segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Eleições Legislativas 2022 - PS vence com maioria absoluta

Veja aqui
Nas eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022, o grande vencedor foi o PS que obteve uma maioria absoluta. Grande vitória de António Costa!
Também são de assinalar as vitórias do Chega - 3º lugar e da Iniciativa Liberal- 4º lugar. Ambos os partidos tinham apenas um deputado. Após este ato eleitoral, o Chega vai ter um grupo parlamentar com 12 deputados e a Iniciativa Liberal terá um grupo parlamentar de 8 deputados.

Grandes perdedores:
- O PSD. Quando Rui Rio, após o ato eleitoral , olhar para o mapa de Portugal continental, vê-o todinho pintado de rosa. Quer dizer que o PSD não ganhou nenhum dos distritos do continente. Perdeu nos Açores e ganhou na Madeira. Foi uma enorme e pesada derrota!
- Bloco de Esquerda e CDU sofreram hecatombes eleitorais. O eleitorado penalizou-os fortemente pela reprovação do Orçamento de Estado. Ambos perderam muitos deputados.
- Também o PAN elegeu apenas um deputado, quando nas anteriores eleições elegera 4.
- O CDS deixou de ter representação parlamentar. Um partido fundador da democracia, não conseguiu acesso à Casa da Democracia. Tantos tiros deu nos próprios pés que sucumbiu...

E agora?
- Nota-se mais uma vez o falhanço das sondagens. Durante grande parte da campanha, as sondagens falaram de empate técnico entre PS e PSD, embora quase sempre colocando o PS à frente, mas longe de maioria absoluta.
- Num tempo marcado pela situação pandémica, incertezas económicas, pouco desenvolvimento económico-social, inseguranças quanto ao futuro, caos na saúde, etc, o eleitorado optou pela estabilidade política. É claro o deslocamento do voto dos partidos mais à esquerda para o PS. Já é da História que os partidos que ocasionam crises políticas são penalizados pelos eleitores.
- Ao contário de alguns, nunca acreditei que Rui Rio fosse realmente uma alternativa ao PS. Ganhar a Câmara do Porto é uma coisa; ganhar o país é outra....Pensando no regular funcionamento da democracia, onde uma oposição à altura é indispensável, que o maior partido da oposição se reencontre e reinvente, até para bem do próprio governo.
- Governar em maioria não é ditadura da maioria. Certamente que o partido vencedor saberá ouvir as outras forças políticas sem arrogâncias ou sobrancerias. Maioria exige dos outros partidos mais vigilência e atuação.
- Agora, com maioria absoluta, o governo não tem desculpas para não governar, para não reformar, para não inovar. Que estes 4 anos sejam mesmo aproveitados! Portugal bem precisa.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Cerca de 20% da população portuguesa continua a viver em situação de pobreza

A estatística mantém-se, apesar de algumas melhorias nas últimas décadas e de um óbvio progresso material no país, desde que no início dos anos 1980 se fizeram os primeiros estudos sobre o tema: cerca de 20% da população portuguesa continua a viver em situação de pobreza. Este número – uma em cada cinco pessoas – tem por detrás, no entanto, rostos concretos, vidas difíceis.

E essas pessoas contam? Infelizmente, no debate eleitoral, há temas que jornalistas e líderes partidários pouco têm trazido para a agenda eleitoral: 

- emergência climática,
- tensões no leste da Europa que podem desembocar numa guerra com consequências imprevisíveis,
- refugiados, 
- educação, 
- justa distribuição de vacinas no mundo, 
- acesso dos mais jovens à habitação ou ao emprego, 
têm sido pouco relevantes e não merece(ra)m tempo nas conversas pré-eleitorais.

 Também o combate à pobreza como fenómeno transversal, transgeracional e profundo na sociedade portuguesa não foi senão referido a espaços, e quase sempre lateralmente. PS e PSD, os dois maiores partidos, com possibilidade de liderar um governo, enunciam várias medidas em três páginas de cada um dos seus programas, mas o combate à pobreza não está incluído, por si, nas 12 prioridades enunciadas pelo PS ou no “grande objectivo” do programa eleitoral do PSD.

