sexta-feira, 30 de abril de 2010

Número bonito!

Neste momento - 0.42 horas - o contador assinala 44444 visitantes! Giro.
Eu sei que só instalei o contador um ano e três meses após ter criado o blog (6-4-07). Mas é um número de visitantes significativo.
Obrigado pela visita amiga.

Hino dos jovens para Bento XVI

MAIO, MÊS DE MARIA - NA ESOLA DA MÃE

Na escola de Maria - veja aqui.

Bento XVI em Portugal: Todas as escolas públicas fechadas no dia 13 de Maio

Todas as escolas públicas vão encerrar no dia 13 de Maio, devido à tolerância de ponto concedida pelo Governo por ocasião da visita do Papa Bento XVI, disse hoje à Lusa fonte oficial do Ministério da Educação.

Assim, encerrarão as escolas públicas de todos os níveis de ensino no dia 13 de Maio, bem como as de Lisboa na tarde de dia 11 de Maio e as do Porto na manhã de 14 de Maio, alturas em que o Papa visitará estas cidades.

O Governo decidiu dar tolerância de ponto a todos os trabalhadores da Administração Pública no dia 13 de Maio, estando ainda dispensados os funcionários públicos na tarde do dia 11 de Maio em Lisboa e na manhã do dia 14 no Porto.

Também na última visita de João Paulo II a Portugal, em 2000, as escolhas fecharam. Hospitais, tribunais, finanças e outros serviços públicos vão ter apenas os serviços mínimos garantidos.
http://noticias.sapo.pt/especial/bentoxvi_portugal/info/artigo/1061739.html

1 de Maio - Dia Mundial do Trabalhador






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Celebra-se, no dia 1 de Maio, o Dia Mundial do Trabalhador. E porquê este dia?
Em 1886, teve lugar, nas ruas de Chicago, uma manifestação de traba­lhadores para reivindicar a redução do horário de trabalho para oito horas di­árias. Teve início nesse dia, nos Estados Unidos, uma greve gera. No dia 3 de Maio, houve um pequeno levantamento e, a 4 de Maio, nova manifestação que terminou com o lançamento de uma bomba para o meio das forças policiais que procuravam dispersar os manifestantes, tendo morrido sete agentes. Es­tes ripostaram e mataram doze pessoas, ferindo várias dezenas.
Passados três anos, a 20 de Junho de 1889, por proposta de Raymond Lavigne, a Internacional Socialista propôs que se realizasse anualmente uma manifestação para lutar pelo estabelecimento das oito horas de trabalho por dia. A data escolhida foi o dia 1 de Maio. Assim foi sucedendo anualmente, mas todos os anos havia confrontos entre os manifestantes e as forças da ordem, morrendo nos confronto muitos manifestantes e agentes.
Em 1919, o Senado Francês ratifica o dia laboral de oito horas e proclama feriado, nesse ano, o dia 1 de Maio.
Cabe-nos agora perguntar: tinham razão os trabalhadores? De facto sim, pois o homem não é uma máquina laboral, porque foi criado à imagem e semelhança de Deus, com a missão de continuar, de certo modo, a obra da Criação. Assim podemos ler no Génesis, capítulo 2, versículo 15, que o homem foi criado ut operaretur - para trabalhar.
Mas o pensamento de Deus tem de ser respeitado e, assim, o homem não pode nem deve esquecer "o Deus das coisas, para se entregar, em cheio, às coisas de Deus" - quer dizer: não pode fazer do trabalho uma escravidão, esquecendo Deus.
Mas, muitas vezes, infelizmente, não é o homem que se escraviza com o trabalho, mas outros que o escravizam. É frequente termos conhecimento de empregadores que não respeitam os contratos de trabalho, ou que mesmo os omitem, obrigando os trabalha­dores a trabalhar sem garantias, nem segurança, nem dignidade. Basta olhar para o que se passa entre nós com os imigrantes, e o que se passa no estran­geiro com os nossos emigrantes (e não só, mas quero referir os nossos).
Já no século XIX começaram a apa­recer problemas criados pela industria­lização, a ponto de rapidamente o Papa Leão XIII ter dado conta do conflito que se estava a desenhar entre 'o mundo do capital e o do trabalho'; vindo a terreiro coma Encíclica Rerum Novarum, de 15 de Maio de 1891.
Os trabalhadores ainda agora continuam a lutar pelos seus direitos, só que muitas vezes não o fazem da melhor forma. Abandonam, se é que chegam a começar, as negociações, para recorrer de imediato à greve, lançando muitas vezes o caos nas empresas. Ac­tualmente, em tempo de crise, deviam unir esforços - empregados e empre­gadores - para vencer a crise. Todos se deviam empenhar no bem comum e não esquecer o que diz a Doutrina Social da Igreja - a solidariedade é uma "virtude" e assim "todos nós somos ver­dadeiramente responsáveis por todos" (cfr. Solicitude Social da Igreja de João Paulo II).
Pelo que dissemos, pode parecer que o dia 1 de Maio é um dia de luto, quando ele só começou por ser um dia de luta. É actualmente um dia de festa e os Movimentos Operários da Acção Católica costumam celebrá-lo como "Dia da Solidariedade":
A Igreja, sempre atenta ao que se passa no mundo, não se alheou deste facto e quis dar a este dia uma dimensão de fé. Para isso, o Papa Pio XII, em 1955, instituiu a Festa de S. José Operário, que se celebra, cada ano, a 1 de Maio.
Maria Fernanda Barroca, in Jornal da Beira

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Auto-estrada Coimbra-Viseu não será suspensa.

O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, disse que a auto-estrada Coimbra-Viseu é considerada prioritária, e, por isso, impossível de travar. Todas as outras auto-estradas do Centro serão suspensas. É o custo da crise...

"As razões de Bento XVI": conhecer o Papa

Quem é o Papa que visita Portugal em Maio? Como chegou a Papa e que marca pode deixar na Igreja Católica? A jornalista Aura Miguel tenta dar resposta a estas questões no novo livro “As razões de Bento XVI".

Veja aqui.


As revoluções são quase sempre um favor de Deus ao mundo

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Revolução Francesa
De França, chegavam entretanto notícias de sangue e de tumulto e ideias subversivas. No mesmo saco, para abanar e deitar fora, metiam os corifeus da revolução a monarquia, a fidalguia e a clerezia. O mundo antigo, feito de grandezas e privilégios em convivência pacífica com opressões e misérias, tudo a coberto de uma Fé ancilosada e instalada, estava gasto pelo tempo e já cheirava a podridão. As revoluções são quase sempre um favor de Deus ao mundo. O maior problema das pessoas nunca foi, nem alguma vez virá a ser, a dor, o sofrimento ou a morte. A maior desgraça é quando se deixa de sonhar: quando as águas param no lago e se transformam em pântano, ou quando o sol se esconde atrás do horizonte e as estrelas não se acendem nas alturas.
Nesses dias de fausto e de grandeza, de acomodação e bem-estar, alguém havia de entrar nas catedrais para purificar os crentes, aceder aos mosteiros para sanear os libertinos e subir às cortes para zurzir as injustiças. Era preciso, mesmo à custa de muitos gritos e algum sangue, remexer consciências hipnotizadas e queimar florestas secas, quase moribundas. Deus só pode ser servido "em espírito e verdade". O céu não pode ser a bandeira que se desfralda para calar a boca dos que sofrem. A terra também tem que ser um pouco de céu, onde haja justiça, igualdade e pão para todos.

Joaquim Correia Duarte, in AS MONJAS DE PORTEJÃES

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Em vez do futebol, se lhe desse para a política...

Mourinho vai estar pela 2ª vez numa final da Champions. Na 1ª, à frente do FCPORTO, ganhou. Agora, veremos o que faz o seu Inter frente ao Bayern no mítico estádio Santiago Bernabéu.
Quem sabe se não será a próxima casa, já que se fala dele como futuro treinador do Real Madrid...

Goste ou não da sua maneira de ser e de estar na vida - ninguém agrada a toda a gente - Mourinho é um vencedor. Nem sempre o futebol que as suas equipas praticam é de regalar, de encantar, de seduzir. Mas é eficaz, letal, produz resultados. Seja em Portugal, na Inglaterra ou em Itália.

