quinta-feira, 30 de junho de 2011

Corte no subsídio de Natal rende 800 milhões

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, revelou esta quinta-feira que o Governo estima conseguir uma receita adicional de cerca de 800 milhões de euros com a contribuição especial que vai aplicar em sede de IRS.
"Esperamos que esta medida possa cumprir, só por si, uma margem de cerca  de 800 milhões de euros de receita adicional e que possa complementar o  esforço adicional que as administrações públicas vão ter de fazer em montante um pouco superior a este. Isso será absolutamente indispensável para não  deixar qualquer incerteza quanto ao resultado do défice que será alcançado",  afirmou.  
As palavras de Passos Coelho foram proferidas na Assembleia da República,  durante o debate do Programa do Governo, depois de ter sido interpelado pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.  
Na abertura do debate, Passos anunciou que o Governo vai adoptar, apenas  este ano, "uma contribuição especial para o ajustamento orçamental" em sede de IRS "equivalente a 50 por cento do subsídio de Natal acima do salário mínimo nacional".  
Fonte: aqui

Coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Portugueses confiam na igreja

Um estudo realizado pelo grupo GFK para determinar os níveis de confiança que os cidadãos têm em relação a 20 profissões e organizações profissionais, foi há dias divulgado e mostrou que os portugueses continuam a confiar nos bombeiros, nos professores e nos carteiros mas desconfiam cada vez mais de advogados e políticos.
Este estudo foi feito em 19 países, a grande parte da Europa, e mostrou que Portugal acredita mais nos professores e nos militares do que a média europeia, e é também dos que mais confia nas organizações de defesa do meio ambiente (79 pontos dados por Portugal, contra os 67 da média dos países europeus).
Já os advogados e juízes merecem muito menos credibilidade para os portugueses do que para os restantes europeus participantes no estudo (36 pontos contra 52 em relação a advogados, e 44 contra 63 em relação a juízes). Portugal é também dos que menos confia nos políticos, sendo neste caso os Estados Unidos o campeão da confiança.
Quanto à confiança depositada na Igreja Catílica essa continua alta, sendo que 69 por cento dos ouvidos no referido estudo diz confiar nessa Instituição.
Um anterior estudo mostrou que a confiança depositada na Igreja Católica recebe um índice de confiança de 70 por cento dos portugueses e 63% consideram que Deus é «extremamente importante» nas suas vidas.
Na altura alguns meios de comunicação social estranharam os resultados desse estudo, promovido pelo Instituto de Ciências Sociais – sob coordenação dos professores Manuel Vilaverde Cabral e Jorge Vala – integrado numa investigação da Fundação Europeia para o Estudo dos Valores, sobre os valores e comportamentos dos portugueses. Mas o certo é que o recente estudo do grupo GFK veio confirmar a confiança que os portugueses continuam a depositar na Igreja Católica.
Pelo que se vê, nem os muito falados escândalos de pedofilia abalaram essa confiança, que não é só dos praticantes mas também de muitas outras pessoas.

Fonte: aqui

terça-feira, 28 de junho de 2011

Há alturas em que tudo se junta...

Tem sido um ano muito difícil: Basta lembrar a construção do Centro Paroquial.
Diz o povo que um "mal nunca vem só". Explicando: quando há uma situação difícil, parece que não param de suceder-se mais situações difíceis.
Claro que o Centro Paroquial é um bem, mais, é um sonho lindíssimo. Mas como a corda da vida de sobe a pulso, também esta obra dá imensas canseiras e preocupações.
Pois parece que nesta altura todos os problemas caem em cima, vindos das mais diversas direcções. Umas vezes porque a vida é imprevisível, outras porque as pessoas não pensam nem querem compreender, parece que a medida é o seu umbigo.
Ainda hoje de manhã soa o alarme. Não há água em Santa Helena. Analisada a situação, concluiu-se que o problema estava na ligação eléctrica subterrânea. E agora? Naquela imensidão, com ligações antigas, onde estaria o problema?  Havia que procurar, recorrendo ao trabalho humano e de máquinas. Passei a tarde na Serra acompanhando quem trabalhava, sempre com o coração nas mãos. É que a novena começa já no próximo sábado. E depois já sabemos como é, as pessoas exigem tudo e não querem compreender nada...
Penso que o problema foi detectado. Entretanto canos de água foram rasgados pela máquina, recintos que vão ser ocupados foram rasgados. É preciso repor tudo. É o que vai acontecer amanhã se Deus quiser.
E mais, enquanto se mexia nas terras, um grupo de senhoras limpava a casa, mas a água acumulada no depósito tinha que ser cortada amiudadamente. Já imaginam a cena. Elas a pedir água para a limpeza, os canos rotos a pedir que se fechasse a água. Foi uma tarde de loucura!
Sei que no meio da azáfama stressante dos trabalhos entrei na capela em busca de um pouco de paz.
Uma palavra de felicitação para as pessoas da comissão, trabalhadores e técnicos que hoje lidaram com o problema e deram o seu melhor.

Conheça a lista oficial dos novos secretários de Estado

Aqui

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Uma oportuna reflexão do tarouquense, Dr. Carlos Simão

PORTUGUÊS CATÓLICO --
Discute-se cada vez mais porque é que nós, os portugueses somos tão bons trabalhadores no estrangeiro onde somos apreciados, e cá dentro, não conseguimos sair da cepa torta. Acho que todos temos orgulho em ser portugueses e se nos perguntam a religião dizemos, na maioria dos casos: católico.
Somos portugueses mas dizemos mal do nosso país e criticamos aqueles que nos governam, mas se somos chamados a tomar responsabilidades, excusamo-nos.
Somos católicos mas criticamos o padre da paróquia porque não quis presidir a uma procissão ou batizar uma criança porque os padrinhos não são praticantes.
Somos portugueses e, sabendo que só pelo trabalho conseguiremos ultrapassar as nossas dificuldades, estamos mortos por um fim-de-semana prolongado ou lamentamos que nunca mais cheguem as férias!
Somos católicos mas desconhecemos a Bíblia e se o padre se demora mais na homilia, logo nos enfadamos e não ouvimos nada!
Sonos portugueses mas embora nos saibamos pobres, gastamos como se fôssemos ricos, vivemos de empréstimos e comidos de dívidas. Sim, porque se o meu vizinho tem um Mercedes eu tenho que ter um B.M.W. 5e os filhos dos meus vizinhos têm roupas de modelos caros e vão para a escola com mochilas de marca, os meus igualmente ainda que se peça mais um empréstimo aos bancos e depois gritam que a vida está pela hora da morte.
Somos católicos porque vamos a pé a Fátima e fazem as nossas promessas de joelhos mesmo que a Igreja nos diga que Nossa Senhora não quer tanto sofrimento.
Somos portugueses e em vez de valorizarmos o nosso património, abandonamos as nossas aldeias, as terras produtivas e vivemos engaiolados nas grandes cidades poluídas e cheias de vícios. Estamos sempre à espera dum D. Sebastião que venha fazer o que nos compete. Foram—se as Índias, os Brasis e as Áfricas e ficamos pedintes às portas dos grandes da Europa sem vergonha nem orgulho!
Somos católicos mas a Igreja, que nos guia, tem que fazer o que nós queremos e não aquilo que realmente Cristo quer de nós porque a nossa fé é acriançada e não adulta.
Enfim, se pensarmos bem, somos um povo que sempre foi mantido na ignorância, na mentira e, agora, na mendicidade. Achamos ainda que o estudo é tempo perdido. Não pensamos que um país de incultos, hoje, não vai a lado nenhum porque ninguém ou poucos entendem aqueles que nos querem levar pelo bom caminho. Parece que o Estado tem que dar tudo como se ele no fosse o resultado dos nossos votos e das nossas opções.
Espero sinceramente que as novas gerações mais escolarizadas e dinâmicas acabem com este enguiço de um país com muitas qualidades e alguns recursos mas com fraca produtividade e endividado.
Carlos A.Borges Simão

