma dedicação pessoal também para mim; por isso as palavras deste livro são para mim particularmente queridas. Diz Guardini: a Igreja "não é uma instituição concebida e construída em cima de uma mesa..., mas uma realidade viva... Ela vive ao longo do curso do tempo, em andamento, como cada ser vivo, transformando-se... Contudo na sua natureza permanece sempre a mesma, e o seu coração é Cristo". Foi a nossa experiência, ontem, parece-me, na praça São Pedro: ver a Igreja que é um corpo vivo, animado pelo Espírito Santo e vive realmente da força de Deus. Ela está no mundo, mas não é do mundo: é de Deus, de Cristo, do Espírito. Vimos isso ontem. Por isto é verdadeira e eloquente outra famosa expressão de Guardini: "A Igreja se desperta nas almas". A Igreja vive, cresce e se desperta nas almas, que - como a Virgem Maria - acolhem a Palavra de Deus e a concebem por obra do Espírito Santo; oferecem a Deus a própria carne e, propriamente na sua pobreza e humildade, tornam-se capazes de dar à luz a Cristo hoje no mundo. Através da Igreja, o Mistério da Encarnação permanece presente para sempre. Cristo continua a caminhar nos tempos e em todos os lugares.
Permaneçamos unidos, queridos Irmãos, neste Mistério: na oração, especialmente na Eucaristia quotidiana, e assim sirvamos à Igreja e toda a humanidade. Esta é a nossa alegria, que ninguém pode nos tirar.
Antes de saudar-vos pessoalmente, desejo dizer-vos que continuarei a ser próximo na oração, especialmente nos próximos dias, a fim de que estejam plenamente dóceis à ação do Espírito Santo na eleição do novo Papa. Que o Senhor vos mostre aquilo que é desejado por Ele. E entre vós, entre o colégio cardinalício, há também o futuro Papa ao qual já hoje prometo a minha incondicional reverência e obediência. Por isto, com afeto e reconhecimento, concedo-vos de coração a benção apostólica.
BENEDICTUS PP XVI
Sala Clementina do Palácio Apostólico - Vaticano
Quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Conta do Papa na rede social vai estar inativa até à eleição de um sucessor para Joseph Ratzinger

Bento XVI regressa ao Twitter com elogios à fé

Bento XVI deixou hoje uma mensagem aos seus mais de 2,5 milhões de seguidores na rede social Twitter, após a última audiência pública do pontificado, que decorreu na Praça de São Pedro, Vaticnao.
Queria que cada um sentisse a alegria de ser cristão, de ser amado por Deus, que entregou o Seu Filho por nós”, refere o texto, divulgado na conta ‘@pontifex’ em nove línguas, incluindo o português.
Bento XVI inaugurou a sua presença oficial na rede social a 12 de dezembro de 2012, contando com mais de 90 mil seguidores em língua portuguesa.
O Conselho Pontifício das Comunicações Sociais (Vaticano) revelou que a conta do Papa no Twitter vai estar “inativa durante o período de interregno entre a renúncia de Bento XVI e a eleição do seu sucessor”, a Sé vacante.
“[A conta] ‘@pontifex’ vai estar à disposição do próximo Papa, se ele desejar”, refere a nota do organismo.
Bento XVI apresentou a sua renúncia no último dia 11, com efeitos a partir de quinta-feira, por causa da sua “idade avançada”, abrindo caminho à eleição do seu sucessor.
A última renúncia de um Papa tinha acontecido há quase 600 anos, com a abdicação de Gregório XII.
In agência ecclesia

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Como vai ser chamado Bento XVI após o final do seu pontificado nesta quinta-feira?



Como Vai ser chamado Bento XVI após o final do seu pontificado nesta quinta-feira?
Vai ser chamado “Papa emérito”.

Que títulos manterá?
Joseph Ratzinger manterá os títulos de “sua santidade Bento XVI”, “Papa emérito” e “Romano Pontífice emérito”.

Como vestirá?
Bento XVI vai manter a “batina branca simples” como vestimenta, mas deve deixar de usar a 'mozeta' (capa curta que cobre os ombros) e os habituais sapatos vermelhos que o acompanharam desde 2005, quando foi eleito Papa.

Que acontecerá ao anel do pescador e o selo de chumbo do pontificado?
O anel do pescador e o selo de chumbo do pontificado, insígnias oficiais do Papa, vão ser “anulados” pelo cardeal camerlengo. D. Tarcisio Bertone, e os seus colaboradores.
O gesto tem o significado de sublinhar que no período da Sé vacante ninguém pode assumir prerrogativas próprias do bispo de Roma.
Feito em ouro, o Anel do Pescador tem uma representação de São Pedro num barco, a pescar, e o nome do Papa em volta da imagem.
O Papa já não utilizará o anel do pescador, mas vai utilizar outro anel.

O que é a Sé vacante?
A Igreja Católica entra esta quinta-feira, depois das 20h00 de Roma (menos uma em Lisboa),  no período de Sé vacante - tempo entre o fim do pontificado e a eleição do novo Papa.
O cardeal decano, D. Angelo Sodano, vai enviar na sexta-feira uma “carta de convocação” aos cardeais para as congregações gerais, órgão interino de governo da Igreja.
“É verosímil que as congregações comecem após o sábado e o domingo [2 e 3 de março], o mais rapidamente possível”, afirmou o padre Federico Lombardi.
A data de início do próximo Conclave vai ser determinada durante estas reuniões gerais [congregações] de cardeais.
O Conclave, palavra com origem no latim 'cum clavis' (fechado à chave), pode ser definido como o lugar onde os cardeais se reúnem em clausura para eleição do Papa.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Que campanha autárquica queremos?


