terça-feira, 9 de outubro de 2007

Assassinado há 40 anos

"Acima de tudo procurem sentir no mais profundo de você qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. É a mais bela qualidade de um revolucionário". - Ernesto Che Guevara

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«CHE» MORREU, MAS ANTES (TAMBÉM) MATOU
Faz hoje 40 anos que Ernesto «Che» Guevara foi assassinado. Lamento, obviamente. Mas isso não me leva a rever-me na sua trajectória ou a idolatrar a sua figura, que alguns alcandoram a um patamar quase messiânico.

Não questiono que «Che» Guevara estivesse animado com os melhores intuitos altruístas. Não deixa, aliás, de ser curioso observar este paradoxo: muitos líderes da direita (que é suposto serem pela acumulação de riqueza) vêm de famílias pobres ao passo que muitos dirigentes de esquerda (de quem se espera lutar pela repartição de bens) procedem de famílias abastadas. «Che» era um destes casos. Talvez a saturação das situações de vida explique um pouco este contraste.

Mas «Che» pegou em armas. Antes de ser morto, matou. Lamento, uma vez mais, a sua morte. Mas lamento também as mortes que ele provocou.

E não esqueçamos que contribuiu para o surgimento de uma ditadura, embora tudo indique que depressa se demarcou dela.

Só que fazer deste dia uma jornada de quase idolatria em volta de «Che» parece-me manifestamente excessivo. Peço perdão, mas não cultuo práticas que envolvam violência.

E, por fim, não aprecio ídolos. Um ídolo aponta sempre para si. Já um ícone sempre para...fora de si.

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