domingo, 30 de junho de 2019

«Sem a ação dos leigos não há uma ação de Igreja em saída.”



Fernando Ilídio é dos mais promissores teólogos católicos da novíssima geração. Com 39 anos, é formado em Teologia pelo Centro de Cultura Católica do Porto, onde concluiu os três anos do curso básico. Pesquisador, e Fundador do CDT (Cantinho da Teologia). Foi Acólito, Ministro da Comunhão, participou como representante do grupo de acólitos de Matosinhos, no Concelho Pastoral Paroquial, fez parte do grupo de CPM (Preparação para o Matrimonio) , foi membro da equipa Pastoral Vocacional, formador do Grupo de Acólitos da Paróquia de Matosinhos e membro da equipa de Liturgia. 

Nesta entrevista, ele foi contundente e realista:

«os leigos devem afastar-se deste modelo estrutural e buscar novos caminhos, novas maneiras de viver a fé, dentro do chamado que é próprio da sua vocação, que é o mundo secular e as grandes causas da humanidade. Aqui está a vocação e a missão dos leigos! Ai devem ser sal e luz. Sujeitos da história. É onde os leigos, como Igreja que são, podem oferecer o seu testemunho e o seu serviço concreto. Observo que as ações do Papa Francisco também vão por aí.»

Mostrou-se profundamente alinhado com o papa Francisco, quando afirma que:

«o clericalismo é uma doença que impede a Igreja de ser serviço e, com isso, inibe as demais vocações, sobretudo os leigos, de assumirem o seu papel, a sua missão dentro do corpo eclesial, e também na sociedade. O clericalismo traz e vive de uma imagem de Igreja que se quer garantir por si mesma, sem abertura ao novo e que busca sempre o poder, que quer estar acima, que vive ‘à parte’ e agarra-se nas estruturas, na dureza das tradições, no enrijecimento da doutrina, na dominação de uma letra sem espírito e num autoritarismo eclesiástico/hierárquico doente.»

No momento em que Francisco abre a Igreja, os resultados dos anos de domínio conservador estão à vista:

«O clero mais jovem, que se satisfaz em formalismos, panos e paramentos riquíssimos (até medievais) e em ritos antigos, carregados na rigidez, ou camuflados de aspectos modernos, em alguns casos, mas muito distante da simplicidade do Evangelho, o que é lamentável. Seja pela linguagem ou pela vestimenta, cria-se uma estrutura que decide por caminhar separada do mundo, distante dos problemas e com a sustentação de um ar superior».

Segundo Ilídio, pode-se constatar que a Igreja, infelizmente, continua impermeável aos leigos:

«Numa carta ao Cardeal Marc Ouellet, em 2016, o Papa Francisco recorda que desde o Concílio Vaticano II se falou muito sobre a ‘hora dos leigos’, mas para o papa esta hora ainda está longe de se concretizar. Para Francisco, e aqui para nós que nos unimos a ele, as causas são várias, mas a passividade é por culpa do próprio laicado, é um fato, mas também das estruturas, que não formam e não permitem um espaço favorável, onde leigos e leigas possam exercer criticamente e com maturidade a sua vocação.»

O caminho, aponta o teólogo, é retomar a originalidade do cristianismo:

«Se na resposta da Igreja antiga precisou se falar que não há escravos ou livres, homens ou mulheres, mas todos são um em Cristo Jesus, deveríamos trazer esta máxima para hoje, como uma definição basilar, para que não haja mais clero ou leigos, mas para que todos possamos ser uma só Igreja n'Ele.»

Superar a contradição profunda que ainda persiste entre o laicado e a estrutura:

«como é ser leigo, sujeito eclesial, numa Igreja clericalizada? Impossível! É necessário romper com isto!»

Na opinião de Ilídio, muitos processos posteriores ao Concílio Vaticano II tentaram de certa forma revogar a abertura aos leigos:

«Por exemplo: o que significa ser discípulo missionário, hoje? Será que há alguma mudança?… Por certo que não. Raras exceções. Continuamos com as mesmas estruturas e linhas de ação, seguimos com os mesmos planos e projetos pastorais, a mesma insistência na formação clerical dos nossos seminaristas e na pouca valorização da formação laical (…).»

