sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Cumplicidade vergonhosa

Vítor Hugo disse sabiamente:

«Entre um governo que faz o mal e um povo que o consente há uma certa cumplicidade vergonhosa».

Rádio "Espaço Santa Helena"

A Rádio Riba-Távora - RRT transmite de Tarouca entre as 14 e as 16 horas, de 2ª a 6ªfeira- é o "Espaço Santa Helena". Em cada sexta-feira, das 14 às 15 horas, é o "ESPAÇO IGREJA".
Pode ouvir na frequência 90.5 ou 100.8.
Se quiser, pode sintonizar esta rádio aqui: http://www.rrt.pt.vu/.

ESTOU COM ELES!

Não posso ir à manifestação dos professores.
Mas estou com eles, de corpo e alma. Totalmente, decididamente!
Pelo futuro do meu país.
Por uma escola que ajude a aprender e não fique pelo entreter.
Pela importância da pessoas que não das estatísticas.
Por uma política educativa que tenha base no terreno.
Pelo respeito que me merecem todos aqueles que aguentam o barco da educação: os professores, apesar do desnorte de quem manda.
Porque quero teimar em acreditar que o Estado é uma pessoa de bem.
E sobretudo... pelos alunos.

O nosso tempo refinou tantas formas de escravidão!

"Se a escravatura não é má, nada é mau." - Abraham Lincoln

Dinheiro e... santidade

Diz a sabedoria popular:

Dinheiro e santidade
Onde se cuida
Não há metade.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Certas fortunas cheiram a escândalo pornográfico

Sem contar o Lar e o Hospital, foram 45 os doentes visitados em toda a paróquia.
Depois de mais uma passagem pelos doentes, algumas conclusões tirei.
1. Dou graças a Deus porque a maioria dos doentes tem uma ajuda familiar perserverante e carinhosa.
2. Dou graças a Deus pelo grupo de Ministros Extraotrdionários da Comunhão que semanalmente levam aos doentes, em nome da Igreja, Jesus Sacramento, que é o maior bem. São ainda presença discreta que ouve, acolhe e ajuda estes irmãos mais frágeis.
3. Dou graças a Deus pelo grupo sócio-caritativo(GASPTA) que nesta altura e ao longo do ano apoia e ajuda os irmãos doentes.
4. Dou graças a Deus pela serenidade com que muitos destes irmãos encaram a doença. Muitos abrem-se ao projecto de Deus a cujo oceano de amor se entregam, disponíveis para colaborar com Ele na obra da redenção.
5. Mas preocupam-me algumas situações. Mormente doi-me o desabafo sofrido de alguns: a solidão e o abandono magoam-nos mais do que a doença. A indiferança desta sociedade que passa à porta do sofrimento e não entra, porque não está para isso, porque os doentes não dão prestígio nem dinheiro, porque o importante é gozar a vida...
6. Afligem-me certas relações familiares pouco afectivas e efectivas . Pais que pensam que os filhos têm toda a obrigação de os opoiar gratuitamente, embora até tenham algumas condições económicas; filhos que regateiam o tostão pelo acompanhamento feito aos pais; pais feitos errantes de casa em casa dos filhos conta a sua vontade; filhos que não se lembram dos pais, embora até estejam bem na vida; filhos que "fazem o frete" de dar algum apoio, mas que não dão carinho, amor.
7. Revolta-me o facto de pensões de miséria, que tantas vezes nem para os medicamentos dão. Numa sociedade em que há tanta pobreza, certas fortunas cheiram a escândolo pornográfico.
8. Penso que a Misericórdia e o apoio social camarário têm que ser mais efectivas, com menos gabinete e mais trabalho de campo.
9. Gostava de ver a sociedade civil - e os cristãos na linha da frente - mais atenta, persistente e efectiva no apoio aos seus doentes e sofredores.

Reuniu o Conselho Pastoral Paroquial

O Conselho Pastoral reuniu hoje. Foi um encontro bastante longo. Os representantes eleitos pelos povos e pelos grupos, após a leitura e aprovoção da acta da reunião anterior, refectiram sobre o programa pastoral 2007/08, no tocante ao período Outubro-Fevereiro, salientando o que correu bem, aquilo que poderia ter sido melhor e o que não correspondeu aos objectivos do Plano Pastoral. Na opinião justificada dos presentes, o Plano foi cumprido e os objectivos conseguidos.
O Conselho deu o seu contributo para a vivência da Semana Santa, detendo-se especialmente na Via-Sacra de Sexta-Feira Santa, dinamizada pelos jovens, seguindo o percurso Tarouca-Santa Helena, e na organização da Visita Pascal. Como é costume, o Conselho Pastoral dirige uma mensagem a cada família por ocasião da Visita Pascal. Interessante foi o facto de um membro ter elaborado uma mensagem que partilhou com os presentes. Integrada no Plano Pastoral, foi a mesma aceite e aprovada por unanimidade e aclamação.
Quanto à catequese geral do mês de Setembro, os presentes escolheram a temática: "Baptismo e Família".
Foi também planificado o Passeio Paroquial, a ocorrer no 3º domingo de Maio, este ano em direcção a Alcobaça e Nazaré.
Foram ainda lançados dois desafios, tendo em conta o próximo Plano Pastoral: acolhimento dos imigrantes que cada vez mais procuram estas paragens e os cerca de 70% de não praticantes desta comunidade. Os conselheiros ficaram de reflectir, auscultar e partilhar para apresentar algumas propostas na próxima reunião.
O encontro terminou com um momento de oração partilhado pelos presentes.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Uma palavra tão difícil não deverá significar nada de bom!"

O texto era de Ana Maria Magalhães e de Isabel Alçada. Contava que D. Catarina de Bragança, filha do nosso rei D. João IV, casou com Carlos II de Inglaterra. Morena e baixinha, era considerada feia num país onde os cânones de beleza volorizavam as altas e loiras. Católica, era olhada de lado num país protestante. Além disto, nunca pôde dar descendência ao marido.
Apesar de tudo, Catarina conseguuiu conquistar paulatinamente o respeito e admiração da corte e da sociedade. Era uma mulher com uma tremenda força interior.
Deve-se a ela a introdução daquele que viria a ser um dos hábitos típicos britânicos: "O chá das 5".

Mas o que importunou os meus alunos ( 6º ano) foi o facto de Catarina não ter sido bem aceite de início, por causa da sua religião. Foi preciso ajudá-los a embarcar na "nave da História". Só assim poderiam tentar compreender a mentalidade do séc. XVII.
Falámos então de xenofobia e racismo. Analisámos a sociedade actual, e foram-se dando conta de actos e atitudes que carregam muito de racismo.
Recordo a reacção de um deles: "Xenófobo não quero ser. Uma palavra tão difícil não deverá significar nada de bom!"

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Sacramento da Reconciliação: Desafios Pastorais

Há tempos, um pároco de uma grande paróquia do litoral dizia que, durante alguns anos, na Quaresma, se realizou na sua comunidade a Celebração da Penitência com absolvição colectiva. Claro que estavam presentes alguns sacerdotes para aquelas pessoas que pretendessem a confissão individual. A Celebração da Penitência ocorria à noite para que todas as pessoas que quisessem pudessem participar. A Igreja enchia e os crentes viviam com entusiasmo a Celebração.
O Bispo daquela diocese, seguindo as orientações da Santa Sé, proibiu a absolvição colectiva. Voltou-se à confissão auricular. O pároco procura explicar, reune o Conselho Pastoral, estuda-se a melhor maneira de, na comunhão da Igreja, ajudar as pessoas. Só que agora, apesar de todos os esforços, aparece um número reduzidíssimo de crentes a abeirar-se do Sacramento da Confissão.

Vários são os desafios pastorais que hoje se colocam à Igreja (a todos os baptizados) no tocante à Confissão.
1. Nota-se que tem descrescido muito o número de cristãos que, nas paróquias, se abeira do Sacramento da Reconciliação, mormente durante o tempo quaresmal.
2. Por outro lado, não pára de aumentar o número de pessoas que se confessa em alguns santuários (Fátima, por exemplo).
3. No contexto do tempo actual, marcadíssimo pelo relativismo moral e por crescente materialismo, vai-se perdendo a noção de pecado e a consequente necessidade do grande Sacramento do perdão de Deus.
4. Algumas reminiscências do passado, focando demasiado o carácter de "tribunal" do confessionário, com imagens a representar o diabo em forma agressiva, com perguntas abusivas e espiolhantes dos confessores, criam nas pessoas do nosso tempo anti-corpos e afastam.
5. A catequese (muito frágil ou enexistente em grande parte das famílias) não proporciona a descoberta do Amor Misericordioso do Pai nem desperta para o afinar da sensibilidade da consciência.
6. Muitos cristãos confudem Confissão com Direcção Espiritual. Pensam que se não falarem muito, tirarem todas as dúvidas... já não se confessam bem. Ora o importante na Confissão é o reconhecimento do pecado e arrependimento que nos levam a confessar os nossos pecados, nos abrem ao perdão de Deus e se concretizam no propósito de emenda. Para a direcção espiritual há outros momentos. Então não podem coexistir as duas? Claro. Só que nem sempre é possível nem é indispensável.
7. O importante para o crente arrependido é aquele momento em que o confessor, em nome de Cristo e em nome da Igreja, realiza o gesto e as palavras sacramentais: "Eu te absolvo dos teus pecados..." Se quero falar, preciso de orientação, de partilhar... então recorro à direcção espiritual. Procuro o sacerdote e combino com ele.
8. Temos que repensar o modo de celebrar o Sacramento da Reconciliação. Isto de confissões de afogadilho, com filas para o confessor não me parece cativante, nem para o penitente nem para o confessor. Este sacramento precisa de enquadramento anterior, de tempo para a confissão e de ambiente consequente. Celebrações penitenciais para crianças, jovens, casais, idosos? Celebrações penitenciais em horas diferentes para acolher o corre-corre da vida moderna?
9. Na confissão, há que ter em conta a sensibilidade e o ritmo de caminhada de cada pessoa. Também quanto ao local da sua realização. Pessoalmente não gosto dos "caixotes com redinha" (confessionários). Sinto-me preso e falta pessoalidade à confissão. Mas também não era capaz de confessar ou de me confessar numa discoteca. Tudo tem o seu lugar. A confissão merece dignidade.
10. O importante mesmo é que cada um reconheça o Amor bondoso do Pai e dele ser abeire com "espírito humilde e contrito".