Era isto mesmo que o país precisava. De políticos, empresários, gestores, juízes, sindicatos, altos quadros, trabalhadores... à Mourinho.
Mourinho traça metas, estuda convenientemente as estratégias que refaz quando é preciso, avalia os recursos e não se desvia. Cada adversário é minuciosamente estudado.
Lembro-me que um antigo jogador seu referia que Mourinho lhe indicava o tipo de finta que deveria fazer diante do adversário que iria defrontar no jogo seguinte. Lembro que o próprio Mourinho dizia que determinada execução de um livre que deta em golo a havia aprendido com o treinador de uma equipa rival.
Depois é um motivador nato. Sabe insuflar dinâmicas de vitórias em continuidade em jogadores e adeptos. As suas conferências de imprensa são sempre muito apreciadas - mesmo por aqueles que o detestam - por aquilo que diz para dentro e para fora e por aquilo que deixa no ar...
Determinado, consequente, aberto à aprendizagem, mobilizador, vencedor.

Com políticos do timbre de Mourinho, lhes garanto que Portugal não estaria na grave crise em que se encontra. De certeza.

É o culto do parecer!

Antes de o País se afundar, já a mentalidade portuguesa bateu no fundo! Vive-se a política do subsídio: na cultura, na arte, no desporto, na imbecilidade, na política, na economia...
Uma mulher engravida a partir dos 3 meses já a criança é subsidiada pelo Estado, paga-se um rendimento mínimo e os que o recebem nada fazem em prol da comunidade quando deviam trabalhar em Câmaras, Juntas de Freguesias, Escolas...
A Escola primária dá livros, cadernos, lápis, botas, sapatilhas, computador e alimentação- para toda a gente, necessite ou não. Não há triagem. Para tudo há escalões mas as crianças vestem à moda e, desde a infância usam playstation, telemóvel, gameboy.
Contudo é ver os concertos com bilhetes acima de € 50...estão à cunha! Vamos ao futebol? Quanto custa um lugarzito dos mais baratos?€20, 25? São os portugueses o povo da Europa que mais SAI para férias; somos o povo da Europa que tem mais carros novos por habitante... Somos o povo da Europa com mais telemóveis por utilizador...
É ou não um problema de mentalidade? Tudo o mais vem por arrasto. Se o vizinho, a colega, o filho da colega, o compadre TEM, "eu tenho de ter". É o culto do parecer! Entretanto grassa a alergia à cultura, ao ler, ao aprofundar conhecimentos. Tudo é feito pelo superficial...É o meu País, com séculos de História, com feitos que bradaram ao Mundo. Quem mudou, geneticamente, este Povo???
tukakubana, comentário postado no blog O Banqueta da Palavra

A crise é mesmo crise!!! QUE NOS DIGAM TODA A VERDADE

A edição alemã do Financial Times abre hoje com um retrato negro da crise nacional.

1. Com o título Portugal também já arde, o jornal económico escreve que os piores receios parecem ter-se concretizado depois de a agência Standard & Poor's ter cortado dois níveis no rating de longo prazo do país, de A+ para A-, e do principal índice da bolsa portuguesa, o PSI 20, ter registado a maior queda desde Outubro de 2008 quando ontem fechou a perder 5,36%.

Veja aqui.

2. Como pagar a dívida que o país tem?
Veja aqui.

3. Sócrates e Passos Coelho unem estratégia contra especulação
AQUI

terça-feira, 27 de abril de 2010

As marcas que deixamos


Se a moda pega...

Esta segunda-feira, o ministro da Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, apresentou dados oficiais sobre a hipertensão no país sul-americano e encontrou uma forma curiosa de incentivar os brasileiros a combater a doença.
Para além de recomendar o consumo de cinco peças de fruta por dia, a prática de exercício físico e a medição regular da pressão arterial regularmente, o ministro recomendou ainda aos brasileiros que tenham relações sexuais cinco vezes por dia, uma vez que o sexo pode ser visto como uma agradável forma de exercício.
«Além de comer cinco peças de fruta por dia, recomendaria fazer sexo cinco vezes ao dia. Dancem, façam sexo, percam peso!», sugeriu o ministro, nascido em 1951 em Monção, Portugal.
A hipertensão afecta todos os sectores da sociedade brasileira e está em acentuada subida, revelam os mais recentes indicadores.
In Sol

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Para vencer a injustiça, é preciso, acima de tudo, vencer o medo

Li o que escreveu a minha Colega Assunção Monteiro (sim, um professor, mesmo reformado, não deixa de ser professor) no blog "Tarouca no seu melhor" e concordo com este seu pensamento: "Se o povo português fosse tão exigente com os seus políticos como o é com a sua Selecção, o País não estava no estado que está."
E por que razão não há-de ser?? Mais, tem obrigação de o ser.
Como muito bem dizia D. Manuel Martins, os políticos não são os nossos senhores, são os nossos servidores.
Segundo a Bíblia, os cidadãos devem respeito e acatamento às autoridades, mas "sem chapéu na mão", com dignidade, num clima de exigência, transparência e equidade.

No mesmo artigo, a autora cita o P.e João Teixeira, que escreveu no Douro Hoje: "A INJUSTIÇA GOSTA DO SILÊNCIO, da cumplicidade. Calar diante da injustiça é ser conivente com ela".
"Para vencer a injustiça, é preciso, acima de tudo, vencer o medo. É preciso, com feito, vencer o medo de perder o lugar, o medo de perder o prestígio, o medo de perder o aplauso(...). O medo de falar, o medo de sofrer, o medo de ser criticado".

- Por que razão há tanta gente que fala nos cafés e em grupo de amigos, mas depois nunca aparece nos locais próprios para dar voz e corpo àquilo em que acredita?
- Por que razão há tanta gente que não assume aquilo em que acredita, refugiando-se num anonimato que cheira a covardia?
- Por que razão continua a haver sítios na internet que ninguém sabe a quem pertencem? (não venham cá com tretas de que o importante é o que se escreve e não de quem é o espaço... Balelas...)
- Porque razão há tão pouca gente a escrever nos jornais, assumindo o que escreve?
- Medo? Receio de "perder o tacho"? Fuga ao incómodo? Se é isto, que raio de cidadãos somos nós? Que democracia queremos deixar ao futuro? A actual geração não corre o perigo de ser amanhã acusada de "geração falida"?

Aquilo que chocará o futuro são sem dúvida as tentativas radicais e atabalhoadas na legislação da família.

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Da proibição à promoção descarada
Se virmos com atenção, é impressionante o número e alcance das medidas de alguns meses. Em lugar destacado está a lei do aborto de 2007, responsável pelo morticínio de milhares. Às próximas gerações não passará despercebida a enorme fraude política de usar um referendo não vinculativo sobre a despenalização para impor não só legalização mas fomento com dinheiro de impostos. Deste modo, uma simples decisão inverteu totalmente a atitude legal face à prática, da proibição à promoção descarada.

O aborto é apenas um aspecto, de longe o mais sangrento, da vasta investida recente contra a vida. A "lei da procriação medicamente assistida" de 2006 assumiu um regime laxista e irresponsável na protecção ao embrião humano, ultrapassando o pior do mundo. As leis do divórcio de 2008 e uniões de facto de 2009 constituem enormes atentados à instituição familiar, só comparáveis à campanha de 2010 pelo casamento do mesmo sexo. Mais influente, o Estado sob a capa de educação sexual impõe às crianças e jovens a sua ideologia frouxa e lasciva. A tolice atinge o paroxismo em detalhes ridículos, como as praias de nudistas onde se anuncia regulamentação. Em todos os casos fez-se a coisa de forma apressada, ligeira e arrogante, à maneira dos tiranos de antigamente, sem respeito por instituições e articulados seculares.