domingo, 26 de junho de 2011

Novena de Santa Helena: 2 a 10 de Julho de 2011

Programa:
Dia 2 - Início da Novena às 18.30 horas

Dia 3 - Festa da Senhora das Dores às 18.30 horas

Diariamente - Dois pontos fortes: de manhã às 8 horas e de tarde às 18.30 horas

Dia 10 - Encerramento da Novena às 9.30 horas
              Festa de Santa Helena às 11.30 horas. Preside o Senhor Bispo.
              Benção dos campos, seguida da Procissão do Adeus, às 17 horas.

Orientador da Novena: P.e José Fernando

Actividades extras para os serões durante a Novena:
Dia 5 (terça feira), 21h - Via Lucis. Caminha Espiritual ao encontro de Cristo Ressuscitado. As pessoas devem levar velas...
Dia 7 (quinta feira), 21h - Louvar a Cantar - Pe. Marcos Alvim.

Dia 8 (Sexta feira), 21h -  Encontro/Partilha - Matrimónio: um desafio humano... uma proposta Divina. orientado pelo Dr. João Pedro (prof. de Matemática) e Drª Lurdes Veríssimo (Psicóloga)
Toda a gente está convidada para estes serões. Ninguém dará o tempo por mal usado!
Atenção:
- casais,  
- noivos,
- namorados,
- jovens,
- catequistas,
- grupo coral,
- toda a gente!
Acção do dia 8 - Matrimónio: um desafio humano... uma proposta Divina - vale a pena! Vamos estar! É importante para toda a gente!

OBSERVAÇÃO: Pode ver aqui o Esquema da Novena a Santa Helena da Cruz.

Enconto de catequistas em Santa Helena

Veja aqui.

sábado, 25 de junho de 2011

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Capela da Senhora das Necessidades

Frente
Traseira
Imagem de Nossa Senhora das Necessodades

Jardim- agora já gradeado para protecção

Cruzeiro

A Capela hexagonal de Nossa Senhora das Necessidades é um dos mais interessantes templos da paróquia. Rodeada pelas povoações de Quintela, Vila Pouca e Ponte das Tábuas, situada num ligeiro morro que encima a fértil veiga do Barosela, é um pequeno tesouro arquitectónico. Pequeno em tamanho, grande em beleza.
Com um amplo adro onde sobressai o cruzeiro, oferece este espaço uma oportunidade saborosa de silêncio que a paisagem envolvente torna eloquente. Frente à capela, ergue-se, majestosa, a Serra de Santa Helena, onde pontificam as capelas de Santa Helena e de Cristo Rei. Do lado contrário, o olhar fixa-se primeiro na veiga verdejante que outra fora celeiro e hoje já revela manchas de abandono, para depois se alargar pelo casario que, vindo de Rossas, alcança vastidão no Castanheiro do Ouro, sumindo-se  lá para os lados de Dalvares. A leste aparece-nos Arguedeira com casas a pontuarem a verdura da paisagem até Tarouca.
Pouco se sabe da história desta capela hexagonal. Apenas que merece uma visita.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ó tempo, volta para a frente!|

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo

De certa forma, esta é uma celebração redundante. Intencionalmente redundante, porém.

Todos os dias são dias eucarísticos. Hoje, contudo, é um dia eucarístico de modo mais intenso, mais enfático, mais envolvente e interpelativo.

O aniversário litúrgico da instituição da Eucaristia é, por antonomásia, a Quinta-Feira Santa. Sucede que, nesse dia, a sombra da Cruz já se projecta sobre a Igreja pelo que os cristãos não conseguem expressar todo o seu júbilo por este dom inefável.

Daí que tenha aparecido esta solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Apareceu no século XIII para responder a uma necessidade ínsita no coração dos fiéis.

Por conseguinte, hoje a Eucaristia é não só para celebrar (na mesa da Palavra e do Pão), mas também para aclamar (com o cortejo processional pelas ruas das nossas terras) e para adorar (na bênção final).
Fonte: aqui

terça-feira, 21 de junho de 2011

Tentativa de assalto à bomba numa caixa multibanco em Tarouca

Veja aqui.

Tomou posse o novo governo

Para inventar um estado de graça

Pedro Passos Coelho tomou posse como primeiro-ministro num contexto de enormes dificuldades, sem paralelo na história da democracia. No dia em que ganhou as eleições, recusou triunfalismos e falou em mais dificuldades. O estado de graça parecia ser do domínio da saudade, ao tempo em que ainda era possível fazer promessas. E Passos Coelho parecia condenado a ser um primeiro-ministro sem estado de graça.

No discurso de hoje, no palácio da Ajuda, o primeiro bom discurso que fez depois da vitória de 5 de Junho, Pedro Passos Coelho pediu aos portugueses o direito a ter um estado de graça. Fê-lo sem mudar o discurso. Disse simplesmente que o estado de graça não se ganha só com promessas. A confiança é um valor mais importante. E um político que não tem vendido ilusões aos eleitores pode fazer da confiança uma promessa.