Em relação ao país miserável e triste da ditadura do Estado Novo, a democracia deu-nos mais progresso e dignidade. Mas deveria ter reduzido de forma mais significativa o número de pessoas pobres. E se a pandemia poderia ter sido muito pior – várias medidas tomadas e muita solidariedade evitou o agravamento de uma situação que nos apanhou a todos desprevenidos –, é verdade também que ela agravou algumas desigualdades, nomeadamente com o alargamento do fosso entre os mais ricos e os mais pobres.

Tendo em conta que a Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) organiza neste sábado uma conferência sobre o tema, vale a pena pensar também no papel que a Igreja Católica poderia e deveria ter nesse combate ao flagelo da pobreza. Esta retira a muitas pessoas a possibilidade de uma vida minimamente digna e por isso o compromisso cristão em favor da dignidade humana deve ser proposto como uma experiência mística, algo que está “no próprio coração do Evangelho”, tal como o Papa Francisco recordava na exortação A Alegria do Evangelho (Evangelli Gaudium, cap. IV).

É importante lembrar, neste contexto, que na encíclica Caritas in Veritate (A Caridade na verdade), o então Papa Bento XVI colocava, já em 2009 – em plena crise financeira internacional –, “a urgência de uma reforma (…) da arquitectura económica e financeira internacional” como uma tarefa prioritária.

Cabe perguntar se, perante este apelo de um papa (secundado várias vezes pelo seu sucessor, por exemplo através da iniciativa A Economia de Francisco) as instituições formativas, de investigação e ensino da Igreja Católica – começando pela Faculdade de Economia da Universidade Católica – não deveriam estar na linha da frente a pensar essa nova arquitectura (e incluindo o âmbito nacional) em vez de, tantas vezes, contribuir para a reprodução de um sistema económico que agrava desigualdades e promove uma economia que mata, como diz o Papa Francisco. Sob pena de, na mesma universidade, uma escola (de teologia) ensinar o Evangelho e outra (de economia) ensinar na prática a antítese dessa mesma Boa Nova.

Bruto da Costa escrevia: “Temos de reconhecer que o nexo entre a fé cristã e a política tem sido pouco valorizado e praticamente não existe para a maior parte dos cristãos. Menos ainda se verifica que o problema da pobreza tenha o lugar que merece entre os critérios em que assentam as respectivas opções políticas. Ao abster-se da intervenção política, o cristão demite-se do exercício consistente da caridade e da justiça, ambas dotadas de uma dimensão interpessoal particularmente importante, mas que permanecem limitadas nas suas consequências quando as suas exigências e implicações não chegam a penetrar na esfera política. Doutro modo, o exercício do amor ao próximo não chega às origens e às causas estruturais da pobreza. A expressão concreta do amor ao próximo varia, além do mais, com as características da sociedade e com o progresso do conhecimento quanto à natureza e causas dos problemas sociais.”

Fonte: aqui

domingo, 23 de janeiro de 2022

ERA COSTUME EM JESUS…

Ouvíamos no Evangelho deste Domingo: «[Jesus] foi a Nazaré, onde fora criado, e, segundo o seu costume, entrou em dia de Sábado na sinagoga e levantou-se para ler.» (Lc 4, 16). São Lucas, antes de redigir o Evangelho, teve o cuidado de investigar os factos: «Dado que muitos procuraram compor uma narração acerca dos factos que entre nós se completaram, como no-los transmitiram os que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e servidores da palavra, entendi por bem, também eu, que desde o início averiguei atentamente todas as coisas, escrever-tos, de modo ordenado, caríssimo Teófilo, para que reconheças a solidez das palavras com que foste instruído.» Lc 1, 1-4)

Hoje, os (pseudo) Teófilos (=amigos de Deus) perderam o COSTUME (hábito, tradição, necessidade, vontade) de ir à Igreja ao Domingo – Dia do Senhor – e/ou de se voluntariar também para proclamar a Palavra de Deus. É gente demasiada ocupada que só tem tempo para o que lhes dá jeito: o desporto (futebol, atletismo, jogging matinal), a caça, os passeios e caminhadas ou desperdiçar horas alapados em bares e discotecas a embocar bebidas e a alimentar conversas bacocas.

