quinta-feira, 30 de setembro de 2021

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) divulgou hoje novas orientações para as celebrações nas comunidades católicas, a partir desta sexta-feira, prevendo o levantamento progressivo das restrições em vigor por causa da pandemia de Covid-19.

1. É tempo de ir retomando uma maior participação dos fiéis, abrandando de forma ponderada os distanciamentos e os limites impostos à lotação das nossas igrejas.

2.  A higienização das mãos e uso da máscara – devem manter-se”.

3. A saudação da paz, que é facultativa, continua suspensa e as pias de água benta, junto às entradas da igreja, vão manter-se vazias.

4. A Comunhão deve continuar a ser ministrada apenas na mão dos fiéis e anunciam o regresso do diálogo prévio, ‘Corpo de Cristo. Amen’.

5. Os padres e leitores podem retirar a máscara para serem mais bem compreendidos pelos fiéis, desde que seja respeitada a distância de segurança. 

6. A CEP prevê que o Sacramento da Penitência deve acontecer com “suficiente distância entre o confessor e o penitente”, devendo ambos usar máscara.

7. Com os devidos cuidados, faça-se a visita aos doentes e distribua-se a Comunhão.

8. As várias atividades pastorais nos espaços eclesiais seguirão “as regras previstas pelas autoridades competentes para situações educativas, sociais e culturais semelhantes”.


 9. Nas unções, evite-se o contacto corporal direto, recorrendo ao uso de compressas de algodão que, em seguida, se recolhem e posteriormente serão incineradas”.

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Quando as sondagens não sondam

Ao longo dos últimos meses, as várias sondagens foram dando a vitória a Fernando Medina, algumas com grande diferença. Afinal quem ganhou foi Carlos Moedas.
Os opinion makers foram-se encarregando de promover Medina e de apoucar Moedas. Umas vezes de forma subtil, outras de modo claro e explícito.
Analistas e comentadores, na rádio, TV, jornais, novas tecnologias, pareciam apostados em "levar ao colo Medina", beliscando as competências políticas de Moedas.
Foi-se criando o pano de fundo para um vitória eleitoral de Medina.
Só que muito acima, e muito antes, e muito depois, está a decisão dos eleitores. Os cidadãos despoletaram, por sua liberdade democrática, um bomba política. Elegeram Moedas!
Quer dizer que os cidadãos não foram na cantiga das sondagens (ou as sondagens é que não afinaram pelos cidadãos?), nem com as tentativas da comunicação social para erguer um e rebaixar outro.
E isto é vitalidade democrática. Nenhuma campanha, nenhum apoio político de entidades importantes, nenhum campanha dos Mass, discreta ou declarada, cala a voz democrática das pessoas quando estas se exprimem no silêncio livre do acto de votar.
Vamo-nos dando conta que alguns actores políticos caem no goto da comunicação social e são por esta "levados ao colo", enquanto outros, que não entram nas graças da mesma comunicação social, são denegridos e apoucados.
Valha-nos a voz do povo!

Nada de tomar posição sobre estas duas personalidades ou sobre os partidos políticos donde emergem. Apenas e só sublinhar que são precisas melhores sondagens e uma comunicação social mais isenta e mais atenta.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Uma instituição vazía, ainda que cheia de actividades

Pode-se afirmar que a Igreja sempre foi prolífera em iniciativas pastorais. Nos últimos anos, desde o Concílio Vaticano II, esta forma de se viver em Igreja cresceu exponencialmente. A denominada Nova Evangelização, ideia bastante interessante na sua génese mas parca na sua prática, incrementou a criatividade pastoral. E estes tempos pós-modernos, voláteis, líquidos e plurais, são tempos que privilegiam, mesmo social e culturalmente, o excesso de actividade e de comunicação. A Igreja apenas vai na onda e por isso - desde as Igrejas particulares à Igreja universal representada pelo Vaticano - vive envolta de livros, notas pastorais, congressos, palestras, eventos religiosos e afins.
No meio de tanta iniciativa pastoral, sobra pouco espaço para se viver aquilo que se prega. Sobra pouco espaço para o testemunho, essa acção discreta, diária e simples de mostrar que Cristo é a razão de viver por excelência. Dizia Paulo VI que “O ser humano moderno precisa de ver como se vive, mais que ouvir dizer como se deve viver”.
A Igreja do futuro ou será uma “Igreja Testemunho” ou será cada vez mais uma instituição vazía, ainda que cheia de actividades.
Fonte: aqui

