sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A riqueza das crianças


"É uma tristeza. Na minha terra não há uma única criança" – dizia-me há dias um antigo paroquiano. E uma jovem de 17 anos, dizia-me há tempos que era a única rapariga nova em toda a sua freguesia.

Tem razão o director do Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha ao dizer que a "Alemanha é o país mais pobre da Europa". (Welt Online, 3 de agosto). Ele estava-se a referir à pobreza em termos de crianças, mas podemos dizer que é pobre uma família sem filhos, por mais dinheiro que tenha. E o mesmo se aplica a um país.
Egeler fez esta preocupante afirmação no último 3 de agosto, ao apresentar os resultados do último microcenso nacional, o Mikrozensus 2010.
Os dados revelam que entre 2000 e 2010 houve uma queda de 14% no número de crianças e menores no país. Enquanto eles eram quase 15,2 milhões no ano 2000, no ano passado foram contados 13,2 milhões, ou 2,1 milhões a menos em 10 anos.
Com seus 13,2 milhões de menores, a Alemanha tem a percentagem mais baixa de crianças entre todos os estados europeus: eles são apenas 16,5% da população alemã (em 2000 eram 18,8%). Enquanto na Bulgária (16,7%) e na Itália (16,9%) a situação é parecida com a da Alemanha, a vizinha França se orgulha de uma taxa de fertilidade de 2 filhos por mulher e apresenta a percentagem de quase 22% de menores em sua população. Na Grã-Bretanha, Holanda e países escandinavos o número de crianças também supera 20% da população.
De Portugal não temos estatísticas mas, segundo lemos há tempos, o país está entre os que têm a menor taxa de fertilidade. E as políticas do último governo devem ter agravado e muito esses números. É do conhecimento geral que os governos anteriores favoreceram quem abortava em detrimento de quem acolhia um filho.
Estamos numa altura de grande crise económica mas isso não pode ser desculpa para não favorecer a maternidade.
E aos professores e catequistas deixamos aqui um apelo. Amem os vossos alunos. Ajudem-nos a crescer e a ser alguém. Não lhes faltem com carinho e compreensão. Ajudem-nos a gostar de ser crianças e adolescentes. Um dia lembrarão com saudade esse tempo e gostarão também de ter crianças.
In Amigo do Povo

Miguel Torga

Veja aqui.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ANDAMENTO DAS OBRAS DO CENTRO PAROQUIAL

Veja aqui.

São Miguel: Feriado Municipal. Não seria possível gastar menos?


- A Feira de São Miguel está fraquita este ano - ouvi.
Pois, a crise chega a todo o lado. Por isso não admira que menos gente esteja presente. Por outro lado, é dia de semana, em tempo de vindimas e de apanha da  fruta. Urge aproveitar enquanto não chove.
Pelo que me foi dado observar, as tasquitas da marrã  estiveram compostinhas. Do fundo dos tempos ergue-se a herança cromossomática a exigir a marrã...
Decorre na tarde de hoje a  corrida de cavalos, muito apreciada pelos seus fãs.

Até ao momento, as festas estão a decorrer com calma e serenidade, o que é sempre de assinalar.

Só penso que num concelho pequeno, com festas e mais festas durante o ano nas diversas freguesias, era de evitar certo despesismo festivo, até porque estamos em tempo de "vacas magras".
Tanto conjunto para quê? O fogo de ontem à noite foi um exagero. Um queimar de dinheiro que desaparece num instante.
Havia tantas coisas belas e perduráveis onde o dinheiro seria muito mais bem utilizado...
Não culpo propriamente a poder político, mas o sentir popular atrás da satisfação do qual corre tantas vezes o poder. O povo quer é festa e foguetes, mesmo que cerca de 20% da população portuguesa esteja no limiar da pobreza. Mesmo que haja entre nós outras necessidades bem mais prementes.
Não será também este um sinal de que somos um povo superficial, que vive o momento sem preocupações com o futuro e com os outros?

GASPTA NA FEIRA DE SÃO MIGUEL

Quando a Igreja sai para fora das Igrejas...



Também este ano o GASPTA esteve na Feira de São Miguel. Os elementos do grupo sairam para a praça pública para proclamar que "SEM CARIDADE NADA SOU". É a Igreja que sai para fora das igrejas. Está no mundo para anunciar que aí o amor de Jesus Cristo por cada pessoa, especialmente pelos mais carenciados.
Promoveu a venda de artigos agrícolas para poder ter mais algum fundo no intuito de ajudar quem precisa.
No meio do comércio e da feira, alguém trabalha em prol dos outros. Afinal eles foram Evangelho na vida, testemunho na acção, amor no trabalho, alegria no serviço.
Parabéns!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

São Miguel em Tarouca

Pratos tradicionais do São Miguel: veja aqui.

Estudam pouco, sabem pouco e não estão preparados para este mundo cruel

O ESTUDO E A CULTURA
 Li, há pouco tempo num jornal, que um determinado colégio quis recrutar dois professores de que necessitava. O diretor, que já correu mundo a ensinar português, resolveu fazer uma entrevista a cada um. Esses dois professores não só eram licenciados como eram mestres em ciências da educação.
O diretor do dito colégio, além de várias questões pertinentes, perguntou-lhes se sabiam, geograficamente, em que região se situava o colégio e como se chamava o rio que por ali passava. Deve dizer-se que o rio é um dos principais cursos de água a nível ibérico. Pois, segundo o jornalista, nenhum deles soube responder a tão insignificantes questões.
Não vamos agora aqui afirmar que, só por isso, não seriam bons professores, contudo certas ignorâncias dizem muito sobre o nível cultural de alguns licenciados e mestrados. Será por isso que têm medo do exame que o Ministério quer fazer para o ingresso na carreira docente? Pelos vistos têm.
Antigamente, quando muito poucos chegavam às Universidades, o emprego era garantido e, às vezes, os filhos continuavam a profissão dos pais. Hoje, porém, com o aumento da escolaridade e com a elevada frequência das Universidades, tudo é muito mais difícil. Só trinta e sete mil professores não foram colocados! Isto de certeza tem as suas causas. O que é que isto quer dizer? Primeiro, esses trinta e sete mil não se formaram de um dia para o outro. Já sabiam pois que as colocações seriam problemáticas. Então porquê frequentaram esses cursos? Segundo, porquê muitos, não tendo notas para entrar nas universidades públicas, entraram em universidades particulares onde, de preferência, só há esses cursos? Terceiro porquê escolheram os cursos que se tiram com mais facilidade? Isto sem contar com as despesas que os pais fizeram sempre com a esperança de terem um filho doutor. Falo dos professores como podia falar de outros profissionais. A crise só veio agudizar a situação.
Será que a competição, por vezes feroz, alertou esses jovens para as dificuldades e para a importância de se estudar verdadeiramente e de ultrapassar os obstáculos que lhes surgirão pelo caminho? A resposta é não.
Estudam pouco e sabem pouco e não estão preparados para este mundo cruel, competitivo e pouco dado a facilidades. Não acreditam nas vidas duras dos seus pais e avós que souberam ultrapassar tudo com menos estudos mas, talvez, com mais cultura. Para confirmar o que escrevo, passo a citar Inês Pedrosa sobre o assunto: "Culpa dos
papás
? Sem dúvida: viveram a sacrificar-se pelos filhos, deram-lhes tudo menos a noção de sacrifício.
Esqueceram-se de lhes ensinar que a democracia é um sistema frágil e que sem a coragem dos seus antepassados não teriam as regalias que têm.
Esqueceram-se de lhes ensinar a lutar por mais do que um lugar ao sol. Esqueceram-se do essencial".