ASAE, ASAE, ASAE

Vimos hoje num dos noticiários das 13 horas. Um restaurante português, sediado na zona fronteiriça, mudou-se para Espanha, onde continua a confeccionar os mesmos pratos tradicionais, para gáudio dos espanhóis.
Sabem porquê? Certamente já adivinharam: para fugir à ASAE.
Claro que Espanha é um país muito mais atrasado do que Portugal... Lá o nível de vida é muitooo inferior ao nosso... Os ordenados são em Espanho muitooooo menores...
Por favor, haja decência! Afinal que quer o governo com a ASAE??? Fechar tudo? Acabar com tudo o que é tradicional e nos identifica culturalmente?

Acabo de ler: "A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) "aconselhou" a centenária fábrica das amêndoas de Portalegre a encerrar as portas, por falta de espaço, disse esta terça-feira a proprietária da unidade, Joaquina Vintém.
A empresa, que trabalhava sazonalmente, já cessou a actividade junto dos serviços de finanças de Portalegre. As amêndoas de Portalegre, produzidas de forma artesanal, constituem um dos "cartões de visita" da região, sobretudo na época da Páscoa.
Todos os anos, pela época do Carnaval, Joaquina Vintém, também conhecida pela confecção de doçaria conventual, começava a trabalhar nas amêndoas pascais, com grande procura na Grande Lisboa e no Grande Porto."

E pronto. De desgraça em desgraça até à tragédia final. É isso que quer o governo??? E a sociedade? Come e cala? E os partidos políticos? E ...?

É demais. Haja o mínimo de tino!

CONFESSAR-ME, EU???

- Não tenho pecados…
- Os padres ainda são mais pecadores…
- Não tenho tempo…
- Que diriam os meus amigos se me vissem ir confessar!?
- Confesso-me directamente a Deus…
- Tenho vergonha de me ir confessar…
- Há tanto tempo que não me confesso que já nem me sei confessar...
- Os meus pecados são sempre os mesmos...
- etc, etc
ACHA QUE ESTAS RAZÕES O CONVENCEM? OU SÃO DESCULPAS…?
Um pouco de humildade ajuda-nos a encontrar a verdade.

UM CASO NA VIDA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Um dia S. Francisco disse para os que o acompanhavam: "dizei-me qual é o padre mais escandaloso que conheceis, é esse que eu vou escolher para me confessar. Assim sei que não é ele que perdoa os meus pecados, mas Jesus Cristo".

A confissão é acima de tudo o sacramento do perdão. Para perdoar. Para se sentir o perdão de Deus.
A confissão, além de permitir o perdão dos pecados, deve ser um encontro com o outro, com o próprio Deus numa pessoa concreta. Na pessoa do sacerdote.
o Sacramento da confissão é a celebração da misericórdia, do carinho e do amor de Deus para QUEM perdoar é Festa.
Deus nunca nega o seu perdão a "um coração humilde e arrependido". Por isso, podemos ir "confiantes ao trono da graça para obtermos de Deus a graça de um auxílio oportuno."
No íntimo de cada um de nós, onde nenhum médico consegue sarar as nossas feridas, só chega a mão de Deus. Deixemos que o amor misericordioso de Deus nos toque, nos sare e nos recomponha.


SÓ DEUS PODE DAR AMOR, MAS TU PODES ENSINAR A AMAR... SÓ DEUS É O CAMINHO, MAS TU PODES INDICÁ-LO AOS OUTROS... SÓ DEUS É A LUZ, MAS TU PODES FAZÊ-LA BRILHAR... SÓ DEUS SE BASTA A SI MESMO, MAS QUER PRECISAR DE TI E CONTAR CONTIGO…Então, sê apóstolo do Sacramento da Confissão!!!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Para uma comunidade viva

As velhas receitas pastorais nem sempre respondem a problemas novas. "Para vinho novo, odres novos".
É importante que a própria comunidade se dê conta disto e procure soluções adequadas.
Quando a família não funciona, porque desintegrada, porque não arranja tempo, porque amorfa e indiferente, porque insensível ou impreparada para dar respostas adequadas, é preciso que a comunidade a abane e procure suprir.
Temos hoje uma adolescência "esquecida" pela família, que dá coisas mas não dá tempo, atenção, afecto, valores, educação. Resultado, jovenzinhos perdidos, ao deus-dará.
Quando pessoas da comunidade se apercebem da situação e procuram respostas, é excelente e só podem deixar-nos felizes e colaborantes.
Força! Criai espaços onde Cristo brilhe e aqueça os corações jovens. Ajudai os mais novos a reencontrar-se. Sabei ouvi-los e acolhê-los. Transmiti valores e ajudai a interiorizá-los.
É um belo e nobre compromisso apostólico.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Nova semana, a última de Fevereiro

Apesar das sombras e dos medos, das indiferenças e das ratoeiras, das incompreensões e dos empurrões, das incertezas e das dificuldades que a vida sempre traz, vá com calma. Viva intensamente cada momento, sem angústias. Não sofra por antecipação.
Deixe no areal da vida pegadas de bondade, porque essas permanecem vivas no coração das gentes.
Lembre-se que os maiores inimigos podem estar dentro de nós. Supere-se! Cada pessoa vale mais pelo que é do que pelo que tem.
Aproveite este tempo quaresmal. Viva-o como um desafio a percorrer a estrada da vida mais livre, mais senhor de si próprio.

Uma boa semana! Com Cristo no coração.

ROMERO: Um homem bom, um homem de bem nunca pode ser esquecido

ROMERO
Óscar Romero é nome da padre, é nome de bispo, é nome de mártir, é nome de santo.
Profundamente espiritual, votou a sua vida a Deus e devotou o seu sangue pelo próximo. Porque era Homem de Deus (precisamente por isso), tornou-se um Homem para os homens: um Homo Dei é sempre um Homo homnibus.
Alegro-me por saber que o seu processo de beatificação está em curso. A um mês de se assinalar o 28º aniversário do seu martírio, esta é uma bela notícia sem dúvida.
Um homem bom, um homem de bem nunca pode ser esquecido.
In Theosfera
Vivo com enorme expectativa o dia em que, na comunhão da Igreja, possa finalmente dizer: São Óscar Romero, rogai por nós.
Sem desprimor para todos os outros, permitam-me que aqui manifeste, mais uma vez, toda a admiração que sinto por três grandes crentes do nosso tempo: João XXIII, Teresa de Calcutá e Óscar Romero.
Muitas vezes, quando viajo de carro a caminho da missão ou no silência da casa, dou comigo a cantarolar: "quero ser como tu, Óscar; quero ser como tu, Teresa; quero ser como tu, João. Quero seguir Jesus ... quero amar os irmãos .... como tu..."
São três pessoas, três crentes que me enchem a alma de luz, me entusiasmam, me seduzem. Em comum com eles, tenho a paixão por Jesus. Só que o meu pecado e limitação não me permitem a grandeza do seu testemunho. Mas que ao pensar neles sinto vivo em mim aquele pensamento de Santo Agostinho, isso sinto. "Se estes e estas puderam ser santos, por que não tu?"
Obrigado, irmão João! Obrigado, irmã Teresa! Obrigado, irmão Romero! Sois fantásticos.

Em Portugal, há mais de 20 por cento de crianças expostas ao risco de pobreza

Um relatório da Comissão Europeia aponta Portugal com um dos oito países europeus com maior nível de pobreza infantil. As crianças mais desprotegidas são aquelas cujos pais estão desempregados.
Segundo o relatório conjunto sobre a protecção social e inclusão social, em Portugal há mais de 20 por cento de crianças (uma em cada cinco) expostas ao risco de pobreza.
Neste caso, Portugal está em penúltimo lugar e é apenas ultrapassado pela Polónia - ambos com mais de 20 por cento de risco de exposição à pobreza - de uma tabela liderada pela Finlândia e Suécia, com sete por cento de risco.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

ATORMENTADOS PELA SEDE

O povo israelita, atormentado pela sede,começou a altercar com Moisés, dizendo: «Porque nos tiraste do Egipto? Para nos deixares morrer à sede, a nós, aos nossos filhos e aos nossos rebanhos?»
Então Moisés clamou ao Senhor, dizendo: «Que hei de fazer a este povo? Pouco falta para me apedrejarem».
O Senhor respondeu a Moisés: «Passa para a frente do povoe leva contigo alguns anciãos de Israel.Toma na mão a vara com que fustigaste o rio e põe-te a caminho.Eu estarei diante de ti, sobre o rochedo, no monte Horeb. Baterás no rochedo e dele sairá água; então o povo poderá beber».
Moisés assim fez à vista dos anciãos de Israel. E chamou àquele lugar Massa e Meriba, por causa da altercação dos filhos de Israel e por terem tentado o Senhor, ao dizerem: «O Senhor está ou não no meio de nós?»
Ex 17,3-7

Entre a seca severa e o dilúvio das inundações, a guerra da água veio para ficar.
O protesto do povo de Israel, atormentado pela sede, no deserto, é uma espécie de aviso antecipado desta “guerra da água” que hoje já se vê e adivinha por toda a Terra. Como não havemos de nos sentir inquietos, ao ver o deserto avançar e abranger terras, que ainda ontem eram prósperas e férteis?! Preocupa-nos, profundamente, ver povos inteiros, milhões de seres humanos, reduzidos à indigência, a padecer a fome e a ser atingidos por doenças, porque privados de água potável. Sabemos bem que 85% das doenças humanas, nos países pobres, estão relacionadas com a quantidade ou qualidade insuficientes da água. Lá onde as chuvas são raras e onde as nascentes de água secam, a vida torna-se mais frágil e diminui até desaparecer.