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Confesso que me sinto perplexo com aquilo que me parece uma confusão na Igreja

Ele é o ano de São José, ele é o ano Amoris Laetitia, ele é o tempo da criação, ele é agora o caminho sinodal... Com tanta coisa, onde fica Cristo? Todos estes dias e anos e sínodos e jornadas correm o risco de desgastar e de não preencher.

Dá-me a ideia de uma Igreja centrada em coisas e atividades, mas descentrado de Cristo... É dia disto, é dia daquilo; é ano disto, é ano daquilo; é tempo disto, é tempo daquilo... Um completo exagero de fuga ao importante. Assim o sinto. Quase todos os domingos são domingos de alguma coisa quando o concílio defendeu que o domingo se centrasse na sua essência, o mistério pascal.

Dizia D. António Ferreira Gomes que a agitação é paralisante. Mal temos tempo para aprofundar cada iniciativa, que se sobrepõem umas às outras. O saudoso cardeal Martini, após o jubileu do ano 2000, escreveu uma pastoral em que propunha que no ano seguinte não se promovesse iniciativa alguma. O modelo era Nossa Senhora em sábado santo, como tempo de silêncio, espera e esperança. Não será  disto que mais precisamos?

"De palavras estamos cheios; de obras, vazios" (Santo António)

Depois coisas tão pequeninas não são resolvidas, causando sofrimentos e abatimentos aos responsáveis, divisão e escândalo entre cristãos. Veja-se o que se passa com os casamentos, batismos, padrinhos, etc. Situações que martirizam os párocos. 

Há poucos dias, a imprensa titulava: "Papa critica «religiosidade rígida» e pede que a Igreja seja sinal de «liberdade e acolhimento»... 

Pois, então que quem pode altere certas normas!... É que muitas vezes as periferias existenciais encontram-se no seio da Igreja. Urge ir ao seu encontro, não com belas palavras, mas com obras, normas e leis  que contribuam para afastar essa "religiosidade rígida", possibilitando a " liberdade e o acolhimento".

Como dizia Sto António: "De palavras estamos cheios; de obras, vazios."

Por amor de ti, amada Igreja, minha casa e minha família!

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

FINALMENTE UM FACULDADE DE MEDICINA NO PRIVADO!


Em 14 de setembro, foi inaugurada a Faculdade de Medicina da UCP (Universidade Católica Portuguesa).

O diretor da nova Faculdade, António Medina de Almeida, destacou  que os alunos são os “grandes protagonistas” deste projeto, apontando aos desafios demográficos e da digitalização, no futuro.

“Tudo faremos para que estejam preparados para a vocação de cuidadores, mas também de investigadores, promotores da saúde pública”, declarou.

Na sessão de abertura esteve presente o Primeiro-Ministro que saudou a criação desta Faculdade de Medicina.

Já não era sem tempo. Parecia que o ensino da medicina era uma coutada estatal. Se há cursos onde Estado e privados marcam presença, era sumamente incompreensível esta estatização do ensino da medicina.

Tanta gente sem médico de família porque não há médicos. Penso que o único critério para entar em medicina é a nota. Mas isto quer dizer que um aluno com 19 valores virá a ser melhor médico do que um com 15 valores? Claro que não.

Muita gente poderá escolher medicina, não por vocação, mas por prestígio social, por garantia de emprego, por pressão familiar. Por isso gostei de saber que alguns dos alunos que entraram na Faculdade de Medicina da UCP passaram por testes psicotécnicos. Devia ser assim em todo o lado. No público também.

Há bastantes anos, um governante, que passou por esta terra, confessava diplomaticamente à refeição a força do lobby médico no modo como condicionava as políticas de saúde dos governos.

Penso que tal lobby fez tudo para obstaculizar a abertura da nova Faculdade de Medicina no privado. Felizmente a democracia venceu. Os vários lobbys têm o seu papel no funcionamento da democracia, mas a democracia está sempre sobre os lobbys.