Carlos A.Borges Simão

terça-feira, 27 de setembro de 2011

«Os pobres são os vossos senhores; um dia serão os vossos juízes».(S. Vicente de Paulo)

ENCONTROS NA PADARIA - AS MONTANHAS


As tertúlias na Padaria do Castanheiro do Ouro decorrem normalmente numa sexta-feira, de 2 em 2 meses, pelas 21 horas. Desta vez, atendendo ao aniversário do senhor Manuel Baptista, o evento realizou-se ontem. A próxima tertúlia será em 25 de Novembro, às 21 horas, no sítio do costume: Padaria do Castanheiro do Ouro.
Não são encontros secretos. Nada disso. Toda a gente que queira pode participar nos termos propostos na 1ª imagem deste post.
A temática para  cada sessão é sempre discutida em grupo na sessão anterior. Para a próxima será "A montanha e a água."
O encontro de ontem foi muito interessante e participativo. Poemas e outros textos sobre a montanha (originais ou de autores consagrados, muitos destes da nossa região ou que tiveram a ver com ela), música, debates, história, sociologia, geografia, costumes, religião...
Numa terra onde os eventos culturais são tão poucos, é óptimo que as pessoas se reúnam para partilhar e viver cultura.
Se acha que estas tertúlias lhe interessam, então já sabe. Apareça. Será sempre bem-vindo (a).

NÃO SE TRATA DE PROMOVER UMA RELIGIÃO, MAS DE DEFENDER A LIBERDADE (entrevista de Joseph Weiler ao «Público»)

Judeu convicto, especialista em Direito Constitucional, Joseph Weiler defendeu perante o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos o direito de a Itália ter crucifixos nas paredes das escolas e o direito da França a não os ter. E diz que esse pluralismo europeu é que é bom. Ganhou por 15-2.

VALE A PENA LER A ENTREVISTA. AQUI

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aston Martin contraria crise com aumento de vendas em Portugal

  "Aston Martin Portugal já tem encomendas do novo modelo V12 Zagato, que será produzido numa edição especial muito limitada: apenas 150 exemplares. A produção deste modelo está prevista arrancar no Verão de 2012, nas instalações da marca, em Gaydon, Grã-Bretanha. O preço do V12 Zagato está fixado em 330 mil libras (cerca de 374 mil euros)."
Até Agosto já foram vendidos 15 novos Aston Martin no mercado nacional.
Enquanto se discute os impactos da crise nos bolsos dos portugueses, há produtos que continuam a facturar no mercado nacional, indiferentes ao clima de contenção. A Aston Martin, apesar da situação económica adversa em Portugal, está a ter um 2011 positivo. "Esperamos vender 22 unidades e aumentar o número de venda de viaturas usadas, grande parte originadas pelo ‘up-grading' feito pelos nossos clientes", refere fonte oficial da Aston Martin Portugal ao Diário Económico.
Até Agosto, já foram vendidos 15 novos Aston Martin, em Portugal, sendo que o modelo Rapide - que custa 264 mil euros - é o mais vendido. No ano passado, a marca de luxo britânica ficou-se pelas 21 unidades no mercado nacional.
"O bom desempenho da Aston Martin Portugal deve-se ao esforço feito em marketing e divulgação dos novos modelos e também a fidelização dos clientes," adianta a mesma fonte.[CORTE_EDIMPRESSA]
Um investimento ou um custo?
Se a maior parte dos carros desvalorizam assim que saem dos ‘stands', os Aston Martin podem ser, até certo ponto, considerados um investimento. A compra de um Aston Martin é, sobretudo, "um investimento afectivo de uma pessoa que procura a exclusividade proporcionada pelos objectos raros e se fascina com a elevada qualidade, a perfeição técnica, o estilo elegante e o desempenho de excepção", explica um especialista em carros de luxo.
Mesmo que o motivo de compra não seja o investimento financeiro, "o valor destes automóveis usados mantêm-se com invejável estabilidade, pelo que, a aparecer qualquer viatura em oferta, será sempre por um valor relativamente confortável", refere fonte do sector.
Bom investimento ou não, o certo é que a Aston Martin Portugal já tem encomendas do novo modelo V12 Zagato, que será produzido numa edição especial muito limitada: apenas 150 exemplares. A produção deste modelo está prevista arrancar no Verão de 2012, nas instalações da marca, em Gaydon, Grã-Bretanha. O preço do V12 Zagato está fixado em 330 mil libras (cerca de 374 mil euros).
A nova "obra de arte" da Aston Martin foi desenvolvida em parceria com a Zagato e é uma interpretação moderna do DB4GT Zagato da década de 60, um dos mais emblemáticos modelos da Aston Martin, do qual apenas foram fabricadas 19 unidades.
O Zagato está equipado com o mesmo propulsor do Vantage V12, ou seja, um V12 de seis litros com capacidade de 510 cavalos, entre outras características.
Fonte: aqui

Deixa-me a pensar...
"Até Agosto, já foram vendidos 15 novos Aston Martin, em Portugal, sendo que o modelo Rapide - que custa 264 mil euros - é o mais vendido."
"Aston Martin Portugal já tem encomendas do novo modelo V12 Zagato, que será produzido numa edição especial muito limitada: apenas 150 exemplares. A produção deste modelo está prevista arrancar no Verão de 2012, nas instalações da marca, em Gaydon, Grã-Bretanha. O preço do V12 Zagato está fixado em 330 mil libras (cerca de 374 mil euros)."
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Como pode ser isto? O sistema capitalista, puro e duro, no seu melhor!
Quando os ricos geram riqueza, geram postos de trabalho, investem, é justo que tenham a justa recompensa. Mas passear-se num carro que custa 264 mil euros ou encomendar outro modelo da mesma marca que custará cerca de 374 mil euros, cheira a insensibilidade social, a liberalismo económico cego.
Que cidadania pode depreender-se de um indivíduo que se pavoneia ao volante de um carro destes diante de uma multidão de pobres, sendo que muitos só podem comer uma vez ao dia!?
Esta falta de consciência cívica diz muito do povo que ainda somos e explica algo do fosso em que nos encontramos...
E referimos só uma marca de luxo! Agora pensem em tantas outras...