Passos Coelho centrou o seu discurso em torno de uma ideia central: a do pacto para a confiança, a responsabilidade e a abertura. Em torno dessa ideia de que um pacto novo entre o poder e a sociedade, articulou uma visão de mudança assente na transparência do governo, no envolvimento colectivo e numa sociedade menos dependente do Estado e aberta ao mundo. A confiança e a transparência são os valores mais importantes desse pacto.

Num tempo de crise como este, não há mais nada para oferecer. Passos Coelho lembrou aliás que o endividamento de um país também se paga em autonomia política.

Não é certo que os portugueses vão dar a Passos Coelho o estado de graça que ele lhes pediu. Mas com este discurso Passos Coelho conseguiu pelo menos criar um estado de confiança com os portugueses. Foi isso que ele inventou.
Fonte: aqui

SINAIS...
Apertar o cinto não pode ser só para os mesmos de sempre. De cima têm que vir gestos e sinais que indiquem que o Estado também aperta o cinto. E estão a vir. Oxalá que sejam mesmo significativos...
- Menos ministros
- Não nomeação de novos governadores civis
- Ministro que foi à tomada de posse de motoreta
- Humildade democrática no tocante à presidência da Assembleia da República. Fernando Nobre não conseguiu ser eleitos em duas votações. Retirou a candidatura e fica como deputado. O PSD apresenta, esta tarde, nova candidatura: a deputada Assunção Esteves. A ser eleita como tudo indica, atendendo às reacções de vários partidos, será a primeira mulher a ocupar o cargo. Também isto é novo.

Esperanças...
Num contexto de gravíssima crise económica em que os portugueses são chamados a reinventar modos de ultrapassar este "cabo das tormentas", guiados pela esperança de o vencer, gostava:
- Que o interior do país entrasse na agenda política do governo, fosse valorizado e promovido;
- Que a educação encontrasse um rumo após a bagunça do consulado lurdista que a deixou pelas ruas da amargura;
- Que, em tempos tão difíceis, merecesse todo o empenho a segurança de pessoas e de bens que se tem deteriorado a olhos vistos;
- Que o bem comum prevalecesse clara e distintamente sobre os interesses de lobbis e poderes instalados. Um sinal claro poderia ser dado, por exemplo, no campo da medicina - campo em que o país é manifestamente carente - abrindo mais escolas para a formação de muitos mais médicos.
- Que, como falou o primeiro-ministro no discurso de posse, os pobres, desempregados e aflitos fossem totalmente incorporados na carruagem nacional.
- Que a verdade marcasse sempre a relação entre governantes e governados. Chega de anos de demagogia!

André Villas-Boas já não é o treinador do Porto

Um antigo dirigente desportivo dizia que, no futebol,  "o que hoje é verdade amanhã é mentira". Só no futebol? Não será o futebol uma caixa de ressonância da sociedade?
Villas-Boas, referindo-se ao Futebol Clube do Porto, dizia: «Por mim, ficarei neste clube para sempre» e falava na sua "cadeira de sonho". Afinal um ano após ter entrado no clube, sai para o Chelsea! O dinheiro, o prestígio, a aventura, a glória desportiva falaram mais alto do que a palavra dada, o amor jurado e o fervor clubístico. No aspecto dos valores estamos conversados...
Havia um contrato assinado entre treinador e clube com uma cláusula de rescisão. O que quer dizer que, no campo contratual, bastava que a cláusula fosse paga para que o contrato deixasse de vigorar. Foi o que aconteceu.

1. Penso que Pinto da Costa esteve bem. Apoiou até ao limite um treinador vitorioso, que pôs o Porto a jogar bem, valorizou activos, ganhou muitos títulos e era querido da massa associativa.
Não penso que o presidente portista tenha sido apanhado descalço, sem um plano B, como alguns comentaristas afirmaram.  Arguto, perspicaz e experiente, Pinto da Costa sabia que a rescisão poderia acontecer. O que representa para alguns colossos europeus uma cláusula de 15 milhões de euros!??? Portanto, "alguma na manga ele já teria"...
Não deixa de ser significativo que a imprensa tenha dado destaque a uma reunião entre Pinto da Costa e Antero Henriques num hotel do Porto durante a manhã de ontem. Foi um claro sinal que quis passar para os adeptos de que ele estava ao leme da situação, transmitindo uma mensagem de segurança.

2. Segundo se ouve,  Villas-Boas levará para o Chelsea algum ou alguns jogadores portistas. Fala-se em Falcão, Moutinho e Fernando, todos eles com altas cláusulas de rescisão. Mas também aqui não se põe o problema, pois dinheiro é coisa que não falta ao dono do clube inglês. Doi-me sobretudo a partida de Falcão e de Moutinho, caso se venham a verificar. Jogadores fantásticos!
Mas o Porto já viu partir grandes jogadores e continuou a ganhar. A Pinto da Costa se aplica o ditado: "Perna quebrada e emendada, não é quebrada". Já há certamente alternativas bem estudadas...

3. Quem será o novo treinador portista? Na comunicação social desfilam nomes e hipóteses várias. Estou sereno, pois o presidente normalmente escolhe bem. Por isso, não arrisco nenhum nome. Aguardo confiadamente.

4. Embora discordando profundamente da postura ética de Villas-Boas, não esqueço o formidável ano desportivo que proporcionou aos adeptos portistas. Por tal, o meu agradecimento. E que seja feliz na nova etapa da sua vida.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A Rita da Abília

No contexto do tempo e do lugar, a família do Florindo e da Abília era abastada, unida e alegre. Foi a primeira família da terra onde entrou um gira-discos e a primeira a possuir um automóvel. Do seu casamento nasceram quatro filhos, dois rapazes e duas raparigas.
Tirando o anoitecer em que daquele lar saía o murmúrio da oração do terço e o merecido descanso nocturno solicitado pelo árduo trabalho diário, os restantes momentos do dia eram de boa disposição naquela família.
- Parece o palácio do riso! - comentavam alguns que ouviam as gargalhadas ao passar na rua.
- É a boa consciência que os põe assim! - sentenciavam outros.
Havia ali algo que saía dos parâmetros normais. Muito unidos, mas com imenso respeito pela liberdade de cada um, o que provocava interrogações ao comportamento estandartizado da terra.
- A tua mãe deixa-te sair sozinha com o teu namorado? - perguntava a velha da Rua dos Alguidares à Rita, sempre atenta aos desvios dos mais novos, porque "o perigo está em todo o lado".
- Ó tia Lúcia, se eu não me guardar, ninguém me guarda! Esteja descansada que eu sei o que faço...