O novo costume – descaradamente alardeado – é arranjar desculpas para o desprezo a que votam a Santa Missa…
“É perigoso por causa do Covid-19”: os restaurantes, bares, discotecas, feiras, hipermercados ou escolas não são?
“Demora muito tempo”: as novelas, cinema ou jogos de futebol demoram menos? Uma manhã à caça ou a jogar futebol são verdadeiras garantias de salvação?
“É sempre a mesma coisa ”: quantas vezes comemos as mesmas refeições sem reclamar? Quantas manifestações de amor repetidas, bem-queridas e desejadas?
“Os que lá vão são piores que eu”: e aos outros lugares aonde vais são melhores? E só vais a lugares onde houver pessoas melhores que tu? E qual é o critério para os julgares melhores ou piores que tu?
Gente que vomita fé pela boca fora mas vive apenas de fezadas e oportunismos.
Gente que se julga mais que os outros ao ponto de querer condicionar Deus e manipulá-lo ao sabor de interesses próprios, serviços religiosos e pretextos/encenações sociais.
Gente que, por não respeitar Deus, também dificilmente respeitará os homens e, se o fizer, será sempre a pensar nos dividendos que daí poderão tirar…
(P. António Magalhães Sousa)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Acontece por estas alturas...

De 18 a 25 de janeiro acontece a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, a iniciativa ecuménica em que os cristãos de todo o mundo, pertencentes a diversas tradições e confissões, reúnem-se espiritualmente em oração pela unidade da Igreja.  aqui

Com a Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio “Aperuit illis”, o Papa Francisco instituiu em 30 setembro 2019 o Domingo da Palavra de Deus, a ser celebrado no III Domingo do Tempo Comum, dia em que a Igreja celebra a memória litúrgica de São Jerônimo. aqui

26.º aniversário da Ordenação Episcopal de D. Jacinto Botelho a quem felicitamos pela efeméride. aqui

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Um bispo italiano proibiu padres, diáconos e leigos não vacinados contra a covid-19 de darem a comunhão aos fiéis nas celebrações

A coragem de um bispo contra a covid-19

Um bispo italiano proibiu padres, diáconos e leigos não vacinados contra a covid-19 de darem a comunhão aos fiéis nas celebrações. Trata-se de D. Giacomo Cirulli, bispo de duas pequenas dioceses a norte de Nápoles.

Este bispo iniciou a sua caminhada para o sacerdócio depois de se ter licenciado em Medicina. Para além dos conhecimentos médicos, passou pela experiência de estar internado. Agora, perante o agravamento da pandemia, não se coibiu de tomar medidas que questionam determinadas opções individuais.
Perante o relevo que a comunicação social deu às medidas tomadas por aquele bispo italiano, sobretudo a de proibir a distribuição da comunhão por não vacinados, este viu-se obrigado a publicar um comunicado para esclarecer as razões de uma posição tão drástica. No decreto em que definiu as normas a respeitar pelas suas dioceses no combate à disseminação da pandemia, recordou as palavras do Papa Francisco: "Vacinar-se é um ato de amor". No comunicado, esclarece que impôs a proibição porque o respeito pela vida, sobretudo a dos mais fracos que "não podem usufruir das vantagens da cobertura vacinal", se sobrepõe às escolhas individuais.
Também na semana passada foi amplamente divulgada nas redes sociais e nos média a fotografia de um índio da Amazónia, Tawy Zó"é, que carregou às costas o pai, Wahu Zó"é, durante seis horas até ao posto de vacinação - e outras seis de regresso à sua terra. A fotografia foi tirada em janeiro de 2021, pelo médico Erik Jennings Simões, quando se iniciou a campanha de vacinação naquelas paragens. Partilhou-a, recentemente, no Instagram com a legenda: "O momento mais extraordinário de 2021".
Enquanto alguns desprezam certos constrangimentos que estão a ser impostos aos não vacinados, e se manifestam contra violentamente por essa Europa fora, outros, de territórios mais pobres, anseiam pela vacina e fazem até grandes sacrifícios para lhe terem acesso.
Sensível a estes que não têm acesso à vacinação que pretendem, e também às palavras do Papa, D. Giacomo Cirulli foi coerente e corajoso ao proibir não vacinados de distribuírem a comunhão aos fiéis.
Fernando Calado Rodrigues, aqui