O QUE PODE DESTRUIR O HOMEM?

«A política, sem princípios;
o prazer, sem compromisso;
a riqueza, sem trabalho;
a sabedoria, sem carácter;
os negócios, sem moral;
a ciência, sem humanidade;
a oração, sem caridade».

( Mahatma Gandhi)

domingo, 25 de setembro de 2011

Reunião do Arciprestado

Na noite deste domingo, decorreu na casa paroquial de Tarouca mais uma reunião do arciprestado tarouquense.
Foi um momento de partilha, convívio, reflexão, de comunhão nas preocupações e anseios. Sobretudo mereceu a nossa atenção a preparação da reunião de zona que vai acontecer em 15 de Outubro, bem como algumas perspectivas para a  concretização do próximo plano pastoral.
Foi bom mesmo este momento de comunhão presbiteral.
Na diversidade cultivamos a amizade e o apego à missão.
Parabéns, colegas, por serem assim.

Festas de São Miguel 2011 - CORTEJO DA CIDADANIA

Decorreu na tarde deste domingo, na Cidade de Tarouca, o CORTEJO DA CIDADANIA.
Estava bastante gente a ver passar o cortejo. Muitas pessoas e associações concelhias foram protagonistas desta manifestação cultural.
Parabéns a quem organizou. Parabéns a quem participou. Parabéns a quem assistiu:  Houve  espírito de cidadania.

VEJA aqui mais fotos.

Também pode ver  AQUI o vídeo do Cortejo.

AINDA SOBRE AS FESTAS:
Última Hora, Micaela nas Festas S.Miguel - 29-09-2011 - aqui

FESTAS DE S. MIGUEL 2011 - IIª Feira da Marrã

Veja aqui reportagem fotográfica.

sábado, 24 de setembro de 2011

Douro: Padres denunciam crise no setor vinícola

Os párocos dos concelhos da Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio, no interior Norte, estão preocupados com as dificuldades dos viticultores da região e pedem a intervenção do Governo para sanear as adegas em crise.
Depois de sublinharem que “o cultivo das vinhas é cada vez mais caro”, os sacerdotes da diocese de Vila Real assinalam que “as pessoas não têm outra alternativa para viverem”, até porque “o tão badalado turismo contribui muito pouco ou quase nada para a melhoria económica da gente do Douro”.
“Se não se resolver o problema da produção e comercialização do vinho, que será das pessoas nesta região? Até onde irá a sua paciência? Qual a solução? O abandono puro e simples? Que futuro para as pessoas? A emigração? Ainda maior desertificação do interior do país?”, perguntam.
Ao mesmo tempo que há famílias com dificuldades para sobreviver “com tão magros recursos” e alguns associados das adegas “vão saindo sorrateiramente destas instituições”, é público “que o vinho se vende (e bem!) e que há quem faça fortuna com este produto”, acentuam os padres.
“As Adegas Cooperativas chegaram a esta situação por culpa de quem? Outras Adegas do Douro encontram-se de boa saúde e exercem normalmente e com agrado dos sócios as funções que lhes são cometidas pelos Estatutos”, referem os signatários, que apelam à intervenção do Governo.
No entender dos párocos da diocese sediada 400 km a norte de Lisboa, o Estado “não pode ser um mero espectador na livre competição entre grandes e pequenos”, devendo “não só ser árbitro, mas também intervir por si ou por meio de instituições intermédias, apoiando os mais fracos e desprotegidos”.
“Não era essa a função moderadora e reguladora da Casa do Douro? Porque lhe retiraram as atribuições que tinha?”, interrogam os sacerdotes, salientando que a “livre concorrência” na produção do vinho “tem conduzido ao esmagamento do preço para os pequenos e médios produtores e ao enriquecimento dos mais fortes e poderosos”.
O Ministério da Agricultura informou a 12 de agosto que a situação da Casa do Douro, com uma dívida de 100 milhões de euros e ordenados em atraso, “está a ser acompanhada de perto" pela ministra, Assunção Cristas, que procura “a melhor solução” a apresentar à instituição.
No comunicado divulgado esta quinta-feira os párocos pedem a criação de um “Programa de Saneamento Financeiro das Adegas em crise”: “Não poderá o Ministério da Agricultura intervir, sugerindo, aconselhando e até impondo medidas para melhor e mais eficaz administração das mesmas?”.
E que têm a ver a Igreja e os padres com estes assuntos?”, questiona o último parágrafo do documento, que justifica a tomada de posição com um texto do Concílio Vaticano II (1962-1965).
“‘Não podemos ser alheios às alegrias e esperanças, às angústias dos homens nossos irmãos; somos solidários com todo o homem e com toda a mulher de todo o lugar e todo o tempo’, muito em especial aqueles que são de nossas paróquias”, explica o comunicado.
In ecclesia

EM SINTONIA
Parabéns aos sacerdotes que tomaram esta posição. A minha solidariedade para com eles.
Como dizia João Paulo II, "o homem é o caminho da Igreja".
Uma Igreja fechada sobre si mesma, não arejada pela vida actual, quintalizada, preocupada só com as suas questões internas,  enclausulada nas suas "prudências" e medos, indiferente às angústias das pessoas a quem nunca oferece voz e vez, será a de Jesus Cristo? Penso que nunca o será.
A Igreja ou é "sal", "fermento" e "luz" ou não é fiel ao Evangelho.
Só uma Igreja centrada em Cristo e descentrada no homem  tem saber e sabor crístico.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Saudades de Villa-Boas ou apenas dois apagões?

Por afazeres pastorais, não pude ver o Porto-Benfica. Logo que me foi possível, vi resumos na TV, ouvi comentadores e declarações dos intervenientes, passei os olhos pelo que a internet oferece sobre esta partida.
Começo por dizer, e não o escrevi antes para evitar abruptas precipitações, não me entusiasma o treinador Vítor Pereira. Como muitos portistas, também o acho muito fraquinho como treinador, mesmo que até possa ganhar o campeonato. Eu bem sei que Mourinhos e Villas-Boas não aparecem aos montes...
Ainda hoje de tarde, ao telefone com um amigo portista, lhe dizia que não tinha muita esperança num bom resultado. E acrescentei: "Este ano, a não ser que haja uma mudança radical de atitude, não vamos lá..."
Depois da vergonha que foi o jogo com o Feirense, outra partida mal conseguida. Em casa, a ganhar por duas vezes e deixa-se empatar???
Pronto, não gosto deste FCP. Não me convence e tem bem melhor matéria prima que o do ano passado. A equipa está sem fio de jogo, sem agressividade, sem ideias, sem paixão...
Dir-me-ão que falta Falcão. Sem dúvida, um ponta-de-lança de outra galáxia. Que a SAD cometeu um erro tremendo quando não conseguiu substitui-lo condignamente. De acordo. Kléber é um jovem, com potencial e hoje até marcou um golo. Mas não tem a dimensão de Falcão. Pode vir a ter, mas ainda não tem.
Já se fala entre os portistas em "jesualisação" do Porto. Só de pensar nisto, arrepio-me! É que a equipa marca e defende logo fechada e nervosa, sem conectar um passe e sempre de balão para a frente.