Entre os quatro irmãos, a Rita era a mais dada, a mais respeitada, a mais alegre e a mais disponível para ajudar.
Era preciso dar injecções em pessoas ou nos animais? Era à Rita que se recorria. Era preciso começar os cantos na Missa? Era a Rita que o fazia. Havia um casamento ou uma festa  na aldeia? Era à Rita que se pedia que orientasse as coisas.
Ela era a "filha do povo", o "ai-Jesus" da povoação. Podiam estar os homens na taberna, a jogar, a beber e a conversar, mas se a Rita entrava para dar algum recado ou efectuar compras, os chapéus desciam nas cabeças, ouvindo-se mal fosse avistada: "Senhores, cuidado, vem aí a Ritinha!" E as línguas travavam a fundo para não sujar a "nossa linda menina".
Ao domingo à tarde, os filhos da Abília animavam a festa na eira. O mais velho tocava acordeão, onde rufavam as "modinhas" que o povo tanto apreciava. A Rita não parava um instante. Ora se juntava aos irmãos a cantar, ora redopiava pela eira numa dança elegante e irrepreensível.
Nunca o festival acabava, já Sol entradote, sem que o povo lhe pedisse:
- Menina, um fadinho da Amália! E a voz saía, profunda, sentida, linda, sãzinha. O povo estremecia e umas lágrimas comovidas banhavam as caras enrugada das velhas, para tudo terminar com uma acalorada e calorosa salva de palmas.
Se no calor da festa, chegava aos seus ouvidos algum palavrão de algum rapaz mas inadvertido, a Rita aparecia:
- Zé, doem-te os dentes!?
- Desculpa, Rita, foi sem querer...
Nos momentos mais lancinantes da vida, era a ela que as pessoas se dirigiam.
- Pai, é preciso que pegue no carro e vá  levar a Ana Biscoiteira ao hospital.
- Mas, Rita, o trabalho? E a despesa com a gasolina?
- Pai, desta vida só levamos o que damos, nunca o que temos!
E Florindo atirava com a sachola para o lado e lá ia à garagem pegar no carro para prestar auxílio à doente.
Pela estrada de terra batida, esburacada pela inclemência do Inverno ou pelos chiantes carros de bois, o pobre do veículo parecia um saltimbanco, fazendo o estômago vir às portas da boca várias vezes e pondo a cabeça a jogar ping-pong com o tecto. O que levava sempre a Rira a exclamar quando chegavam ao hospital:
- Se ainda não morreu da doença nem das aflições do carro, de certeza que tem cura!

Uma coisa a Rita não suportava: falar ou ouvir falar mal de alguém.
- Preciso dos ouvidos e da língua para coisas bem mais importantes! - comentava com ar sério sempre que alguém a sondava para a má língua.

domingo, 19 de junho de 2011

A AMIZADE SENTE-SE NA PRESENÇA E TESTA-SE NA AUSÊNCIA

«Poucas amizades subsistiriam se cada um soubesse aquilo que o amigo diz de si nas suas costas».
Assim escreveu (perspicaz e magnificamente) Blaise Pascal.
 
Fonte: aqui

sábado, 18 de junho de 2011

Repensar juntos a pastoral da Igreja em Portugal

Eis os resultados da sondagem "Repensar juntos a pastoral da Igreja em Portugal", publicada neste blog:

- Existe muita dificuldade em reparar nos sinais de Deus na nossa sociedade: 45%



- A Igreja não está devidamente atenta aos desafios que a sociedade lhe coloca: 18%


- É insuficiente o contributo que os cristãos oferecem à sociedade: 27%

- A Igreja precisa de dar aos leigos o lugar que lhes pertence: 27%


- Está mais que na hora de os leigos descobrirem que também são Igreja: 36%


- A Igreja deve ser mais pro-activa e menos reactiva: 36%


- Existe uma grande dificuldade em a Igreja fazer passar hoje a Mensagem Cristã: 54%

- Algumas leis da Igreja estão absoletas: 63%

Obrigado a todas as pessoas que  participaram. Colaborar é também ser solidário.
Pedimos a colaboração dos estimados visitantes na sondagem que está actualmente em curso, ao fundo da página.

Um ciclo de especialistas

Pedro Passos Coelho fez um Governo em tempo recorde, jovem e de pendor marcadamente técnico. O traço mais sintomático está no núcleo de Finanças e Economia.

Vítor Gaspar e Álvaro Santos Pereira são dois reputadíssimos técnicos mas resta saber, como sempre nestas coisas, que capacidade política têm para gerir uma conjuntura de dificuldades inauditas em matéria de contas públicas, crescimento e desemprego. Têm, porém, a enorme vantagem do conhecimento, da juventude e da energia necessárias para enfrentar a missão. Também na Saúde, com Paulo Macedo, e na Educação, com Nuno Crato, estão ministros de capacidade técnica comprovada. Macedo é um gestor de créditos firmados tanto no sector privado como no público e Nuno Crato tem uma visão da educação exterior aos habituais lobbies do sector.
Num plano mais político, regista-se a escolha de Paula Teixeira da Cruz para a Justiça e de Miguel Macedo na Administração Interna. O Governo mantém a Justiça entregue a uma pessoa do sector mas com uma visão crítica sobre vários aspectos corporativos e Miguel Macedo é exterior aos tradicionais grupos de interesses da área da segurança interna.
No essencial, estamos perante um Governo que promete grande capacidade executiva e que, nesse sentido, é um executivo de esperança. Terá um pequeníssimo estado de graça por força das circunstâncias económicas e sociais mas espera--se que, pela capacidade de diálogo e de aceitação da crítica construtiva, da afirmação ética e da transparência, represente também aí uma efectiva mudança de ciclo.
Fonte: aqui

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Conheça os ministros do novo governo

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, apresenta hoje a equipa ministerial do XIX Governo Constitucional assente numa coligação parlamentar PSD/CDS-PP ao Presidente da República, Cavaco Silva.

Estes são os nomes apontados para o novo Governo:
  • Primeiro-ministro : Pedro Passos Coelho
  • Ministro dos Negócios Estrangeiros: Paulo Portas
  • Ministro das Finanças: Vítor Gaspar
  • Ministro da Economia: Álvaro Santos Pereira
  • Ministro da Defesa Nacional: José Pedro Aguiar Branco
  • Ministro da Administração Interna: Miguel Macedo
  • Ministro da Justiça: Paula Teixeira da Cruz
  • Ministro da Agricultura, Território, Mar e Ambiente: Assunção Cristas
  • Ministro dos Assuntos Sociais: Pedro Mota Soares
  • Ministro da Saúde: Paulo Macedo
  • Ministro da Educação e Ensino Superior: Nuno Crato
  • Ministro dos Assuntos Parlamentares e Desporto: Miguel Relvas
Fonte: aqui

Não merecem os idosos mais respeito e mais compreensão?