Consequente com a reflexão desenvolvida, foi taxativo:

«Sem a ação dos leigos não há uma ação de Igreja em saída.”
Fonte: aqui

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes

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Coincidindo com a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, ocorre nesta sexta-feira a Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes. É o mínimo que pedimos. E é o máximo de que precisamos. Que rezem por nós. Para que não sejamos nós. Mas para que deixemos que Jesus Cristo tome inteira posse de nós!

terça-feira, 25 de junho de 2019

A falta de padres e o celibato

A Igreja Católica sempre ordenou homens casados. No rito Oriental nunca foi obrigatório o celibato para aceder ao sacerdócio.
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No Ocidente, a partir do Concílio de Elvira, no século IV, essa disciplina foi-se introduzindo e acabou por se estender a toda a Igreja Católica de rito Latino a partir do século XII.
O documento preparatório do Sínodo dos Bispos da Amazónia, convocado pelo Papa Francisco, que decorrerá em Roma de 6 a 27 de outubro, reabre o debate da ordenação de homens casados e, porventura, de mulheres. "Afirmando que o celibato é uma dádiva para a Igreja, pede-se que, para as áreas mais remotas da região, se estude a possibilidade da ordenação sacerdotal de pessoas idosas, de preferência indígenas, respeitadas e reconhecidas pela sua comunidade, mesmo que já tenham uma família constituída e estável, com a finalidade de assegurar os Sacramentos que acompanhem e sustentem a vida cristã", diz-se no texto que orientará a reflexão dos bispos oriundos do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru, Venezuela e Suriname, cujas dioceses se situam na Amazónia.
Dado que só o sacerdote pode presidir à eucaristia, ao sacramento da reconciliação e à unção dos enfermos, muitos dos fiéis estão privados desses sacramentos, por longos períodos, devido à falta de padres naquela e noutras regiões do globo. Para corrigir essa situação, admite-se agora o acesso ao sacerdócio a membros da comunidade, mesmo não celibatários, que possa garantir esses sacramentos.
Mais uma vez, é a falta de clero que obriga a Igreja a adaptar-se e a modificar a sua praxis. Já aconteceu o mesmo com a corresponsabilidade laical. Apesar de o Concílio Vaticano II apelar à participação dos leigos e ao seu maior empenho na vida da comunidade, isso só foi possível graças à falta de padres. Só quando estes deixaram de poder garantir uma série de tarefas é que essa responsabilidade foi passada aos leigos.
Também a mudança da disciplina do celibato está para acontecer por essa razão. Seria, no entanto, preferível que se chegasse aí pela revitalização das comunidades e pela redefinição do papel do sacerdote no seu seio. Se a fé e a sua celebração não fossem tanto uma questão individual - e se tivessem uma dimensão mais comunitária -, então todos e cada um se sentiriam mais desafiados a assumir, de acordo com as suas possibilidades e carismas, várias responsabilidades no seio da comunidade.
Nesse caso, a comunidade geraria naturalmente os seus líderes, aos quais seria confiado o ministério sacerdotal. Não como uma promoção ou distinção, mas antes como o reconhecimento de qualidades para desempenhar esse serviço.
A opção pelo sacerdócio deixaria de ser uma decisão pessoal e passaria a ser, ao contrário do que acontece agora, um discernimento comunitário. Qualquer membro da comunidade, fosse ele casado ou solteiro, homem ou mulher, poderia ser chamado a servi-la no sacerdócio. A condição passaria a ser o reconhecimento das qualidades exigidas para desempenhar essa missão.
Fernando Calado Rodrigues, aqui

sexta-feira, 21 de junho de 2019

"Jesus ... nosso fiel companheiro a toda a hora e momento".

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Uma só fé!
Um Povo!
Uma Igreja onde todos têm lugar!
A Eucaristia, onde a ternura de Deus mais se manifesta!
Mãos, muitas mãos em nome de toda a Comunidade!...

Um Mistério: beleza, escuta, oração, louvor, súplica, acção de graças.
"Jesus ... nosso fiel companheiro a toda a hora e momento".

terça-feira, 18 de junho de 2019

Estado garante apoio a jovem português acusado de ajuda à imigração ilegal


Veja aqui

Revogada a suspensão aplicada ao padre Martins Júnior, em julho de 1977,

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42 anos depois, bispo do Funchal, D. Nuno Brás,  revoga suspensão do padre Martins Júnior, nomeando-o administrador paroquial da Ribeira Seca, concelho de Machico.  O padre havia sido suspenso 'a divinis' por D. Francisco Santana em 1977 pela sua  intensa atividade política e postura reivindicativa, após o 25 de abril.
Veja aqui

Conhecimntos e comportamentos

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Por estes dias, muitos estão a ser avaliados. Estão a ser testados os conhecimentos.
Mas o crescimento de uma pessoa não pode ser aferido apenas pelos conhecimentos.
Os conhecimentos são importantes, mas os comportamentos são decisivos.
E se o panorama quanto aos conhecimentos não é animador, a situação no que toca aos comportamentos chega a ser desoladora.
A escola não pode fazer tudo. A família terá de fazer mais.
Estamos todos de acordo quanto ao diagnóstico. Mas ainda não se vê uma alternativa.
Mentes brilhantes são necessárias. Pessoas de bem são fundamentais!
(João António Teixeira, Facebook)
"Há necessidades que só tu podes ver, há mãos que só tu podes segurar e há pessoas que só tu podes alcançar." Timothy Keller

domingo, 16 de junho de 2019

Deus é comunidade


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quarta-feira, 12 de junho de 2019