E pronto. Pelo que me foi dado observar, o resultado parece-me justo.
Uma coisa apreciei imenso: foi FCp-SLB relativamente civilizado.

O PAPA FOI «VISITAR» LUTERO

Veja aqui.

Reunião do Conselho de Arciprestes

Reuniu na manhã de hoje, 1º dia de Outono,  o Conselho de Arciprestes da Diocese de Lamego a que presidiu o Bispo diocesano.
Depois de um tempo de oração e de reflexão, centrada na presente visita do Papa à Alemanha e na mensagem que está a deixar ao mundo e no testemunho do Santo Padre Pio de Pietrelcina, que hoje recordamos, passou-se a análise e reflexão de vários temas, entre os quais avulta o Plano Pastoral 2011/2012, contextuando-o. Por um lado, a iminência da vinda do novo Bispo e por outro o projecto Repensar juntos a pastoral da Igreja em Portugal.
Com base na síntese diocesana relativa ao trabalho desenvolvido em toda a diocese sobre este projecto, será apresentado um esboço de Plano Pastoral, bem concreto, aos sacerdotes que se vão reunir por zonas, para debate e enriquecimento. Os sacerdotes dos Arciprestados de Tarouca, Armamar, Castro Daire, Lamego e Resende reunem na Casa de São José, Lamego, em 15 de Outubro, às 10 horas.
Embora em fim de ciclo, a vida diocesana não pode parar. Quem vier comandar a nau, pode depois dirigi-la na direcção que achar mais conveniente, mas a  nau não pode ficar no porto à espra.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que é a ADDHU? Apelo à solidaredade - Contra a fome no Corno de Africa

“A pobreza é a pior forma de violência” (Ghandi)

A ADDHU – Associação de Defesa dos Direitos Humanos - é uma ONGD Internacional (reconhecida e registada pelo Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, Ministério dos Negócios Estrangeiros, como ONGD e Instituição de Utilidade Pública, ao abrigo dos artigos 8º e 12º da Lei 66/98 de 14 de Outubro), que trabalha no campo da defesa dos direitos humanos e ajuda humanitária.
Apelo à solidaredade -   Contra a fome no Corno de Africa
Caros amigos e apoiantes, 
A ADDHU desenvolve trabalho no Quénia, um dos países afectados pela crise humanitária no Corno de África. De modo a responder a esta crise, estamos neste momento no terreno a desenvolver várias iniciativas nos bairros de lata de Nairobi, que têm vindo a receber cada vez mais refugiados da Somália, uma vez que os campos do Norte se encontram sobrelotados, para além desta crise estar também a afectar gravemente a população queniana, nomeadamente nos meios mais desfavorecidos. Entre as iniciativas organizadas e levadas a cabo, importa salientar as distribuições regulares de bens alimentares às famílias mais afectadas (no dia 15 de Agosto, distribuímos cerca de 800kg de arroz, feijão e farinha de trigo no bairro de lata do Soweto, que beneficiaram mais de 600 famílias) e um programa alimentar escolar também no bairro de lata do Soweto em Nairobi, que neste momento abrange 690 crianças e que gostaríamos de alargar a mais crianças.
Desta forma, vimos por este meio solicitar o vosso apoio para divulgar a nossa resposta a esta crise pelos vossos contactos. O nosso objectivo é realizar uma grande campanha para podermos continuar a distribuir alimentos a estas populações.
A ajuda pode ser canalizada pelo número solidário da ADDHU  -
760 300 130 (0,60 Euros + IVA)  -  ou por transferência para o NlB 0033 0000 45392959245 05
Muito obrigada
Laura Vasconcellos
Presidente e Fundadora da ADDHU

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tempo a mais na creche

Muitas crianças passam demasiadas horas nas creches e os especialistas acham que isso as pode prejudicar.
Isso pode provocar sentimentos de abandono e baixa auto-estima, sobretudo nas mais ligadas à família. E pode-as mesmo levar à depressão.
Ao final do dia, os sintomas de muitas horas no jardim-de-infância revelam-se. "Estão cansados de nos ver, ficam irrequietos, começam a choramingar e a agredir-se uns aos outros", dizem as pessoas que lidam com elas.
Tudo o que é mais de 8 horas nas creches prejudica a saúde das crianças.
Tudo o que é mais de 8 horas nas creches prejudica a saúde das crianças.
Quase todos os pais procuram estar o mais tempo possível com os filhos, mas há também os que se esquecem deles e preferem passar o maior número de horas sem eles. No fim do trabalho, arranjam sempre desculpas para os deixar mais umas horas na creche.
"Se soubessem o mal que isto acarreta aos seus filhos, iriam a correr buscá-los" – diz-nos um pedopsiquiatra.
In O Amigo do Povo

Para onde vais, Diocese de Lamego?

Como o actual Bispo tem anunciado, não estará longe a sua substituição à frente da Diocese de Lamego.
A gratidão pelo serviço prestado estimula-nos à abertura ao novo ciclo que vai chegar.
Aqui partilho o meu humílimo contributo, na comunhão da Igreja que somos, aberto à riqueza da partilha.

1. Vivemos no tempo do "individual". Se isto pode trazer graves perigos, também nos alerta para a importância da pessoa humana e para a atenção que lhe é devida. O homem não é um ser perdido no meio da multidão, é uma pessoa.
É preciso uma atenção muito especial a cada sacerdote, centrada num diálogo franco, amigo, mobilizador. Especial empenho merecem os jovens padres, porque é preciso que o sangue novo lançado nas veias da diocese oxigene duravelmente o corpo diocesano, oferecendo-lhe entusiasmo, iniciativa, inquietação e alegria.
Claro que especialmente não quer dizer exclusivamente. O diálogo estende-se a cada sacerdote.

2. Desde há muito que se tem dado especial relevo à vocação sacerdotal, cuidando menos da vocação laical. Urge dar muito mais relevo a esta última sem esquecer a primeira.
Promoção e valorização do laicado precisam-se. Não só com palavras, mas "em obras e verdade."
Contribuir para a maioridade laical, levará à realização do crente e a mais e melhor compromisso, assumindo serviços que lhes competem e que ainda são desempenhados por padres.