2013 é ano de eleições autárquicas.
O poder autárquico é o que está mais perto das populações e lhes é mais acessível. Não tenho neste momento dados sobre a abstenção neste tipo de eleições, mas acredito que sejam as que menos cidadãos eleitores tenham a abster-se de votar. E compreende-se. É aos autarcas que as populações se dirigem para a resolução de múltiplos e variados problemas que têm a ver com a sua vida. E mesmo quando se precisa de ir às instâncias do poder central, é muito importante a solidariedade do poder autárquico.
Mas porque estão mais próximos, os autarcas são mais conhecidos dos eleitores. A sua acção e o seu comportamento, sendo mais visíveis, tornam-se facilmente analisáveis e deturpáveis, tanto no melhor como no pior sentido.

Então nesta campanha:
- que os vários candidatos apresentem as suas propostas com clareza, de modo que os cidadãos fiquem correctamente informados para poderem optar;
- sabendo que toda a eleição comporta também uma avaliação da obra feita, que tal avaliação seja realizada objectivamente, oferecendo os motivos de concordância ou discordância;
- que a campanha decorra dentro de uma dinâmica de esperança realista;
- que se evite a demagogia de tudo prometer a todas para não criar nas populações a decepção que acarreta sempre o afastamento dos eleitores da política e do interesse pela causa pública;
- que a campanha tenha nível e dignidade. Apresentem-se e debatam-se ideias e projectos, mas evite-se o ataque pessoal e mesquinho. "Lavar roupa suja" é para o lavadoiro, nunca para uma campanha de nível e com nível;
- que a saudável discordância política saiba respeitar o cavalheirismo entre os vários candidatos. Antes de tudo, está o ser humano e sua infinda dignidade. Há adversários, não pode haver inimigos. Pode-se discordar, mas existe o dever de ser SEMPRE cavalheiro;
- que os cidadãos estejam atentos, sejam serenos, saibam analisar a postura e as propostas dos candidatos e se decidam, não pelo interesse particular e - tantas vezes - mesquinho, mas tendo sempre em conta o bem comum. Quandos todos estiverem bem, cada um também estará.

13 LINDAS PONTES


domingo, 24 de fevereiro de 2013

José Manuel Fernandes no "Público" da última sexta-feira

Fonte: aqui
 
1. Na 1ª coluna uma análise crítica e clarividente à realidade nacional onde existe muita emoção, mas pouca razão.
Sendo jornalista o autor deste artigo, é ainda mais pertinente a observação que faz à comunicação social (rádio, televisão, novas tecnologias...) onde se dá mais realce ao barulho de meia dúzia de indivíduos do que ao debate onde assistências ouvem, refletem e se esclarecem.

2. Na 2ª e 3ª colunas, o jornalista manifesta admiração pela atitude do Papa ao renunciar, diz que Bento XVI fez do casamento entre a Fé e a Razão a motivação do seu mandato e, neste contexto, se situa a sua luta contra a ditadura do relativismo.

3. Por fim, José Manuel Fernandes, que se afirma não crente, diz que espera do novo Papa um olhar moderno ancorado numa Tradiçaõ e numa Doutrina,  avesso à facilidade e à tentação da popularidade.

De um estádio chega-nos uma bonita mensagem


Decorria o F.C. Porto-Rio Ave, que os portistas vieram a vencer por 2-1.
A certa altura, é assinalado um penalty contra o Rio Ave, com o resultado em 0-0. Jackson Martínez na cobrança, estádio em suspenso e um momento de irritação pura, quando o colombiano quis imitar Panenka e guarda-redes do Rio Ave nem se mexeu, fazendo a defesa mais fácil e inteligente da sua carreira. Parte do Dragão desnorteou-se e virou-se contra o seu goleador.
Mais à frente, e já com o Porto a perder, novo penalty contra o Rio Ave. Lucho González, capitão portista, recuperou o finalizador do F.C. Porto com uma ação simples, sem bola. Ao segundo penalty, deu ao colombiano Jackson Martínez   a possibilidade de redenção. Os adeptos gostaram. Mais à frente, o goleador marcaria mesmo o golo da vitória.
No fim do jogo, Jackson Martínez pediu desculpas aos colegas e adeptos pelo penalti falhado e acrescentou: «Agradeço a confiança dada pelo Lucho, demonstra o grupo que somos».

Sublinho a atitude humilde e frontal de Jackson Martínez. Reconheceu que errou e pediu desculpas sem entrar por caminhos de auto-desculpabilização. Assumiu que errou.
Sublinho a nobre atitude de Lucho. Não recriminou, não acusou, não deminuiu, não expôs na praça pública o erro do seu colega. Incentivou, apoiou, ajudou. Resultado? Jackson marcou os dois golos da vitória da sua equipa. O espírito de grupo saiu reforçado, o "pecador" foi "redimido".

Quanto teremos todos a aprender com esstes gestos, belos e nobres, destes excelentes futebolistas!!??
Mesmo dentro da Igreja. Eu diria mais: a começar pela Igreja.
Como contrasta a nobreza dos gestos destes dois atletas com o mundanismo de certas atitudes de gente da Igreja, exaustivamente expostos na comunicação social ultimamente!

Não seria muito melhor a vida das pessoas e das comunidades se se soubesse pedir perdão e se se soubesse perdoar, levantar, imprir rumos de esperança e de confiança?

Bela lição quaresmal!
Parabéns Lucho Gonzales e Jackson Martínez!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

«A reação da Igreja Portuguesa ultrapassa todos os limites»

Constança Cunha e Sá considera «estranha» a «altura» em que «é conhecido» o caso em que o D. Carlos Azevedo é acusado de assédio sexual, já que foi «nas vésperas do conclave e na altura em que se discute a sucessão ao Cardeal Patriarca de Lisboa».