Catástrofe demográfica
Desde 2007, a mortalidade ultrapassou a natalidade. Portugal é o país com menor fertilidade na Europa ocidental, das mais baixas do mundo. Esta catástrofe demográfica faz de nós um povo em vias de extinção e ameaça a nossa herança e cultura. O número de divórcios é mais de metade dos casamentos, enquanto a coabitação precária e os filhos fora do casamento explodem, gerando lares esfarrapados, insucesso escolar, depressões, miséria, crime.O futuro não compreenderá que o Governo não só não o note mas se encarnice em agravá-lo. As gerações vindouras só o entenderão atribuindo-o a um magno plano malévolo, como fazemos a Nero, Napoleão ou Hitler. A teoria vácua da "modernidade" invocada em discursos, será vista como capa para propósitos sinistros, cultos sexuais, taras pessoais, desequilíbrios doentios.
Fonte: JOÃO CÉSAR DAS NEVES, in DN, 25/4/2010

Ramo de flores

AQUI

Ano 55 Antes de Cristo





A este propósito, aproveite e leia aqui um interessante texto de Sousa Tavares. A linguagem é muito acessível e a mensagem fácil de captar.
Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar. Informadas para agir civicamente...

domingo, 25 de abril de 2010

Cavaco alerta para desigualdade social e casos de "riqueza imerecida" que "chocam"

"...interrogo-me sobre se os rendimentos auferidos por altos dirigentes de empresas não serão, muitas vezes, injustificados e desproporcionados, face aos salários médios dos seus trabalhadores" - disse o Presidente da República na sessão solene comemorativa dos 36 anos do 25 de Abril.
Leia aqui.

sábado, 24 de abril de 2010

36º aniversário do 25 de Abril

Somos hoje um país certamente
mais livre do que éramos até Abril de 74,
mas menos livre do que fomos anos depois

Novamente a fanfarra, mais os cravos e a liberdade. Sem esquecer a República e o seu farto busto que, por um extraordinário processo de reviravolta histórica, se pretende apresentar como uma antecipação do 25 de Abril. E depois? Depois nada, que a vida está difícil e nós não sabemos como vamos pagar dívidas que não contraímos. Não era de facto isto que estávamos à espera quando nos prometeram a democracia. Na verdade esperava-se muito.

Ao ver as imagens de Portugal em 1974 o mais espantoso é o ar sorridente e esperançado das pessoas. Hoje, rir assim só no futebol, com a desvantagem estética para este último, que a parafrenália dos bonés e dos cachecóis, ao contrário do que sucedia com os cravos e as fardas, dá um ar vagamente apalhaçado a quem celebra.

Em Abril de 1974 aos portugueses foi prometido um país mais livre, mais justo, mais rico e mais respeitado. Somos hoje um país certamente mais livre do que éramos até Abril de 1974, mas certamente menos livre do que fomos anos depois.

A desmesura do Estado gerou uma multidão de avençados que se instalou em lugarzinhos de nomeação a partir dos quais se metastizam num universo de jeitos, favores e conhecimentos. Esta gente é hoje o maior obstáculo ao desenvolvimento do país não só porque produz pouco, mas sobretudo porque tem o seu seguro de vida na manutenção desse pântano político-empresarial de dinheiros públicos e interesse privados, tão privados que não são sequer confessáveis.

À parte a liberdade - e essa convém frisar que nos foi garantida pelas Forças Armadas que tão pouco dignificadas têm sido pela democracia - falhou-se em muito daquilo que dependia da competência da classe política. Os pobres são certamente menos pobres hoje do que eram em 1974, mas o sonho de conseguir subir na vida esse perdeu-se no enredo da burocracia, da carga fiscal asfixiante e da loucura dos licenciamentos e dos certificados.

Na justiça, pior seria difícil: seja por causa das leis, seja por causa de quem as aplica, seja pelo que for, Portugal vive uma crise gravíssima, pois gravíssimo é quando um povo descrê da justiça e não se reconhece nas leis que tem.

O legislador sonhou-se e sonha-se nos tempos em que os iluministas esclarecidos impunham mudanças por decreto ao povo ignorante - veja-se o caso do recente Código de Execução de Penas - e os políticos, com especial relevância para o PS, fizeram o resto quando identificaram as responsabilidades éticas e morais do cidadão e político José Sócrates com a possibilidade de o actual primeiro-ministro poder vir ou não a ser constituído arguido. Esta circunstância é um dos momentos mais graves do pós-25 de Abril não só porque se identificou ética com direito penal, como se acabou a instilar a ideia de que a justiça e a investigação são passíveis de serem controladas por quem detém o poder político.

Por fim falemos do respeito. Quando se lêem os jornais pós Abril de 1974, é evidente a tónica então colocada no facto de Portugal ir deixar de ser uma nação isolada. Finalmente íamos deixar de ser criticados internacionalmente. O mesmo discurso exaltante foi depois repetido quando trocámos a incerta via terceiro-mundista do socialismo à portuguesa pela adesão à então CEE.

Os elogios feitos "lá fora" pelos dirigentes europeus à nossa prestação eram repetidos "cá dentro" por homens como Mário Soares e Cavaco Silva. Agora que o estrangeiro deixou de falar bem de nós, vivemos com embaraço as declarações do Presidente checo, tomamo-nos de brios patrióticos perante as agências de rating e descobrem-se pérfidas intenções nos economistas que nos anunciam a falência. Enfim, o habitual em casa onde não há pão.

Em Abril de 1974 os portugueses riam esperançados diante do mundo e das objectivas dos fotógrafos. Agora fazem-lhes manguitos. A culpa não é certamente da democracia e muito menos do povo. A culpa é de quem se esqueceu que "depois do adeus" à ditadura havia que falar verdade ao povo.
Helena Matos, in Público, 2010.04.22

Rapaz de Vizela ia ser vendido por cerca de quatro mil euros

Veja aqui.

Veja até onde pode chegar a monstruosidade do ser humano. Há monstros que podem andar por aí.
Estejamos atentos e sejamos implacáveis.

Cavaco deverá vetar diploma do casamento homossexual

O Presidente da República deverá vetar o diploma do casamento homossexual, avança esta sexta-feira da Rádio Renascença. O veto está guardado para o final da visita do Papa Bento XVI a Portugal.

De acordo com a Renascença, Cavaco Silva deverá tomar a sua decisão após a visita de Bento XVI a Portugal. Nos termos da Constituição, a decisão do Presidente tem de ser tomada 20 dias após a publicação em Diário da República do acórdão do TC, período de tempo que ainda não foi cumprido.
Recorde-se que o Tribunal Constitucional decidiu-se pela validade do diploma aprovado na Assembleia da República.
SOL

sexta-feira, 23 de abril de 2010

"Tesouros enterrados"

Neste Ano Sacerdotal, tenho pensado também em sacerdotes que são "tesouros enterrados" ou, pelo menos, com pouca visibilidade.

Não me interessam nada questões que têm a ver com "subir na carreira", títulos - tantos deles arcaicos e paganizantes -, prestígio e coisas que tais. Não me situo numa linha da estrutura, mas do serviço que, penso, ser a única válida.

Não os posso mencionar a todos. Sei que houve sacerdotes mais velhos e que há sacerdotes mais novos fantásticos. Grandes crentes, enormes servidores do povo de Deus. Os que apresento, porque mais próximos de mim pela amizade ou pelo conhecimento, representam, ao fim e ao cabo, a imensa mole sacerdotal de enorme prestígio a quem, por um motivo ou outro, as "asas não cresceram".

P. Joaquim Correia Duarte. Uma pessoa e um padre de eleição. Organizado, metódico, rico de dons naturais, afável e atento, mais prospectivo do que reactivo, com grande estofo cultural que o leva a deambular pela investigação histórica, pelo romance e pela músca, com grandes preocupações pastorais que o conduzem a actualização constante, conciliador, amigo.

P. Adriano Alberto Pereira. Culto, dinâmico na discrição, atento, acolhedor e conciliador, de piada fina, alegria serena, capacidade enorme de ultrapassar barreiras entre pessoas, disponível, empreendedor e reformador.

P. Armindo Costa Almeida. De uma disponibilidade para o serviço sem medida, inteligente e estudioso, homem de reflexão e de interioridade, discreto, esmera-se até à perfeição em tudo o que faz.

P. José Pinto Rodrigues Guedes. Diz que "nunca foi muito de livros", mas entretanto é uma autêntica universidade de sabedoria de vida. Capacidade humana única para estar, escutar, abrir horizontes. Frontal sem ser excludente, empenhado ser ser obcecado, bem-disposto, atento, com grande capacidade de encaixe. Penso que tem tudo para ser o elo de ligação entre os padres, visitador de sacerdotes.