3. Lançar a Igreja Local em caminhada sinodal rumo ao Sínodo Diocesano. Uma caminhada alegre, comprometida, mobilizadora que ninguém deixe ao lado ou para trás. Precisamos muito de ouvir o que o Espírito diz à nossa Igreja Diocesana.

4. Com atenção à decifração dos carismas que Deus distribui como quer e onde quer, é importante a colocação de dois ou três padres, a tempo inteiro, ao serviço da pastoral diocesana (catequese, jovens e família). Também a acção sócio-caritativa carece de mais ênfase e asas para a acção.

5. Fazendo do homem o caminho da Igreja como propôs o papa João Paulo II, é preciso virar a diocese para o mundo, menos centrada em problemas e questões internas, e mais voltada para o mundo, seus problemas e desafios, onde a caridade e profetismo caminhem irmanados. Acho este aspecto capaz de forte mobilização para a missão e fomentador da maior comunhão interna.

6. Unir em Cristo a vida da Igreja e de cada crente. É preciso que a Igreja mostre Cristo, testemunhe Cristo, reze Cristo. Nas devoções populares, nas festas e romarias, na pregação e catequização, na caridade e no profetismo. Partir de Cristo, levá-l'O ao homem deste tempo para que com Cristo o homem chegue ao Pai.
Muitas vezes me pergunto: "Onde fica Cristo no devocionismo popular ou na visão estruturalista da Igreja..."

7. Redefinição dos espaços pastorais à luz da realidade que somos, que possibilite uma melhor e mais eficaz distribuição dos sacerdotes. Tal poderia abrir espaço à comunhão com outras Igrejas Locais - e com a Missão. Poderia também facilitar uma maior valorização do clero pelo prosseguimento de estudos, visando uma resposta mais capaz aos problemas e desafios do homem do nosso tempo.

Penso que o Bispo que vai chegar precisará, logicamente, de um tempo de adaptação e de conhecimento da realidade que somos como Igreja Local. Para depois partirmos. Bispo, leigos, religiosos, padres. Todos. Para a missão.

Com gratidão pelo serviço prestado à Diocese pelo actual Bispo e pelos que o antecederam, preparemo-nos para o novo ciclo, abrindo portas e janelas à esperança.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Nas campanhas eleitorais, é tudo muito bonito, só que depois...

Procurei estar minimamente atento aos programas eleitorais dos vários partidos nas últimas eleições que procurei conjugar com o "histórico" das intervenções dos mesmos ao longo dos últimos tempos.
No programa do CDS, três aspectos mereceram a minha simpatia:as ideias sobre a Educação, a Segurança dos Cidadãos e sobre a Agricultura. Claro que nos programas dos outros partidos, também havia aspectos que apreciava, como por exemplo, a posição do BE face aos Bancos...
Mas se hoje refiro o CDS, é porque este partido está no governo coligado com o PSD. Ora estando a governar, é natural concluir que pode pôr em prática muitas das suas medidas.
É certo que o tempo de governação é ainda muito pouco e que tudo tem o seu tempo. De qualquer maneira, ao ler hoje o jornal "Sol" (aqui ) , encontro esta informação: "... todos os dias são assaltadas 80 casas em todo o país. Segundo dados do Sistema de Segurança Interna, a que o SOL teve acesso, o número de furtos a residências subiu 14,6% só nos primeiros cinco meses deste ano (11.942 queixas) face ao mesmo período de 2010." 
Dir-me-ão que estes dados se referem aos 5 primeiros meses do ano em que o país era governo pelo PS. Mas todos sabemos - basta ler os jornais - que o número de assaltos não pára. Então onde está a segurança tão apregoada pelo CDS? Será que um país inseguro algum dia poderá gerar segurança para o progresso?
A insegurança torna a crise mais insegura, mais negra, mais asfixiante.
Quanto à Agricultura, pasta a que preside uma ministra do CDS, não tenho ainda opinião formada. Aguardo, expectante.
No que se refere à Educação, cujo ministro é o independente Nuno Crato, penso que estará no bom caminho, dentro do quadro de asfixiamento financeiro em que nos encontramos.
Também depois da calamidade que foi Maria de Lurdes Rodrigues como ministra, não seria difícil fazer melhor...
É tempo, senhores políticos, de não prometerem o que não podem e de fazerem o que prometem.
Segunda Feira

domingo, 18 de setembro de 2011

Vida de Padre não é fácil, mas vale a pena!

Que fim-de-semana!
No sábado bem gostaria de ter estado nas celebrações do cinquentenário do Seminário Maior de Lamego, mas nem sempre podemos fazer o que gostamos, porque temos que fazer o que devemos. Além do expediente normal, presidi à celebração de um matrimónio com baptismo e tive as Eucaristias vespertinas do costume.
No domingo, além das Missas normais, subi à tarde a Santa Helena para a oração e a Eucaristia do 3º domingo do mês. Desci e participei na oração do  Grupo de Oração e Amizade.
Mas o que mais me cansou foi a necessidade de arranjar disponibilidade interior para tratar de vários casos relacionados com a pastoral, a vida dos grupos e organismos, atendendo ainda as pessoas que se me dirigiram para falar de situações pessoais. Não houve nenhuma Eucaristia ou celebração em que isto não acontecesse. E muitas destes situações não eram assim tão fáceis!
Numa das viagens do dia, pensava comigo próprio: " Não seria melhor que estes casos fossem tratados durante a semana para não tirarem serenidade interior, indispensável à vivência da Eucaristia?" E como que respondendo a mim mesmo, acrescentava: "Para mim, certamente seria bom, mas as pessoas têm a sua vida, o seu emprego, as suas preocupações... É preciso atendê-las ou abordá-las quando elas podem."
Quero dar graças a Deus. As abordagens correram bem, houve compreensão e ponderação. As pessoas com quem falei ou me falaram foram simpáticas e serenas. Um obrigado ainda ao jovem casal que simpaticamente me convidou para almoçar e em cujo ambiente familiar me sinto como em casa.