«Estranho a reação da Igreja Portuguesa», que, diz Constança Cunha e Sá, «ultrapassa todos os limites». «Não estava à espera que padres viessem falar dando azo a rumores. Isso parece-me inaceitável na Igreja e em qualquer lado», disse a comentadora da TVI.

Constança Cunha e Sá aponta que «responsáveis da Igreja dão como adquirido que julgamento e investigação estão feitas», que «o bispo está condenado».

Falando numa «guerra dentro da Igreja Portuguesa em relação à sucessão do Cardeal patriarca de Lisboa» com Carlos Azevedo «usado como bode expiatório», Constança Cunha e Sá refere que «a questão não está na notícia, nem na queixa apresentada na altura». «O que custa a entender é como isto chega a esta trapalhada no seio da Igreja».
 
Veja aqui

UMA OPINIÃO

"A Igreja Católica deve ser menos conservadora e abolir o celibato para evitar comportamentos "desviantes" no clero", diz o P.e António Fontes,  de Vilar de Perdizes.
Padre diz que fim do celibato evitaria comportamentos "desviantes" no sacerdócio

Leia AQUI o texto todo.

O PECADO EXISTE?


Eu confesso-me a Deus directamente, não preciso de me ir confessar ao padre! - dizia alto e bom som aquela senhora, com a arrogância que a ignorância inflaciona.
O colega que isto ouviu, respondeu-lhe serenamente:
- Está bem! Então peça a Deus que lhe dê a Sagrada Comunhão!...

 - Confessar-me para quê? Não mato nem roubo, não tenho pecados... - referia com ar de quem despacha a questão aquele homem.
- Ah, sim!? Então vamos fazer mais uma peanha para a nossa Igreja. Temos mais um santo... - respondeu com ironia um seu companheiro de cartas.
- Isso não, pá! Também tenho as minhas coisas... Não sou nenhum santo!

 - Confessar-me a um homem como eu!? Estás doido ou quê? Os padres ainda são mais pecadores... - referia o cavalheiro, confiado em que a melhor defesa é o ataque.
- Tens razão! Só Deus perdoa os pecados. Mais nenhum homem o pode fazer. Mas diz-me uma coisa: ' Quem te dá a água que tens em casa? É o cano?'
- Essa agora! A água vem do depósito. O cano apenas a transporta para as nossas casas.
- E já reparaste que esse cano está enterrado, rodeado de lama, sujo, ferrugento?
- Bem me importa a mim! Logo que me traga a água em condições para casa...
- Pois, é como na confissão. Deus é esse depósito de graça e de perdão. O padre é o cano através do qual o perdão de Deus me chega.
- Uhm! És capaz de ter razão... Vou pensar nisso.

 - Eu nem sei que vou fazer à confissão! Os meus pecados são sempre os mesmos... - desabafava aquela senhora para a sua amiga.
- Olha, amiga! Tu só lavas as tuas toalhas e a tua roupa quando têm nódoas grandes?
- Ó mulher, vira para lá essa boca! Eu sou uma pessoa asseada. Gosto de lavar a minha roupa frequentemente...
- Então é como na confissão. Mesmo que não tenhamos pecados mortais, precisamos de "lavar a alma" frequentemente, recebendo o perdão de Deus que nos branqueia a vida.
- Pois, isso eu entendo. Mas os pecados são sempre os mesmos!...
- Não te esqueças que faz parte da confissão o propósito firme de emenda... Não é só fazermos o exame de consciência, dizermos os nossos pecados ao confessor e cumprirmos a penitência... Precisamos de olhar para dentro de nós, descobrirmos o que é mais urgente corrigir e comprometermo-nos, confiados na ajuda divina, a lutar para para corrigirmos esse aspecto menos bom da nossa vida....
Já viste? É como um escadório... Não se sobem as escadas todas de uma passada, mas escada a escada.
- Sim, mas às vezes não consigo levar em frente o meu compromisso, sou fraca.... Sabes como é!
- Deus não vê como os homens. Estes ligam à aparência; Deus julga pelo coração. Se cem vezes caíres no mesmo pecado, mas cento e uma vez lutares para dele saíres, estás a caminho do Reino de Deus.

 PARA PENSAR:
1.     O que é para si o pecado?
2.     Terá sentido em nossos dias o Sacramento da Reconciliação (Confissão)?
3.     Comete a frase: “Deus perdoa sempre; os homens, às vezes; a Natureza , nunca.”

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

"Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuida para que não caia" (1Co 10,12 )

A Igreja, santa em Cristo, é pecadora nos seus membros.
Sabemos que o mal sempre teve mais impacto na opinião pública do que o bem. Ainda mais hoje com a quase omnipresença da comunicação social.
Não se fala da vida santa e justa de tanta gente. Não se refere a santidade de tantos católicos. Passa despercebido o martírio de imensos cristãos que, por causa da sua fé em Cristo e da sua entrega aos irmãos, perdem a vida. Não diz nada sobre tantos e tantas  que, no campo da missão, vivem pobre e alegremente ao serviço da Boa Nova e da promoção das pessoas. Silencia-se a obra solidária e caritativa da Igreja junto de quem mais precisa. Cala-se o trabalho de proximidade, unidade e atenção aos próximo que diariamente acontece.
Contudo o lado pecador da Igreja é notícia, espectáculo e tantas vezes julgamento público. Os casos de pedofilia - sobretudo de padres, mas também dos leigos cristãos -, os casos de apego ao dinheiro, as divisões, tricas e intrigras da Cúria Romana e de outras cúrias, os jogos de poder, casos de assédio e infidelidades, a existências de grupos - fundamentalistas ou progressistas - que mordem a unidade da Igreja, a corrupção, o silenciamento ou verbalismo de membros da Igreja, etc, etc, estampam-se em manchetes na comunicação social.