DICIONÁRIO E LENGA LENGA - VOCABULÁRIO E EXPRESSÕES TÍPICAS, BRINQUEDOS E JOGOS TRADICIONAIS

  1. Alho – Pedaço de terreno que, involuntariamente, ficava por lavrar ao passar o arado.
  2. Aluviar – Parar de chover
  3. Amansar – Amestrar, ensinar animal a trabalhar.
  4. Amariar – diz-se da água quando corre sozinha bem distribuída pela terra
  5. Ameijoar – Agachar
  6. Apegar - primeira rega das batatas. Depois desta primeira rega, seguiam-se outras, alternadamente "a abrir" ou "a talhar"
  7. Apeguilhar – Comer com conduto
  8. Apeiro - Conjunto formado pelo jugo com assôgas e tamueiro e as molhelhas.
  9. Aqueibar – Guiar, dar para trás ("aqueibar as vacas").
  10. Arranca – Tirar as batatas da terra.
  11. Arrelentar – Desbastar, arrancar plantas onde estas estão muito bastas.
  12. Arretranca – Peça para segurar a albarda
  13. Arrocho – Pau arqueado em forma de meia lua, para apertar a carga de burros ou cavalos.
  14. Assadura – Fêvera assada na brasa, no dia da desmancha do porco, cerca de um dia após a matança.
  15. Assôga – Fita de couro para prender a vaca, com molhelha, ao jugo.
  16. Atupir – Cobrir com terra.
  17. Aveca – Peça da charrua
  18. Belga – pequeno terreno ou um rego de água não muito abundante.
  19. Bichas - Lombrigas
  20. Boeiro – abertura redonda no fundo de tanque ou poça, por onde se escoa a água.
  21. Boliadela – Surra.
  22. Botar – Pôr (deitar).
  23. Botelha – Abóbora.
  24. Breca – Cãibra
  25. Brêz – Cesta feita de palha e vimes.
  26. Bulhar – Zaragatear.
  27. Cabedulhos – cavação que se fazia nas margens do terreno, para preparar a lavragem.
  28. Cabresto – Protecção em rede de arame colocada no focinho do animal para evitar que este comesse.
  29. Cachocho – Conjunto de molhos de cereal encostados uns aos outros em cone, com a espiga para cima.
  30. Cambão – Pau ou utensílio para ligar duas juntas de vacas ou uma junta à charrua ou grade.
  31. Camboada – Duas ou mais juntas de vacas a puxar o mesmo carro ou arado.
  32. Candeias – Luz, lanterna; Estalactite de gelo pendente dos beirais.
  33. Cangalhas – Alfaia de madeira ou em ferro, usada em cima da albarda para transportar, por exemplo, estrume.
  34. Caniço – Armação sobre a lareira para secar lenha, castanhas e pôr o fumeiro.
  35. Carangueijo – Abrunho
  36. Caturnos (coturnos) – Meias
  37. Cava-terra – Toupeira
  38. Cegar/cegada – ceifar/ceifa
  39. Chambaril – Pau curvo usado para dependurar os porcos.
  40. Chamiço – Pequenos ramos ou paus de giesta, piorna para queimar (acender o lume).
  41. Chavelha – Pequeno artefacto de madeira com que se prendia o ao tamueiro.
  42. Chiba – Cabra.
  43. Chotar – Espantar ("chotar os pardais")
  44. Chuço – Pau aguçado para meter o milho na terra, ou descascar e debulhar as espigas.
  45. Cilha – Fita de coiro para apertar a albarda ao animal
  46. Cincelos – Pedacinhos de gelo suspensos dos ramos de árvores ou arbustos.
  47. Cônfia – Confiança
  48. Coanhos – Palha miúda resultante da malhada-
  49. Cortes – Parcelas de terreno marcado para cada um dos trabalhadores.
  50. Corcalhé – Codorniz brava.
  51. Corda de enquerer – Corda mais comprida com que se prendiam os molhos nas cargas dos burros ou cavalos.
  52. Cornelho – Fungo do centeio
  53. Corrilheira – Rodilha em forma de anel que se introduzia, como protecção, nos chifres das vacas nas hora de as jungir (diz-se "junguer").
  54. Corucho – Cume em forma de cone que encerrava a meda
  55. Crostos – Flocos de leite semelhantes a requeijão (de vacas recém-paridas).
  56. Curiosidades – Novidades, referido às sementeiras ou produtos da horta.
  57. Decrua – primeira lavragem em terreno bravio, para preparar uma segunda lavragem.
  58. Descressoar – Desanimar, desistir.
  59. Ejeminar – Examinar.
      1.        Embelgar – Fazer belgas, isto é, regos em paralelo para regar; ou marcar, com ramos, listras de terreno para deitar o adubo ou espalhar o cereal.
      2. Emedar – Fazer meda
      3. Empalhar – Dar a comida, na loja, a animais domésticos, mas também, deitar palha entre os pés de batata para a primeira rega (apega).
      4. Enchedeira – Peça em forma de funil largo para encher as chouriças.
      5. Endegar – Empatar ("és um endegueiro!").
      6. Enfornar – Meter o pão ao forno
      7. Engaço – Ancinho.
      8. Engalhar - Entreter, adormecer (bébé).
      9. Engronhido - Acanhado
      10. Enguedelhar – Bulhar.
      11. Enjarricado – Encolhido
      12. Enrrolheirar – Fazer rolheiro
      13. Entrudo – Carnaval
      14. Enxundia - Gordura
      15. Esborraçar – Esmagar, migar (esborrachar)
      16. Esfoira - Diarreia
      17. Escaleiras – Escadas em pedra.
      18. Escaramento – O mesmo que descaramento ou "lição" ("sirva-te de escaramento!")
      19. Escorrupichar – Fazer escorrer até à ultima gota.
      20. Esfoira - Diarreia
      21. Esprugar – Descascar batatas ou frutos.
      22. Estadulho – Fueiro, paus mais ou menos toscos usados nos carros de bois para segurar a carga.
      23. Estiada – Aberta, em tempo chuvoso
      24. Estoira-balas – Brinquedo artesanal feito de um canudo de sabugueiro e uma vareta que empurra uma bucha contra outra que sai com um estalido, por acção da compressão do ar.
      25. Estorruar – Afagar o terreno das batatas semeadas, antes que estas brotassem.