BOA SEMANA, ESPECIALMENTE PARA SI, CARO VISITANTE!

sábado, 17 de setembro de 2011

Amanhã incerto

Quando Passos Coelho alega que a austeridade é determinante para o País sair da crise, não falta à verdade. Quando Mário Soares, chocado com o aperto financeiro que asfixia os portugueses, diz que Portugal pode estar pior daqui a três anos, também não.
O problema reside em saber onde está a medida exacta dos remédios para arrumar as contas nacionais. O primeiro-ministro, disposto a descolar, a qualquer custo, da imagem da Grécia, não esconde a intenção de levar ao extremo o acordo estabelecido com a troika, o que significa que, se 2011 foi mau, 2012 vai ser ainda pior. O véu sobre o Orçamento do próximo ano já se levanta e a certeza de novos aumentos de bens essenciais, e até de impostos, fica mais clara. Seguras as mexidas no IVA, no mínimo para compensar a descida da TSU, sobre a qual ainda ninguém se entendeu, bem como subidas na electricidade, na água, no gás e (de novo) nos transportes, pelo menos.
A isto juntar-se-á o que, eufemisticamente, o Governo apelida de realinhamento de salários, o que mais não significa do que a redução de rendimentos dos que trabalham para o Estado. Passos Coelho ainda não leva cem dias no lugar e a sua equipa o que conseguiu, no essencial, foi , de facto, reduzir o poder de compra dos portugueses e a sua qualidade de vida, com efeitos sérios no consumo. Nesta semana, finalmente, avançou com dados concretos sobre acções para emagrecer o Estado. Positivo o anúncio da extinção de 137 entidades públicas e da supressão de 1712 lugares de dirigentes. Não era sem tempo, mas aguarda-se que as coisas não fiquem por aqui e que, por exemplo, as centenas de fundações, empresas e institutos que o País alberga não resistam à purga.
O que Mário Soares, no fundo, sublinha é a ausência da outra face da moeda, isto é, a adopção de medidas que promovam, a par da austeridade, o relançamento da economia e do emprego. Isso continua a faltar. Do ministro da pasta, de quem muito se esperava mas de quem pouco se tem visto, continua a aguardar-se o desenho de políticas que aliviem a recessão. É inútil o seu alerta para o facto de a situação em Portugal ser de "emergência nacional", pois não há português que disso não se aperceba. Álvaro Santos Pereira, dentro e fora da concertação social, tem de fazer mais. Pressupõe-se que ele e Vítor Gaspar andem de mãos dadas e que enquanto um disciplina e corta o outro cria mecanismos que possam arrebitar a economia. Curriculum com carimbo estrangeiro, só por si, de pouco vale num país onde o amanhã é cada vez mais incerto, para não dizer perigoso.
José Eduardo Moniz, aqui

URGÊNCIA

"A sociedade  nunca como hoje precisou tanto da diferença do Evangelho e de Cristo para se manter de pé, para se motivar”- Bispo da Guarda

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A GAMELA

Homem mui velho e já tonto,
um filho casado e um neto,
debaixo do mesmo tecto,
nos diz um conto, viviam

Juntos, porém, não comiam:
o velho,
pois que a tigela quebrava
e o caldo entornava,
comia numa gamela de pau,
e fora da mesa:
com asp’reza era tratado
pelo filho, e pela nora
desprezado.

Um dia, ao canto da mesa,
estando o neto entretido
- era ainda pequenote -,
muito atento, a ver se vaza
com uma goiva e um serrote
um pedaço de madeira,
interrompido pelo pai foi,
que indagou o fim
de tal brincadeira.

- “Aqui’stou -
lhe respondeu o inocente
- a fazer uma gamela, qual aquela
em que come meu avô,
para meu pai comer nela,
quando for velho e demente”

.
Acrescenta mais o conto:
revirou o coração ao pai
aquela lição;
cuidadoso e respeitoso
desde então
tratou do velhinho tonto.
 
Filhos que não respeitais
vossos pais,
se algum dia vos couber
filhos ter,
como heis de neles achar
quem vos saiba respeitar?


Henrique O ‘Neil (Séc. XIX), “Fabulário”

"A inveja matou Caim"

"A Inveja corrói as sociedades, Portugal, não só não é excepção, como um caso paradigmático dessa verdade."
"José Gil, no seu «Portugal hoje ou o medo de existir», diz que, aqui, a inveja não é só um sentimento; é também um sistema. Um sistema pantanoso que devora o melhor e promove o pior."
Fonte : aqui

Há anos, por esta zona, quando alguém subia na vida à custa do seu trabalho, engenho e empenho, comentava-se torpemente que tal pessoa enriquecia à custa do negócio da droga ou da imersão em outros submundos ilegais.

 «Meu caro jovem, disse-lhe, acabaste de cometer o maior erro da tua vida. Fizeste um discurso brilhante. Há pessoas que nunca te vão perdoar isso»!
"Quem escuta a sua obra e se delicia com a sua música, de teor assombrosamente divinal, mal imagina o drama em que decorreu a vida de Mozart.
 Afogado em dívidas e cercado por invejas e intrigas, os últimos anos da sua existência (que foram só 35) assemelharam-se a um tormento constante.
 A última obra que compôs, a pedido de um desconhecido, era tida como uma premonição: «Estou a compor o meu próprio Requiem».
 Chegou a convencer-se de que tinha sido envenenado, o que nunca chegou a ser provado.
 Mozart teve em António Salieri um rival que, pelos vistos, nunca conviveu bem com a sua genialidade.
 Tudo isto levou a que nem depois da morte os detractores parassem. Tudo chegou aos ouvidos do rei austríaco, que ficou sobressaltado.
 Avisada, a viúva, Constanze, pediu uma audiência. Precisava de uma pensão, pois tinha seis filhos para criar, dívidas para saldar, mas, acima de tudo, a reputação do marido para defender.
 A forma como interveio é deveras reveladora: «Majestade, toda a gente tem inimigos, mas ninguém tem sido mais atacado pelos seus inimigos do que o meu marido, simplesmente por ter um talento tão grande»!

Um coetâneo de Winston Churchill pressentiu o mesmo quando este lhe pediu opinião acerca do primeiro discurso que fizera no Parlamento.
 Parece impossível. Mas, infelizmente, é a mais diáfana das verdades!" 
Fonte: aqui

Realmente, há muita gente que, habituada às trevas e à mediania, não suporta o brilho e tente apagar a luz.
Encurraladas pela inveja, há pessoas que não conseguem VER a luz e tentam apedrejar a lâmpada.
O invejoso assemelha-se a Kamikaze. Destrói-se a si mesmo, tentando destruir os outros.