P. Adriano Monteiro. Homem de enorme coragem sem deixar de ser muito humano. Perspicaz, determinado, construtor de obras e da comunidade, inovador, afável, desprendido. Homem muito livre, nunca se deixou acorrentar pelo "política e eclesialmente correcto" e as "asas" ressentiram-se.

Apenas exemplos de colegas a quem as "asas" não cresceram, pelo menos tão longe quanto era possível voar no serviço. Às vezes por opção própria; outras, por falta de visão de quem tem dirigido a Igreja Local; outras ainda porque terá faltado uma mão amiga que ajudasse ao levantar do voo.
Sem dúvida, cada um deles tem exercido um valiosíssimo serviço ao Evangelho. Penso, contudo, que o voo poderia ser bem mais amplo para o bem de muitos mais.
Às vezes até no serviço somos constrangidos a servir pouco...

A nona bem-aventurança

A Igreja é a única instituição a que se assacam responsabilidades pelo acontecido há 100, 500 ou 1500 anos

Um dos fenómenos mais espantosos da história da humanidade é o ataque à Igreja. Esse processo, tão aceso estes dias, é sempre muito curioso.
Primeiro pela duração e persistência. Há 2000 anos que os discípulos de Cristo são perseguidos, como o próprio Jesus profetizou. E cada ataque, uma vez começado, permanece.
A Igreja é a única instituição a que se assacam responsabilidades pelo acontecido há 100, 500 ou 1500 anos. Os cristãos actuais são criticados pela Inquisição do século XVII, missionação ultramarina desde o século XV, cruzadas dos séculos XI-XIII, até pela política do século V (no recente filme Ágora, de Alejandro Amenábar, 2009).
Depois, como notou G. K. Chesterton em 1908, o cristianismo foi atacado "por todos os lados e com todos os argumentos, por mais que esses argumentos se opusessem entre si" (Orthodoxy, c. VI). Vemos criticar a Igreja por ser tímida e sanguinária, pessimista e ingénua, laxista e fanática, ascética e luxuosa, contra o sexo e a favor da procriação, etc. Mas o mais espantoso é que os ataques conseguem convencer-nos daquilo que é o oposto da evidência mais esmagadora.
Os iluministas provaram-nos que a religião cristã é a principal inimiga da ciência; supersticiosa, obscurantista, persecutória do estudo e investigação rigorosos. A evidência histórica mostra o inverso. A dívida intelectual da humanidade à Igreja é enorme. Devemos a multidões de monges copistas a preservação da sabedoria clássica.
Quase tudo o que sabemos da Antiguidade pagã veio dos mosteiros. Foi a Igreja que criou as primeiras universidades e o debate académico moderno. Eram cristãos devotos os grandes pioneiros da ciência, como Kepler, Pascal, Newton, Leibniz, Bayes, Euler, Cauchy, Mendel, Pasteur, etc. Até o caso de Galileu, sempre citado e distorcido, mostra o oposto do que dizem. Depois, os jacobinos asseguraram-nos que a Igreja é culpada de terríveis perseguições religiosas, étnicas e sociais, destruição cultural de múltiplos povos, amiga de fogueiras e câmaras de tortura, chacinas, saques e genocídios. No entanto, a evidência de 2000 anos de história real de cristãos concretos é de caridade, mediação, pacifismo. Tudo o que o nosso tempo sabe de direitos humanos, diplomacia, cooperação e tolerância foi bebê-lo a autores cristãos.
A seguir, os marxistas vieram atacar a Igreja por ser contra os proletários e a favor dos ricos. Quando é evidente o cuidado permanente, multissecular e pluricultural dos cristãos pelos pobres e infelizes, e as maravilhas sociais da solidariedade católica no apoio aos desfavorecidos. Vivemos hoje talvez o caso mais aberrante: a Igreja é condenada por... pedofilia. A queixa é de desregramento sexual, deboche, perversão. Mas a evidência histórica mostra que nenhuma outra entidade fez mais pelo equilíbrio da sexualidade e a moralização da vida pessoal da humanidade. Mais uma vez, o ataque nasce do oposto da verdade.
Serão as acusações contra a Igreja falsas? Elas partem sempre de um núcleo verdadeiro. Houve cristãos obscurantistas, persecutórios, cruéis, injustos, luxuosos, como hoje há padres pedófilos. Aliás, em 2000 anos de história, e agora com mais de mil milhões de fiéis, tem de haver de tudo. A distorção está na generalização ao todo de casos particulares aberrantes. Não sendo tão má quanto o mito, a Inquisição foi péssima. Mas a Inquisição não representa a Igreja e a própria Igreja da época a condenou. Os críticos nunca combatem os erros, sempre a instituição. Hoje não se ataca a pedofilia na Igreja, mas a Igreja pedófila.
A razão do paradoxo é clara. Cada época projecta na Igreja os seus próprios fantasmas. Ninguém atropelou mais o rigor científico que os iluministas. Ninguém foi mais sangrento que os jacobinos. Ninguém gerou maior pobreza que os marxistas. Ninguém tem mais desregramento sexual que o nosso tempo.
O ataque à Igreja é uma constante histórica. A História muda. A Igreja permanece. Porque ela é Cristo. Dela é a nona bem-aventurança: "Bem-aventurados sereis quando vos insultarem e perseguirem" (Mt 5, 11).
João César das Neves, in D. N.

Vaticano divulga números oficiais da Igreja Católica em Portugal

Dados falam em 88,3% de católicos, menos padres e várias obras na área social
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O Vaticano divulgou esta Quinta-feira os números oficiais da Igreja Católica em Portugal, os quais falam numa percentagem de católicos de 88,3% da população, confirmando ainda a quebra no número de padres.

Os dados disponibilizados pela sala de imprensa da Santa Sé referem-se à situação no dia 31 de Dezembro de 2008.

De 2000 a 2008, o número de sacerdotes diocesanos baixou de 3159 para 2825 (menos 11%), enquanto que o clero religioso desceu de 1078 para 972 (uma quebra de quase 10%).

Os seminaristas de filosofia e teologia também são menos, segundo os últimos dados disponíveis: de 547, entre diocesanos e religiosos, em 2000 passou-se para 444 em 2008 (menos 19%).

Segundo o Vaticano, a percentagem de católicos em Portugal é de 88,3% dos habitantes - 9,36 milhões de católicos para uma população de 10,6 milhões de pessoas.

O Recenseamento da Prática Dominical, datado de 2001, mostrava que o número total de praticantes não chegava, contudo, aos 2 milhões de fiéis.

A Igreja Católica em Portugal conta com 52 Bispos, 3797 padres, 212 diáconos permanentes, 312 religiosos e 5965 religiosas, para além de 594 membros de Institutos seculares.

O número de catequistas é de 63 906 num total de 4380 paróquias e 2878 outros centros pastorais, espalhados por 21 Dioceses.

Um dado curioso diz respeito aos titulares das Dioceses: desde o ano 2000, foram 13 as Dioceses que passaram a ser lideradas por um novo Bispo.

O Vaticano elenca também os centros escolares que são propriedade da Igreja ou são dirigidos pelos seus membros: há 793 estabelecimentos até à primária, 80 secundários e 26 institutos superiores e a UCP, servindo um total de quase 130 mil alunos.

Quanto a “centros caritativos e sociais” são contabilizados 43 hospitais, 155 ambulatórios, 799 casas para idosos, 663 orfanatos ou asilos, 55 consultórios familiares e centros para a protecção da vida, 462 centros educativos especiais e 168 outras instituições.
In ecclesia

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Pois é!...

Só os bons sentimentos nos podem unir; o interesse nunca forjou uniões duradoiras.
(Auguste Comte)

Amar uma pessoa significa querer envelhecer com ela.
(Albert Camus)

Diz-se que o egoísmo não sabe amar, mas também não sabe deixar-se amar.
(Astolphe de Custine)

Elimina o que é inútil em ti e na tua vida

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Levaria 96 anos da sua vida...