Quando aparecem na televisão, altos responsáveis por sectores da saúde falam que não há falta de médicos. Só que a realidade diária desmente frontalmente tais declarações. E o povo sente isso.

Também no campo da medicina funciona a lei da oferta e da procura. A tendência será esta: quanto menos médicos, mais serão os preços a pagar pelos actos médicos. Por isso, haver mais e melhores médicos beneficia também a carteira dos doentes.

Penso ainda que a formação de novos  médicos, além da necessária e óbvia componente técnico-científica, deve envolver uma forte componente humanizante. O médico vai lidar com pessoas!!!

Quantos vezes encontramos médicos da nova geração, tecnicamente irrepreensíveis, mas que deixam tanto a desejar no campo humano!

Claro que se encontram médicos novos com enorme grau de humanidade. Verdade. 

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Levantam-se muito cedo, almoço na mochila, partem para o trabalho

 São dois jovens universitários, um rapaz e uma menina, de terras distantantes, de cursos diferentes, estudam em lugares distintos. Certamente nem se conhcem.

Há um hostória que é comum a ambos e que eu conheço.

Nestes tempos setembrinos ambos andam na apanha da fruta. Levantam-se muito cedo, almoço na mochila, partem para o trabalho. Um no carro do familiar que também anda na faina; outro na carrinha da empresa agrícola.

Vão. Os pais obrigam-nos? Não. A precisão é extrema? Não. São jovens filhos de famílias de recursos médios.

Vão  trabalhar satisfeitos, mesmo que o trabalho nada tenha a ver com a opção universitária seguida.

Podiam ficar em casa, arrastando-se inutilmente diante do telemóvel, participando numas borgas, vaguendo pelas piscinas, desgastando os bancos do café.

Podiam recorrer constantemente ao "banco" da carteira dos pais como tantos fazem. Mas não. São jovens livres, sem as amarras da pressão social, que pensam pela sua cabeça, que não têm medo de sujar as mãos. Ousam a liberdasde de conseguir por si mesmos aquelo que podem conseguir por si mesmos. Por isso, jovens mais preparados para o futuro.

"Não imagina a liberdade que sinto quando, ao fim de semana, o patrão me entrega o envelope com o meu ordenado! A experiência de me sentir útil à sociedade e à família, a diminuição da dependência da  carteira paterna, a confirmação de que sou capaz de executar tarefas e de aprender novas atividades, o convívio com outros trabalhadores dos mais diferentes níveis culturais e etários... Tudo me faz  ultrapassar as naturais dificulades provenientes de trabalhos não habituais." - testemunhava um deles.

Também sei de outros jovens que passaram férias exercendo outras atividades remuneradas ou em voluntariado. Refiro, por exemplo, jovens que trabalharam em estabelecimentos comerciais, normalmente ligados ao turismo ou aqueles que fizeram voluntariado em Fátima.... Entre muitos outros casos.

Penso que todos os que algo fizeram em férias chegam muito mais leves ao início das aulas do que aqueles que nada fizeram de útil e, por isso, interiormente saturados de vazio.

sábado, 11 de setembro de 2021

Parabéns, D. Jacinto!


 
Hoje, dia 11 de Setembro, o Senhor D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho, Bispo Emérito de Lamego, celebra o seu aniversário natalício.

Nasceu em Prados de Cima, freguesia de Vila da Rua, concelho de Moimenta da Beira, Arciprestado de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço, no ano de 1935, completando 80 anos de idade.

Entrou para o Seminário de Resende em 1946 e foi ordenado, no dia 15 de agosto de 1958, ano em que morreu o Papa Pio XII. Celebrou os 50 anos de Sacerdócio no dia 15 de agosto de 2008. Depois da Ordenação foi estudar para Roma.

Concluídos os estudos em História da Igreja, regressou à Diocese de Lamego, concretamente ao Seminário Maior, sendo professor e integrando-se na Equipa Formadora, vindo a assumir a responsabilidade do Seminário. Entretanto, assumiu outras missões, como Vigário Geral Adjunto e Vigário Geral da Diocese. Durante algum tempo foi pároco de Sande (Lamego).