      26. Estrapuxar – Agitar-se, reagir.
      27. Estrugir – Refogar.
      28. Fardolo – Gasalho pequeno
      29. Fieito – Feto.
      30. Fieiro – Pequeno rego de água.
      31. Fintar/finto – Levedar/levedado (massa do pão).
      32. Forcado – Tipo de forquilha em pau com dois ganchos (dentes) por baixo e um por cima, para carregar gavelas de mato para estrume.
      33. Frumento – Fermento (resultante do rapar da gamela, que circulava entre os vizinhos).
      34. Fumeiro – Local onde se defumavam os salpicões, as chouriças, as buchelhas, as moiras, o presunto e o toucinho; conjunto dos produtos defumados.
      35. Gadanha – Colher de sopa
      36. Gamela – Tabuleiro em que se amassa o pão
      37. Gancho – Ancinho forte, em ferro para estorruar ou arrancar estrume das lojas e quinteiros.
      38. Gasalho – Míscaro (cogumelo comestível).
      39. Gavela – Pequena porção de tojo ou mato.
      40. Giga – Cesta em palha e vimes em forma redonda, onde se guardava o pão.
      41. Gorolo – Ovo infecundo
  60. Grade – Utensílio agrícola para alisar a terra lavrada e atupir a semente (diz-se: "agredar").
  61. Grangear – Cultiva terreno
  62. Irincus - Pirilampos.
  63. Lameira – Porção de terreno cultivável.
  64. Lenteiro – Terreno pantanoso
  65. Loja – Curral ou espaço de arrumações no rés-do-chão da casa.
  66. Lumieira – Pequeno rolo de palha usada para iluminar e queimar os pelos do porco depois de morto.
  67. Malina – Doença
  68. Mangar – Brincar
  69. Maquia – Parte do cereal que se dava ao malhador ou da farinha que se dava ao moleiro.
  70. Matadura – Ferida de animal
  71. Maúnça – Punhado de espigas de cereal unidas em forma de bouquet.
  72. Meda – Montão cónico feito com os molhos de cereal de modo a ficar impermeável.
  73. Moirão – pedra rectangular comprida que separa a cinza, debaixo da pilheira e a fogueira.
  74. Molhelha – Apetrecho em couro, palha e sarapilheira para proteger do jugo, a cabeça e cachaço das vacas.
  75. Nagalho – pedaço de pano usado para atar ou apertar.
  76. Nena – Boneca de trapos.
  77. Novela – Vaca jovem
  78. Novidades – Hortaliças ou outros produtos sobretudo do quintal.
  79. Palheiro - Meda de palha.
  80. Palhoça – Capote feito em colmo e junco (impermeável à chuva e neve).
  81. Pandorca – Gasalho grande.
  82. Paveia – Exposição do cereal ceifado, em forma de passadeira, para secar.
  83. Pernardos – Mato resultante da arranca que era posteriormente queimado.
  84. Picar – Amolar, afiar Gadanha para roçar mato
  85. Pilheira – Mesa de pedra atrás da lareira, por baixo da qual se guarda a cinza.
  86. Pinchar – Saltar para baixo.
  87. Pita – Galinha.
  88. Pito – Pinto; vulva.
  89. Piusga – Pequeno pião.
  90. Pôça – reservatório de água para rega, feito em terra batida.
  91. Polaina – Protecção feita de junco para que cobria os pés e pernas até ao joelho, usada juntamente com a palhoça para proteger da chuva.
  92. Praganas – Partículas das espigas do cereal
  93. Pular – Saltar.
  94. Pútega – Fruto em favos que nasce junto à raiz dos sargaços.
  95. Quinteiro – Varanda, na parte exterior da casa.
  96. Rabeiras – Resíduo de semente e areia acumulada nas malhadas.
  97. Rabiça – Mãozeira da charrua ou arado.
  98. Rapetas – Adereço que se coloca na charrua para rapar a erva durante a lavragem.
  1. Rebatina – Diz-se de éguas a dias.
  2. Rebusco – O que ficava depois da arranca, ou outra faina. Derradeira apanha.
  3. Rededoiro – Ramo feito com arbustos verdes, em forma de vassoura, para varrer o lastro do forno, depois de aquecido e antes de colocar as broas.
  4. Relão (pão de) – Pão de trigo.
  5. Relha – Peça pontiaguda que se aparafusava à aveca da charrua.
  6. Roga – Grupo de pessoas contratadas para um determinado trabalho.
  7. Rogar - Contratar
  8. Rolheiro – Meda de molhos de cereal, em duas águas, para escorrer a chuva.
  9. Rolho – Tampão de madeira para tapar as pôças e regular a saída da água para a rega.
  10. Saltarico – Gafanhoto.
  11. Sardanisca – Lagartixa.
  12. Sargaço – Planta rasteira, montesinha, que serve para estrume.
  13. Segada – Ceifa.
  14. Seitoira – Foice.
  15. Sémea – Pão de duas cabeças
  16. Sertã – Frigideira.
  17. Sobrecarga – Corda mais grossa com que se apertava toda a carga dos burros ou cavalos.
  18. Socas – Tamancas com sola em madeira e bota em cabedal.
  19. Socos – Tamancos com sola em madeira e bota em cabedal duro.
  20. Suã – Parte entremeada da carne de porco tirada das bandas.
  21. Taleiga – Saca de farinha
  22. Tallhadoiro – obstáculo de terra usado para desviar o curso da água nas regas
  23. Tamanco – Calçado feito com em coiro e rasto de madeira.
  24. Tamoeiro – Apetrecho de couro forte para prender a cabeçalha ou cambão ao jugo com uma chavelha.
  25. Tendedeira – Escudela para modelar as broas antes de meter ao forno.
  26. Testo (têsto) – Tampa de panela de ferro de cozer ao lume.
  27. Tio – Senhor.
  28. Torno – Apetrecho de madeira por baixo do carro, para segurar a carrada com a corda.
  29. Treitoira – Apetrecho de madeira em forma de meia lua, fixo no chedeiro, para segurar o eixo.
  30. Vencilho – Nagalho feito em palha ou feno enrodilhado (para atar os molhos).
  31. Vergalho – Verga usada para fustigar.
Expressões típicas