Durante um debate sobre pobreza realizado na Fundação Mário Soares, em Lisboa, Jorge Sampaio, antigo Presidente da República, criticou o fosso salarial que existe em algumas empresas portuguesas.
Sem nunca referir nomes, Jorge Sampaio mostrou-se incomodado com o valor de prémios aos gestores de empresas, com os quais um funcionário só poderia sonhar em alcançar ao fim de um século.
«Deve ser difícil ao trabalhador de uma grande empresa pensar que deu o seu contributo honesto para o produto final anual e ao mesmo tempo ter a noção que houve alguém premiado a um montante tal que ele levaria 96 anos da sua vida a ambicionar lá chegar», afirmou.
«Já não falo nos 20 por cento mais pobres e os 20 por cento mais ricos no país, já isso é uma média muito acima da europeia e em Portugal ninguém se preocupa com isso
», acrescentou.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1549983

Vemos, ouvimos e lemos



Eu vim de Longe

terça-feira, 20 de abril de 2010

Em miúda, eu tive um Pedralhães !...

...
Em miúda eu tive uma PEDRALHÃES com monitor de 12 polegadas !...

E sei a tabuada, fazer contas de cabeça e escrevo sem erros!!!!! ...


Ganda máquina aquela !!..

(enviado por email)

LA VIÑA DEVASTADA DE BENEDICTO XVI

Felizmente somos diferentes. Já diz o povo que se todos fóssemos iguais a"carga caía toda para o mesmo lado."
Há-de ser a diversidade que enriquece a unidade e a unidade a dar liberdade à diversidade.
A História da Igreja regista o facto, logo a patir das seus inícios. Pedro e Paulo, personalidades tão diversas, com algumas discordâncias públicas entre eles, jamais quebraram a unidade. Esta, fundada no amor, que é a força evangélica que alicerça o nosso viver em Igreja.

Há muitas análises sobre estes cinco anos de papado de Bento XVI. Desde o "endeusamento" cego até à crítica feroz. Pelo meio ficam referências mais moderadas, acentuando ora um ora outro aspecto.
Só nos enriquece a abertura à pluralidade de análises, sem que tal nos manipule.
AQUI fica uma focagem destes cinco anos de papado.

Por mim, desejo sempre: "Menos César, mais Cristo".

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Nunca é tarde para começar e é sempre cedo para parar

História verídica
Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:
- Pai, tô com fome!!!
O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência....
- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome, pai!!!
Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente...
Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:
- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!!!
Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...
Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois se sentem junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo...
Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua.... Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá...
Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada... A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...
Amaro aproxima-se de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:
- Ó Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!
Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...
Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho... Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas...
Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório... Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo depequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada... Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias... Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...
Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores...
No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho... Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando... Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro delechamava-o para ajudar aquela pessoa... E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres...
Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trémula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...
Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula...Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro... Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno...
Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço...
Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho , o agora nutricionista Ricardo Baptista...
Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...
Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...
Ricardinho , o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', que seu pai fundou com tanto carinho:
'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!'
(Enviado por email)

domingo, 18 de abril de 2010

Especialmente para si, uma boa semana!

Boa Semana

Foi assim este domingo

Nunca é agradável presidir a um funeral. Depois de muitos anos numa paróquia, estabelecem-se laços e acabamos por nos sentir afectivamente ligados às pessoas, embora, naturalmente, em graus diferentes.
Hoje após uma manhã intensa e o almoço, presidi ao funeral de dois cristãos deste comunidade que partiram para o Pai no mesmo dia, eram do mesmo povo e foram a sepultar conjuntamente.
Antes da celebração, o neto de uma das pessoas defuntas falou comigo, dizendo que se precisasse dele para proceder a alguma leitura, estava disponível, o que veio a acontecer.
No fim da celebração, um familiar de cada defunto, veio agradecer comovidamente às pessoas que haviam sido solidárias com a dor da família atingida pela dor da partida do ente querido. Frase simples, rápida, carregada de gratidão.
Costumo ir no carro fúnebre, excepto quando são mais do que um. Neste caso sigo atrás dos carros funerários e rezo o terço com os que acompanham o funeral. Como hoje. As pessoas participaram na oração, respeitando os espaços de silêncio. Em cada mistério, uma pequenina reflexão sobre a Ressurreição de Jesus, penhor e garantia da nossa ressurreição.
Foram caindo umas pingas, contribuindo assim a chuva para um relativo apressar do passo.

Após o funeral, toca a meter-me no Peugeot e rumar a Santa Helena, pois estamos no 3º domingo do mês. Terço e Eucaristia.
Quando a Missa acabou, uma chuva grossa, pesada, vasta, vergastava a Serra, embora o frio não fosse nada de especial. As pessoas rapidamente sumiram e eu regressei também.
- Nós somos habituais em Santa Helena e não queríamos regressar à nossa terra sem o cumprimentar e lhe oferecer a protecção do sombreiro até ao seu carro - afirmou aquele simpático casal que me esperava à porta da capela.
Disse que era perto, não era preciso. Mas agradeci o simpático gesto de amizade.

Pelos momentos que te cortaram o fôlego

sábado, 17 de abril de 2010

Carta aberta aos bispos católicos de todo o mundo

Encontra essa carta aqui.

«DOURO EM CHAMAS»

No próximo Sábado, dia 24 de Abril, às 21 h, vai ser lançado um novo livro da autoria do Dr. Correia Duarte, com apresentação do Cónego Esteves Alves, no Auditório Municipal de Resende. No próximo mês, será apresentado possivelmente em Fozcoa e Sernancelhe.
Trata-se de um romance histórico sobre as lutas liberais aqui no nosso Douro. Envolve factos ocorridos em todos os nossos concelhos do Douro, de Cinfães até Fozcoa, incluindo Tarouca, naturalmente.
O livro já está à venda: na Livraria Lina e Couto, no Museu e nos Postos de Turismo de Resende e de Caldas de Aregos; na Gráfica de Lamego; nas livrarias Latina e Educação Nacional, no Porto; nas livrarias Ferin e Guarda-Mor em Lisboa; e na livraria 115, em Coimbra.


"O título e a cor da capa sugerem uma atmosfera flamejante para a urdidura que tece as páginas do livro.
(...)
Com uma cadência bastante intensa, este autor tem-nos oferecido vivências com uma moldura ficcional que retratam a realidade das nossas terras.
Há, pois, um pronunciado fundo telúrico nos seus textos e uma ressonância idiossincrática na respectiva leitura.
Parabéns."
http://theosfera.blogs.sapo.pt/

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Amigos verdadeiros

Quem os tem encontrou um tesouro.
Há "amigos" que o são do "nosso", mas não de nós.
Há "amigos" que só se lembram de nós quando precisam.
Há amigos que estão lá sempre. Onde é preciso.
O verdadeiro amigo está sem impor; compreende sem calar; ajuda sem interesse; estimula sem agredir; sorri sem ar postiço; partilha sem contrapartidas; nunca acha muito o tempo que passa com o seu amigo; sabe entrar e sair sem constrangimentos.
É sempre enriquecedor o tempo que ganhamos com amigos, amigos mesmo!
Parabéns a quem tem amigos verdadeiros!
Parabéns a esses amigos verdadeiros!