II Feira da Marrã (Gastronomia Tradicional)

AQUI

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A inexistência de um Imposto

"Não taxar fortunas que se destinam a herdeiros que não as construíram é a coisa mais estúpida do mundo"  - Warren Buffet
O agravamento de impostos anunciado pelo ministro das Finanças nada tem a ver com a contribuição dos mais ricos para o esforço nacional. Trata-se de mais um ataque fiscal às classes médias e média-alta que vivem do seu trabalho. A esquerda e a direita têm razão quando mencionam que apenas a taxação do património não a dos rendimentos permitiria que os mais ricos dessem o contributo nacional que a boa moral e o bom senso exigem. Esquerda e direita divergem, na medida em que a primeira não vê grandes problemas em taxar bens móveis e imóveis e a segunda considera que isso levaria a urna fuga de capitais. Como é a direita que está no poder, nada será feito para que os ricos participem proporcionalmente no combate à crise.
É
neste contexto que surge a intervenção do Presidente da República e o seu apelo à reintrodução de um imposto sobre heranças. A sugestão do Presidente foi desde logo encerrada com desconfiança pela esquerda e rejeitada pela direita. Mas eu julgo que o PR tem toda a razão, mesmo para além do actual contexto de crise.
Como Warren Buffet nunca se cansou de repetir, não taxar fortunas que se destinam a herdeiros que não as construíram é a coisa mais estúpida do mundo. Todos sabemos que a maior parte dos herdeiros gasta mal o dinheiro dos progenitores, em vez de o tornar socialmente útil. (Estou a pensar em casos muitos concretos, incluindo o da jovem herdeira de uma das maiores fortunas portuguesas que veio agora a público queixar-se de “perseguição aos ricos”). Mas, para além de “estúpida" a inexistência de um imposto sucessório é a maior das injustiças fiscais.
A razão é a seguinte: ao contrário do que acontece quando alguém constrói uma fortuna, ninguém tem qualquer mérito por ter nascido numa família rica. As circunstâncias sociais do nosso nascimento são, como se costuma dizer, “moralmente arbitrárias’
Por isso, os herdeiros não merecem a sua herança e, quando essa herança vai para além de um património razoável que é licito que os pais queiram deixar aos filhos -
 
por exemplo 500.000 euros ou mesmo um milhão de euros -, então é da mais elementar justiça que esse património seja taxado. Note-se ainda, como PR não deixou de frisar, que um imposto deste tipo existe na maior parte dos países, incluindo naqueles que servem modelo ao actual Governo.
A abolição do imposto sucessório em Portugal
- um escândalo num dos países mais desiguais da Europa -
só foi possível pela insistência de Paulo Portas, o verdadeiro autor do argumento de que ao taxar as heranças estamos a taxar os mortos.
Não é verdade. Estamos a taxar herdeiros que não têm moralmente direito àquilo que herdaram e que, na maior parte dos casos, irão desbaratá-lo.
Orlando Fernandes, in Jornal da Beira 

SER FORTE

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O caso do ex-recluso

Veja:

1. "Várzea da Serra tem medo de ex-recluso libertado." - Aqui

2. "POR TAROUCA: EX-RECLUSO, VELHO E DOENTE, ABANDONADO À SUA SORTE! (num casebre sem água nem luz e sem dinheiro prá medicação)." - Aqui

Seminário de Lamego: Programa das celebrações do cinquentenário


(Carregue nas imagens para ler bem)

Todas as pessoas estão convidadas a participar nos vários actos da comemoração. Sinta-se convidado!

Seminário de Lamego em Bodas de Ouro

O Seminário é o coração da Diocese

O Seminário Maior de Lamego, onde se formou a grande maioria dos padres que hoje servem a diocese, encontra-se a celebrar o cinquentenário da sua inauguração.
Como há 50 anos com a inauguração, também agora com o cinquentenário as comemorações comoçaram com um retiro em que participaram mais de 5 dezenas de pessoas, entre padres e seminaristas.

O retiro foi orientado pelo senhor Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos, natural desta diocese e que, enquanto sacerdote, foi durante muitos anos formador e professor no Seminário Maior de Lamego.
Como participante nesre retiro, agradeço ao senhor D. António a orientação do mesmo, a palavra oportuna que nos comunicou, o estilo de pastor que adoptou, a simpatia e acolhimento que revelou.
Obrigado, senhor Bispo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

"Cielito lindo"

Senhor do Monte: Festa-convívio

AQUI

domingo, 11 de setembro de 2011

FOI HÁ DEZ ANOS QUE COMEÇÁMOS A PERCEBER QUE ESTAMOS NUM MUNDO DIFERENTE

1. Não foi a 11 de Setembro que o mundo mudou. Mas foi a 11 de Setembro que o mundo acordou para a mudança.

Aqueles trágicos estrondos funcionaram como detonadores da presença de uma nova realidade.

E foi assim que, há dez anos, tomámos consciência de que entrámos não apenas num outro tempo, mas também num outro mundo.


2. A despesa da guerra contra o terrorismo arruinou os Estados Unidos. E a vontade de justiça depressa degenerou em sede de vingança. Os ofendidos acabaram por reproduzir o comportamento dos ofensores.

À falência económica somou-se, pois, a decadência moral. Resultado: a resposta à violência consistiu num acréscimo de violência e num decréscimo da segurança.

Não estávamos seguros há dez anos. Estaremos mais seguros hoje?

3. A mudança para a qual o mundo acordou pode ser sinalizada na queda do Muro de Berlim e naquilo que ela significou.

O adversário deixou de ser visível e localizado. Passou a ser ignoto e a estar em parte incerta, ou seja, em toda a parte.

Esta situação é mais perigosa. O risco já não vem de um estado, nem de um exército. Em último caso, vem do coração humano. Uma única pessoa pode destruir a humanidade.

4. Uma das (muitas) coisas que o 11 de Setembro inaugurou foi uma percepção terrível. O terrorismo é como a morte: acaba sempre por acontecer. Só não sabemos quando.

Daí que o pessimismo aparente ser mais inteligente que o optimismo. Leva-nos a contar com o pior e a tentar retardar os factos. Mas estes, de uma forma ou de outra, acabarão por sobrevir.

5. Neste momento, mesmo quando não há combates, o mundo sente-se em guerra. Mesmo quando não existem ataques, a humanidade sente-se na necessidade de se defender.

Até há dez anos, sabia-se onde morava o inimigo. Agora, não sabemos onde ele se encontra. Nem o lugar do próximo atentado. Nem qual é o seu alvo. Que, aliás, pode ser qualquer um de nós.

6. O terrorismo global inaugurou uma era paradoxal. Qualquer atentado pode ser visto em directo.

Os seus autores é que permanecem invisíveis. Outrora, anunciava-se o início dos combates. Hoje, os atentados só são conhecidos depois de ocorrerem. E de terem contabilizado muitas vítimas!

 7. Ninguém diga, por isso, que estava preparado ou que tinha soluções para estes problemas. O que veio depois do 11 de Setembro atesta que, por vezes, as soluções agravam os próprios problemas.

Quando se fala de fazer justiça, na prática o que se pretende é imitar quem comete a injustiça. Acha-se que, respondendo ao mal com o mal, a justiça fica reposta. Mas, na verdade, é somente a violência que cresce.

 8. A violência só desaparecerá com a introdução de uma cultura da não-violência.

Jesus foi, por vezes, mal recebido em certas terras. Nessa altura, não litigava. Ia para outro lugar.