Foi nomeado Bispo Auxiliar de Braga e a sua ordenação Episcopal, na Sé Catedral de Lamego, foi no dia 20 de janeiro de 1996, dia de S. Sebastião, Padroeiro de Lamego.

Depois da morte de D. Américo Couto de Oliveira, Bispo antecessor, viria a assumir a responsabilidade da Diocese, tomando posse no dia 19 de março de 2000. No dia 8 de julho de 2000, seria ordenado o primeiro padre, na Diocese, pelas suas mãos, e que é o Pároco de Tabuaço, Pe. Manuel Gonçalves.

Parabéns D. Jacinto e que a Senhora dos Remédios, a Senhora da Lapa, a Senhora da Conceição, a Senhora da Assunção, a Senhora das Dores, a Mãe de Jesus Cristo, continue a velar pelo seu ministério sacerdotal e episcopal.

Atualmente a residir na cidade de Lamego, é Bispo Emérito deste nossa Diocese, desde o dia 29 de janeiro de 2012, dia da tomada de posse de D. António Couto, como Bispo de Lamego.

Fonte: aqui

CASUALIDADES OU CAUSALIDADES?

 Após 11 de setembro, uma empresa que tinha os seus escritórios perto do World Trade Center convidou executivos e funcionários de outras companhias que tinham sido afetadas pelo ataque às Torres Gêmeas, para compartilhar o seu escritório para que elas pudessem reiniciar temporariamente as suas operações.
Numa reunião da manhã, o chefe de segurança contou histórias sobre o porquê do seu povo estar vivo... e todas tinham a ver com pequenos detalhes como estes:
O diretor de uma companhia atrasou-se porque era o primeiro dia de escola do seu filho. Uma mulher atrasou-se porque seu despertador não tocou a tempo. Um ficou atrasado porque ficou preso na estrada onde havia um acidente.
Outro sobrevivente porque o autocarro se foi embora; outro porque alguém fritou comida em cima e ele precisou do tempo para trocar de roupa; um teve um problema com o seu carro, que não arrancou; outra retornou para atender o telefone; outra teve um bebê!, e outro não conseguiu apanhar um táxi.
Mas a história que mais impressionou foi a de um senhor que calçou um par de sapatos novos naquela manhã, e antes de chegar ao trabalho tinha-lhe aparecido uma bolha num pé. Parou na farmácia por causa de comprar um penso e por isso ele está vivo hoje.
Agora, quando eu fico preso no trânsito, quando eu perco um elevador, quando eu volto para atender um telefone, e muitas outras coisas que me desesperam, eu penso primeiro:
′′ Este é o lugar exato em que deves estar neste exato momento ".
Da próxima vez que a sua manhã lhe parecer enlouquecedora, as crianças demorem a vestir-se, não encontra as chaves do carro, encontra todos os semáforos vermelhos... Não se zangues nem se frustre. Está no lugar certo na hora certa...
Fonte: aqui

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Breve nota da CEP por ocasião do falecimento do Dr. Jorge Sampaio

 
A Conferência Episcopal Portuguesa, por ocasião do falecimento do Dr. Jorge Sampaio, quer exprimir uma homenagem agradecida pela sua vida plena de humanidade, uma vida dedicada à solidificação da democracia, à defesa dos direitos humanos e ao serviço da causa pública em várias funções autárquicas, nacionais e internacionais, particularmente como Presidente da República de 1996 a 2006.

A grande atenção do Dr. Jorge Sampaio às causas humanitárias teve expressão concreta na fundação e presidência da Plataforma Global para Estudantes Sírios em 2013, associação de assistência académica de emergência e solidariedade efetiva que apoiou centenas de estudantes sírios.

Ainda a nível internacional, é de salientar o cargo que exerceu como Alto Representante da Aliança das Civilizações, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para fomentar o diálogo e a cooperação internacionais, interculturais e inter-religiosos contra os radicalismos e extremismos, procurando criar assim uma autêntica rede de solidariedade entre culturas, civilizações e religiões.