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Isso seria uma chantagem e Deus não faz chantagem

"Deus mandou o covid-19 para que as pessoas se convertam

Deus, às vezes, manda uma doença como a covid-19 para que as pessoas se convertam e mudem de vida. Foi mais ou menos isto que um jovem padre disse numa televisão. Não sei qual é a formação teológica ou a ideologia que está por detrás desta afirmação, mas é do mais contrário que pode haver ao Evangelho. Afinal, Jesus veio para curar ou para adoecer? Jesus veio para curar doenças e não para provocar doenças de modo a alcançar a conversão das pessoas. Isso seria uma chantagem e Deus não faz chantagem. Deus ama e quem ama não chantageia. Tampouco se impõe. Antes se propõe. O Deus a quem Jesus chamou Pai e que nos ensinou igualmente a chamar Pai, não faz uma coisa destas. O jovem padre tem uma imagem de Deus errada. Como se fosse um castigador, sem olhar a meios e sem escrúpulos. O jovem padre da televisão pode até ter uma relação com Deus, mas é uma relação através do medo e não através do amor."
Fonte: aqui

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

*Estes presentes você pode dar*, é só uma questão de boa vontade.

Os presentes da lista abaixo, e outros tantos, têm o poder de transformar as boas festas de final de ano em boas festas no ano inteiro.
Para o inimigo: *perdão*
Para o vizinho: *tolerância*
Para o parente: *afeto*
Para os pais: *honra*
Para os avós: *ternura*
Para o desfavorecido: *entrega*
Para a criança: *modelo*
Para os filhos: *exemplo*
Para a família: *respeito*
Para o cônjuge: *amor*
Para o concorrente: *ética*
Para o cliente: *serviço*
Para o solitário: *consolo*
Para o doente: *alegria*
Para o perdido: *esperança*
Para o esquecido: *abraço*
Para o nervoso: *paciência*
Para todos: *sorriso*.
Para Jesus: *fidelidade*
Para Deus: *obediência*
Para o Espírito Santo: *submissão*
Para a Trindade: *adoração*.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

DISPENSADOS OS PADRINHOS

[Perderam o significado. Tudo se tornou aparência: bispo italiano dispensa presença de padrinhos em batismos e crismas.]