  1. À finca – Em competição.
  2. Agachar as calças – Fazer as necessidades maiores.
  3. A quem Deus tira dentes o diabo dá gengibras – Há sempre uma solução
  4. Aqui canta o cuco, aqui canta o gaio, aqui canta o cuco lá no mês de Maio.
  5. Andar de troca – Pagar o trabalho com trabalho
  6. Arre dianho! – Arre diacho!
  7. Às pás e às tantas: A certa altura…
  8. Cada montes! – Interjeição de espanto (meu Deus!)
  9. Cantés (quin’tés) – Quanto mais… (não sabes falar cantés escrever!)
  10. Cê pra trás! – Para mandar recuar um animal
  11. Comer um naco de pão para tapar o talhadoiro – para fechar a refeição.
  1. Correr à pedrada – Forma comum de delimitação territorial ou simples punição de quem não era bem-vindo.
  2. Dar com a carga em Alvite – Levar algo a termo ("Não dás com a carga em Alvite!")
  3. Deixar de velho – Deixar em pousio
  4. Deitar cá as águas – Conduzir a água para regar
  5. Deus ja livre! – Deus nos livre!
  6. Deus me ajude a casar em Penude, já que em Magueija não pude.
  7. Deus o permita! – Deus queira.
  8. Do cerejo ao castanho bem eu me amanho, do castanho ao cerejo é que eu me vejo!
  9. Estar com olhos de pita a pôr – Mostrar uma expressão apática, indolente.
  10. Estar sobrinçado – Estar todo partido
  11. Fazer a eira – Limpar e preparar a eira para a malhada. Era costume fazer a eira com bosta de vaca amassada em água e espalhada no chão que, depois de seca, formava um tapete consistente.
  12. Fazer pouco – Escarnecer.
  13. Fazer scárnio – Fazer pouco, escarnecer
  14. Ferver em cachão – Ferver muito
  15. Guardar a água – Vigiar os talhadoiros para que a água não seja desviada por outrem
  16. Ir à igemina – Ir ao ginecologista ou fazer um exame.
  17. Ir com as vacas – Ir para o pasto com as vacas.
  18. Ir pia cima – Ir para o monte (por aí acima).
  19. Louvores a Deus! – Menos mal, graças a Deus.
  20. Meter ao forno – Cozer o pão no forno, uma vez por semana. Quando faltava, pedia-se broa emprestada ao vizinho.
  21. Não roam as unhas! – Comam!
  22. O diabo não tem sono nem dorme! – A maldade está sempre à espreita
  23. O dianho a quatro – Ultrapassar os limites ("fez o dianho a quatro")
  24. Ó meu ver! – Pelos vistos!
  25. Pia fora, pia baixo, pi’além: Por aí fora, por aí a baixo, por aí além…
  26. Pilar – Descarcar (castanhas, favas…)
  27. Pila, pila, pila! – Para chamar as galinhas
  28. Pilha galinhas – Pindérico ("és um pilha galinhas").
  29. Por bia de; por mor de - Por causa de.
  30. Quer-se dizer! – isto é.
  31. Repuchar – Resmungar, refilar.
  32. Sume-te diabo! – Livra!
  33. Tapar o forno – Vedar a porta do forno do pão, normalmente com bosta de vaca.
  34. Tem-te! – Aguenta!
  35. Terminar um serviço – Planear.
  36. Um ror de – muito/a ("um ror de batatas").
  37. Verter águas – Urinar.
  38. Xô que está dia bô – Para "chotar" as galinhas.
Jogos tradicionais:

Pião: às canículas; à roda bota fora: O jogo do pião tinha a sua época bem definida: durante o carnaval e quaresma.
À coca: Jogo para adultos em que uns batiam com as mãos em punho nas costas dos concorrentes.
Cabra cega: Um dos jogadores, com os olhos vendados, tentava tocar ou agarrar os outros jogadores que, mantendo-se dentro de uma área previamente definida, lhe iam dando palmadas evitando ser tocados ou agarrados.

Choça - Os jogadores posicionavam-se, cada um com seu bastão na mão, em roda, a cerca de 2 metros de um buraco previamente preparado. A bola era deitada ao ar e quem lhe acertasse com o pau ganhava a bola e deveria conduzi-la com o pau até ao buraco, enquanto os outros tentavam, também com seus paus, impedir a bola de seguir o percurso pretendido. Este era um jogo muito popular entre os miúdos que andavam com as vacas no monte.
Par ou pernão: Jogado com confeitos que, escondidos na mão, eram propostos ao outro jogador que os ganhava se adivinhasse se eram em número par ou ímpar.

Espeta pau: Com paus aguçados, cada jogador tentava espetar o seu pau de modo a derrubar o dos adversários.

Espeta o prego: Com um prego longo, cada jogador tenta conquistar, furo a furo, o mundo representado num grande círculo.

Enguenchar: Jogo em que, até ao Sábado aleluia, se "mandava rezar". Obedecia a regras estabelecidas à partida: debaixo de telha, antes do tocar das Trindades etc.
Brinquedos:

Estoira balas: Um pau de sabugueiro, depois de se lhe retirar o miolo, servia de cano de disparo de uma arma infantil muito popular e inofensiva. No referido pau oco, eram introduzidas "balas", isto é, pequenas bolas feitas de pano humedecidas com saliva que, uma vez pressionadas com um pauzinho mais fino, disparavam umas a trás das outras, produzindo um estouro que entusiasmava a pequenada.