Lisboa, 10 de setembro de 2021

Secretariado Geral da CEP

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

FESTAS DOS REMÉDIOS

Por causa da fé ou pela festa em si, muita gente acorre a Lamego por estes dias. É a Romaria de Portugal.
O fogo de artifício e a noitada de 7 para 8 de setembro atraem muitidões. A Procissão do dia 8, quando se pode realizar, é mágica para milhares de pessoas.
O convívio, as farturas, as febras e sardinhadas, o carrossel, os concertos, as bandas, a Marcha Luminosa, a Batalha das Flores, actividades desportivas e culturais... Tanto a catalisar a atenção e os interesses das pessoas.

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

A tragédia do aborto: como foi possível?

 Tenho esperança que venha um tempo em que se olhe para o aborto com o mesmo horror com que hoje olhamos para a escravatura, o Holocausto ou o apartheid. Espero que no futuro se olhe para o nosso tempo e se questione como é que, num tempo com tanta informação, onde já é possível ouvir o coração do bebé no útero materno, quando se fazem ecografias 3D que permitem conhecer todas as feições dos nascituros, um tempo em que a ciência conhece todo o processo da gestação desde o momento da fecundação até ao nascimento, como foi possível que o aborto fosse algo banal.

Há umas décadas havia pouco conhecimento sobre a vida intra-uterina, pelo que era possível tentar justificar o aborto com esses desconhecimento.  Mas hoje a biologia não deixa qualquer dúvida sobre o que acontece no útero da mulher: desde o primeiro instante há uma vida nova que se inicia.  Apesar de se repetirem ad nauseam disparates como ser um amontoado de células (não somos todos?) ou que o bebé faz parte do corpo da mulher, a ciência não deixa margem para dúvidas sobre o facto de que aquele ser microscópico que a fecundação gera ser uma nova criatura pertencente à espécie humana.

O problema por isso não é de informação. Se assim fosse, a questão era fácil de resolver. Bastava apresentar os factos científicos. Mas o problema não é haver dúvida sobre o bebé por nascer ser um Ser Humano, mas que o nosso tempo considera que essa Vida Humana não tem valor. O drama do aborto não se resolve com manuais de biologia, mas com uma mudança de mentalidade.

Muitos se escandalizam quando se compara o flagelo do aborto ao Holocausto ou à escravatura. Mas a raiz do problema é igual. Uma sociedade que considera que a dignidade humana pode ser definida por ela. E que por isso a protecção legal à Vida Humana não depende do simples facto de existir, mas do reconhecimento pelo poder dessa protecção. E assim é Vida Humana, não aquilo que a biologia diz que é, mas aquilo que a maioria assim considera. Como para a maioria dos europeus e dos americanos os negros não eram humanos, como para a maioria dos alemães os judeus eram infra-humanos, para a maioria da sociedade ocidental a vida por nascer não é humana. Por ideologia ou mera conveniência.

Criou-se o mito de que o aborto era um direito da mulher e que a sua liberalização servia a sua libertação. E a defesa ideológica da liberdade feminina, tem servido de argumento para justificar a morte das crianças por nascer, como a posição do Presidente Biden sobre a lei do Texas que restringiu severamente o aborto, prova.

Talvez o mais infeliz desta cegueira ideológica é que se mate em nome de uma suposta liberdade, quando o aborto livre é um instrumento para oprimir a mulher. O aborto é hoje algo de banal para a sociedade em geral, excepto para a mulher que passa por essa violência. O aborto livre dá à sociedade uma solução “fácil” para um problema complexo.  Uma rapariga menor de idade engravida para vergonha dos pais? Estes levam-na ao hospital e o problema resolve-se. A mulher pobre que espera um terceiro filho (a taxa de abortos a partir do segundo filho aumentam drasticamente) e vai precisar de apoio? O Estado oferece um aborto e o problema resolve-se. A funcionária que aparece com barriga quando tem contrato a prazo? O patrão diz que com um aborto o contrato é renovado e o problema resolve-se. O homem abusador engravida a companheira e não quer a criança? Ameaça-a com uma sova se não “resolver” o assunto e o problema resolve-se. Assim funciona o aborto “livre”, passa todo o peso da gravidez para a mulher, legalizando a opressão sobre a mulher para que esta se livre do seu filho antes de nascer

O aborto livre em nome das mulheres é uma cegueira ideológica do feminismo, que concede aos homens um poderoso instrumento para se desresponsabilizar dos seus actos. Conceber a criança exige o consentimento dos dois, mas ter a criança passa a ser da inteira responsabilidade da mulher.