"De velho se volta a menino", diz o povo.
Os anos não perdoam e, com a velhice, vão-se perdendo faculdades, a paciência e a capacidade de compreender os novos tempos. As pessoas tornam-se mais queixinhas, a solidão e os achaques tornam-nas mais fechadas e menos compreensíveis. Claro que gente não é uma equação matemática e, por isso, nem todos os idosos são assim.


Pelo facto de ser padre, não deixa de ser gente e, como tal, estar sujeito ao desgaste do tempo.
Vem isto a propósito de alguns casos de sacerdotes idosos, ainda em pleno exercício pastoral, que têm estado sob os holofotes da comunicação social por algumas atitudes e comportamentos que lhes são atribuídos.
Acrescento que, devida à falta de vocações sacerdotais, muitos padres têm de prolongar, para além do razoável, o tempo de serviço às comunidades. Os bispos não têm sacerdotes suficientes para atender às necessidades das comunidades e vão assim insistindo junto dos sacerdotes idosos para continuarem no exercício pastoral.


É estranho! Se num lar ou numa família um idoso não é bem tratado, apesar da perda de capacidades, a comunicação social cai em cima desse lar ou dessa família. Mas se é um idoso sacerdote que tem falhas, a esse ninguém perdoa e a comunicação social  vem em cima dele ao ritmo de uma pistola automática!!!
Que razoabilidade há nessa posição da comunicação social??? O gosto doentio de explorar as fraquezas da Igreja?  Quem comanda (que forças ocultas?) esta exploração da velhice sacerdotal?


Muitos cristãos dão, neste aspecto, um triste espectáculo!  Que tolerância demonstram face à velhice de quem os serviu durante décadas? Que respeito demonstram face a quem deu a sua vida em prol das comunidades? O idoso, pelo facto de ser padre, não tem direito às reguilices da velhice? Não é gente como os demais idosos? Não somos todos feitos do mesmo barro"?
A Igreja não é formada pelos melhores, mas por aqueles que procuram fazer o seu melhor...

Entretanto, se não há padres para os atender, os cristãos barafustam, protestam, queixam-se. Mas depois usam-nos como "descartáveis" - 'É velho, deve ir-se embora? - ouve-se. Enfim, zero cristianismo em atitudes destas!!!


É verdade que os bispos devem estar muito atentos e proporcionar aos sacerdotes idosos uma vida mais serena, sem o stress que os afazeres sacerdotais hoje causam. Mesmo quando estes insistem em continuar! Porque é a dignidade da pessoa humana que está em causa.


Há que promover a formação laical e os ministérios laicais. Há muitos serviços  que pertencem aos leigos e que, normalmente por demissão destes, são desempenhados pelos padres.
Que tem o padre a ver com obras, restauros, contas, etc? ESTAS COISAS NÃO PERTENCEM AOS LEIGOS!

Queimadas no Verão? Informe-se

Fonte: aqui

quinta-feira, 16 de junho de 2011

"Maioria para a Mudança’ é nome do acordo político celebrado entre o PSD e o CDS

PSD e CDS querem reformar trabalho, impostos, segurança social e justiça
 
Passos Coelho e Paulo Portas assinaram o acordo de governação, intitulado «Maioria para a Mudança». Lado a lado, os líderes do PSD e CDS assinaram cada folha do acordo perante os jornalistas, às 12h20. Um acordo em que se afirma o propósito de fazer as seguintes reformas:
- Concorrência, «e respectivos reguladores»
- Mercado de trabalho, «viabilizando a empregabilidade e a contratação»
- Mercado de arrendamento, «promovendo a mobilidade, a reabilitação urbana e a diminuição do endividamento das famílias»
- Sistema fiscal, «valorizando nomeadamente o trabalho, a família e a poupança»
- Segurança Social, «garantindo a sua sustentabilidade, a solidariedade inter-geracional e a progressiva liberdade de escolha, nomeadamente dos mais jovens».
- Justiça, «tendo em vista a obtenção de decisões mais rápidas e com qualidade, tornando-a num estímulo ao desenvolvimento económico e ao investimento. Será prioridade do próximo Governo a recuperação da credibilidade, eficácia e responsabilização do sistema judicial».

Aumentar a poupança, reduzir o endividamento externo, «exportar mais e melhor e depender menos das importações, através de políticas adequadas de ajustamento macroeconómico e reforçando a inovação» são alguns dos outros objectivos inscritos no acordo.

Relevado é também o empreendedorismo, uma «acção externa coerente» e uma nova política energética.

O papel da iniciativa privada é considerado «insubstituível», merecendo as PME uma «atenção especial». Para tal, o Governo adoptará «políticas que contribuam para o aumento da sua produtividade e competitividade». Em termos educativos, tais políticas implicam a aposta no ensino técnico-profissional e a «formação contínua no mundo empresarial»

Outra aposta são os «novos sectores estratégicos», designadamente os que «têm maior impacto nos bens transaccionáveis, dando a devida prioridade à agricultura e florestas, à economia do mar e das pescas, ao turismo e à cultura, sem descurar todos os restantes sectores que contribuam para o aumento da capacidade exportadora». Os dois partidos reforçam a ideia que as exportações serão «críticas no curto e médio prazo para a criação de postos de trabalho e para o aumento do rendimento».

Outro ponto salientado é o da situação social do país, sendo manifestado o propósito de evitar a exclusão social, «assegurando uma mais justa repartição dos sacrifícios, mediante uma ética social na austeridade que proteja em particular os grupos mais frágeis da sociedade, nomeadamente os pensionistas com pensões mais degradadas».