TANTO POÇO VAZIO!
O drama maior não é o da sede da terra. É o da sede apagada nos nossos corações: sede de vida eterna, sede de Deus, sede do amor divino! Vejo, por aí, apagar essa sede, no consumo plastificado, no prazer irresponsável, na distracção permanente, na procura da bruxaria ou na obsessão da sorte e da lotaria. São corações, que se assemelham a poços entulhados, até à boca, cheios de tudo mas, lá no fundo, secos e sem água da nascente. Poços onde se afogam misérias, mas donde não brota a torrente da vida verdadeira.
Que sede há no coração de um povo, que não procura momentos de meditação, reflexão e oração, e aos quais acorre uma meia dúzia de pessoas? Que sede há no coração de uma comunidade cristã, que foge assim das fontes da Palavra e do silêncio, como o diabo da Cruz? Que alimento saciará a fome de uma família paroquial, que despreza, de maneira gritante, a Eucaristia da semana, onde é servido, em abundância, o pão fresco da Palavra de cada dia? Que alimento procurarão os discípulos, nas nossas cidades, vilas e alfrias, quando se vê tão pálido o rosto das paróquias, que parecem enfastiadas, até com a Missa Dominical?!

E que dizer, deste “poço” do encontro, que é a “Confissão”, feita de diálogo pessoal e de colóquio penitencial, onde se pode fazer transbordar do poço da misérias as lágrimas da penitência e da alegria? Que é feito deste “poço abandonado”, onde Jesus, mesmo se cansado, está sempre pronto a revelar o seu imenso amor por nós?! Quantos não são os que desprezam o sacramento da Reconciliação, com medo de partir o cântaro e deixar a asa do passado? O confessionário, gratuito, está vazio, mas os consultórios, de psiquiatras e astrólogos, bem pagos, têm fila à porta!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Acolher a diversidade exige a educação do olhar

Ocorre em 24 de Fevereiro, 3º Domingo da Quaresma, o Dia Nacional da CARITAS.

"Desempregados jovens e de longa duração, idosos sem família e menores abandonados, pessoas com deficiência e com sida, cidadãos ciganos e sem abrigo, pessoas drogadas e prostituídas, trabalhadores imigrantes e emigrantes, refugiados e estudantes estrangeiros, reclusos e pessoas discriminadas.... Com eles e ao serviço deles a Caritas Portuguesa unida às Caritas diocesanas e a outros organismos da Igreja e da sociedade em geral, quer continuar a ser – não obstante a diminuição dos meios e recursos - sinal vivo e orgânico do Amor sem limites e diversificado de Deus pela humanidade inteira."

"Os empobrecidos pelo nosso moderno “estilo de vida nacional” - sempre menos sóbrio, poupado e simples - pululam a olhos vistos nas nossas cidades e vilas. Esses nossos irmãos e irmãs, em situação de vulnerabilidade, são denúncia pública de um sistema económico, laboral e político que, por mais europeu e rico que se queira proclamar ao mundo, se apresenta sempre mais exclusivista, selectivo, competitivo e desigual."

"Neste ano europeu do diálogo intercultural considero que é preciso educar o olhar! A nível da acção social da Igreja urge uma nova pedagogia do olhar desde as famílias, passando pelas nossas comunidades cristãs para chegar às escolas e autarquias. A caridade cristã também depende do olhar! Reconheço que não nos sabemos olhar uns aos outros com o mesmo olhar com que Deus sempre olhou para a humanidade. Ele é o Deus que não faz acepção de pessoas (Gal 2, 6). O seu olhar não discrimina ninguém! Ele é o Deus que sempre acolhe no seu seio trinitário a diversidade e que, não obstante as diferentes formas como ainda é olhado na história humana – algumas vezes de forma ainda muito injusta e ingrata -, Ele nunca altera o seu olhar magnânimo de bondade, solidariedade e libertação."

"Vamos abrir as portas à igualdade! Vamos ser fiéis à “ética do olhar” que não discrimina, mas que a todos escuta, acolhe e auxilia com inteligência. Vamos lutar contra as portas que parecem fechar-se silenciosamente que, ao proclamarem a supremacia da ciência, da técnica, da gestão e do tecnicismo correm o risco grave de deixar na rua, no desespero, longe dos apoios legítimos, ao frio e à fome, muitos cidadãos portugueses e estrangeiros que não têm outra saída se não recorrer à flexibilidade da caridade praticada por tantas organizações da sociedade civil, entre as quais se contam estruturas de inspiração cristã, animadas por voluntários e assalariados que com cosciência cívica e de baptizados desenvolvem a sua acção social com profundo sentido de serviço aos outros."

"É, sobretudo, a nós cristãos leigos que a Igreja confia, em fidelidade ao príncipio da subsidiaridade, a aplicação prática e adequada dos princípios de reflexão, critérios de julgamento e directrizes de acção próprias da Doutrina Social da Igreja. E porque advertimos desconhecimento e ignorância relativamente a esta doutrina, continuamos empenhados na divulgação da mesma, através de tantos modos, nas comunidades cristãs."

Eugénio José da Cruz Fonseca, Presidente da Cáritas Portuguesa

Elogio

O marido olha-se ao espelho e diz para a esposa:


- Estou tão feio, gordo, acabado! Preciso de um elogio...


E a esposa responde:


- A tua visão está óptima!!!!


(Enviado por email. Obrigado, A. Castro)

SEDES alerta para "mal-estar" na sociedade que pode levar a "crise social"

A Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) alertou quinta-feira para um "mal-estar" na sociedade portuguesa que, a manter-se, poderá originar uma "crise social de contornos difíceis de prever".
Em comunicado divulgado no seu portal, a SEDES sustenta que "sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional".
Esse "mal-estar" deve-se a "sinais de degradação da qualidade cívica", como a "degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários", a "combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma Justiça ineficaz" e o aumento da "criminalidade violenta" e do "sentimento de insegurança entre os cidadãos".
A SEDES adverte que, a manter-se o "mal-estar e a degradação da confiança (...), emergirá, mais ou cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever".
Por isso, a associação apela à intervenção da sociedade civil mas sobretudo do Presidente da República e dos partidos políticos com representação parlamentar.
O comunicado é assinado pelo conselho coordenador, do qual fazem parte Vítor Bento, que o preside, Alves Monteiro, Luís Barata, Campos e Cunha, Ferreira do Amaral, Henrique Neto, Ribeiro Mendes, Paulo Sande e Amílcar Theias.
Criada em 1970, a SEDES é uma estrutura que tem como preocupação reflectir sobre a situação económico-social do país.

" Os padres criaram a religião e os padres acabam com ela!"

" Os padres criaram a religião e os padres acabam com ela!"
E eu a pensar que as pessoas tinham evoluído um bocadinho...
Ainda hoje alguém me citou esta frase que vai ouvindo, agora e logo, de diversas pessoas.

Como é possível, em pleno século vinte e um, ouvirem-se bocarras destas?! Ignorância crassa e supina? Má fé? Desculpas de mau pagador? Bem, toda a gente sabe que a ignorância é atrevida.

Todos querem o progresso quando ele contribui para o bem estar. Estradas, electrodomésticos, transportes, reformas, assistência médica, novas tecnologias, escolaridade, meios de comunicação... são bem queridos e bem aceites.
Mas há gente que, no campo religioso, ainda não saiu do passado, do tempo da cristandade e se opõe a toda e qualquer evolução, sobretudo se esta exige. Para estas pessoas, o crisma havia de ser aos 7/8 anos, a catequese não é precisa, as reuniões são uma valente chatice, as comunhões deveriam ser um festival de vaidades e de passagem de modelos... Com cristãos destes, não precisa a Igreja de inimigos...

Para esta gente, a Igreja devia servir para tudo, aceitar e acolher todos os desvaneios, interesses, manifestações de importância social e manias. É o tal porreirismo de que aqui falávamos há dias.
Esquecem o fundamental: a IGREJA É PARA TODOS, MAS NÃO É PARA TUDO!
A Igreja ou é fiel a Jesus Cristo, QUE A FUNDOU, ou não tem razão de existir.
Cristão vem de Cristo. Somos cristãos por causa de Cristo, Ele é o único Senhor. O Evangelho, e não as nossas manias, conveniências, tradições e interesses, é que é o nosso código de conduta.
Foi Jesus que disse à Igreja para estar atenta aos sinais dos tempos, de cada tempo, e transmitir a eterna verdade do Evangelho, em mensagens que as pessoas de cada tempo entendessem e de que precisassem. Só a mudança permite a fidelidade ao perene.
E se esta gente tivesse a grandeza interior da humildade e aproveitasse este tempo quaresmal para se converter?
De conversão todos precisamos muito e sempre. Também estes irmãos. Rezo por eles.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

“Mais catequese”, “menos sacramentos recebidos sem convicções” e “menos missas de afogadilho”.

Em 10 de Fevereiro, primeiro Domingo de Quaresma, Vila Real recebeu solenemente o seu novo Bispo Coadjutor, D. Amândio José Tomás.
D. Amândio nunca foi meu professor, embora tivesse leccionado Teologia no Seminário Maior de Lamego no meu tempo.
Da homilia que proferiu na Missa da solene recepção, transcrevo algumas partes, pois as relevo de grande interesse também para todos nós.

Aos sacerdotes e leigos
“Não se deixem intimidar pelas ameaças do laicismo e do relativismo”, reagindo a uma cultura que quer calar Cristo e os valores irrenunciáveis do cristianismo, como o valor da vida, da dignidade humana e do bem comum.

Aos leigos
“Sonho com cristãos comprometidos a animar a vida pública e a transformar por dentro a sociedade como locomotivas que arrastam, que contagiam, que galvanizam, opondo-se ao marasmo, à cobardia, ao medo e à apostasia da fé
comunidades cristãs e aos sacerdotes
Mais catequese”, “menos sacramentos recebidos sem convicções” e “menos missas de afogadilho”.
“Devemos apostar em menos missas de afogadilho, umas atrás das outras, para cumprir um programa, e mais catequese, sem contudo desprezar a eucaristia que é o coração da Igreja, que é fonte e ápice da sua actividade”.
D. Amândio Tomás referia-se à necessidade de preparação dos sacramentos que merecem maior visibilidade social, nomeadamente o baptismo e o crisma e o matrimónio, e à grande sobrecarga que afecta os padres e outros ministros ordenados diante das solicitações dos muitos “serviços religiosos”. Para D. Amândio, é necessário “mudar de estratégia pastoral. Não podemos multiplicar missas e sacramentos”. Na homilia da missa, repetiu a necessidade de “mais catequese e de mais formação de pessoas e de consciências e de menos sacramentos recebidos com leviandade, a cumprir programas, sem convicções, recebidos por motivos fúteis”.