Ninguém está livre de grandes quedas, tenha 18 ou 80 anos. Seja leigo, padre, religioso, bispo ou cardeal. Somos todos muitos frágeis.
O cristão, porque acredita num Deus de misericórdia e bondade, abre-se ao Seu perdão, reconhecendo as suas culpas e pecados e recomeça de novo. É isto que se diz na confissão:
Confesso a Deus Todo-Poderoso
e a vós irmãos,
que pequei muitas vezes
por pensamentos e palavras,
actos e omissões,
por minha, culpa,
minha tão grande culpa.
E peço à Virgem Maria,
aos Anjos e Santos
e a vós, Irmãos,
que rogueis por mim
a Deus, Nosso Senhor.


Às pessoas que vêem o irmão caído na berma da vida, Cristo aponta o caso do bom samaritano.
"Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: 'Cuide dele. Quando eu voltar, pagarei todas as despesas que você tiver'. "Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?" "Aquele que teve misericórdia dele", respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: "Vá e faça o mesmo".  (Lucas 10:30-37)


Que o pecador se arrependa, reconheça os seus pecados, faça a reparação e se emende. Que os outros ajudem quem caiu na berma da estrada da vida, certos que "Deus não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva". Recalcar a pessoa caída, além de anti-cristão, é desumano.

Lexus distinguida em estudo da J.D. Power e Associados

Lexus distinguida em estudo da J.D. Power e Associados

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O MARIDO DO ANO


O Volkswagen Golf é o Carro do Ano 2013



O VW  Golf é o Carro do Ano 2013 sucedendo assim ao Peugeot 508. O modelo da VW foi eleito por um júri constituído por 17 jornalistas de diversas publicações entre os quais a revista especializada semanal AUTO FOCO e o diário desportivo A BOLA, títulos da Sociedade Vicra Desportiva SA.
Além do vencedor absoluto foram hoje anunciados os vencedores das cinco categorias do Carro do Ano/Troféu Essilor Volante de Cristal: Citadino, Renault Clio; Familiar, Volvo V40; Executivo, BMW 318d; Carrinha, BMW 320d; e Crossover, Mazda CX5. O VW Golf bateu nesta eleição outros cinco finalistas: BMW Série 3, Citroën DS5, Ford B-MAX, Hyundai i30 e Renault Clio.
O Carro do Ano/Troféu Essilor Volante de Cristal é uma iniciativa promovida pelo grupo Impresa.
Fonte: aqui

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

SAPATOS SUJOS

domingo, 17 de fevereiro de 2013

'Big Brother' no Fisco

O comentário do ex-secretário de Estado da Cultura sobre os fiscais das Finanças que caçam os cidadãos que não pedem faturas teve o mérito de alargar a discussão para os conflitos constitucionais que o novo paradigma de caça à multa levanta. Em Portugal, os direitos constitucionais e a privacidade nunca despertaram grandes paixões.

Nos países pobres, as questões do estômago é que interessam. É obrigação do Fisco lutar contra a fraude fiscal, mas há um limite. E a ideia da equipa de Vítor Gaspar de multar os que não pedem faturas é um autêntico disparate, que merece a crítica na boa tradição das cantigas de escárnio e mal dizer medievais.
Uma coisa é os vendedores e prestadores de serviços serem obrigados a passar faturas, outra bem diferente é os cidadãos exigirem. Quem não quer fatura deve ter esse direito, até porque o Fisco com o novo regime fica a saber tudo sobre a vida privada, desde o que se gasta, ao que se come e onde se come.
Os dados fiscais cruzados com cartões bancários, vias verdes, comunicações, geram um ‘big brother’ muito mais assustador que o que Orwell imaginou no livro ‘1984’.
Armando Esteves Pereira, aqui

sábado, 16 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Eleição Papal - Curiosidades

É histórico o Conclave no Palácio dos Papas em Viterbo, após a morte do Papa Clemente IV. Foi o Conclave mais longo da história da Igreja e teve a duração de 33 meses, de 29 de novembro de 1268 a 1 de setembro de 1271, porque os cardeais não chegavam a um acordo para eleger o novo Papa.
O Governador da cidade, encarregado de alimentar os cardeais, decidiu, por conselho de São Boaventura, encerrar os cardeais no palácio. Fechou a porta da sala de reuniões, ficou com a chave, destelhou o local e cortou a remessa de mantimentos. Imediatamente chegaram a um consenso, elegendo o Papa Gregório X (1271-1276) que, para evitar a repetição do acontecimento, estabeleceu através do Concílio de Lyon (1274), normas que regulamentam, basicamente, os conclaves até hoje.
In agência ecclesia

PELA PAZ


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Automóvel e a Quaresma


Passara pela quinta de um grande amigo que o recebeu, como sempre, com enorme estima.
O proprietário disse ao visitante que estivesse avontade, que levasse da quinta o que quisesse. Abriu os armazéns e indicou-lhe os campos e os pomares.
O homem entrou no armazém e ficou fascinado com a qualidade das cebolas, dos alhos e das batatas. pegou nuns sacos e entupiu-os. Depois foi pela quinta fora e não resistiu à qualidade das maças raineta, gold e bravo de esmofo. Encharcou umas quantas caixas. Ui! As pêras! Que tentação! Enormes, sãs, bonitas. Mais umas caixas. Passou depois pela horta. Loucura! Cada tomate, cada pimento, cada nabo, cada morango, cada pepino! E as couves? Enoveladas, tenras, frescas..
Chegou o momento de arrumar tudo. O seu automóvel era fraquinho, não era nenhuma bomba. Mala, banco de trás, lugar da frente, grade do tejadilho, tudo, tudo cheio como um ovo.
Pela estrada, o pobre carro mais parecia uma feira ambulante. Muito esganiçado,  velocidades baixas, em andamento de caracol. Todos o ultrapassavam. Rangia por todos os lados e o ponteiro da temperatura não cessava de subir.
Às tantas, o homem pensou consigo mesmo:
- Por este andar nem daqui a um mês chego a casa. Pior ainda. O carro pode estoirar e "vai-te lucro que me dás perca". Com esta velocidade, não tarda a dar-me o sono. E depois!?...
Resolveu então parar à porta de um conhecido, que sabia passar por dificuldades, e repartiu com ele parte dos produtos da quinta. O carro já parecia outro na estrada. Mas a viagem era longa e a carga continuava a ser muita. À frente parou junto da casa de uma família numerosa e aí deixou mais uns produtos. O veículo rolava mais avontade agora. Mais ainda faltava bastante para chegar a casa e, mesmo aliviado, o carrito ainda se sentia constrangido. Parou agora à porta de uns velhinhos reformados e doentes e também aí deixou alguns víveres. Então agora o automóvel rolava normalmente. Baixou o ponteiro da temperatura, pedia velocidades mais altas, sentia-o mais maneirinho, mais livre, mais ele mesmo.