O acordo reitera a necessidade de travar e reduzir o endividamento do Estado e diminuir a sua despesa. E elenca a «redução de estruturas e dirigentes em todos os níveis do Estado e do seu sector empresarial», bem como o «reforço da independência e da autoridade do Estado, garantindo a não partidarização das estruturas e empresas da Administração e assegurando uma cultura de mérito, excelência e rigor».
Fonte: aqui

Leia aqui o acordo do PSD e CDS/PP na íntegra.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Lei do aborto tem sido administrada ao "Deus dará"

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) considerou hoje, em Fátima, que a lei que despenaliza a interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas tem sido facilitada e administrada ao "Deus dará".
"A própria lei não tem sido cumprida, tem sido facilitada, tem sido administrada um bocado ao Deus dará", disse aos jornalistas o cardeal-patriarca, José Policarpo, quando questionado com as declarações do líder do PSD e futuro primeiro-ministro que admitiu, no decurso da campanha eleitoral, que o diploma pode "ter ido um pouco longe demais".
Reiterando a oposição da Igreja Católica à lei, com a qual não se identifica por estar "em questão o aspecto sagrado da vida", o responsável exemplificou que o "aconselhamento prévio da mulher que pede o aborto e que está claramente previsto na lei não tem sido feito".
O patriarca de Lisboa apontou ainda o caso de mulheres que "fazem abortos várias vezes", esclarecendo que, no seu entender, "na lógica da governação, não é preciso pôr em questão a lei, ou seja, dizer 'vamos fazer outra lei para exigir que esta lei seja cumprida com o mínimo de respeito pela pessoa humana e pela vida que ela inspira'".
O presidente da CEP garantiu que esta matéria não está no programa do episcopado português, admitindo mesmo dúvidas sobre se "há condições políticas para isso". José Policarpo reconheceu, contudo, dando o exemplo de outros países, que "essas leis fraturantes nunca estão definitivamente resolvidas, podem sempre retomar, vir ao de cima em circunstâncias novas".
"Estaremos atentos se as circunstâncias surgirem, mas não nos compete a nós tomar iniciativas nesse campo", acrescentou o cardeal-patriarca.
Fonte: aqui

terça-feira, 14 de junho de 2011

Portugal não aproveita todo o sangue recolhido

Neste Dia Mundial do Dador de Sangue,  veio a público a notícia de que metade do sangue recolhido em Portugal é destruído, devido à falta de uma unidade de processamento de plasma.

O responsável pelo IPS confirmou esta situação que já se prolonga há dez anos, justificando-a com os sucessivos atrasos num concurso, ao qual recorrem as indústrias farmacêuticas que podem fraccionar esta componente do sangue.

Enquanto esta questão não se resolver, o País é obrigado a pagar anualmente 70 milhões de euros pela aquisição deste produto ao estrangeiro.
Fonte: aqui

Enfim, Portugal em todo o seu esplendor!...

Sejamos sempre o ponto final de qualquer comentário infeliz…

As 3 Peneiras

Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
- Três peneiras? Que queres dizer?
- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
- Devo confessar que não.
- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?
- Útil? Na verdade, não.
Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.
Moral da História: Da próxima vez que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo destas 3 peneiras: Verdade, Bondade e Utilidade, antes de obedecer ao impulso e passa-lo adiante!
“O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias.” (Provérbios 21:23)
Pense nisso...

Fonte: aqui

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Provérbios sobre Língua

"Língua comprida, mentira maior."
"Língua ajuizada é sempre moderada."
"Língua comprida, faz a vida curta."
"A língua não tem osso, mas quebra ossos."
"A língua dum praguento é pincel do demónio."
"Língua comprida é sinal de mão curta."
"Cuidado para que a língua não te corte a cabeça."
"A língua não é de aço, mas corta."
"A língua malvada corta mais que a espada."
"A língua dos homens é a sua espada."
"Mais fere a língua do adulador que a espada do perseguidor."
"A língua tem poder de vida e de morte."
"Dobra a língua sete vezes, antes de proferir qualquer palavra."
"Língua do maldizente e ouvido do que ouve, são irmãos."
"Não diga a língua o que pague a cabeça."
"O escorregar da língua é pior do que o do pé."
"A língua enganosa não ama a verdade."
"Não há veneno pior que o da língua."
"Dar com a língua nos dentes."
"A língua fala à custa da cabeça."
"Tudo se lava, menos a má língua."
"Língua não tem osso."

O amor faz a diferença.

Obrigação sem amor só desgosta;
Obrigação por amor dá constância.

Responsabilidade sem amor faz agir sem brandura;
Responsabilidade por amor produz solicitude.

Justiça sem amor é dureza de coração;
Justiça por amor incute confiança.

Educação sem amor suscita contradição;
Educação por amor dá paciência.

Inteligência sem amor torna manhoso;
Inteligência por amor torna compreensivo.

Amabilidade sem amor é apenas hipocrisia;
Amabilidade por amor é bondade.

Ordem sem amor torna mesquinho;
Ordem por amor torna magnânimo.

Competência sem amor torna capcioso;
Competência por amor torna digno de confiança.

Poder sem amor torna violento;
Poder por amor dispõe a ajudar.

Honra sem amor torna altivo;
Honra com amor torna modesto.

Posse sem amor torna avarento;
Posse por amor torna generoso.

Fé sem amor torna fanático;
Fé por amor torna pacífico.
 
Fonte: aqui

domingo, 12 de junho de 2011

Boa Semana!

Crianças até aos 17 anos são o grupo mais vulnerável à pobreza

Um estudo encomendado pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, apresentado no Dia Mundial da Criança, mostra que as crianças até aos 17 anos são o grupo mais vulnerável à pobreza, tendo ultrapassado o dos idosos.
Segundo esse estudo, uma em cada quatro crianças (23 por cento) estava, em 2009, inserida em famílias com rendimentos abaixo do limiar de pobreza; 27 por cento viviam uma situação de privação. E mais de uma em cada dez (11,2 por cento) acumulava a forma mais gravosa de pobreza – estava em privação e, ao mesmo tempo, os seus agregados dispunham de rendimentos abaixo do limiar de pobreza.
Os dados mostram que 23 por cento das crianças vivem em alojamentos superlotados e que cinco por cento estão inseridas num agregado que não faz uma refeição de carne ou peixe (ou equivalente vegetariano) pelo menos de dois em dois dias. E não faz porque não tem dinheiro
.
Fonte: aqui

Portugal, século XXI: há escravos levados das Beiras para Espanha

Ao passar por aqui, lembrei-me de Mário Soares quando refere o "direito à indignação."

Em pleno século XXI, portugueses escravizados por portugueses!

Quando o dinheiro toma conta do coração de uma pessoa, esta fica mais tisnada do que a serra devorada pelo fogo avassalante. Sobre os escombros de um coração queimado pelo poder do dinheiro, ergue-se toda a espécie de ervas daninhas: a insensibilidade, o desprezo pela dignidade da pessoa humana, o oportunismo,  a usurpação, o egoísmo, o roubo, a escravatura, a morte...
Gente que se aproveita de pessoas que, por uma razão ou outra, caíram nas margens da vida.
Gente  que, à semelhança da cobra que encanta o passarito para logo a seguir o devorar, faz promessas que encantam o vazio dos pobres para depois, como vampiros, os sugar até à última gota de sangue.
Mas quem assim procede será gente? Não serão fantoches mascarados pelo poder do tirânico dinheiro?