O Interior
Às preocupações eclesiais, D. Amândio acrescenta as sociais e económicas, nomeadamente as que motivam o constante despovoamento daquela região transmontana, que “é de todo o interior de Portugal”, como constatou em declarações à comunicação social. Diante da “hemorragia de gente que vai para o litoral”, o Bispo Coadjutor de Vila Real afirma a necessidade extrema de “fixar as populações, de criar as possibilidade para as pessoas não emigrarem”. Convicto de que as pessoas não vão para o litoral por “mero prazer”, D. Amândio Tomás afirma a necessidade de combater as razões económicas que levam os transmontanos a emigrarem, criando condições económicas que façam com que “as pessoas tenham possibilidades de viver aqui condignamente.

Faltam a tantos doentes carinho, amor, apoio!

Senhor,
coloco diante de Vós os 15 doentes que ontem visitei,
aqueles com quem me encontrei na semana passada
e os que visitarei proximamente.
Vós, ó meu Deus, fazei penetrar em seus corações estas palavras:
O importante é a saúde da alma!
Ó Senhor,
que se cumpra neles a vossa vontade completamente
e, se desejais que se curem,
seja-lhe concedida a saúde;
mas sendo outra a Vossa vontade,
que eles saibam carregar a cruz.
Peço-Vos também por todos os que tratam destes irmãos doentes:
familiares, médicos, enfermeiros, voluntários, amigos, ministros da comunhão...
Concedei a sabedoria aos médicos e a todos os que se dedicam aos doentes,
a fim de que conheçam a causa das enfermidades que ameaçam a vida.
Iluminai os cientistas, para que possam descobrir os remédios necessários
e, assim, conceder o dom da saúde a todos os doentes.
Infundi, Senhor, em todos os que assistem os enfermos
misericórdia, paciência, carinho, disponibilidade
e livrai-os do desespero, da impaciência, da indiferença.
Purificai os nossos corações para que nos tornemos dignos
de transmitir a vossa santa misericórdia.
Protegei e aliviai a dor de todos os sofrentes,
que neles seja feita a Vossa vontade;
que, através deles, seja revelado o vosso Santo Nome.
Ajudai-os a carregar a sua cruz com coragem.
Senhor!
Há tanto doente a sofrer mais com a solidão
do que com a doença!
Há tantas lágrimas a correr por rostos sofridos
por causa de abandonos!
Faltam a tantos doentes
carinho, amor, apoio!
Não permitais que sejamos indiferentes ao clamor
de tantos sofredores
e ajudai-nos a ser a presença efectiva e afectiva
do Teu amor junto deles!
Ámen.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Curvo-me diante da espantosa beleza deste testemunho jovem!

Jovens heróis
Três dos 40 adolescentes sequestrados no Iraque arriscaram sua vida na semana passada para não apostatar de sua fé cristã, revela um bispo do país.
Dom Louis Sako, bispo de Kirkuk, explica: «Na semana passada, em uma estrada que leva a Bagdá, terroristas sequestraram 40 alunos de uma escola. Entre eles havia três cristãos a quem impuseram que se convertessem ao islão. Os três jovens opuseram-se com energia, dizendo que estavam dispostos a morrer por sua fé».
Segundo explicou o prelado ao SIR, serviço de informação religiosa na Itália, «o que aconteceu aos três jovens cristãos significa que, apesar das muitas dificuldades, nossos fiéis não perdem a fé e a esperança, e mais, reforçam-nas».
O prelado explica que na sua diocese durante esta Quaresma os «irmãos muçulmanos estão vindo para nos visitar», ainda que reconheça que a reconciliação e a convivência «exigem tempo e devem ser aprendidas».
In VER PARA CRER

QUE LHE PARECE ESTE TESTEMUNHO?
- Que testemunho para nós que, vivendo acomodados nas nossas vidas "ocidentais", tantas vezes O negamos em conversas, atitudes e modos de vida!
- Haviam de ser os nossos cristãos! "Borravam-se" de medo e até renegavam a mãe, se preciso fosse.
(Comentários no blog VER PARA CRER)
E a si, amigo (a), que lhe parece?

Jacinta morreu em 20 de Fevereiro de 1920

Jacinta Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, no dia 11 de Março de 1910. Faleceu em 20 de Fevereiro de 1920.
Jacinta, a pequenita pastorinha. A apaixonada por Jesus, o seu "Jesus escondido". A irmãzinha universal que rezava e se oferecia em sofrimento pela conversão dos pecadores. A filhota querida da Igreja, sua alma orante e suplicante.
Jacinta, a beleza inocente, elevada à honra dos altares pelo Papa João Paulo II em 13 de Maio de 2000, quando foi proclamada beata, juntamente com o primito, o vidente Francisco.

Beatos Francisco e Jacinta rogai por nós.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ainda não foi desta, Jesualdo...

Como dizem os jornalistas, o resultado deixa tudo em aberto. Perder por 1-0 não é drama nenhum e o Porto tem boas hipóteses de seguir em frente, tanto mais que o segundo jogo é no Dragão. Vamos ver, mas estou confiante.
Vivi todo o jogo nesta ideia: será hoje que o Porto de Jesualdo me vai surpreender? Não esquecer que os dragões entraram no jogo praticamente a perder... É que não me lembro que a minha equipa, sob o comando de Jesualdo, tenha dado a volta por cima a um resultado negativo. Bem esperei sentado!... Não foi desta.
Bem, os meus amigos já se aperceberam que não morro de sampatias por Jesualdo enquanto treinador. Há excepções claro, como na Luz. Mas em geral, basta surgir um jogo mais difícil que o senhor já não sabe como lidar com a situação. Os casos são mais que muitos.
Talvez por isso ainda não tenha renovado o contrato.E oxalá que o não faça. Penso eu, claro.

E viva o simplex!

Até parece história! Mas é bem verdade!...
Um professor pediu há 4 anos - reparem bem - quatro anos (!) a contagem do seu tempo de serviço à C. Nacional de Pensões e ainda não recebeu resposta!!!!
E mais, telefonicamente esta entidade confirmou ter dado entrada o pedido do docente há quatro anos atrás!


E DEPOIS..
Ouvimos o Primeiro-Ministro na televisão - como ontem aconteceu na entrevista que deu à SIC - e ficamos no que nos parece...
O senhor não disse nada! Repetiu até à exaustão uma série de chavões em que ninguém acredita. Ou será que ele vive noutro país? Neste não pode ser, claramente. Já não há pachorra para ouvir sempre a mesma cassete. Além de certo estilo irritadiço que lhe vai sendo peculiar, mormente quando as questões não lhe agradam, refugiou-se em chavões, repetiu aquilo que considera como êxitos da sua governação -mesmo que poucos mais os considerem...
Estou farto deste estilo de governação prepotente! De gente que decide no fofo dos gabinetes, mas que não conhece a realidade. De gente que trata os portugueses com um autoritarismo e um autismo que arrepiam a inteligência.
Quando será que os políticos respondem em tribunal pelos atentados contra as populações? Sim, deviam sentar-se no banco!... Se um qualquer profissional, na sua actividade, comete deliberadamente actos ou omissões que prejudicam terceiros, tem que responder por isso. E os políticos? Serão alguns deuses? Se erram - e erram demais, como infelizmente todos sabemos - deveriam responder por tal no tribunal.

São já quase 60 mil as pessoas com um curso superior, mas que não têm um lugar no mercado de trabalho

Cursos como Direito, História, Filosofia, Geografia ou Sociologia lideravam na lista dos desempregados, seguidos dos relacionadas com a educação e a formação de formadores.

cinco anos, o país contava com 26 mil licenciados no desemprego; no ano passado, o número subia para quase 60 mil. Sabendo que o Norte do país é a região com mais desemprego,compreende-se que seja, aí também, que se encontra o maior número de pessoas com habilitações superiores, mas sem um lugar no mercado laboral. Das 60 mil existentes em todo o país, um terço vive a norte.

É cada vez mais urgente:
- a necessidade de escolher um curso pensando nas hipóteses de encontrar emprego;
- que o Governo revele de forma clara a empregabilidade de cada curso superior;
- que os meninos deixem de fugir da Matemática só porque é difícil. São os cursos que exigem esta disciplina que têm mais saídas profissionais;
- incentivar por todos os meios a qualificação técnica dos cursos médios. São precisos electricistas, mecânicos, canalizadores, pedreiros, carpinteiros, cozinheiros, cabeleireiros, gente que saiba reparar novas tecnologias, etc, etc. Onde estão eles?

Depois, há que viver neste tempo sem as manias de outrora. A sociedade precisa de acabar com o preconceito do "doutor". Para muitas famílias ter um filho "doutor" é que era prestígio! Hoje pode ser o desemprego...
Já repararam certamente que muitos cursos intermédios ganham mais do que licenciados.

Conheço uma rapariga que soube estar no tempo, com os pés na terra. A sua aspiração sempre foi a advocacia. Mas sabia que esse curso seria provavelmente a corrida para o precipício do desemprego. Então enveredou por outro que lhe oferecia mais hipóteses de encontrar trabalho, o que realmente aconteceu. Agora, já empregada, voltou à universidade e está a tirar o curso que sempre desejou. Sem traumas e com calma. Tem emprego!!!

Lugar à anedota

A RIFA DO BURRO
Certa vez, quatro meninos foram ao campo e, por 100 €, compraram o burro de um velho camponês.
O homem combinou entregar-lhes o animal no dia seguinte.
Mas, quando eles voltaram para levar o burro, o camponês disse-lhes:
- Sinto muito, amigos, mas tenho uma má notícia. O burro morreu.
- Então devolva-nos o dinheiro!
- Não posso, já o gastei todo.
- Então, de qualquer forma, queremos o burro.
- E para que o querem? O que vão fazer com ele?
- Nós vamos rifá-lo.
- Estão loucos? Como vão rifar um burro morto?
- Obviamente, não vamos dizer a ninguém que ele está morto.
Um mês depois, o camponês encontrou-se novamente com os quatro garotos e
perguntou-lhes:
- E então, o que aconteceu com o burro?
- Como lhe dissemos, nós rifamo-lo. Vendemos 500 rifas a 2 € cada uma e arrecadamos 1.000 €.
- E ninguém se queixou?
- Só o ganhador, porém devolvemos-lhe os 2 €, e pronto!