E o flagelo do aborto continua a aumentar. Todos os anos milhões de crianças são mortas ainda no ventre da sua mãe. E a sociedade festeja e chama-lhe liberdade. Cegos pela sua própria soberba, de senhores da Vida. Espero por isso que venha o tempo em que se olhe para trás e se pergunte: como foi possível?

 José Maria Seabra Duqueaqui

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Não há que ter medo das palavras...

Cristo Rei, foi mais uma vez alvo de roubo e vandalismo. Nos ultimos dias foram furtadas as grelhas dos grelhadores, e tentaram furtar ou vandalizar uma grade de proteção. Foram também furtadas algumas plantas (sebes) que há pouco tempo foram plantadas, e paralelos.
 Quem praticou ou os que praticaram tais actos execráveis são Quem praticou ou os que praticaram tais actos execráveis são vândalos, criminiosos, ladrões. Não há que ter medo das palavras...Que quem tem o dever de zelar pela segurança de pessoas e bens esteja atento e actuante!Não há que ter medo das palavras...Que quem tem o dever de zelar pela segurança de pessoas e bens esteja atento e actuante!
Agradecemos aos inúmeros visitantes do Cristo Rei-Gondomar o miradouro do concelho de Tarouca que sejam vigiantes e nos ajudem a salvaguardar este espaço que é de todos e para todos. Se alguém viu algo ou suspeita, agradeço que me digam por msg privada.

Setembro sabe a novo ano letivo e a colheitas agrícolas

 Setembro é o nono mês do ano e tem a duração de 30 dias. Setembro deve o seu nome à palavra latina septem (sete), dado que era o sétimo mês do calendário romano, que começava em março

Em 22 de Setembro, o Sol cruza o equador celeste rumo ao sul; é o equinócio de setembro, começo do outono no Hemisfério Norte.
Igreja dedica o mês de Setembro à Bíblia, às Dores de Maria e aos Arcanjos.
Setembro assinala o início do novo ano letivo, com milhares de crianças e jovens (e também adultos) a voltarem às aulas ou a iniciá-las.
Nayron Brunno afirma: “Quando começam as aulas, torcemos para que cheguem as férias; quando começam as férias, torcemos para que cheguem as aulas. E assim é o ciclo de vida de um estudante”.

O melhor que um país tem são as suas gentes. Investir e apostar na sua realização, valorização e promoção é tornar o país mais próspero e rico.

Ser estudante, num mundo ferozmente competitivo, não é ser “passeador de livros” nem fazer da vida escolar “uma borga para a borga”. Até porque estudar não é “exploração da mão-de-obra infantil”!

Que cada criança, cada jovem viva o ano letivo com alegria, com entusiasmo, com aplicação, sem desistências nem desânimos. Nesta certeza: a corda da vida sobe-se a pulso. Que a esperança do sucesso se sobreponha sempre ao abatimento. Que o interesse e o trabalho letivo sejam constantes, desde a primeira hora…

Setembro cheira a colheitas. Sobretudo apanha da fruta e vindimas. Nas novas tecnologias, aparecem amiudadamente ofertas de trabalho para as duas atividades. É sabido que há imensa falta de mão-de-obras para estes trabalhos. Há gente abrangida pelo RSI que podia trabalhar e ganhar o seu devido ordenado em vez de ficar de costas ao alto à espera que lhe caia o rendimento social advindo dos impostos de quem trabalha…

Há gente que, embora esteja reformada, ande na universidade ou tenha até um curso superior, vai para a apanha da fruta e para as vindimas, porque trabalhar é honra e dignidade. Desonra é poder trabalhar e não o querer fazer.

Oxalá que as colheitas sejam abundantes e de qualidade!

Bom ano letivo para as crianças, jovens, pais e professores.

Bom trabalho na apanha da fruta e nas vindimas.