Esses monstros bandidos que escravizam pessoas para enriquecer a qualquer preço não deveriam ter penas adequadas à sua monstruosidade?
O cortejo da escravização do homem pelo homem escorre sob o olhar indiferente da sociedade actual:
- gente escravizada para a agricultura;
- gente escravizada para a prostituição;
- gente escravizada para a guerra;
- gente escravizada para o mundo da toxicodependência;
- gente escravizada para a extracção de órgãos
...

Até quando é que as sociedades vão permitir que o homem seja lobo do homem?

sábado, 11 de junho de 2011

Festas em Honra de São Pedro - Tarouca 2011

Veja aqui.

12 de Junho - Pentecostes

1. Pentecostes: "Vinde, Espírito Santo" - aqui

2. Oração ao Espírito Santo - aqui

3. SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO - aqui

4. "Sem o Espírito Santo, Deus fica longe..." - aqui

sexta-feira, 10 de junho de 2011

No dia 10 de Junho celebramos o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

  • Quando nasceu este feriado?O 10 de Junho nasceu com a República quando Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões.
    Camões representava o génio da pátria, representava Portugal na sua dimensão mais esplendorosa e mais genial e era este o significado que os republicanos atribuíam ao 10 de Junho.
     

  • O 10 de Junho, dia de Camões, começou a ser festejado a nível nacional com o Estado Novo, um regime instituído em Portugal em 1933, sob a direcção de António de Oliveira Salazar.
     

  • O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é pois um tributo à data do falecimento de Luís Vaz de Camões em 1580,  é utilizada para relembrar os feitos passados do povo lusitano E também os milhões de Portugueses que vivem fora do seu país natal.
  • António Barreto critica políticos e pede revisão constitucional

    António Barreto, presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do 10 de Junho, fez hoje um discurso fortemente crítico da classe política.

    Barreto começou por realçar aquilo que é novo e aquilo que não o é, na actual crise política: “Nada é novo. Nunca! Já lá estivemos, já o vivemos e já conhecemos. Uma crise financeira, a falência das contas públicas, a despesa pública e privada, ambas excessivas, o desequilíbrio da balança comercial, o descontrolo da actividade do Estado, o pedido de ajuda externa, a intervenção estrangeira, a crise política e a crispação estéril dos dirigentes partidários. Portugal já passou por isso tudo. E recuperou. O nosso país pode ultrapassar, mais uma vez, as dificuldades actuais. Não é seguro que o faça. Mas é possível”, afirmou, realçando de seguida os factores que de facto representam uma novidade no actual cenário internacional.

    “Tudo é novo. Sempre! Uma crise internacional inédita, um mundo globalizado, uma moeda comum a várias nações, um assustador défice da produção nacional, um insuportável grau de endividamento e a mais elevada taxa de desemprego da história. São factos novos que, em simultâneo, tornam tudo mais difícil, mas também podem contribuir para novas soluções. Não é certo que o novo enquadramento internacional ajude a resolver as nossas insuficiências. Mas é possível”, concluiu.

    Barreto passou então ao ataque à classe política, que culpa por não ter sido exemplo daquilo que exige aos cidadãos: “Novo é também o facto de alguns políticos não terem dado o exemplo do sacrifício que impõem aos cidadãos. A indisponibilidade para falarem uns com os outros, para dialogar, para encontrar denominadores comuns e chegar a compromissos contrasta com a facilidade e o oportunismo com que pedem aos cidadãos esforços excepcionais e renúncias a que muitos se recusam”.

    A estes políticos António Barreto pediu agora um maior esforço de diálogo: “Sem encenação medíocre e vazia, os políticos têm de falar uns com os outros, como alguns já não o fazem há muito. Os políticos devem respeitar os empresários e os trabalhadores, o que muitos parecem ter esquecido há algum tempo. Os políticos devem exprimir-se com verdade, princípio moral fundador da liberdade, o que infelizmente tem sido pouco habitual. Os políticos devem dar provas de honestidade e de cordialidade, condições para uma sociedade decente”.

    António Barreto terminou o seu discurso recordando com apelos aos portugueses e ao país para que aprendam a pensar mais nos seus filhos e a conciliar a eficiência e a qualidade, sugerindo ainda a necessidade de uma revisão constitucional a que, “cada geração tem direito”.

    António Barreto falou antes de Cavaco Silva tomar a palavra, nas comemorações do 10 de Junho, em Castelo Branco.

    Fonte: aqui

    quinta-feira, 9 de junho de 2011

    PRIMAVERA DE SONHO

    Corre o tempo ao seu ritmo
    Traz com ele as estações.
    Vem a primeira, a mais bela,
    A Primavera, e com ela,
    O renascer das emoções.

    Esta fresca Primavera,
    Fez desabrochar um botão.
    Fê-lo nascer, num jardim,
    Um cravo, tão belo assim,
    Alegrou meu coração.

    Toda a terra bateu palmas
    Ao vê-lo só, mas feliz.
    Parece um sonho da natureza
    Dando-lhe tão grande beleza...
    Deixai crescer o petiz.

    É o meu cravo de sonho,
    Vou dele bem cuidar.
    Ai da pequena libelinha!
    Se o magoar, pobrezinha,
    Disso, contas vais dar.

    Tudo brota com a Primavera,
    O que a natureza encerra.
    Deixai crescer o cravinho,
    Tornar-se forte, e fofinho,
    Ser o”fã”de toda a terra.

    Oh! como foi bom
    Nascer no meu lindo jardim!
    Uma fofa e rara flor,
    Nela, está a mão do meu Senhor
    Que a fez tão bela assim!



    É vermelha, cor do sangue
    Que nas veias corre sempre.
    Também ela, agora, faz parte
    Do engenho e da arte,
    Que se gera em cada ventre.

    É bonito, é um cravinho,
    Que de mim já faz parte.
    Falo com aquele petiz,
    Ele ri-se, contente e feliz
    E seu nome é «Duarte».

    Tenho que agradecer
    E deixar de ser ingrata.
    De tantas benesses receber
    Mesmo sem o merecer
    Para mim, melhor que ouro e prata.
     Isabel Seiceira Proença

    terça-feira, 7 de junho de 2011

    “Desenvolvimento económico e social ao alcance de todos”

    Qualquer sistema democrático deve ser caracterizado pela equidade e pela inclusão social de todos os cidadãos, e na situação em que vivemos isto não está a acontecer, antes pelo contráriosublinhou hoje a presidente da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC), Fátima Almeida, em declarações à Agência ECCLESIA.