Gandhi, que muito admirava Jesus, recomenda o mesmo: seguir em frente.

9. Os séculos, aprendemos com Eric Hobsbawn, não se contam apenas por datas. Contam-se sobretudo pelos acontecimentos que os balizam.

O século XX terminou, em 1989, com o desmoronamento daquilo que o tinha iniciado em 1917: a Revolução Russa.

10. O século XXI terá começado em 2001. Nele, as guerras já não opõem apenas povos. As guerras podem ser de uma pessoa ou de um grupo contra a humanidade inteira.

Entraremos no século XXII quando a civilização vencer a barbárie. Bastarão cem anos para lá chegarmos?

Fonte: aqui

Parabéns, senhor Bispo!

Neste dia 11 de Setembro, D. Jacinto Botelho celebra o seu 76º aniversário natalício.
Deste cantinho, quero desejar-lhe um feliz aniversário e que o novo ano de vida lhe traga tudo o que de bom e de belo deseja o seu coração.
Parabéns, senhor D. Jacinto!

Também neste dia os padres Joaquim Dionísio, Luis Seixeira e António Ferraz celebram o os seus aniversários natalícios.
Parabéns, amigos!

sábado, 10 de setembro de 2011

Não haverá muita razão nas palavras de Lula?

Um milhão nas mãos de um rico gera uma conta bancária ao serviço da especulação financeira; um milhão distribuído por pessoas pobres é uma aposta na economia. - Lula da Silva

Satisfação do trabalhador é essencial para o sucesso

Qualquer empresa que queira retirar um bom desempenho das suas equipas tem de desenvolver as competências e conhecimentos de cada colaborador, promover uma cultura interna de transparência e espírito de equipa e oferecer perspectivas de carreira e crescimento para todos. "As pessoas passam uma parte substancial da sua vida a trabalhar e, por isso, têm de sentir o apoio, o estímulo e o desafio no seu dia-a-dia para progredirem e se desenvolverem, profissional e pessoalmente", defende António Gomes Mota.

O que falta a muitas das empresas portuguesas é, portanto, tão simples quanto reconhecer o valor do trabalho dos seus colaboradores no seu crescimento a médio e longo prazo.

Veja aqui

Santana Castilho "arrasa" Paços Coelho e Nuno Crato

Acompanhe aqui

ACORDO NA EDUCAÇÃO...

Segundo o Correio da Manhã, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) e sete dos treze sindicatos chegaram esta sexta-feira a acordo sobre o novo modelo de avaliação. De fora do entendimento ficou a Fenprof. Já a segunda maior estrutura sindical, FNE, aceitou assinar o acordo com o MEC, apesar da manutenção das quotas para as classificações mais elevadas.
João Dias da Silva, da FNE, explicou que, "mantendo-se a discordância em relação às quotas, foram conseguidos pressupostos essenciais" para os docentes, entre os quais a não contabilização da avaliação para efeitos de concurso no caso dos professores de quadro. A Fenprof ficou de fora do acordo, e Mário Nogueira, secretário--geral, disse que é um capítulo "fechado".
Nuno Crato elogiou o "grande espírito de diálogo" que norteou as negociações com os sindicatos e explicou que o novo modelo "terá uma avaliação com ciclos mais longos" e que o novo modelo "evita conflitos de interesses entre avaliadores e avaliados". "É uma avaliação não burocrática, vamos virar uma página", garantiu.

Jesus Daily (Diário de Jesus) é o mais popular do facebook

https://www.facebook.com/JesusDaily

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

ÚLTIMA SONDAGEM

Se acha que há leis da Igreja que estão obsoletas, indique quais:

. O celibato dos padres.
 60%
 
. Proibição de os recasados comungarem.
 100%
 
. Obrigatoridade da missa ao domingo.
  40%
 
. A posição da Igreja em relação aos anticonceptivos.
  70%
 
. Disposições da Igreja em relação ao "sexo seguro".
  40%
 
. A não admissão das mulheres ao sacerdócio.
  50%
 
. Posição da Igreja face ao aborto.
  30%
 
. Outras...
  10%
 


1. A sondagem possibilitava respostas múltiplas.
2. Respeito a opinião das pessoas e agradeço a sua participação.
3. São as opiniões das pessoas que tiveram a gentileza de participar na sondagem. Não comprometem minimamente o autor do blog.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Três vinhos portugueses nos melhores do mundo

Três vinhos portugueses foram eleitos para o grupo dos 25 melhores a nível mundial pela revista especializada Decanter, que anunciou os vencedores dos Prémios Mundiais do Vinho.
Este ano, Portugal igualou a França, país tradicionalmente reconhecido pelos seus vinhos, no número de prémios internacionais e ultrapassou-a no total de medalhas atribuídas este ano. O júri da Decanter avaliou no total 12 254 candidatos, dos quais 237 foram distinguidos com medalhas de ouro e 118 receberam troféus regionais.
A Decanter afirma que "o país para o qual os consumidores e especialistas devem estar atentos é Portugal, que ganhou prémios para mais de 84 por cento dos candidatos, incluindo três troféus internacionais". Os vencedores dos prémios partem agora em digressão por uma série de provas de vinho em 21 países, incluindo o Brasil, EUA, França, China e Rússia.
Fonte: aqui

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A cruz que nasceu dos escombros do World Trade Center

O 11 de Setembro de 2001 deixou a baixa de Manhattan com toneladas de escombros que demoraram meses a limpar. O mais famoso deles acabou por ser uma curiosa formação de aço que levou os mais crentes a acreditar que uma cruz se tinha erguido dos destroços da tragédia.

A intersecção de duas vigas formou esta cruz, que se tornou num símbolo dos atentados e que foi colocada numa igreja de Manhattan. Agora, a cruz foi integrada no «National September 11 Memorial & Museum».

Até aqui, foram muitas as polémicas que assombraram este «pedaço» do 11 de Setembro. Várias organizações de ateus reclamaram que a cruz não poderia ser um símbolo de um Estado que se pretende laico, ainda para mais quando nenhuma outra religião além da católica estaria a ser homenageada.
Fonte:aqui

Comentário:
Nos destroços dos World Trade Center encontraram uma cruz de proporções tradicionais. Só vê significado religioso nisso quem é crente. E quem não é, quando muito, pode ficar sensibilizado. Por isso, na notícia (acima publicada), compreendo a atitude dos crentes. Já a atitude dos ateus não me parece resultar de um desejo sincero de igualdade, mas de uma tentativa de apagar o símbolo maior do cristianismo (e não apenas do catolicismo), que, segundo a teologia clássica e mais básica, nos diz que o crucificado sofreu por todos. Incluindo os ateus. E isso, admito, será algo sempre difícil de aceitar. Nunca a cruz deixará se ser motivo de escândalo.
Fonte: aqui