Viver também é recordar

Há anos realizei uma peregrinação à Terra Santa.
Ouvira contar maravilhas a amigos que haviam feito tal viagem e desejava também realizá-la. Talvez pelas demasiadas expectativas criadas, o certo é que tal peregrinação não teve em mim o mesmo impacto. Mas gostar, gostei.
Ontem apareceu aqui uma pessoa que tinha acabado de chegar da Terra Santa. Vinha entusiasmada.
Vimos no computador dezenas de fotografias da viagem que realizara. Evocámos emoções, partlhámos pontos de vista e falámos daquilo que mais marcara cada um de nós na passagem por aqueles lugares onde andou o Salvador.
Gostava de um dia lá voltar com um grupo desta paróquia e desta zona. Oxalá apareçam interessados.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Jovem sacerdote entrevistado

neste ano sacerdotal é muito importante ouvir o testemunho de um jovem padre.
Veja aqui

Peugeot En-Lai


Sim, isso mesmo. O nome do meu novo carrito é Peugeot En-Lai. Fui eu quem o baptizou...
Chegou hoje à beira das 17 horas. Fui uma agradável surpresa pois só contava com ele lá para os fins de Maio, princípios de Junho.
Estou contente. Já fui dar uma volta com ele na companhia do vendedor. Tem boa condução. Gostei muito.
É a primeira vez que tenho um veículo com ar condicionado. Um luxo para mim! E foi possível porque aproveitei uma promoção deste modelo...
O velho Golf fica a fazer-lhe companhia. O valor comercial é baixíssimo e para mim tem um valor afectivo muito grande. Lutei tanto para o ter naquela altura! Têm sido 11 anos de companhia amiga e fiel. Sem desgostos. Quantas confidências partilhei com ele! Gargalhadas, sorrisos, desabafos, tristezas... Fiel e bom companheiro. Continuarás, amigo, a levar-me pelos caminhos da paróquia.
Agora vou ter que me adaptar às novas tecnologias que os carros trazem e andar com cuidado. Estudar bem o livro de instruções e procurar não fazer asneiras. Até porque reconheço que não gosto de conduzir e que tal não é o meu forte.
Sê bem-vindo, amigo! Que Deus sempre nos proteja.

Adolescentes internados

Sabia que há pais que entregam os filhos às instituições devido a dificuldades na relação com os mesmos, nomeadamente por estes terem perdido o respeito pelos pais?
E muitos pais têm dificuldade em impor regras aos filhos. Daí que mais cedo ou mais tarde descobrem que têm tiranos em casa, com os quais não conseguem lidar. E isto é terrível não só para os pais mas também para os filhos.
Leia toda a informação AQUI.

Judeu defende Pio XII

Chama-se Gary Krupp, tem 62 anos, e tornou-se com o rabi David G. Dalin uma das mais destacadas figuras da comunidade judaica, a entender que Eugenio Pacelli, futuro Pio XII, trabalhou de forma activa, ainda que discretamente, para salvar muitos judeus perseguidos pelo regime nazi. Começou por ver em Pio XII uma figura detestável por não ter ajudado os judeus durante a II Guerra Mundial. Hoje, é um dos maiores defensores daquele que um livro nos anos 90 classificou como o "Papa de Hitler".
Há seis anos que se dedica a reunir materiais que refutem as acusações de que Pio XII é alvo. Para este judeu americano, o Papa Pacelli "foi o maior herói da II Guerra Mundial"
Perspectiva partilhada pelo professor de história americana e judaica, além do rabi David G. Dilan, que defende ter Pio XII salvo "quase 85% dos judeus" que viviam em Itália. Para Dalin, é importante ter presente que "muitos judeus famosos – Albert Einstein, Golda Meir, Moshe Sharett [2.º chefe do Governo de Israel], Isaac Herzog [principal rabi dos judeus asquenazes entre 1937 e 1959] e outros expressaram publicamente a gratidão a Pio XII".
http://www.oamigodopovo.com/

A revolta do nosso Planeta...

*O número de mortos causado pelo sismo de quarta feira em Yushu, noroeste da China, subiu para 617, disse hoje a agência noticiosa oficial chinesa.
O sismo, de 7,1 graus na escala de Richter, ocorreu quarta feira de manhã (hora local) numa zona montanhosa da província de Qinghai.

*O vulcão, no glaciar Eyjafjllajokull, no sul da Islândia, registou na quarta-feira a segunda erupção em menos de um mês. Devido à erupção vulcânica, cerca de 800 pessoas foram retiradas do sul da país.
Praticamente todo o espaço aéreo do norte da Europa está encerrado devido às nuvens de cinza provenientes do vulcão no glaciar Eyjafjllajokull, no sul da Islândia. Vários aeroportos foram encerrados e voos estão a ser cancelados, nomeadamente voos de e para Lisboa provenientes de países como a Grã-Bretanha, Suécia e Dinamarca.

*Entretanto no Brasil deslizamentos de terras provocadas pelos temporais, provocaram a morte e a destruição em elevada escala.

*Ventos fortes causaram, ontem à tarde, destelhamentos e danos em coberturas em prédios e numa escola nas Olaias, em Lisboa, havendo registo de inundações noutras zonas da capital, como São Sebastião da Pedreira ou Marquês de Pombal.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"SEDE SIMPLES COMO AS POMBAS, MAS ESPERTOS COMO AS SERPENTES"

Já ouviu falar de «pânico moral»?
Tenha calma, pode não ser aquilo que pensa...
Convido cada visitante amigo para ler AQUI. O texto é longo, mas não desista. Vale a pena.

*************
Arshed Masih, foi queimado vivo e sua esposa, Martha Masih, violentada, enquanto seus três filhos, com idades entre 7 e 12 anos, foram obrigados a assistir a seus pais serem brutalizados.

Arrepiante, não?
Sabe qual o motivo?
Leia AQUI.

Depois de ler, pergunte-se e perguntemos:
- Onde está a denúncia de situações destas na comunicação social, sempre pronto a arremessar "bombas atómicas" contra a Igreja Católica?
- Onde estão aqueles que, sempre de caneta e voz em riste, atacam, denigrem, falseiam factos para atacar a Igreja?
- Onde estamos nós todos que "comemos e calamos"?
A coragem daquela família cristã envergonha o nosso comodismo e o nosso silêncio!
Vimos, ouvimos e lemos, não podemos calar!

terça-feira, 13 de abril de 2010

SERÁ QUE ESTAMOS PREPARADOS?

Será que estamos preparados para lidar com os problemas e, em último caso, para encarar a realidade?

Dá a impressão de que, nas questões mais sensíveis, somos demasiado reactivos, quando o importante era ser pró-activo.

É óbvio que não há relação directa entre o celibato e a pedofilia. A razão é a mesma que me leva a pensar que não existe relação directa entre homossexualidade e pedofilia.

Os factos mostram que, infelizmente, uma grande parte do abuso de menores ocorre nas famílias. Há pais que violam os próprios filhos. Não estamos perante celibatários nem homossexuais.

Haverá estudos que apontam para certas conexões. Há, porém, outros estudos que apontam em direcções diferentes.

E a verdade é que, infelizmente, a pedofilia não é exclusivo de nenhum sector. Ela existe entre os casados e os solteiros, entre os homossexuais e os heterossexuais.

O que está em causa, mais do que a orientação sexual e a opção de vida, é o carácter das pessoas, são os distúrbios, é a desregulação.

É isto que importa filtrar. Se possível, enquanto é tempo.
http://theosfera.blogs.sapo.pt/268793.html

AINDA HÁ TEMPO!

Cada um tem as suas manias

Ao longo da minha vida sacerdotal, servi em diversas paróquias, todas nesta zona.
Volta e meia, encontro gente conhecida e ouço normalmente o desafio:
- O senhor nunca mais apareceu. Que se passa? Está zangado connosco?
Ou pessoas boas amigas que desafiam:
- Então não aparece lá por casa como antigamente. Porquê?

Os meus colegas sabem muito bem. Não gosto de aparecer em paróquias onde já estive.
Claro que nas confissões ou noutro serviço pastoral que me seja pedido, aí tem que ser...
Continuo a prezar muito os amigos, fico feliz quando os encontro e rezo por eles.

Mas não gosto de aparecer por que razão?
- É sempre difícil evitar comparações com o tempo em que passei por essas comunidades. E pode aparecer algo que seja menos positivo em relação a colegas e isto desagrada-me muito.
- Pode dar a ideia que me ando a meter onde não sou chamado.
- Depois, gostando de conservar o património de experiências e de aprendizagens que fui fazendo, vivo o presente e sonho com o futuro.
-Procuro seguir este pensamento: "Onde estiveres, está todo".

Ontem abri uma excepção, com o conhecimento e o anuir do pároco. Fui a Vilarinho.
Há muito que a família do senhor Ananias andava a insistir para os visitar e jantar com eles.
Como faleceu há pouco o pai, então aproveitei e presidi à Eucaristia na capela daquele povo por sua alma. Depois jantei com eles. Estavam todos. Ananias e esposa, filho, filhas e genros, netos.
Fui um momento de profunda familiaridade, onde me senti muito bem acolhido.
Obrigado, amigos!
Conservai sempre essa bela união familiar e esse espírito de entreajuda.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O progresso passa por prescindir do católico?