O IMORAL DA HISTÓRIA:
Os quatro meninos cresceram.
Um fundou um banco chamado BCP
Outro uma empresa chamada SONAE
Outro uma igreja chamada Universal
E o último um partido político chamado PS.
E estão agora a governar Portugal!!!!

(Enviado por email pelo amigo, Dr. Paulo)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Viver a Quaresma na desportiva...

Ao jantar, os pais, os dois filhos e o avô falavam do jejum e abstinência quaresmais.
O avô, às tantas, diz ao neto mais novo, rapazinho de 10 anos, vivaço e perspicaz:
- Olha lá! Tu que bem podias jejuar das chiclets! Passas a vida a mascar! Isso até te faz mal, rapaz!
O pequeno fita o avô, pensa um momento e depois dispara:
- Tá bem. Então fazemos um contrato: eu não chupo as chiclets na Quaresma, mas tu também não bebes os copos!
- Agora é que tu me lixaste! - monologou o avô.
Mas para não ficar atrás no desafio, resolve aceitar.
- Ok! O avô aceita. Agora quero ver quem cumpre!...
Avô e neto selaram o compromisso com um prolongado aperto de mão.
Passam a vida agora a vigiar-se mutuamente, complacentemente. Parece um jogo. No contrato, ficou sublinhado que as renúncias que ambos fariam seriam colocadas na caixa da renúncia na Igreja para ajudar os necessitados.
Há pouco, dizia-me o avô:
- Ainda só agora começou a Quaresma e já me parece uma eternidade! Acho que ainda me vou constipar com tanta água...
Da têmpera que são, acho que vão ganhar os dois. Nenhum deles é de arrear.

Uma maneira criativa de viver o espírito penitencial da Quaresma. Na desportiva, "numa boa".
E se cada família fosse mais criativa no tocante à vivência do espírito quaresmal? Penso que todos ganhariam, custaria menos e todos se sentiriam muito melhor.

Padres"porreiros", padres "chatos", padres "legalistas"...

Frequentava eu o Seminário Menor. A casa estava cheia, pois só no meu ano andávamos 56 pequenos.
Um pároco ia frequentemente ao Seminário, todo imerso na sua sotaina preta como então era uso. Tenha esse sacerdote um paroquiano seu no Seminário, rapaz crescidote, pois entrara já adolescente, ao contrário da esmagadora mairia que ali chegava pelos 10 anos.
Denotando grande àvontade com o seu pároco, esse rapaz saudava-o efusivamente e, dando-lhe palmadinhas nas costas, ia acrescentando como um refrão: "O senhor abade é porreiro!" O sorriso do abade era para mim enigmático. Será que gostava do "elogio" do rapaz e ficava "todo babado"? Ou seria um sorriso de compreensão diante da necessidade adolescente de exibição?
O que é certo é que, entre nós, a frase ficou e a fomos usando, pelos anos fora, nas nossas brincadeiras...

Para muitos cristãos de hoje, o importante é que o pároco seja "porreiro"! Não chateie, mantenha as tradições, se fiqe pelo ram-ram, não lance ideias nem projectos, não desinquiete, alinhe numas "borgas", conte umas histórias... Sobretudo que nunca contrarie, que diga sim a tudo e a todos.
Um padre é "chato" se exige, se procura catequizar e formar, se é incómodo, se acha que a Igreja é para todos mas não é para tudo, se não realiza os interessezinhos e manias das pessoas, se procura construir comunidade e puxa por ela, se pretende que Cristo seja o centro da família paroquial, se procura mais o Evangelho do que as tradiçõezinhas, se está atento à orientação da Igreja...
Padre "legalista"será aquele que se preocupa mais com o direito canónico do que com o Evangelho, para quem o homem foi feito para o sábado e não o sábado para o homem. A cada situação humana, responde apenas e só com leis e preceitos. São o seu castelo e a sua segurança.

Confesso que a preocupação de cada sacerdote deveria ser apenas sê-lo de acordo com o Coração de Deus.

Não me diz nada o "padre legalista", servo e servidor de leis. É que se Cristo nos libertou, foi para sermos realmente livres.
Não me diz nada o padre "porreiro". Nenhum sacerdote existe para se servir ou anunciar a si mesmo, mas apenas e só por causa de Cristo. Cada cristão - o padre é um cristão - é um correio da Mensagem mais excelente, da única que vale a pena, a do Evangelho. O porreirismo é anti-Evangelho, é negação de tudo.
O padre "chato" é talvez necessário, embora não seja fácil, pois a cruz pesa. Mas Cristo avisou que o discípulo não era superior ao Mestre. Se a Ele o perseguiram, também o discípulo sofreria perseguições.
A missão sacerdotal só se compreende dentro de uma dinâmica eclesial. Com a Igreja, na Igreja, pela Igreja! Quanto mair for a alegria desta comunhão eclesial, maior será a alegria no serviço sacerdotal.
O sacerdote é o arauto de Deus. Para falar de muitas outras coisas, poderá haver pessoas que o façam melhor. Deus é o seu habitat natural. N'Ele deve mergulhar cada vez mais para O anunciar ao homem para o levar aos outros com renovada alegria.
O padre do nosso tempo jamais pode ser o "faz tudo". Tem que deixar campo ao leigos para que estes se empenhem naquilo que lhes és específico. Ele é o homem da comunhão, que ajuda a suscitar ministérios e serviços, os apoia e os ajuda a reverter a favor da edificação do Corpo Místico de Cristo.
O sacerdote é chamado a ser profeta, sabendo que nunca se deve anunciar a si mesmo. O profeta anuncia, denuncia e compromete-se.
Anuncia quem? Jesus Cristo e o Seu Evangelho. A verdade de Deus.
Denuncia o quê? Tudo aquilo que se opõe ao projecto libertador de Deus sobre a vida e as pessoas.
Compromete-se. Procura viver o que anuncia. Isto de "bem prega frei Tomás; olhai para o que ele diz, mas não olheis para o que ele faz", é charlatanismo.
Firmeza na verdade anunciada, fidelidade aos valores evangélicos, alegria na comunhão eclesial. Mas misericórdia, compreensão, humanidade, caridade em relação às falhas, defeitos e quedas dos irmãos. "Se misericordiosos como o Pai do Céu é misericordioso."
E se os leigos cumprissem mais generosamente a sua missão? E se olhassem menos o seu pároco como o "executivo" que realiza certas tarefas? E se os leigos exigissem que o seu pároco lhes falasse mais de Deus, lhes desse mais formação, rezasse mais com eles? E se os leigos vissem mais a humanidade do seu pároco e o acarinhassem com um membro da sua família, que realmente é? Não teríamos melhores sacerdotes, mais realizados e menos solitários?
"É PRECISO MUDAR!" - disse o Papa.

Num alto nonte, transfigurou-se...

Na Sagrada Escritura, aparece, naturalmente, o monte como lugar de particular proximidade com Deus; uma espécie de santuário natural, lugar da subida, não apenas da subida exterior, mas também do esforço interior; o monte, como um desafio a libertar-se do peso da vida diária, a respirar o ar puro da criação, em toda a sua vastidão e beleza. O monte facilita a elevação interior e permite intuir o Criador.

Soube-me bem subir hoje à Serra de Santa Helena para o terço e a Eucaristia do 3º domingo do mês. Exactamente no dia em que o Evangelho nos apresenta a transfiguração do Senhor num alto monte.
Apesar de algum frio que aí se fazia sentir, a amplidão da paisagem e a sua beleza indescritível libertam-nos, soltam-nos, predispõem-nos mais para o encontro com Ele. Como é sempre eloquemte o silêncio da Serra!

Deus tanto nos fala, na montanha como na planície, mas só quando realmente a nossa alma se eleva, é que se torna capaz de escutar e distinguir os sons divinos. Por isso, o sentido a activar nesta semana é o do ouvido. “Escutai-O”, era o convite mais radical, que se fazia ouvir no monte da transfiguração. Para isso, sintamo-nos desafiados a viver um dia da semana, sem ruído: pode ser uma noite sem TV, um dia sem telemóvel, um dia sem música no automóvel. Façamos de conta que o nosso quarto é essa alta montanha, onde não há rede, a não ser para a comunicação com o Altíssimo. E deixemos que o Senhor nos fale, até romper os nossos ouvidos!...

Uma boa semana com Ele, na Sua paz!

http://cvitamina.blogspot.com

Alguém passou por cá hoje e deixou-me a indicação deste blog. Agradeço.
Penso que poderá ser últil a sua consulta, pois aí se podem encontrar músicas cristãs para a Eucaristia, outras celebrações, encontros, etc.
Além das letras, têm algumas músicas e acordes.
As novas tecnologias podem prestar excelentes contributos. Também neste campo.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

SE É CONTESTADO, É COERENTE, É FIEL, É BOM

Simpatizo mais com quem é contestado do que com quem é aplaudido. (E escusado será dizer que me identifico mais com quem é contestado do que com quem contesta).
Esta foi uma das grandes lições que a vida me deu. Em causa não está primordialmente a pessoa (contestada ou aplaudida), mas os critérios das maiorias (regra geral, bastante difusos e muito vazios).
Em princípio, a contestação atinge quem é incómodo, quem é coerente, quem é recto, quem tem ideias e valor. Ao invés, o aplauso vai para quem não incomoda, para quem não interpela, para quem se adequa a todas as situações, para quem não defende aquilo em que acredita.
Por vezes, há escolhas que se fazem com a (única) preocupação de tapar caminhos e de ofuscar pessoas.
Prefiro, mil vezes, quem tem a coragem de assumir (mesmo que erre) do que quem só se preocupa com agradar. E, além do mais, agradar nem rima com servir...
(Assim escreveu, magnificamente, o meu Amigo, Doutor João António)

Menina de 20 meses atacada por um rottweiller numa vivenda em Loulé

Na quinta-feira, a menina de 20 meses foi operada por neurocirurgiões e cirurgiões plásticos no Hospital de Faro, depois de ter sido atacada por um rottweiller numa vivenda em Loulé.
O ataque causou-lhe lesões graves no crânio e na cara.
O seu estado de saúde continua a ser considerado grave, disse fonte hospitalar.
A família da criança tinha três cães rottweiller, mas o que atacou a criança já foi recolhido pela GNR e levado para o canil de Loulé. Cabe ao veterinário municipal decidir se será abatido.