É esta a viagem que a Quaresma nos propõe.
Deus é o dono acolhedor da quinta do mundo. Põe à nossa disposição coisas, caminhos, opções.
O automóvel é cada um de nós. O condutor é a nossa vontade, coração e inteligência.

Quaresma. Tempo de deitar fora o excesso de carga que oprime, manieta e esquenta ameaçadoramente a nossa vida.
Mesmo na pequenez e fragilidade humana, Deus quer que o homem se afirme infinitamente na construção do amor e da paz para todos. Não deseja nunca que o homem se negue a si próprio. Não nos quer sofredores e perdidos, mas que sejamos nós a negar o pecado, o mal, a falta de amor, a falta de esperança e tudo o que seja egoísmos e ódios. O Deus que se descobre em todo o tempo, mas particularmente, neste Tempo da Quaresma, é o Deus da acção afirmativa, da acção sempre positiva sobre e para a humanidade.
 
Então nesta Quaresma, não quer experimentar deitar fora tantos sacos e caixas que sobrecarregam a sua vida?
 
Deixar a injustiça, a mentira, o egoísmo, a ganância, a violência das palavras e dos gestos, a concorrência desleal, a calúnia, a inverdade das coisas como norma de vida pessoal e social, a religiosidade puramente exterior, o fundamentalismo religioso e todas as fezadas infantis, o comodismo interesseiro, o silêncio calculado, a vida centrada no ego sem pensar que somos comunidade, o mal como opção consciente, a recusa do encontro (se quiserem podem continuar a lista)...
Podem ser estes ou outros os sacos e caixas a deitar fora nesta Quaresma e para toda a nossa vida. Tentar não custa e se realizada qualquer coisa nem que seja em pequeno gesto ou sinal pode já fazer uma grande diferença. Tentemos...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Hospital de Proximidade de Lamego


 
O novo Hospital de Proximidade de Lamego entrou em funcionamento às 00:00  horas do dia 11 de fevereiro, segunda-feira. Construída junto ao nó da A24, a nova unidade hospitalar disponibilizará aos utentes do Douro Sul um serviço de medicina interna com 30 camas de internamento para doentes agudos e uma urgência básica qualificada com o apoio de especialidades médico-cirúrgicas.
 
Com um investimento estimado em cerca de 42 milhões de euros, o Hospital de Proximidade de Lamego privilegiará a componente de ambulatório com o objetivo de reduzir o impacto do internamento na vida dos doentes e das suas  mílias. Centrará a sua atividade nas seguintes valências: cirurgia de ambulatório, consulta externa, urgência básica  qualificada, hospital de dia e visitas domiciliárias.
Será o hospital de referência (preferencial) de cirurgia de ambulatório para toda a área de influência do Centro Hospitalar de Trásos-Montes e Alto Douro e também serão criadas, eventualmente, sete camas reservadas à prestação de cuidados paliativos para doentes graves. Francisco Lopes acredita que “apesar do reduzido número de camas, terá capacidade para garantir uma resposta suficiente aos doentes agudos”.

 
30 mil cirurgias por ano no Hospital da Proximidade de Lamego
O Hospital de Proximidade de Lamego tem capacidade para realizar cerca de 10 mil cirurgias por ano nos três blocos operários, disse fonte do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), aquando da visita às  instalações do novo hospital que abriu esta segunda-feira.
Carlos Vaz, presidente do conselho de administração do CHTMAD, que no decorrer de uma visita à nova unidade
hospitalar falou aos jornalistas disse que este “É o primeiro hospital do país construído de raiz para ambulatório”.
O objetivo é que os doentes sejam tratados com “mais eficácia e eficiência” no hospital e fiquem menos expostos às infeções hospitalares. Segundo o responsável, o conceito de hospital de proximidade, em desenvolvimento na Europa, “permite, pela sua natureza mais ligeira e articulada, uma maior proximidade com o utente”. Enquanto a ligação a um hospital tradicional de referência permite que receba apoio de especialistas e outros recursos. Permitindo também o envio de doentes de intervenções mais complexas e subsequente internamento para o hospital de Vila Real.
Carlos Vaz salientou que a unidade tem capacidade para realizar cerca de 10 mil intervenções cirúrgicas por ano, possuindo ainda consulta externa, urgência básica qualificada com capacidade para 60 mil atendimentos por ano, hospital
de dia e visitas domiciliárias, que permitirão o acompanhamento dos doentes, em suas casas.
Ao contrário do inicialmente previsto, o hospital possui um serviço de medicina interna com 30 camas de internamento para doentes agudos.
In Douro Hoje
 

Mensagem do Papa para a Quaresma




Na sua Mensagem para a Quaresma 2013, Bento XVI afirma que a "caridade" é uma das marcas mais importantes da fé católica e deve ser vista como mais do que "ajuda humanitária" ou "activismo moralista".