Que febre, que ímpeto!
Àqueles que menos importa o católico são esses precisamente que mais insistem em comentar. Não param. Devem andar muito aborrecidos com a sua vida ou sobra-lhes tempo ou deve-lhes compensar bastante a coisa.
O vitupério anti-católico prolifera, é o que mais se destaca nestes dias, é o que mais une toda esta banda mediocres semi-cultos. O tema é indiferente. O Papa ou as procissões de Semana Santa, dá igual. O católico molesta, incomoda, é uma fraude. E se diz algo és tu o que insultas. “Vamos a eles, vamos atacá-los onde mais lhes doi”.
Leis, ironias, blasfemias, preconceitos e sarcasmo. O desdém. E patadas ao mais sagrado.
É notável a preserverança destes senhores. Por outras causas já tinham desistido. Mas parece que é o único que têm para propor à sociedade, uma vida mediocre, sem ideais. A descomposição ideológica e a vida aburguesada deixaram-nos mergulhados no vazio de ideias. Para eles, o pecado é o único valor claro. Que poder, que afinco!
Os católicos -depois de tantos anos de imposições reacionárias- não sabem que o pecado não existe, que o que eles chamam pecado é a libertação definitiva, é o caminho do progresso. Finalmente, depois de tantos séculos de servidão e submissão, é necessário fazer entender às pessoas que a virtude coarta a liberdade do homem e a vulgaridade e a mediocridade torna-nos melhores. É urgente nivelar a sociedade por baixo. Assim, destilam amargura e soberba. E uma suposta e esotérica moral laica que pontifica e interpreta segundo convém. Proselitismo de propaganda. A cultura cristã não pega, é demasiado intransigente.
Ignoram todos homens e mulheres fizeram progredir a sociedade e destacam vincadamente o pecado de uns poucos. Será que as crianças abusadas pelo clero (3.000) ficaram mais marcadas do que as que o foram pelos agnósticos, ateus ou areligiosos? Para alcancarem os seus fins, ignoram deliberadamente os números (62.000) para se fixarem e realçarem o que lhes interessa! Não querem resolver o problema... Quantos processos a politicos, a desportistas, a médicos, a professores continuam em águas de bacalhau... São tão listos que nem se dão conta. Que gente tão profunda, tão séria e democrática!
http://padre-inquieto.blogspot.com/2010/04/o-progresso-passa-por-prescindir-do.html#comments

NÃO NOS ALARMEMOS, MAS (também) NÃO NOS RESIGNEMOS

1. Confesso que também a mim começa a entediar bastante o caudal informativo sobre os casos de abuso de crianças na Igreja Católica.

Acontece que esta saturação constitui não apenas um sinal, mas também um perigo.

É normal — e muita gente me tem dado conta disso — que a insistência nos acontecimentos negativos conduza a uma fadiga. Há coisas de que já não suportamos ouvir falar.

Sucede, porém (e aqui reside o perigo), que tal saturação acaba por degenerar, a médio ou a longo prazo, na resignação, no inconformismo e na indiferença.

Eu sei que estamos longe de um sentimento desta natureza. E seria bom que nunca lá chegássemos.

Só que a história, a mestra por excelência, está cheia de situações que, começando por causar repulsa, vão evoluindo para a despreocupação.

Quem não se indignou com o início da guerra no Iraque? E quem faz caso, agora, com os atentados que, quase diariamente, continuam a dizimar vidas?

No caso da pedofilia, precisamos de tudo menos de amorfia cívica. É, sem dúvida, doloroso ouvir falar de tudo isto. Mas é muito pior que nos habituemos à ideia, de que consideremos que (embora infelizmente) as coisas são assim.

No limite, não deixemos de pensar que se a nós nos dói ouvir falar da pedofilia, à multidão incontável das suas vítimas dói muito mais.

E estamos perante uma dor tantas vezes calada, tantas vezes ameaçada, tantas vezes chantageada…


2. É claro que uma catarse em público não constituirá a melhor terapia para problemas deste género.

Há que respeitar os limites da mágoa alojada e da ofensa acumulada. Tem de haver o máximo cuidado e a mais apurada delicadeza no tratamento destas ocorrências.

Mas o que não se pode é fazer de conta que as coisas não existem. De resto, o bem da Igreja está em tudo menos na contemporização com monstruosidades desta índole.

O bem da Igreja, à luz do ensinamento do seu Fundador, radica, antes de mais e acima de tudo, na solidariedade para com os mais pequenos, os mais débeis.

Acresce que, dado o volume de casos, não podemos remeter tudo para a esfera da responsabilidade pessoal de cada um.

É evidente que esta nunca pode ser negligenciada. Para mal de muitos, há pedofilia em todas as camadas sociais e nas mais diferentes opções de vida.

Mas a incidência é tão acentuada na Igreja (um caso que fosse já seria demais, como alguém lembrou) que não podemos pôr completamente de lado as questões sistémicas.


3. Há, pois, que perguntar. Que estará a ser feito ou o que estará a deixar de ser feito para que, desde há uns tempos para cá, estas situações estejam a atingir uma proporção tão alarmante?

Será que é tudo uma questão de distúrbio pessoal? Não haverá também disrupções sistémicas?

A possibilidade de falhas tem de ser sempre tida em conta, apesar de falhas que envolvam abusos de menores sejam impossíveis de admitir.

Por muito que nos esforcemos na preparação dos sacerdotes, nunca nos podemos abrigar de surpresas. Se as pessoas até para si são uma surpresa, quanto mais o não serão para os outros?

Feita a ressalva, há que inquirir. Será que está a ser colocado o devido cuidado na selecção, no discernimento e no acompanhamento dos sacerdotes?

É óbvio que nunca se pode prever ou prevenir tudo. Mas não é impossível acautelar muita coisa.


4. Em tempo pascal, encontramos um tópico poderoso e um paradigma insuperável para enfrentar esta crise.

A ressurreição é transformação, é recusa do conformismo, mesmo perante aquilo que parece irreversível.

Empiricamente, nada é mais irreversível que a morte. E até a morte foi vencida. O fundamental é que voltemos a Cristo, à origem.

Nunca percamos de vista que o lugar da Igreja está em cada tempo, mas a força da Igreja encontra-se nas suas origens.

Nas origens, vemos um fluxo de coragem que não recua perante nada. Nem perante a ordem do tribunal. É essa coragem que leva a desobedecer até às ordens do juiz.

Pedro foi claro: «Não podemos calar o que vimos e ouvimos» (Act 4, 20). A ocultação nunca foi norma para Cristo nem para os apóstolos…
http://theosfera.blogs.sapo.pt/266236.html

domingo, 11 de abril de 2010



sábado, 10 de abril de 2010

Tu Sondas

Mais um avião que caiu

Lech Kaczynski, presidente da Polónia, faleceu este sábado quando o avião em que seguia se despenhou ao preparar-se para a aterragem no aeroporto de Smolensk, Rússia.
Segundo as autoridades russas, a queda do avião Tupolev-154 terá sido causada por erro da tripulação.
Mais de 130 mortos!
Dizem que o avião é o meio de transporte mais seguro. Entretanto, quando há desastres, as vítimas costumam ser muitas.

Ainda me recordo do receio que senti nas primeiras vezes em que viajei de avião. Confesso que actualmente não sinto qualquer receio e até gosto.
É claro que de quando em vez lá me vem a ideia: "E se isto cai?" Mas onde está o homem, está o perigo. Até a andar naturalmente pode surgir uma queda que nos vitime...

Eterno descanso aos falecidos.
Boa viagem a todos os que se deslocam de avião.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Que bem me soube o passeio!

Hoje, ao fim de jantar fui dar um passeio a pé com pessoas amigas.
Noite maravilhosamente calma a quem os perfumes primaveris com que a natureza nos brinda conferem ainda mais serenidade.
Felizmente instalou-se em muita gente desta terra o saudável costume das caminhadas. Pela tarde ou ao fim do jantar, vêm-se grupinhos alegres a calcorrear caminhos e estradas.
Vários percursos calmos:
- Tarouca - Senhoras das Necessidades - Ponte das Tábuas - Ponte Pedrinha - Tarouca.
- Tarouca - Arcos de Paradela (pela Ribeira) - Bairro de São Pedro - Tarouca
- Tarouca - Arguedeira - Quintela - Lalim
- Tarouca - Valverde - São Pedro - Tarouca
Entre tantos e tantos outros circuitos pedonais interessantíssimos.
Vou repetir, sempre que tenha disponibilidade.