«A família da criança tinha três cães rottweiller, mas o que atacou a criança já foi recolhido pela GNR e levado para o canil de Loulé.» E os outros dois ficaram para atacarem os pais? Nestas semanas no Reino Unido, mais um dono destes cães foi atacado tragicamente pelo seu rotweiller. E o dono era uma pessoas já de terceira idade.

Portugal, onde fumar é proibido, mas ser dono de cães que provocam tragédias é tolerado. ("Levaram um ficaram 2").
Enfim, palavras para quê?

“Levou-os, em particular, a um alto monte e transfigurou-Se diante deles”!

E precisava Jesus de subir a tão alto monte? Não bastaria levantar os olhos para os montes, para encontrar o auxílio do Senhor, que fez o Céu e a Terra?! Porquê esta atracção irresistível de Jesus pelos montes? De facto, os montes são parte fundamental da geografia pessoal e pastoral de Jesus, que bem podia dizer como Pascoaes: «sem estes ermos montes e arvoredos, eu não era o que sou». Pensemos nos diversos montes da vida de Jesus, como se fossem um só: antes do monte de transfiguração, houve o monte da tentação, o monte do grande sermão, o monte das curas e do pão. E depois do monte da transfiguração, haverá ainda o monte da agonia, o monte da crucifixão, e finalmente o monte da ascensão e do envio em missão. Que valor e segredo têm os montes, para que os evangelhos insistam tanto neles, como lugares de revelação?

Jesus é que é a verdadeira “montanha”, o verdadeiro rochedo: é Ele o único lugar do encontro dos seres humanos com Deus. É preciso subir por Ele, para chegar ao Pai; é preciso descer por Ele, para chegar aos irmãos. Os verdadeiros adoradores do Pai, não o adoram mais neste ou naquele monte, em Garizim ou em Sião, mas adoram-no em espírito e em verdade.

Visita do Pedro

Há momentos que nos tocam. Hoje, o meu sobrinho Pedro, que está na vida militar, veio visitar-me. O Pedro é um jovem muito calado, bastante tímido mesmo, o que mais valoriza a sua iniciativa.
Foram 5 minutos apenas, já que tinha que ir para a Eucaristia do Lar. Mas fiquei contente.
Os meus sobrinhos são fixes e gostava de os ver por cá mais vezes. Mas eu compreendo que não têm tempo.
Rezo por eles para que cresçam para a vida sem se magoarem nem magoarem ninguém.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

As Visitas aos doentes

Na companhia de pessoas do GASPTA (grupo sócio-caritativo) visitei hoje 12 doentes. Na quarta-feira, havia visitado 8. E ainda faltam muitos...
Também neste campo, o homem põe e Deus dispõe. Tinha pensado, quer num quer no outro dia, fazer calmamente as visitas anunciadas. Só que em ambas as ocasiões surgiram funerais. Há que correr mais!
Mas são momentos ricos e enriquecedores. Os doentes apreciam estas visitas e recebem-nos com satisfação. Há sempre no grupo quem saiba criar boa disposição e todos oferecem muito carinho. Quantas vezes, o doente chora a sua situação e depois, graças a uma piada, a uma brincadeira, fica a rir-se.
Também há a celebração do Sacramento da Reconciliação para quem o deseja. São praticamente todos, felizmente. Aqui surge o meu banho de humildade. Realmente dou comigo tantas vezes a pensar: "Quem me dera ter a santidade desta pessoa..."
Os familiares que os tratam são pessoas que nos edificam pelo carinho dispensado, pela forma abnegada como os servem. Uma senhora, com o marido paralítico há dez anos, dizia-nos que dava todos os dias graças a Deus pela presença do seu doentinho. Fantástico!
Claro que há um ou outro caso menos satisfatório, mais preocupante. Mas no geral, graças aos cuidados dos familiares ou da Santa Casa, os doentes têm condições básicas.
O GASPTA deixa aos doentes uma prendinha. É pouco, mas simboliza o muito que lhes queremos, a importância que eles têm para todos nós.
Há certamente muitas coisas na paróquia que não estão tão bem como deveriam. Mas uma me dá uma imensa satisfação: o acompanhamento dos doentes. Graças a um numeroso grupo de ministros extraordinários da comunhão, ao seu brio e dedicação, os doentes são visitados semanalmente. Levam-lhes o sumo Bem, Jesus Sacramentado. Mas levam-lhes ainda a presença da comunidade que reza por eles, os visita. e os acarinha.

“Tijolada”

Um jovem e bem sucedido empresário conduzia, a alta velocidade, o seu novo Mercedes, classe exclusiva quando, de repente alguém arremessou contra a porta lateral do carro um pesado tijolo tendo danificado toda a porta e o vidro lateral.
O empresário sai do carro, furioso e dirige-se chateadíssimo a uma criança bem pequena:
- Porque fizeste isto? Vais pagar muito caro este arranjo. Onde estão os teus pais?
A criança tremendo disse:
- Por favor, o senhor desculpe-me, eu não sabia o que fazer! É que ninguém estava disposto a parar e já estou aqui há quase uma hora a pedir aos carros que parem!
E as lágrimas corriam do rosto do pequeno.
E continuou dizendo:
- É que o meu irmão caiu da cadeira de rodas, está muito aleijado ali no chão e eu sozinho não
consigo levantá-lo!
Entre soluços perguntou ao empresário:
- Poderia ajudar-me a recolocá-lo na cadeira?
Profundamente comovido, o jovem empresário ajudou a levantar o irmão da criança, levou-o ao hospital mais próximo… pagou a conta e pediu um táxi para que o menino e o seu irmão mais velho pudessem voltar a casa.
E seguiu viagem … Contam que este homem nunca mais mandou consertar a porta do seu Mercedes… Para se poder sempre lembrar que não vale a pena ir rápido demais na vida… Pode alguém precisar de nós…
Que quererá dizer-nos esta simples história?
Talvez seja:
Deus sussurra constantemente no mais íntimo de nós e fala-nos ao coração.
Tantas vezes não temos tempo para O ouvir… habitualmente só paramos, só nos lembramos de Deus e da vida que levamos, quando algo nos acerta como uma espécie de tijolo!
In SEMENTES DE ESPERANÇA

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

De que lado está a Associação Nacional de Pais?

Uma pergunta que faço há muito tempo e para a qual não tenho encontrado uma resposta que me convença.
Do lado dos pais? Não me parece. E olhem que eu contacto com muitos pais...
Do lado dos professores? Penso que não. Aqui é claro.
Do lado das crianças? Quem estiver do lado das crianças quer o melhor para elas. Respeita-as naquilo que são, nas necessidades que têm e no ritmo de crescimento.
Do lado do governo? Parece mais que sim...

Realmente parece que existe uma aliança Associação Nacional de Pais- Governo contra os professores. Como se estes fossem os maus da fita, os incompetentes, os responsáveis por tudo o que de mal prospera no reino da educação. Ora isto é pura e simplesmente a maior aberração. O que vale à educação ainda são o brio, competência, dedicação e profissionalismo dos docentes. Não fora isto e o barco da educação havia naufragado há muito, tal o desnorte das polticas (?) educativas, mormente nos últimos anos.
Aliás, o próprio Presidente da República, que em tempos disse: "Deixem trabalhar a Ministra da Educação", sentiu há poucos meses a necessidade de apelar para que fossem respeitados e acarinhados os docentes. Só que parece que Sócrates só ouviu o que lhe apeteceu - a 1ª parte. Nada de novo, aliás! Este senhor é perito em ouvir só o que lhe interessa. É o seu sentido de democracia.

No auge da crise em volta da avaliação dos professores - com os tribunais a parecer dar razão às queixas dos docentes -a Ministra da Educação lança um "coelho" para despistar: ocupação plena dos alunos do 2º ciclo.
A Associação de Pais parece bater palmas. Quando o problema é enganador e fictício. Os miúdos têm o dia ocupado. Das 9.00 às 17,30 horas. As turmas têm apenas uma tarde livre que é ocupada com clubes, aulas de recuperação e desporto.
Portanto, a Ministra da Educação do Governo Sócrates criou apenas um coelho fictício...

Os miúdos do meu país NÃO têm tempo para brincar nem para estarem com a família. Ora se não brincam no recreio, vão descarregar energias nas aulas, surgindo faltas de concentração, indisciplina, menos aproveitamento. Por outro lado, a família é-lhes indispensável e ninguém a pode substituir. Ela é a sua estufa natural de crescimento.

Não tarda que surja a exigência de certos ditos representantes dos pais de uma maternidade nas escolas, a funcionar das 0 horas às 24 horas!!! Parece ser hoje o slogan de certos pais: "Progenitores sim, pais não!"

Que sociedade estamos a gizar? Que futuro (des)construimos? Jovens insatisfeitos, vazios, afamiliares, irrealizados??? É que, como dizem os entendendidos, se a família falta, nada nem ninguém a substitui satisfaroriamente... Por mais remendos pedagógico-didácticos que se tentem.

Haja bom senso!

Sócrates no seu melhor...




Os mártires são a mais bela e convincente face do povo de Deus

No Iraque é perigoso assistir a um enterro de um sacerdote que tenha sido assassinado por ser fiel a Jesus. Perto de Mossul, no norte do país, os cerca de 2.000 fiéis não se deixaram amedrontar. Sob o sol ardente rezam e cantam a sua fé na ressurreição.
Ragheed Aziz Ganni era o nome do pároco de 35 anos.

Apenas acabada a Missa dominical, um grupo de fundamentalistas armados atingiram-no a ele e a três diáconos católicos. Balas de ódio - os quatro mártires morreram diante do seu próprio Templo.
Este sacerdote tinha escrito: "A Eucaristia devolve-nos a vida que os terroristas tentam arebatar-nos. Sem o Domingo, sem a Eucaristia, nós, cristãos, não poderemos sobreviver no Iraque".
Fonte: AIS

Realmente, os mártires são o testemunho mais convincente. Como dizia o Pe. Werenfried, estas Igrejas que sofrem "são a verdadeira elite da Igreja".

Para nós é tão fácil participar na Eucaristia, para eles participar é arriscar a vida...
Nós inventamos motivos para não ir à missa, eles têm muitos motivos para não irem e vão...
Já agora VALE A PENA PENSAR NISTO...
http://www.padre-inquieto.blogspot.com/

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

No país de Sócrates já nem se tem direito a nascer com dignidade!