Com um decreto que entrou em vigor no início do ano, o bispo de Mazara del Vallo determinou a suspensão da presença de padrinhos e madrinhas na celebração do Sacramento do Batismo para crianças, Confirmação e Iniciação Cristã para adultos. «É apenas uma figura formal e desprovida de significado. Tudo se tornou aparência», lamenta o prelado. A decisão segue aquela já adotada por outras dioceses italianas.
«Havíamos chegamos ao ponto que muitos padrinhos e madrinhas, durante a celebração, sequer comungavam». Dom Domenico Mogavero não mede as palavras para chegar ao cerne do problema: «O ofício de padrinho - afirma - perdeu o seu sentido original, limitando-se a uma presença litúrgica puramente formal».
Eis porque na sua diocese siciliana de Mazara del Vallo, que dirige há quinze anos, determinou a suspensão da presença de padrinhos e madrinhas na celebração do Sacramento do Batismo para crianças, da Confirmação e da Iniciação Cristã para adultos.
O decreto, em vigor de 1° de janeiro último 'ad experimentum' até 2024, segue aqueles já adotados por outras dioceses italianas e estabelece que serão “os pais ou os responsáveis pela preparação religiosa do batismo a acompanhar, diante do presbitério, aqueles que devem receber o Batismo ou a Crisma”. «Hoje – diz o prelado - padrinhos e madrinhas se tornaram figuras irrelevantes. Não se escolhe um homem ou uma mulher como ponto de referência por seu testemunho de fé».
É UMA FIGURA QUE SE ESVAZIOU DE SENTIDO?
Certamente. No passado, especialmente na Igreja antiga, era significativo. Hoje se tornou uma figura que criou problemas, também em pessoas que não dão um testemunho de fé profunda. Houve casos de hipocrisia e falsidade: muitas pessoas, por exemplo, não revelaram sua condição de divorciados-casados novamente ou de estarem afastados da fé e da prática religiosa. Percebemos que tudo se tornou uma aparência. Deve ser ressaltado que o Código de Direito Canônico não impõe, nas celebrações, a presença de padrinho e madrinha.
TAMBÉM A ESCOLHA SE TORNARA FORMAL?
Era feita de forma emocional e, às vezes, infantil. Várias vezes aconteceu-me que me pediram dispensa da idade útil para ser padrinho, para colegas de classe de doze anos ou para amiguinhos para brincar. Nem mesmo os crismandos se dão conta qual é o verdadeiro papel dos padrinhos e das madrinhas.
E depois, quase sempre, os padrinhos e madrinhas desaparecem após a cerimónia, quando, ao invés disso, deveriam acompanhar, por toda a vida, aquela pessoa que lhes foi confiada...
Trago um testemunho concreto, dado logo após que foi emitido o concreto. Em junho, quando anunciei a minha intenção de emitir este decreto, uma pessoa me encontrou e me disse: faz quarenta anos que não vejo o meu padrinho. Portanto, tomamos a decisão a partir de uma situação que já se tornou clara, ocupando-nos assim da dignidade dos sacramentos e do valor do testemunho cristão que não pode ser abandonado.
A FIGURA DOS PADRINHOS E DAS MADRINHAS PODERÁ SER RECUPERADA?
Depende muito de nós. Fomos nós - padres, bispos e comunidades cristãs - que assistimos ao esvaziamento de sentido destas figuras, sem opor nenhuma resistência. Quando percebemos que os padrinhos e madrinhas haviam se transformado em figuras coreográficas - servem apenas para dar um belo presente - deveríamos ter reagido para reverter a tendência. Nada fizemos e agora devemos ter a coragem de tomar uma decisão e de recomeçar com a presença dos catequistas e daqueles que preparam para a Crisma e os Sacramentos da Iniciação Cristã. Valorizamos essas figuras, deixando claro como são importantes também no caminho de aprendizagem e de testemunho do crismando ou do iniciado adulto. E se, um dia, alguém quiser resgatar a figura dos padrinhos do ponto de vista doutrinal e teológico, tudo bem: mas é preciso devolver a eles o verdadeiro sentido da missão.
NB: Há muito que os bispos portugueses também o deveriam ter feito. Já o defendo há longos anos: verdade, autenticidade, consciência. Infelizmente, andamos sempre a reboque dos outros, mais afoitos a servir outros interesses, a patrocinar a hipocrisia, mentira, negócio, paganismo e folclore da maioria das celebrações. Não é só um problema pastoral, é sobretudo um indicador de (falta) de carácter, uma profanação, abuso e manipulação do Sagrado». 

(P. António Magalhães Sousa), aqui

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

BRUXARIA, CARTOMANCIA, ESPIRITISMO E OUTROS...