"Se, por um lado, é redutora a posição de quem acentua de tal maneira o carácter prioritário e decisivo da fé que acaba por subestimar ou quase desprezar as obras concretas da caridade – reduzindo-a a um genérico humanitarismo – , por outro é igualmente redutivo defender uma exagerada supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a fé", assinala Bento XVI.

Especificamente sobre a relação entre fé e caridade, Bento XVI lembrou que a fé faz o homem entrar na amizade com o Senhor e que a caridade é uma forma de viver e cultivar esta amizade. Assim sendo, ele destacou que fé e caridade não podem ser separadas, pois estão intimamente unidas.
"A fé precede a caridade, mas só se revela genuína se for coroada por ela", acrescenta.


E continua: "Não há acção mais benéfica e, por conseguinte, caritativa com o próximo do que repartir-lhe o pão da Palavra de Deus, fazê-lo participante da Boa Nova do Evangelho, introduzi-lo no relacionamento com Deus: a evangelização é a promoção mais alta e integral da pessoa humana".

"Neste tempo de Quaresma, em que nos preparamos para celebrar o evento da Cruz e da Ressurreição, no qual o Amor de Deus redimiu o mundo e iluminou a história, desejo a todos vós que vivais este tempo precioso reavivando a fé em Jesus Cristo, para entrar no seu próprio circuito de amor ao Pai e a cada irmão e irmã que encontramos na nossa vida", concluiu.
Fonte: aqui

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Missão País na nossa comunidade

 
 
 
 

Os jovens universitários da Missão País, acompanhados do sr. P.e Miguel, que desde o dia 7 deste mês têm estado entre nós, vão partir amanhã.
Durante estes dias, tomaram as refeições na Santa Casa da Misericórdia de Tarouca e dormiram no Quartel dos Bombeiros de Tarouca.

Na hora da partida, agradecemos-lhes:
- Os contactos, intercâmbios, trocas de experiências com o nosso grupo de Jovens - Arautos da Alegria - em cuja reunião participaram e com quem mantiveram uma bela colaboração.
- O apoio, carinho, dedicação que ofereceram aos idosos e doentes institucionalizados.
- Os contactos que estabeleceram na rua com as pessoas.
- A beleza da Vigília que organizaram na capela da Santa Casa e aberta à comunidade.
- A participação e animação das Eucaristias do fim-de-semana.
- O teatro que hoje, em duas sessões, ofereceram à comunidade no Auditório Municipal sobre a Fé.
- O contacto com as crianças e outras atividades que realizaram.

Foi marcante o seu testemunho, a alegria, simplicidade, a disponibilidade, a postura serena.
Estes jovens aproveitaram a pausa na Universidade para estarem ao serviço dos outros. Podiam ter ficado a descansar, ir para a "borga" (esta quadra carnavalesca convida...), fazer outra coisa como tantos outros. Mas vieram para a meio de nós, como quem serve na alegria.
Quem os move?
A FÉ em JESUS CRISTO.
Fantástico!
Por isso e por tudo, parabéns, jovens!

É justa e digna uma palavra de apreço, reconhecimento à Santa Casa e aos Bombeiros, à Câmara Municipal e a outras instituições e pessoas que colaboraram ou manifestaram vontade de o fazer.
Agradecimento sentido e fraterno ao P.e Miguel pela colaboração dada.
Um agradecimento especial ao Diác. Adriano que esteve mais ligado, por parte da Paróquia, a esta iniciativa dos jovens universitários e foi inexcedível na dedicação.

A mesma leitura crente da realidade

Foto: Ambos tiveram uma atitude heróica. Somos a Igreja Católica Apostólica Romana.

As atitudes de João Paulo II e Bento XVI, perante a mesma situação, parecem diametralmente opostas, mas, afinal, estão intrinsecamente ligadas. A ligação está na mesma fé e em igual amor à Igreja. Foi por amor à Igreja que João Paulo II entendeu permanecer até ao fim. Foi por amor à Igreja que Bento XVI decidiu sair antes do fim. Neste sentido, não é correcto dizer que João Paulo II ficou apegado ao lugar nem que Bento XVI optou por fugir da missão. João Paulo II optou por confiar naqueles que trabalhavam com ele. Bento XVI optou por confiar o trabalho a outro depois dele! No fundo, é a mesma leitura crente da realidade. Sejam quais forem as nossas opções, é sempre Deus que conduz a história: antes de nós, connosco e depois de nós!
João Teixeira

Sobre a resignação de Bento XVI

Percebo e não percebo o aparente choque que se apoderou da opinião pública. Para mim, foi surpresa por ter sido ontem. Mas estava convencido de que, mais tarde ou mais cedo, isto iria acontecer. Aliás, ele próprio já há dois anos tinha afirmado que, se sentisse que já não tinha forças para continuar à frente do governo da Igreja, resignaria.

Foi um gesto de grande coragem, lucidez e honestidade. Reflectiu em consciência e fê-lo em plena liberdade - foi bom que o tenha declarado. Já não sente forças no corpo e no espírito, disse também. Os problemas do mundo actual, com incidência na fé, são gigantescos e a Igreja precisa de alguém com mais energia e vigor.

Penso que uma das causas maiores do desgaste foi a sua incapacidade para reformar a Cúria Romana, questão essencial para o futuro da Igreja - ele próprio se queixou de que lhe sonegavam informações. Houve uma série de escândalos, desde a pedofilia à corrupção, do Vatileaks às intrigas no Vaticano, com correntes que se digladiam e preparam para a sucessão. Bento XVI é um homem afável e quase tímido - foi a impressão que me ficou da vez em que estive com ele. É um intelectual e não um homem da administração e, assim, na impossibilidade dessa reforma, resignou.