As vergonhas do nosso futebol

Há pouco tempo o FCPorto apanhou cinco do Arrsenal em Inglaterra. Ontem, no mesmo país, o Benfica perdeu com o Liverpool por 4 - 1.
Mas será que, quando vamos a terras de Sua Majestade, é para sermos goleados? Isso mesmo, goleados! Será que não aprendemos a lição de umas vezes para outras?
Depois vem sempre a mesma desculpa: cansaço! É a grande doença do futebol português: cansaço!
Se temos cansaço cá, então o que dizer de equipas Italianas, Francesas, Inglesas e Espanholas em que os campeonatos são de 20 equipas?
Que Jesualdo é useiro e vezeiro a arranjar desculpas, nada de novo! Ou está a construir a equipa, ou é o cansaço, ou... Mas penso que quem está minimamente por dentro do mundo do futebol o levará muito a sério. Interessante, nunca o ouvi dizer que a culpa fora dele!
Mas que venha agora Jesus com a mesma esfarrapada desculpa do cansaço, é estranho! Ou será que a cartilha é a mesma?

Campeonato mais competitivo, mas e melhor trabalho semanal, isso é que porventura falte!

Quem leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo à cadeia

Caro Pai
Cara Mãe
Caro Educador
Cara Educadora

Peço que vejam este texto. É para Vós!

AQUI

quinta-feira, 8 de abril de 2010

"AS MENINAS DA COMENDA"

"AS MENINAS DA COMENDA" — é a história ficcionada de uma família que viveu nas margens do Douro, na segunda metade do século XIX e nos anos conturbados da Primeira República. É a História do Portugal de então, vivida na Província: no Douro, mais concretamente.
Nos palcos da vida, onde os dramas acontecem e se repetem, cruzam-se, numa amálgama de rostos, gestos e sentimentos, ricos e pobres, sãos e doentes, veneráveis e culpados.
Orgulhos e misérias, lealdades e traições... tudo faz a trama de uma história que envolve a Igreja e a Política, com ambições aventureiras e lutas encarniçadas. O orgulho e a insolência nunca foram bons conselheiros; a vaidade e o desaforo sempre conduziram a mau fim; as ambições desmedidas roubam e coíbem o bem-estar e a paz; a má educação dos filhos dá origem a futuros incertos e sombrios.
São as ambições estultas e a insolência detestável de uma família de ricos "feitos - à - pressa" e de fidalgos de última hora, que o presente romance pretende retratar: com afrontas à igreja, violação continuada de criadas e caseiras por parte dos senhores, entrega dos frutos proibidos dessas relações às tão faladas "rodeiras", numa palavra, exploração dos pobres e dos fracos por parte dos poderosos.
A história, que se introduz com terrores, possessões e bruxedos, abre com grandezas e esperanças, expande-se com amores prematuros, pequenos interesses e grandes ambições, vaidades e ciúmes, ódios e rancores, adultérios e traições, e transforma-se num drama cruento feito de crimes e desgraças impressionantes, repetidos uns atrás dos outros.
Contudo, como o bem acaba sempre por vencer o mal, um rebento germina finalmente na velha árvore da Comenda, para tudo redimir e salvar."

(Contra-capa do livro)

Mais um romance delicioso saído da pena ágil e fecunda do Dr. Correia Duarte.
Li-o de um trago, tal a envolvência narrativa que o autor cria com o leitor.

No centenário da instauração da República, o romance oferece-nos chaves de leitura para podermos penetrar nos ecos que o republicanismo teve na província, concretamente na nossa zona.

Não deixem de ler. A história romanesca fascina.
Depois a envolvência histórica que a anima tem muito a ver connosco. Também neste concelho a Igreja foi despojada de seus bens, começando no liberalismo.
As condições sociais - com um pobreza a raiar o escândalo - soarão aos mais novos como pura invenção. Mas foram reais. Se foram!

Parabéns, Dr. Correia Duarte! E que as musas o continuem a predilectar!

Tanta gente que faz guerrilha! Haja espaço para a paz!

"Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes:«A paz esteja convosco»." (Evangelho de São João)

As aparições de Cristo Ressuscitado começam com a saudação. "A paz esteja convosco".
A paz é um fruto novo, ressuscitado, vivo, primaveril.

Que fazemos à paz? Que fazemos da paz?
Parece claríssimo. Sem paz, não ressuscitamos, permanecemos no velho.

Há pessoa que são vulcões de intrigas, de má-língua, de mexeriquice.
Há pessoas que só se sentem bem a dizer mal, a apoucar os outros, a vangloriar-se.
Há pessoas que se proibiram de pensar antes de falar. Falam à toa, ao tralhão...
Há pessoas para quem a "felicidade" é ver os outros de mal, de costas voltadas.
Há pessoas que entendem tudo mal, julgando os outros segundo o seu mau e podre coração.
Há pessoas cristãos onde o Evangelho nunca entra. Bate no rochedo do seu coração e faz ricochete. Elas são as melhores!!! O que ouvem é para os outros, porque elas são as perfeitas!...

E porque não deixamos que a paz do Ressuscitado fecunde o coração, aí temos:
- Gente em contínua guerra interior, em labaredas;
- Famílias onde a vida é um tormento;
- Divórcios em força;
- Crianças que crescem revoltadas, em lume, guerreiras, violentas;
. Compromissos que se abandonam;
- Grupos que se desfazem, associações que mal funcionam:
- Vizinhos que não se falam e se querem mal;
- Um ambiente instalado de guerrilha na sociedade, constantemente aquecido pela mexeriquice e pela boatice;

E SE CADA UM FOSSE O TERMINAL DA MEXERIQUICE, DA GUERRILHA E DA MÁ LÍNGUA?
Tudo seria diferente:
- Os incendiários descobririam que não tinham campo de actuação;
- As labaredas dos desentendidos apagar-se-iam por falta de alimentação;
- Os grupos e associações trabalhariam serenamente;
- Nas famílias haveria ambiente de confiança;
- Os vizinhos conviveriam normalmente;
- Não haveria "pé-atrás" entre as pessoas;
- Em todos sorriria um ambiente de saudável confiança e de respeito;
- As crianças cresceriam de coração são.

ENTÃO QUAL O CAMINHO PARA A PAZ?

- O perdão. Quem não sabe perdoar não sabe amar. O perdão é a sublime forma de amar. Mais, o perdão funciona como poderoso herbicida que destrói ódios, vinganças, desentendidos, supera divisões e traz serenidade.
Deus deu-nos um coração que é terra fértil. Não o transformemos em silvado de ódios, indiferenças, fugas, agressões, maldade.

- A verdade na caridade. Se tens alguma coisa contra o teu irmão vai ter com ele a sós. Fala com ele claramente, mas com humildade e caridade. Que a tua intervenção seja serena, nunca ofensiva, mas caritativa. Pensa no que dizes e no modo como o dizes.

- A coragem e a confiança. Nunca desistas diante das dificuldades mesmo que elas te magoem. Desistir é covardia. Lembra-te que sempre que desistes, escancaras as portas ao mal. Recorda nas horas mais dolorosas a palavra do Mestre; "Quem perseverar até ao fim, salvar-se-á".

- Escancara o teu coração a Deus. Se és crente, então já sabes. O teu modelo é Jesus Cristo. Faz tudo como se fosse Ele a fazê-lo. Pensa e sente tudo como se fosse Ele a pensar, a falar, a sentir. Mais faz tudo por Ele. Nunca faças por exibicionismo ou para dares nas vistas. Depois, por favor, nunca te vanglories à custa do espezinhamento dos outros. É horrível!

Vá! Vai em frente! Ressuscita para um vida nova, De PAZ!
Confia que se quiseres tudo pode ser diferente.
Deus nunca falta. É preciso é que tu não faltes!
Coragem!