    Fátima Almeida considera que o executivo que será liderado por Passos Coelho deverá ter como primeira prioridade “criar emprego, com salário justo, com condições de trabalho que dignifiquem as pessoas”.

    Aquela responsável recorda sobretudo os milhares de cidadãos com 45, 50 anos, que de repente, “ficaram sem emprego devido a uma má gestão económica levada a cabo por gestores e políticos”, e que agora “muito dificilmente irão conseguir voltar ao mercado de trabalho”.
    “É importante que, no esforço de reduzir despesas, não se cortem de qualquer forma os apoios sociais a essas pessoas, que têm servido de almofada para a crise que atravessam”, avisa a líder da LOC.

    Fonte: ecclesia

    Conheça o partido que mais gastou na campanha eleitoral

    O Económico fez as contas para ver qual o partido que mais gastou na campanha por cada voto que recebeu este domingo.
    O Bloco de Esquerda foi o partido que mais pagou por cada voto, enquanto a CDU foi quem pagou menos.
    Com uma campanha de 1,99 milhões de euros, cada voto do PSD custou 0,92 cêntimos.
    Já o PS fez a campanha mais cara, no valor de 2,2 milhões de euros, e teve os segundos votos mais caros, com um valor de 1,41 euros.
    Os 700 mil euros que o CDS destinou para a campanha resultaram em 1,07 euros por voto.
    A CDU foi quem pagou menos pelos seus votos, já que gastou 100 mil euros na campanha, o que se traduziu em 0,22 euros.
    Em sentido oposto, o Bloco foi quem mais pagou pelos seus votos, já que gastou 704,8 mil euros na campanha, o equivalente a 2,44 euros por cada voto.
    Fonte: aqui

    segunda-feira, 6 de junho de 2011

    Porreiro, pá!

    Foi bonita a festa. Falaram vencedores e vencidos. Não falaram os responsáveis pelas sondagens. Onde se terão metido eles? Nas últimas semanas, só havia ‘empates técnicos’. Ou, quando muito, uma vantagem de 4 ou 5 pontos do PSD sobre o PS.

    A noite de ontem terminou com o dobro dessa vantagem. Um conselho: os responsáveis pelas sondagens deviam telefonar ao engº Sócrates e combinar com ele umas merecidas férias. Os portugueses não terão saudades desta gente tão cedo. Mas terão saudades do Portugal que conheceram nos últimos anos: um país de festa permanente, onde era possível viver a crédito. Sim, Passos Coelho venceu; a direita tem maioria no Parlamento; mas o país está falido e, para continuar à tona, precisa de fazer em poucos meses o que foi incapaz de fazer em 37 anos de democracia. Isto só se consegue com uma competência e uma determinação invulgares; e nem assim é garantido que regressemos ao mundo dos vivos. Ainda está por provar que a nossa dívida colossal será paga com uma mistura de mais dívida e mais austeridade. E o nosso destino está também intimamente ligado ao destino da União Europeia, do euro e dos nossos parceiros : a Grécia, a Irlanda, até a Espanha. Se eles afundam, afundamos todos.
    João Pereira Coutinho, in Correio da Manhã

    NÃO HAVIA NECESSIDADE

    O momento foi quase surreal e o incómodo tornou-se evidente.

    Estava o ainda primeiro-ministro a responder a perguntas após ter anunciado a sua demissão, quando uma jornalista o confronta com a possibilidade de vir a ser envolvido em processos judiciais.

    Os apupos foram sonoros e a perplexidade notória.

    Acresce que a jornalista era da emissora católica portuguesa.

    Confesso que até eu me senti arrepiado.

    É preciso ter um sentido de oportunidade naquilo que fazemos.

    Percebe-se que haja curiosidade quanto ao futuro dos políticos, mas importa ter uma noção dos limites.

    Aceita-se que a função da comunicação social seja incomodar, mas a daí a provocar vai uma grande distância.

    Independentemente da valoração da acção e do perfil do político em apreço, dava para ver que aquele não era um momento fácil.

    Um político é, antes de mais, um ser humano.

    Que estas atitudes sejam tomadas por alguém em nome de uma emissora católica só faz aumentar o grau de preocupação.

    Não havia necessidade.

    Fonte: aqui

    Ainda não conhece os resultados eleitorais?

    Quer saber os resultados de cada partido a nivel nacional, do concelho de Tarouca, da freguesia de Tarouca?

    A nível nacional: aqui
    A nível do concelho de Tarouca: aqui
    A nível da freguesia de Tarouca: aqui

    OS PORTUGUESES FORAM ÀS URNAS

    Eleições legislativas em 5 de Junho. O PSD foi o grande vencedor e o seu líder, Passos Coelho, será o próximo Primeiro-Ministro.
    No discurso de vitória, pronunciado num tom sereno porque a crise não é para brincadeiras, Passos Coelho deixou a garantia de que o seu Executivo tudo fará para honrar o compromisso assinado com a troika. Fez uma clara alusão à possibilidade de aliança com o CDS para governar o país. «Farei todos os esforços para tão rápido quanto possível garantir ao país um governo de maioria liderado pelo PSD»

    O PS saiu fortemente penalizado desta disputa eleitoral e o seu líder, José Sócrates, demitiu-se na noite eleitoral de Secretário Geral do PS e de todas as funções partidárias.

    Num pais de quem se diz possuir uma maioria sociológica de esquerda, o eleitorado deu a maioria absoluta ao centro-direita - PSD e CDS (50,37%), enquanto os partidos de esquerda com assento parlamentar - PS, CDU e BE não foram além de 41,18%. 

    Notava-se uma saturação do governo Sócrates e ainda muito mais deste. O eleitorado quis dar um sinal claro de mudança. Talvez guidado pelo provérbio que diz: "Quem se muda, Deus ajuda".

    Oxalá que os novos governantes tenham aprendido a lição de como não se deve governar. Que as asneiras sucessivas de Sócrates lhes indiquem o caminho novo a percorrer, conjugando verdade com firmeza, diálogo e abertura com projectos a seguir.
    Cá estaremos para apoiar o que for de apoiar, para discordar no que for de discordar.

    Pessoalmente agradam-me  ideias do CDS quanto a educação (que Maria de Lurdes Rodrigues deixou num caos), segurança e agricultura.
    Gostei de ouvir falar Passos Coelho durante o discurso de vitória de  estado social, de preocupação com os mais frágeis. Gostei ainda do clima de realismo, de não euforia, de abertura a outros partidos e à sociedade   por parte  dos líderes do centro-direita em ordem a serem vencidas as condições de crise que nos apoquentam.
    Oxalá consigam!
    Oxalá consigamos!