Deste pontificado fica a importância do diálogo entre a fé e a razão, a condenação sistemática da especulação financeira sem regulação, a continuação do diálogo com as outras confissões cristãs e com as diferentes religiões, o apelo a dois Estados soberanos: um israelita e outro palestiniano, a possível abertura ao preservativo.

O sucessor? Ninguém sabe. Mas, no meu entender, deve ser profundamente cristão, seguir Jesus no seu Evangelho, relativamente jovem, com capacidade de reformar a Cúria, próximo das pessoas e dos seus problemas reais. Mais interessado nas pessoas do que na instituição. Penso num João XXIV.
Anselmo Borges, aqui

Também a Serra se "mascarou" para o Carnaval

 
 
 
 
 
 
 
 
O Carnaval 2013, por estas bandas, não tem aparecido com a melhor cara...
Chuva, muito frio, e até a neve hoje,  marcaram presença.
A neve, embora batesse à porta do vale, arrependeu-se e refugiou-se na Serra de onde se pôs a observar as aparições carnavalescas.
Nada que fizesse recuar os foliões e várias manifestações populares tiveram lugar e vão continuar a ter.
É bom ver o povo a fazer a festa, conservando as suas tradições.

Pela oitava vez consecutiv​a realizou-s​e o Torneio de Andebol Cidade de Tarouca

 
 

A cidade de Tarouca recebeu, nos dias 08, 09 e 10 de fevereiro, a VIII Edição do Torneio de Andebol, no escalão de juvenis masculinos, um evento de grande nível desportivo, e que constituiu um excelente meio de divulgação da modalidade, contando já com um crescente número de adeptos na Região.
Passaram por Tarouca, nestes três dias do Torneio, mais de um milhar de pessoas. O torneio apresentou um grau competitivo muito elevado devido aos grandes clubes convidados: FC Porto, SC Portugal, ABC de Braga, GD S.Bernardo e GC Tarouca. De salientar ainda, este ano, a presença do NA Penedono.
Cumprindo os objetivos traçados aquando das edições anteriores, a Câmara Municipal de Tarouca, em parceria com o Ginásio Clube de Tarouca, a Federação de Andebol de Portugal e a Associação de Andebol de Viseu, foram os grandes impulsionadores desta VIII edição.
Com os jogos a serem muito bem disputados nas finais, o grande vencedor desta oitava edição, fui o FC Porto, que venceu o ABC Braga, equipa campeão na edição anterior.
Os prémios individuais foram distribuídos ao Melhor Jogador, Francisco Albuquerque (ABC de Braga), o Melhor guarda-redes foi Rui Oliveira (FC Porto) e o Prémio Fair-Play foi atribuído ao NA Penedono.
Inserido no programa desportivo do Torneio, realizou-se a IV Edição da Taça de Andebol Cidade de Tarouca, em que foram convidados os Seniores das equipas do FCPorto e Associação Artística de Avanca, jogo que constituiu, sem duvida, o ponto mais alto deste Torneio, com o Gimnodesportivo completamente cheio. O resultado desta final foi FC Porto 31-18 AA Avanca, após um parcial de 18-12 ao intervalo. O jogo foi precedido pela entrega das camisolas das equipas participantes, devidamente assinadas pelos seus jogadores, ao Presidente da Câmara Municipal de Tarouca, como forma de agradecimento pelo acolhimento e apoio que o Município tem dirigido às equipas e à modalidade.
A promoção da prática desportiva e do nome da cidade e do Concelho de Tarouca, O Vale Encantado, foi o objectivo da organização, dando assim continuidade aos excelentes Torneios organizados anteriormente. Segundo o Presidente da Câmara Municipal de Tarouca, Mário Caetano Ferreira, “pela forma como terminou esta Oitava Edição do Torneio de Andebol Cidade de Tarouca, mais uma vez demos um grande contributo para a boa imagem da modalidade a nível nacional e mostramos ao mundo como é que se organiza e promove o Andebol em Tarouca.”
Resultados:
Grupo A
NA Penedono 25 – 37 GD S.Bernardo
NA Penedono 14 – 39 FC Porto
GD S.Bernardo 24 – 37 FC Porto
Grupo B
GC Tarouca 25 – 38 ABC Braga
Sporting CP 19 – 33 ABC Braga
GC Tarouca 35 – 24 Sporting CP
Resultados e Classificações da Fase Final:
Apuramento do 5º e 6º classificado
Sporting CP 27 – 30 NA Penedono
Apuramento do 3º e 4º classificado
GC Tarouca 31 – 30 GD S.Bernardo
Apuramento do 1º e 2º classificado
ABC de Braga 25 – 29 FC Porto
Classificação:
1ºFC Porto
2ºABC de Braga
3ºGC Tarouca
4ºGD S.Bernardo
5ºNA Penedono
6ºSporting
Gabinete da Cultura, Turismo e Comunicação
Câmara Municipal de Tarouca


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O Código de Direito Canónico e a renúncia por parte do Papa

O Código de Direito Canónico, prevê a possibilidade jurídica de renúncia por parte do Papa e esta renúncia não precisa de ser aceite por ninguém para ter validade, como indica o Cânone 332.