Carriço Feito com meia casca de noz à volta do qual se enrolava um fio forte e duplo, onde era engatado um pauzinho que, uma vez retorcido, encontrava no fio um efeito mola que permitia, devido à efeito de caixa acústica garantido pela casca da noz, produzir um bom efeito sonoro.
Para-quedas: Uma pena de falinha era espetada numa batata miúda ou num fruto que, uma vez deitado
Fonte: aqui
 

segunda-feira, 10 de junho de 2019

A firmeza do carácter e a força dos princípios

"Aquilo que melhor distingue as pessoas não é serem de esquerda ou de direita, mas a firmeza do seu carácter e a força dos seus princípios. Aquilo que se pede aos políticos, sejam eles de esquerda ou de direita, é que nos dêem alguma coisa em que acreditar. Que alimentem um sentimento comum de pertença. Que ofereçam um objectivo claro à comunidade que lideram."
(João Miguel Tavares nas comemorações do 10 de Junho, a cuja comissão organizadora presidiu)

domingo, 9 de junho de 2019

"Dia de Portugal começou mais cedo graças à seleção"

Portugal regressa ao topo da Europa. Liga das Nações fica em casa
O primeiro-ministro António Costa congratulou-se hoje com a vitória da seleção portuguesa na Liga das Nações de futebol, ao vencer a Holanda por 1-0, considerando que as comemorações do Dia de Portugal começaram mais cedo.
"Ganhámos esta primeira Liga das Nações. O Dia de Portugal começou umas horas mais cedo graças à nossa equipa", disse António Costa, enviando "um grande abraço" ao selecionador nacional Fernando Santos e a todos os jogadores.
António Costa considerou ainda "motivo de grande orgulho e satisfação" no espaço de pouco anos Portugal ter sido campeão europeu e ter vencido a Liga das Nações.

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas celebra a data de 10 de Junho de 1580, data da morte de Camões.

Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, abriu hoje, oficialmente, em Portalegre, as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas com uma cerimónia de içar da bandeira nacional.
"Este 10 de Junho é cheio de vários significados, o primeiro deles o culto da pátria, o respeito e a gratidão às Forças Armadas bem testemunhadas no dia de hoje", declarou o Presidente, que afirmou também: "Não podemos esquecer que Portugal é passado, é Camões, é presente e futuro das comunidades portuguesas e, sendo futuro, é inovação. "
Recordemos que as comemorações de 10 de junho têm decorrido, desde 2016, em dois locais distintos. Um dentro do país, outro no estrangeiro. Em 2019, além de Portalegre, também Cabo Verde será palco das comemorações.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Está mesmo a chegar o Sopé da Montanha!

Leia, assine e divulgue o jornal Sopé da Montanha.
A Paróquia de S. Pedro de Tarouca ao encontro das pessoas, das famílias e do mundo.

terça-feira, 4 de junho de 2019

"Ficamos todas atarentadas!"

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Lar Privado para Idosos no Minho. Ali trabalha um amiga que há muitos anos não via. Encontrámo-nos há tempos em Lamego. Foi um agradabilíssimo reencontro. Falámos de nós, das famílias, da vida, do trabalho. Sorrimos imenso.
Ao abordar o trabalho, ela disse categoricamente:
- Só ainda lá trabalho porque não tenho outra saída. O chefe é horrível, nem imaginas. Mesquinho, miudinho, sempre a pegar por tudo e com tudo. Para ele nós devíamos ter patins nos pés e asas nos ombros… A palavra que mais ouvimos durante o trabalho é mexer, mexer. mexer… Quando, ocasionalmente não está, o trabalho é uma maravilha. Tudo corre bem, damo-nos às mil maravilhas, ajudamo-nos, há alegria no serviço. Até os velhinhos se apercebem que o clima é outro! Quando ele está, parece que tudo corre mal. Ficamos todas atarentadas.  E olha que uma pessoa atarentada só faz asneiras… São remédios trocados que depois temos que vir destrocar, é a roupa levada pra o quarto errado, são os idosos a dizer uma coisa e nós a compreendermos outra… Nem te conto!
- Estou mesmo a ver. Já levastes roupa de idosa para um idoso!...
Colocou-me a mão no braço, inclinou-se, riu a bom rir e soltou:
- Muito pior, nem imaginas!...
Olha que já não basta o chefe. Temos ainda que estar atentas à mulher do chefe. Uma senhora professora do 1º Ciclo que arranja sempre pretextos para passar pelo Lar. Parece uma ventoinha. Depois pega no que vê, no julga ver e no que não vê e vai meter tudo no bucho do marido. Claro que a seguir sobra para nós, tás a ver a cena…
Ele só tem uma coisa boa. Se uma de nós precisar de um bocadinho de tempo para tratar de uma urgência particular, ele não impede. Mas logo que a circunstância o exige, lá está ele a pedir uma tempo extra para isto ou para aquilo.
- Por que motivo não vos juntais e combinais com ele uma conversa franca, correta?
- Juntarmo-nos!? Umas têm medo dele; outras temem pelo emprego; há quem julgue que depois ele se torna ainda pior… Impossível.
- Mas sempre te conheci reguila, nunca te  vi como pessoa de "meter a viola ao saco"...
- E sou a única que vai dizendo umas coisas… Quando o encontro de menos má maré, lá lhe vou propondo certas verdades… E ele até me ouve. Sabes porquê? Porque precisa de mim. Quando há coisas que as outras não sabem ou dizem que não sabem, lá me chama a mim. Como sabes, sempre fui uma pessoa desenrascada. Não imaginas quantas vezes chego a casa tarde e más horas.  O meu marido até costuma soltar a piada: "Este mês vais trazer dois ordenados para casa. Com tantas horas extra!"
De que é que te continuas a rir tanto?
- De andardes atarentadas!... ahahahhaha
- Pois, se chovesse no teu quintal, não te ririas assim…