Será a fé cristã compatível com bruxas, horóscopos e cartomantes? Pode um cristão frequentar consultas de tarot, bruxaria ou sessões de espiritismo? Não. Não só a pessoa acaba por ser enganada e perder dinheiro, como também comete uma ofensa grave contra de Deus, pecando contra o primeiro mandamento: “Adorar a Deus e amá-l’O sobre todas as coisas”.
PAPA FRANCISCO
«Se escolheres Cristo, não podes recorrer ao mago: a fé significa abandonar-se nas mãos de um Deus confiável, que se faz conhecer não através de práticas ocultas, mas da revelação e com amor gratuito. Talvez alguns de vós me digam: “Ah, sim, isto de magia é uma coisa antiga: hoje, com a civilização cristã isto não acontece”. Mas tomai cuidado! Eu pergunto-vos: quantos de vós vão ler a sina, quantos de vós vão aos adivinhos para que lhes leiam as mãos ou as cartas? Ainda hoje, nas grandes cidades, os cristãos praticantes fazem essas coisas. E à pergunta: “Mas como é que, se crês em Jesus Cristo, vais ao mago, ao adivinho, a todas estas pessoas?”, respondem: “Creio em Jesus Cristo, mas por superstição vou também a elas”. Por favor: a magia não é cristã! Essas coisas que são feitas para adivinhar o futuro ou adivinhar muitas coisas ou mudar situações da vida, não são cristãs. A graça de Cristo traz-te tudo: reza e confia no Senhor.»
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
«Todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demónios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente «reveladoras» do futuro. A consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenómenos de vidência, o recurso aos "médiuns", tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele.» (CIC 2116)
«Todas as práticas de magia ou de feitiçaria, pelas quais se pretende domesticar os poderes ocultos para os pôr ao seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo – ainda que seja para lhe obter a saúde – são gravemente contrárias à virtude de religião. Tais práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas da intenção de fazer mal a outrem ou quando recorrem à intervenção dos demónios. O uso de amuletos também é repreensível. O espiritismo implica muitas vezes práticas divinatórias ou mágicas; por isso, a Igreja adverte os fiéis para que se acautelem dele. O recurso às medicinas ditas tradicionais não legitima nem a invocação dos poderes malignos, nem a exploração da credulidade alheia.» (CIC 2117)
CÓDIGO DE DIREITO CANÓNICO
«Não se administre a unção dos doentes àqueles que perseveram obstinadamente em pecado grave manifesto.» (CDC 1007) À laia de exemplo: bruxas, espíritas, cartomantes, tarólogos e outros do mesmo ramo satânico…
«Devem ser privados de exéquias eclesiásticas, a não ser que antes da morte tenham dado algum sinal de arrependimento: 1° os apóstatas notórios, os hereges e os cismáticos; (onde se incluem os publicamente conhecidos por práticas de bruxaria, espiritismo e outros modos contrários à fé católica) 2° os que escolheram a cremação do corpo próprio, por razões contrárias à fé cristã; 3° os outros pecadores manifestos, aos quais não se possam conceder exéquias eclesiásticas sem escândalo público dos fiéis.» (CDC 1184)
«Àquele a quem foram recusadas exéquias eclesiásticas, deve também ser-lhe negada qualquer Missa exequial.» (CDC 1185)
PASTORES DEVEM ESTAR ATENTOS
«Paulo encoraja os responsáveis da comunidade, que ele sabe que vê pela última vez. E que lhes diz? “Vigiai sobre vós mesmos e sobre todo o rebanho”. Esta é a obra do pastor: ser vigilante, vigiar sobre si mesmo e sobre o rebanho. O pastor deve vigiar, o pároco deve vigiar, ser vigilante, os presbíteros devem vigiar, os bispos, o Papa devem vigiar. Vigiar para guardar o rebanho, e também vigiar sobre si mesmo, examinar a própria consciência e ver como se cumpre este dever de vigiar. “Tomai cuidado convosco e com todo o rebanho, de que o Espírito Santo vos constituiu administradores para apascentardes a Igreja de Deus, adquirida por Ele com o seu próprio sangue” (At 20, 28): assim diz São Paulo.» (Papa Francisco)
Porque pastor, porque não nego os deveres próprios da missão, tenho es
tado atento não só aos profissionais da marosca, artistas em ludibriar e sacar dinheiro bem como aos clientes e frequentadores desses cultos presididos por Belzebu e seus sequazes.
(P. António Magalhães Sousa) , aqui

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Igreja clericalizada

No ocidente está a diminuir o número de padres, mas não está a diminuir o clericalismo. O fenómeno torna-se ainda mais paradoxal, porque se vai acentuando a idade avançada de maioria dos padres e uma parte considerável das novas gerações de padres agarram-se ao ministério de modo fortemente clericalizado. Já há quem estude o fenómeno dos chamados ‘padres novos’ como um grupo nascente de padres que se agarram ao culto como essência do ministério sacerdotal.
Também a vida eclesial está fortemente clericalizada. Nas paróquias ainda gira tudo, ou quase tudo, em redor do padre, como ‘senhor’ do administrativo, do pastoral, do formativo e do cultual. Ele é o faz tudo. Ou de quem se espera tudo. De tal modo que quando as pessoas falam da Igreja – geralmente mal - estão a referir-se ao padre. O Papa Francisco, com o motu próprio Spiritus Domini, admitiu a possibilidade de as mulheres acederem ao acolitado e leitorado, e com o Antiquum ministerium, introduziu o ministério do catequista. Estamos em cima de um sínodo sobre a sinodalidade. Mas o caminho é longo até deixarmos de ser uma Igreja clericalizada!
Fonte: aqui

domingo, 2 de janeiro de 2022

Senhor, que o nosso caminhar pela vida em 2022, nunca fique preso em lodaçais tóxinos!