Uma mulher deu hoje à luz um menino nas urgências do Hospital da Figueira da Foz, cujo bloco de partos encerrou em 2006, elevando para dez o número de nascimentos desde o fecho da valência hospitalar.
Desde o fecho do bloco de partos do Hospital Distrital de Figueira da Foz, pelo menos dez nascimentos - incluindo o de hoje - ocorreram na Figueira da Foz, fora de maternidades, três em plena auto-estrada para Coimbra e pelo menos três no serviço de Urgência do hospital.

O pesadelo nacional continua. No país de Sócrates já nem se tem direito a nascer com dignidade!!! Quanto mais a viver!

Não desviemos as atenções: o grande responsável é José Sócrates. Se os ministros são fracos, foi ele quem os escolheu e lhes mantém a confiança. Se os ministros executam más políticas, estas não são deles, são do governo. Quem traça o rumo a seguir é José Sócrates.
Convém que não tenhamos fraca memória e não nos deixemos iludir por algum rebuçado de última hora.

A calamidade na saúde, a injustiça e bagunça na educação, o jogo do té-té nas obras públicas, etc, têm um rosto e um responsável: José Sócrates.

Um advogado cristão

Morreu há dias um conhecido advogado – Dr. Fernando Cabral - cristão que impregnava a sua profissão com o espírito do Evangelho de Jesus.Para confirmar, vou evocar um momento de encontro e uma sua resposta admirável.
Eu fiz parte de uma Associação com a função de tesoureiro. Essa Associação possuía um pequeno prédio arrendado a duas pobres mulheres, que ali estavam já ilegalmente, porque o contrato terminara.O presidente da respectiva Associação encarregou-me de ir consultar o referido causídico.
Recebeu-me amavelmente. Ouviu a minha exposição, tomou os seus apontamentos e disse-me: venha cá daqui a três dias, que eu estudarei bem o assunto. Lá apareci, ao fim dos três dias, contrariado porque não concordava com o despejo, e ele responde-me: vocês têm razão. Mas eu quero dizer-lhe que nunca faço o despejo de um pobre.
Concordei com ele e disse-lhe que antes de o procurar tinha um sentimento igual.
Se todos tivessem como ele um apurado sentido de justiça, não haveria na nossa terra tanta gente a viver indignamente em barracas imundas.Se os políticos se deixassem iluminar e actuar pelo espírito de Cristo, muito sofrimento não cairia sobre a vida de tanta gente pobre ou miserável, que nasce, cresce, envelhece e morre sem provar um pingo de felicidade.A lição daquele advogado, que também foi político como autarca, deve tocar no coração de muitos outros companheiros: não colaborar no despejo de quem nada tem na vida, antes que a autoridade competente disponibilize uma habitação, mesmo humilde, mas condigna, para gotejar um tudo nada de felicidade em quem nunca a provou.
Mário Salgueirinho

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O pai cai de joelhos...

Já lá vãos muitos anos. Mas esta história não esqueci. Sabe-me bem lembrá-la em cada Dia Mundial do Doente.

A doença caminhava firme e decidida, esganando em seus tentáculos toda a força de viver daqueles 11 anitos. O médico, conhecida sumidade, achava-se impotente para salvar das garras da morte o pequenito.
Certo dia, o miúdo pede aos pais que o levassem a Nossa Senhora de Lurdes. A mãe adere de imediato. O pai procura dissuadir o pequeno de realizar tamanha aventura. Além de não acreditar muito "nessas coisas", temia que ele não aguentasse a viagem, dado o seu enorme estado de fraqueza. O médico é posto ao corrente. Ateu confesso, a ideia desagradou-lhe de todo. Temia ainda que o petiz ficasse pelo caminho.
O rapazinho é que não se calava: "Quero ir ver Nossa Senhora!" E a sua frágil voz vencera. A mãe alimenta uma enorme esperança; o pai, no fundo, não quer ficar com o remorso de ver morrer o filho sem tentar tudo para o salvar; o médico, por brio profissional, acampanha-o.
Na Hora da Bênção dos Doentes, o Cardeal vai passando pelo meio deles, dando a Benção do Santíssimo Sacramento. Ao ver aproximar-se de si o Jesus, o miúdo ergue as mãozitas e abre os olhos para Ele. O Cardeal passa à frente. E eis que no silêncio do momento se ergue a voz sofrida e gritada do petiz:
- Jesus, não me curaste! Vou dizê-lo à Tua Mãe!
O Cardeal, comovido e tocado como todos os demais, volta atrás e dá-lhe de novo a Bênção. Eis o momento da força do amor de Deus! O pequenito sente-se curado, levanta-se, ergue os bracitos e grita:
- Jesus, Tu curaste-me! Bem-hajas, Mãe!
O pai cai de joelhos. O médico sente-se tocado, interrogado. Uma aragem agradável e leve percorre agora o deserto do seu ateísmo. Uma sensação única! Sentir o abraço de Deus que o toca.

Vibro sempre com esta história pelo que ela evoca em mim, pela envolvência de sentimentos, reacções e posturas perante a vida que me proporciona. Por isso, ainda hoje a partilhei na Eucaristia, não sem uma ponta de emoção.

Depois de um fim-de-semana exigente (e algo doente), uma segunda-feira com sete aulas, visita a doentes e Eucaristia, entre os assuntos de expediente e atendimento normais. Estive até há pouco a trabalhar para o jornal escolar. Mas estou cansado. Vou recolher-me num momento de oração para depois tentar descansar um pouco.
Boa anoite, amigos.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Visite um doente pela sua saúde!

Amanhã, dia 11 de Fevereiro, é o Dia Mundial do Doente.
Não está fácil a vida para os doentes. Está doente a vida dos doentes. Numa sociedade entranhadamente marcado pelo individualismo e pelo materialismo, onde são ídolos o culto do "cabedal" e a forma física, o doente apresenta uma realidade que as pessoas de hoje exorcizam: o sofrimento.
No corre-corre da vida hodierna, as pessoas gostam de parar diante do lucro, do poder e do prazer. Sob este prisma, o doente não tem nada para dar. Então é esquecido, abandonado e alguém que trate dele...

Mesmo algumas instituições mais voltadas para a solidariedade - e que enchem a boca com esta palavra - na hora da verdade exigem tantas vezes o impossível para acolher um doente. Como pode um doente pobre, que vive da sua miserável pensão, pagar o dobro ou mais para ser acolhido numa instituição? E se esse doente pobre não tem filhos? Será que tem de recorrer à caridade alheia para não apodrecer na cama da sua miséria?
Não estou a falar de cor, não. Nem sequer me refiro a qualquer país africano. Situo-me no Portugal de 2008!!!

Não é por querermos esquecer o sofrimento que ele deixa de existir. Mais, ao querer deitar para trás das costas esta realidade, o homem actual, tão seguro de si e da sua liberdade, está a aliener-se.
Ninguém procura o sofrimento pelo sofrimento. Mas é preciso encará-lo de frente, assumindo a situação humana na sua totalidade. "Diz-me o que sofreste, dir-te-ei o que cresceste", diz um velho provérbio. No quarto de um doente há tantas vezes uma universidade viva por descobrir!

Não só amanhã, mas particularmente amanhã, visite um doente pela sua saúde! Será muito mais o que recebe do que aquilo que dá.

Uma boa semana. Muita saúde.

Existe oposição neste país?

Parece que não existe. Ou não se dá por ela.
A verdadeira oposição à actual maioria socrática vem de dentro do partido de onde emerge o actual governo.
Manuel Alegre é claro: "Há muitas críticas na área da Educação, no Serviço Nacional de Saúde, na Justiça, na desertificação» mas sobretudo «uma grande preocupação com as desigualdades existentes» no país (...) "O povo português está triste."
Carlos César, o presidente socialista do Governo Regional dos Açores, insurge-se contra as taxas moderadoras. Edmundo Pedro, histórico socialista, diz não se reconhecer no actual PS. Mário Soares, António Arnaut não deixam de levantar a sua voz contra o actual estado das coisas. Algo vai mal no reino da rosa... O problema é que quem o sofre somos todos nós.
Preocupa-me, como cidadão e amante da democracia, que os partidos da oposição, mormente os que têm especial responsabilidade, vivam numa apagada e vil tristeza. Quem os ouve? Vivem lacrados? Não conhecem o sentir popular? Ou nem sequer têm capacidade para se fazer ouvir?

Taxas moderadoras são «ilegais»

O presidente do Governo Regional dos Açores, o socialista Carlos César, afirmou que as taxas moderadoras para cirurgias e internamentos praticadas em Portugal são «ilegais» e constituem um «financiamento indirecto» do sistema de saúde.
Em entrevista ao programa «Diga Lá, Excelência», da Rádio Renascença, jornal Público e RTP2, o líder dos socialistas açorianos salientou que as «taxas moderadoras são ilegais porque não são moderadoras».
«Alguém tem necessidade de ser moderado no seu ímpeto para se submeter a uma cirurgia ou ser internado?», questionou Carlos César, para quem em causa está um «financiamento indirecto do sistema».
Segundo o presidente do Governo açoriano, este financiamento resulta de um «contrato de hipocrisia e cumplicidade entre o fiscalizador da legalidade e da constitucionalidade de uma taxa deste tipo e os gestores do sistema».
Para Carlos César, «mais valia a pena que se introduzisse um pagamento de actos médicos tendo em consideração o rendimento dos utentes».
«O que há a salvaguardar, do meu ponto de vista como membro do PS, é que a mensagem constitucional de um serviço tendencialmente gratuito corresponda a uma efectiva universalidade do ponto de vista de acesso dos portugueses a este sistema», afirmou.
Salientou, ainda, que é «verdade que o Dr. Belmiro de Azevedo pode, perfeitamente, pagar 100 mil euros por um determinado acto médico, enquanto que outra pessoa não pode. Essa pessoa que não pode não deve pagar».
«Nós temos de perceber o que quer dizer sustentabilidade do sistema», alertou Carlos César, para quem o «grande slogan para justificar qualquer decisão que se toma é a sustentabilidade do sistema».
Segundo disse, essa sustentabilidade «não está dentro do sistema de saúde. Está fora do sistema de saúde e no âmbito das capacidades que o país tem ou não tem de disponibilizar das suas receitas o que é necessário para o funcionamento de um determinado sistema».
Depois de salvaguardar que não comenta remodelações do Governo, Carlos César afirmou ser «indiscutível que há um problema, que coincidia com um ministro, em relação à política de saúde em Portugal».
«Do meu ponto de vista, não é um problema de comunicação, é um problema de definição», realçou o dirigente socialista.
«No fundamental, há que explicar aos portugueses que montante de despesa o Governo da República está disposto a fazer para garantir a continuidade de um Serviço Nacional de Saúde tendencialmente gratuito», defendeu.
Diário Digital / Lusa

sábado, 9 de fevereiro de 2008

O deserto é o lugar do silêncio! O silêncio é o espaço do Espírito, onde ele pode abrir as suas asas!