D. António Couto aponta fragilidade física e amor à Igreja para resignação



Bento XVI apresenta renúncia

Bispo de Lamego esteve em outubro no Vaticano e recorda sinais de dificuldade de locomoção de Bento XV

D. António Couto disse hoje não ter percebido sinais de qualquer “fragilidade intelectual” quando em outubro esteve no Vaticano para participar no Sínodo para a Nova Evangelização.
“O Papa esteve em quase todas as sessões do Sínodo sempre com extrema vivacidade, com muito bom humor, muito vivo e dinâmico, muito lúcido e claro nas suas intervenções”, afirmou o bispo de Lamego à Agência ECCLESIA, recordando que a sua fragilidade se sentia quando este tinha de andar.
“Quando ele se tinha de mover, ai sim, apresentava dificuldade. Para andar 100 metros tinha alguma dificuldade mas sentado era impecável, completamente lúcido e clarividente” afirma, recordando imagens nos corredores na ala sinodal.
D. António Couto olha para a resignação de Bento XVI como uma decisão de quem “vê a sua vida à luz de Jesus Cristo, de quem ele nunca se desligou” e por isso, considera que “o seu serviço à Igreja e o seu amor a Cristo o levam a tomar a este passo para um maior bem da Igreja, não tenho dúvida”.
O bispo de Lamego lembra ainda o desafio da Nova Evangelização “por quem ele lutou tanto” e que “pedirá mais energias para o levar por diante do que as que ele tem”.
Esta manhã, durante um Consistório público para a promulgação de três novos santos da Igreja Católica, o Papa transmitiu aos membros do colégio cardinalício a sua intenção de abdicar do cargo a partir do dia 28 de fevereiro, abrindo assim caminho para a eleição de um novo Papa.
“Cheguei à conclusão de que as minhas forças, por causa da idade avançada, já não são adequadas para exercer de forma apropriada o ministério petrino”, disse Bento XVI aos seus colaboradores.
In Agência Ecclesia

domingo, 10 de fevereiro de 2013

JOÃO XXIII - UM CRISTÃO FELIZ


Veja aqui

Não nos deixemos aterrorizar pelos boatos da imprensa...

Ficheiro:Good Samaritan (Watts).jpg
Pessoas insuspeitas, de vários quadrantes, reconhecem publicamente que, sem a atuação da Igreja Católica,  o governo não teria como responder às necessidades sociais que a crise acelera.
Enquan­to os meios de comunicação procuram envergonhar a Igreja, divulgando os escândalos de poucos padres como se fossem o “rosto” da Igreja, centenas de milhões de Católicos entregam diariamente a própria vida para a “transformação” da história! A cada 5 minutos um cristão é martirizado no mundo, centenas de milhares de sa­cerdotes, consagrados e leigos consomem a própria vida nos leprosários, nos desertos africanos, nos hospitais , ou no meio das guerrilhas e violência de todo tipo. Mas tudo isto não faz notícias, não dá audiências...

Não nos deixemos aterrorizar pelos boatos da imprensa, mas sintamo-nos orgulhosos de pertencer à Igreja de Cristo, à Igreja de São Bento, que trouxe civilização e progresso para Europa; de Sao Francisco, apaixonado pelo Crucifixo, pelos pobres e leprosos; de São Camilo, que como pecador chagado, alcançado pela Misericórdia do Senhor, consumiu a sua vida cuidando das chagas dos doentes; de São João de Deus, que escolheu os loucos, do­entes mentais como sua “herança”; de São Vicente de Paula, cuja obra ainda hoje se estende a quase todos os países do mundo, socorrendo pobres e abandonados; de Dom Bosco, Dom Orione, Dom Guanella que se torna­ram “família” dos órfãos, abandonados e enfermos; de Madre Teresa de Calcutá e da Irmã Dulce, que se consu­miram para cuidar dos famintos e excluídos da sociedade e tantos outros inúmeros Santos, que fizeram “res­plandecer” no mundo o rosto luminoso de “Jesus Bom Samaritano da Humanidade.”
COMO VIVERMOS ENTÃO ESTA PALAVRA?
Sendo esta Igreja viva, assim como foram estes Santos e tantos outros anónimos. São Vicente dizia: “caridade é não conseguir ver um sofrer, sem sofrer com ele; não conseguir ver um chorar, sem chorar com ele. Caridade é ato de amor que faz penetrar os corações um no outro."

"Colocou-o em seu próprio animal, conduziu-o à hospedaria e dispensou-lhe cuidados”
Levantou-se um doutor da lei e, para pô-lo à prova, perguntou: Mestre, que devo fazer para possuir a vida eterna?
Disse-lhe Jesus: Que está escrito na lei? Como é que lês?
Respondeu ele: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento (Dt 6,5); e a teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18).
Falou-lhe Jesus: Respondeste bem; faze isto e viverás.
Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo?
Jesus então contou: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto.
Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante.
Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante.
Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão.
Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele.
No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei.
Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?
Respondeu o doutor: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Então Jesus lhe disse: Vai, e faz tu o mesmo. (Evangelho de São Lucas, 10,30-37).

Bento Domingues: "As religiões não são todas iguais"

As religiões não são todas iguais e nem tudo é santo nas religiões, diz Bento Domingues no seu texto de hoje no “Público”.

O dominicano começa por citar um ultramontano, Louis Veuillot (1813-1883), que disse algo que hoje tem perfeita aplicação em muitos muçulmanos, talvez mais nos líderes, que querem liberdade religiosa nos países de minoria muçulmana, mas odeiam-na nos países árabes: "Quando estou em situação desfavorável, em nome dos vossos princípios, exijo a liberdade; quando estou em posição forte, em nome do meu antiliberalismo, nego-vos a liberdade".
 
E aponta o edificante – o adjetivo é a minha opinião – exemplo norueguês:
A Noruega não parece disposta a aceitar a chantagem terrorista. O Governo norueguês aceita a construção de mesquitas no seu território. Não admite, porém, que a Arábia Saudita e os seus homens de negócios entrem com milhares de milhões para financiar esplendorosas mesquitas e continuem a impedir a construção de igrejas cristãs no seu país. Exige reciprocidade.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Jonas Gahr Stor, levará esta exigência ao Conselho da Europa.
Bento Domingues conta ainda como Jesus não respeitou a integridade da Sagrada Escritura, o mesmo é dizer a relação das religiões com a violência. Esse é mais um dos motivos para admirar, se de mais não formos capazes, Jesus Cristo.
Fonte: aqui