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Krajewski

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O nome custa a pronunciar. Mas as suas ações tornam-no um dos homens mais elegantes do nosso tempo. Um Nobel entre os Nobel, se o facciosismo não imperasse lá para os lados da Suécia.
Já era bem conhecido como «braço da caridade» do Papa Francisco: foi o responsável dos célebres chuveiros da Praça de São Pedro para os sem-abrigo, da barbearia, das frequentes refeições, das idas ao circo…
Mas agora, catapultou-se para as primeiras páginas dos jornais: um Cardeal da Santa Igreja Romana que, munido de alicate e busca-pólos, ousa enfrentar os poderes instituídos e, com as suas próprias mãos, restabelece a eletricidade a um grupo de mais de 450 refugiados e sem-abrigo. E parece que nem sequer o seu «inimigo de estimação», o Ministro do Interior, Salvini, ousou voltar a cortar a ligação.
Ao longo destes dois mil anos, Roma, certamente, já presenciou ações parecidas. Mas não muitas, de certeza. É que esta atitude mais parece de um anarca do que de uma… Eminência.
Pois é. Mas a Igreja da qual ele faz parte sempre admitiu o que São Tomas de Aquino formulou positivamente: em situações extremas, é lícito ao esfomeado colher o indispensável para o mantimento da sua vida. Atenção: em “situações extremas”! Como era, agora, o caso: há que pagar a eletricidade, mas se não existem meios, nem por isso um grupo tão grande de refugiados pode vegetar ou ser metido numa pocilga como se de suínos se tratasse.
Terminou o «Mês de Maria». Com essa Mulher forte também aprendemos tomadas de posição inusitadas. Por exemplo, quando cantou a inversão dos «valores dominantes» e atreveu-se a garantir que o Deus em Quem acreditamos “manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias”.
Queremos a boa ordem social. E muito contribuímos para ela. Jamais a «grande desordem» institucionalizada.
Fonte: aqui

domingo, 2 de junho de 2019

Em Santa Helena com Chefes do 1006 de Tarouca

Na tarde deste dia 2 de junho, realizou-se em Santa Helena um encontro com os Chefes do 1006 de Tarouca.
Após um tempo de reflexão e partilha, marcado pela espontaneidade, empenho colocado no debate, capacidade de escutar e vontade de acertar, teve lugar um lanche-convívio em que a boa disposição e o espírito de amizade foram boa e agradável presença.
O encontro terminou na capela. Momento fantástico de oração! Houve tempo para o silêncio, a prece partilhada e a oração do grupo. Nunca esquecemos que Santa Helena é a padroeira do nosso Agrupamento.
Após as despedidas, foi a vez de um passeio solitário pela serra, usufruindo do silêncio falante da montanha e do ar puro que enche os pulmões do corpo e da alma. Foi bom rezar o terço durante o percurso. As alturas dão-nos a impressão de maior proximidade de Deus e com Deus.
Tive a satisfação de encontrar por aquele espaço elementos da Comissão da Igreja com quem pude trocar opiniões sobre tarefas a decorrer ou a realizar.

sábado, 1 de junho de 2019


Dia Mundial da Criança

Nós, crianças:
- Temos o direito a ser felizes
- Temos o direito a brincar, crescer, conviver
- Temos direito à educação e aos valores
- Temos o direito de aprender segundo o ritmo de cada um
- Temos o direito à individualidade, sem comparações
- Temos o direito ao exemplo e testemunho de nossos pais
- Temos o direito a crescer de mente e corpo sãos
- Temos o direito a sorrir
- Temos o direito ao respeito por parte de outras crianças e dos adultos
- Temos o direito de exigir à sociedade que não machuque a nossa dignidade
- Temos o direito à educação para a cidadania e para a solidariedade
- Temos o direito a não ser tratadas como bibelôs
- Não somos propriedade de ninguém
- Somos gente
- Temos o direito ao amor e ao carinho
- Precisamos de ser corrigidas com brandura, mas com persistência
- Temos direito a um mundo mais justo, mais fraterno, mais aberto à esperança
- Temos necessidade de Deus e de sermos orientadas para Ele.