Mariza - Melhor de Mim
Hoje a semente que dorme na terra
E que se esconde no escuro que encerra
Amanhã nascerá uma flor
Ainda que a esperança da luz seja escassa
A chuva que molha e passa
Vai trazer numa luta amor
Também eu estou à espera da luz
Deixou-me aqui onde a sombra seduz
Também eu estou à espera de mim
Algo me diz que a tormenta passará
É preciso perder para depois se ganhar
E mesmo sem ver, acreditar
É a vida que segue e não espera pela gente
Cada passo que demos em frente
Caminhando sem medo de errar
Creio que a noite sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre me iluminar
Quebro as algemas neste meu lamento
Se renasço a cada momento
Meu destino na vida é maior
Também eu vou em busca da luz
Saio daqui onde a sombra seduz
Também eu estou à espera de mim
Algo me diz que a tormenta passará
É preciso perder para depois se ganhar
E mesmo sem ver, acreditar
É a vida que segue e não espera pela gente
Cada passo que demos em frente
Caminhando sem medo de errar
E creio que a noite sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre nos iluminar
Sei que o melhor de mim está pra chegar
Sei que o melhor de mim está por chegar
Sei que o melhor de mim está pra chegar
Fonte: LyricFind

POIS...

NESTE INÍCIO DE 2022, SABE BEM OUVIR E SOBOREAR A MENSAGEM DESTA CANÇÃO.
Apesar das noites escuras desta vida e das suas surpresas; apesar de alguns que se dizem amigos, mas que nunca aprecem, mesmo quando sabem que são precisos...
"É preciso perder para depois se ganhar e mesmo sem ver acreditar."
Talvez aliviar o peso da caminhada, lançando fora coisas e pessoas tóxicas!
Por mim, já comecei: há 13 dias que não pego num cigarro. Que Deus me ajude a continuar! Olhem que há gente que é ainda mais tóxica do que o cigarro!!!!
Pessoas que nunca aparecem - ou só o fazem agora ou logo pelas novas tecnologias,
Pessoas que nunca se preocupam connosco ou com os outros, quando comunicam é só para falar de si. E quando o assunto não é esse e têm que ouvir um pouquinho dos outros, percebe-se de imediato o cansaço...
Pessos que tiraram o mestrado na arte de se desculpar pelas ausências: o trabalho, muito cansado (a); o epidemia; o desporto, as suas coisas..... Todas estas desculpas são máscaras diferentres para esconder o mesmo nariz da mentira. Isso mesmo, não são amigas de ninguém - talvez nem de si próprias!

Por isso, em 2022, "Luz terna e suave, leva-me mais longe!"

Mariza - Melhor de Mim

Mariza - Melhor de Mim
Hoje a semente que dorme na terra
E que se esconde no escuro que encerra
Amanhã nascerá uma flor
Ainda que a esperança da luz seja escassa
A chuva que molha e passa
Vai trazer numa luta amor
Também eu estou à espera da luz
Deixou-me aqui onde a sombra seduz
Também eu estou à espera de mim
Algo me diz que a tormenta passará
É preciso perder para depois se ganhar
E mesmo sem ver, acreditar
É a vida que segue e não espera pela gente
Cada passo que demos em frente
Caminhando sem medo de errar
Creio que a noite sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre me iluminar
Quebro as algemas neste meu lamento
Se renasço a cada momento
Meu destino na vida é maior
Também eu vou em busca da luz
Saio daqui onde a sombra seduz
Também eu estou à espera de mim
Algo me diz que a tormenta passará
É preciso perder para depois se ganhar
E mesmo sem ver, acreditar
É a vida que segue e não espera pela gente
Cada passo que demos em frente
Caminhando sem medo de errar
E creio que a noite sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre nos iluminar
Sei que o melhor de mim está pra chegar
Sei que o melhor de mim está por chegar
Sei que o melhor de mim está pra chegar
Fonte: LyricFind