Naquele tempo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo Demónio.
Jejuou quarenta dias e quarenta noitese, por fim, teve fome. O tentador aproximou-se e disse lhe: «Se és Filho de Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães. " Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’».
Então o Demónio conduziu-O à cidade santa, levou-O ao pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo, pois está escrito: ‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’». Respondeu-lhe Jesus: «Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’».
De novo o Demónio O levou consigo a um monte muito alto, mostrou Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse Lhe: «Tudo isto Te darei, se, prostrado, me adorares». Respondeu lhe Jesus: «Vai te, Satanás, porque esta escrito: ‘Adoraras o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto’».
Então o Demónio deixou-O e logo os Anjos se aproximaram e serviram Jesus.
Mt 4,1-11

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

E o telefone tocou...

Mais uma vez o telefone toca.
Do outro lado da linha, uma voz feminina. Não, não era por causa de baptismos, casamentos, funerais, obras, informações, trabalhos...
Telefonava para agradecer, apoiar, incentivar. Tinha ouvido o programa "Espaço Igreja" das sextas-feiras (14-15 horas) na Rádio Ribatávora, que transmite daqui de 2ª a 6ªfeira, entre as 14 e as 16 horas - Espaço Santa Helena.
Disse que soubera deste programa por pessoas da sua freguesia e que o ouvia sempre. Teve uma palavra de incentivo e de agradecimento. Falou que lhe fazia muito bem e que as pessoas da sua terra diziam o mesmo. Informou que se apercebeu da minha constipação e apressou-se a oferecer-me um chá caseiro "que nunca falha."

Obrigado, Senhor, pela delicadeza desta senhora, pelo seu apoio, pela sua solidariedade. Obrigado, Senhor, pelo bem que realizas através das minhas pobres e limitadas palavras. Obrigado por tanta gente que gosta de ouvir falar de Ti.
Ensina-me, Deus de bondade! Que eu procure anunciar-Te. Só a Ti. Sempre a Ti. Só Tu mereces, só Tu salvas, só Tu és o Senhor.

Já fizeste o teu propósito quaresmal?

A Quaresma lembra-me o agridoce, que me é aliás uma sensação muito agradável.
Por um lado, tem a renúncia quaresmal que puxa por nós, que nos exige; por outro, é caminhada libertadora, é esperança, é meta à vista. É o notável desafio de nos parecermos cada vez mais com Cristo.
Nunca vi a Quaresma como um pesadelo, um tempo de negrume. Não. Ela é desafio a ser mais, a voar mais alto, a ser mais livre.
Há que olhar para dentro e descobrir aquilo que em nós é menos luz, são trevas. E depois, num compromisso sério entre nós e o Senhor, avançar resolutamente. As fraquezas são muitas, o desânimo pode surgir, mas isso só nos leva a confiar mais na graça de Deus.
Sugiro alguns pontos de compromisso. Apenas existe a ideia de ajudar, sem outra envolvência qualquer. Nem sequer é um lista exaustiva. Apenas um pequenino contributo para ajudar a viver a Quaresma.
- Ler um pedaço da Bíblia todos os dias...
- Fazer um tempo de adoração ao Santíssimo...
- Rezar o terço em família...
- Paricipar na Eucaristia durante os dias da semana...
- Visitar semanalmente um ou mais doentes...
- Abster-se de palavras feias...
- Não falar mal dos outros...
- Cultivar uma amizade verdadeira...
- Abster-se de doces, pastilhas, cigarros, bebidas (no todo ou em parte)...
- Oferecer-se para colaborar em tarefas que visem o bem comum...
- Dar a salvação a pessoas com quem há muito não falamos...
- Alinhar, na medida das nossas possibilidades, nas campanhas de solidariedade que nos sejam propostas...
- Não deixar passar a Quaresma sem fazer uma confissão bem feita...
- Exercitar a renúncia tendo em vista ajudar tantas pessoas que precisam....
- Aproximar pessoas desavindas...
- Procurar viver a verdade em pensamentos, palavras e actos...
- Oferecer os momentos de cruz da nossa vida pela conversão dos pecadores...
- etc, etc

Faz-se caminho, caminhando. Se cairmos, nada de desânimo. O Senhor oferece-nos as Suas mãos para nos ajudar a levantar.
Então, força! Faça o seu propósito quaresmal, que só duas pessoas conhecem: cada um e o Senhor.
Eu já fiz o meu. E você?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Amigo? Se for para aquilo que lhe convém...


- amigos verdadeiros,
- amigos do nosso
- e amigos dos nossos serviços.
Penso que a toda a gente só interessam os primeiros. Os outros, sob uma capa de amizade, querem é servir-se de nós. Exploram-nos.
Há gente que se faz amiga, mas que depois nos mente para levar a água ao seu moinho.
Há gente que se faz muito amiga, mas depois exige e faz chantagem com os nossos serviços.
Há gente que se faz amiga e depois não tem pejo em exigir a transgressão de normas, solicitar privilégios, perseguir, às nossas custas, postos ou situações de destaque.
Há gente que se mostra muito amiga só porque isso convém ao seu bolso.

Com amigos destes, quem precisa de inimigos?

O verdadeiro amigo respeita-nos, compreende a nossa missão e o nosso serviço. Jamais busca subir na vida à custa do amigo. Nunca se serve da amizade para obter privilégios. Na verdade da amizade, aceita tanto um sim como um não.
O verdadeiro amigo ajuda a carregar a cruz da missão, nunca a torna mais pesada.
O verdadeiro amigo jamais embarca em qualquer situação de chantagem.
O verdadeiro amigo sabe que pode contar connosco e que podemos contar com ele, no respeito absoluto pelos valores, referências, e missão de cada um.
O verdadeiro amigo nunca nos põe contra os outros nem aos outros contra nós, porque quer o nosso bem, a paz e a verdade.
Pois, amigos destes nunca são demais.

Igreja deve ter voz activa a favor dos pobres

Responsáveis da Pastoral Operária querem menos discurso «para dentro» e uma voz activa em questões sociais.

Os responsáveis pela Pastoral Operária no nosso país consideram que a Igreja Católica em Portugal está “virada para dentro” e tem uma “voz pouco activa”.

Os problemas do mundo são “gravíssimos”, aponta à Agência ECCLESIA o Pe. Luciano Nogueira, assistente nacional da JOC, acrescentando que “os portugueses enfrentam sério problemas”.

Assistentes dos movimentos da Acção Católica Operária, os responsáveis nacionais da Liga Operária Católica (LOC/MTC), a Juventude Operária Católica (JOC) e Movimento de Apostolado de Adolescentes e Crianças (MAAC), as Religiosas em Mundo Operário (REMO) e a Comissão Nacional da Pastoral Operária estiveram juntos num encontro para reflectirem sobre o discurso do Papa aos bispos portugueses e a recente encíclica papal “Salvos na Esperança”.

A Igreja está demasiado virada para dentro, sem perspectiva do exterior e do mundo que sofre”, argumenta o assistente nacional da JOC, que lamenta que as pessoas que se assumem como Igreja “não estejam do lado dos que sofrem”.

“É urgente que bispos, padres e leigos comprometidos estejam atentos às pessoas e ao problemas que têm de enfrentar”, continua.

Manifestar solidariedade com os mais pobres, os que são vítimas de um sistema económico e político que vota à marginalidade muitas famílias, sem emprego, em condições precárias, sem segurança, com limitações económicas”, constituem um quadro de sérias dificuldades.

A Igreja, apesar de documentos importantes sobre Doutrina Social, “não passa à prática e ao concreto”, denuncia o Pe. Luciano Nogueira, que pede que se perca o medo de “ter uma voz activa, de ficar do lado dos mais pobres”.

O Pe. Nogueira explica que a Igreja tem a obrigação de fazer pressão e denunciar.

A pastoral operária está empenhada neste compromisso. Os movimentos de acção católica “estão com as pessoas que precisam”, mas querem dialogar com as restantes estruturas da Igreja para encontrar respostas para esta mudança.
In ecclesia

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Quarta-feira de Cinzas. Qual o sentido, qual o significado deste dia?

"Lembra-te, homem, que és pó da terra e à terra hás-de voltar"
"Arrependei-vos e acreditai no Evangelho"


Este costume de colocar a cinza tem já, na igreja muitos séculos. Entre os séculos IVº e Xº havia mesmo um rigor muito grande no que dizia respeito aos que eram considerados pecadores públicos. Estes eram excluídos de participar na celebração eucarística. Além de estarem excluídos das celebrações litúrgicas ainda tinham de vestir uma túnica de cor escura e colocar cinzas na cabeça. Tinham de manter-se afastados de toda a vida da comunidade eclesial – eram marginalizados totalmente sendo que só voltavam à comunidade cristã depois de reconciliados, depois da vigília pascal.
Hoje este sentido original da imposição das cinzas estendeu-se a todos os cristãos como sinal de entrada na Quaresma e preparação para a Páscoa. Tem um sentido autenticamente penitencial que se deverá expressar na prática concreta de algumas virtudes: aceitar receber as cinzas é um gesto pessoal de humildade mas também deverá ser um esforço por procurar crescer na oração, na simplicidade de vida, no espírito de pobreza e desapego, na moderação no viver, no comer e no beber, no cuidado com as palavras, na disponibilidade de tempo para os outros, e outras virtudes penitenciais.
A cinza é hoje colocada sobre a testa ou cabeça do cristão como gesto de humildade, arrependimento, reconhecimento dos próprios erros e, ao mesmo tempo, de muita confiança em Deus. A testa/a cabeça aponta para o mental, o pensamento: convida a reflectir, analisar, avaliar, examinar a consciência, as atitudes de vida e durante esta Quaresma tudo fazer para CRESCER interiormente.