quinta-feira, 31 de julho de 2008

Senhor Presidente, por favor!

Foi hoje criada uma grande expectativa em relação à comunicação ao pais que o Presidente da República ia fazer às 20 horas.
Também eu ficou expectante. Não pude ouvir a comunicação por razões pastorais. Acabo de a ler bem como a alguns comentários sobre a mesma.
Afinal "a montanha pariu um rato"! Num país eivado de mil e uma dificuldades, vem o mais alto Magistrado da Nação falar do Estatuto Político-Administrativo dos Açores por considerar que se está perante um "precedente muito grave para o equilíbrio dos poderes dos órgãos de soberania".
Senhor Presidente, por favor, poupe-nos! Então acha que é isto que preocupa os portugueses??? Acha que este é o grande problema nacional?
Diante dos dramas que diariamente esmagam os portugueses, temos o seu silêncio. Perante um problema jurídico-institucional que pouco - ou nada - diz ao povo, o senhor dá-lhe toda a importância, querendo transformá-lo num desígnio nacional.
Não foi o Estatuto Político-Administrativo dos Açores chumbado pelo Tribunal Constitucional por conter normas consideradas inconstitucionais? Não terá, por isso, de voltar à Assembleia da República?
E se o referido Estatuto possui "normas que suscitam sérias reservas de natureza político - institucional", não poderia Vª Exª manifestá-lo em comunicação ao Parlamento?
Qual a razão deste alarido todo? Para desviar a atenção do povo dos reais problemas que o afectam, oferecendo assim mais uma mãozinha ao governo!? Acha que tem apoiado pouco o governo???...

Os conselhos de Bill Gates

Eis os conselhos que Bill Gates deu numa conferência que proferiu há pouco tempo numa escola secundária.
São 11 regras que os alunos não aprendem na escola.
Começou por dizer que a "política educativa de ‘vida fácil’ para as crianças" tem criado uma geração que não sabe o que é a realidade, e que esta atitude tem feito com que as pessoas falhem na vida, depois de sairem da escola.

Muito conciso (todos esperavam que ele fosse fazerum discurso de uma hora ou mais), falou menos de 5 minutos, foi aplaudido durante mais de 10, depois agradeceu e deixou o local no seu helicóptero a jacto...

Regra Nº 1
A vida não é fácil. Acostuma-te a isso.
Regra Nº 2
O mundo não se preocupa com a tua auto-estima.
O mundo espera que faças alguma coisa útil por ele, ANTES de te sentires bem contigo próprio.
Regra Nº 3
Não ganharás € 6.000 por mês, mal saias da escola.
Não serás vice-presidente de uma empresa, com carro e telefone ao teu dispor, sem antes teres conseguido comprar os teus próprios carro e telefone.
Regra Nº 4
Se achas que o teu professor é exigente e rude, espera até teres um Chefe. Este, não terá pena de ti !...
Regra Nº 5
Vender jornais velhos ou trabalhar durante as férias, não te diminui socialmente.
Os teus avós, têm outra palavra para isso: chamam-lhe oportunidades...
Regra Nº 6
Se fracassares, não é por culpa dos teus pais.
Por isso, não lamentes os teus erros, mas sim aprende com eles.
Regra Nº 7
Antes de nasceres, os teus pais não eram tão críticos como o são hoje. Só ficaram assim por terem de pagar as tuas contas, lavar as tuas roupas e ainda por cima, ouvir-te dizer que são “ridículos".
Por isso, antes de “salvares o planeta” para a próxima geração, ao quereres corrigir os erros da geração dos teus pais, tenta é limpar o teu próprio quarto!...
Regra Nº 8
A tua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Nalgumas escolas, já nem repetes o ano e dão-te todas as oportunidades que forem precisas para acertares. Bom, isto não se parece em NADA com a vida real...
Nela, se pisares o risco, estás despedido. RUA !!!
Por isso, faz tudo como deve ser logo à primeira.
Regra Nº 9
A vida não se divide em semestres.
Não terás sempre os verões livres e é pouco provável que os outros empregados te ajudem a fazer as tuas tarefas no fim de cada período.
Regra Nº 10
A televisão NÃO É a vida real.
Na vida real, as pessoas têm que deixar de ir ao bar ou à discoteca, e irem trabalhar.
Regra Nº 11
Sê simpático com os CDFs (aqueles estudantes que os outros julgam que são uns patetas).
Há uma grande probabilidade de vires a trabalhar PARA um deles...

Bill Gates. É o dono da maior fortuna pessoal do mundo e da Microsoft, a única empresa que enfrentou e venceu a IBM desde a sua fundação, em meados do séc. XX, que foi a empresa que construiu o primeiro Cérebro Electrónico (computador) do mundo.

Imprime, volta a ler, reencaminha e mostra a todos os teus verdadeiros amigos ou àqueles que aches que merecem ter uma aula particular, dada por quem percebe do assunto ...
E se tiveres a SORTE de ainda tê-los perto de ti, e a coragem para isso, mostra-o aos teus PAIS.
Se já tens filhos,transmite-lhes estes ensinamentos !!!

Um convite amigo

Tenha paciência. Peço-lhe para abrir este site: http://www.oamigodopovo.com/

Agora clique em "À sombra do castanheiro".

Leia pausadamente.

Tire agora as suas conclusões...

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Onde houver polémicas, feridas, amarguras, insultos, imposições, aí não se procura a verdade

Onde houver polémicas, feridas, amarguras, insultos, imposições, aí não se procura a verdade.
E isto por duas razões: a primeira, porque - como escreveu Romain Rolland - “é preciso amar a verdade mais que a si mesmo; mas é preciso amar o próximo mais que a verdade”. Toda a verdade usada para pisar os homens, converte-se imediatamente numa mentira. A segunda razão porque todo o homem inteligente - e ainda mais todo o crente - sabe que “toda a verdade é o centro dum círculo, e para chegar a esse centro há tantos caminhos como raios”. “Os que são semelhantes a Cristo - dizia Claudel - são semelhantes entre si com uma diversidade magnífica”. E como diz Newman, basta um momento de reflexão para nos convencermos de que sempre houve posições diferentes na Igreja e sempre as haverá, e se terminassem de vez, era sinal de que teria cessado toda a vida espiritual e intelectual”.

Parece, porém, que isso não está na moda. Nunca se falou tanto de pluralismo, e nunca os crentes foram tão intolerantes uns com os outros. Tanto abominar da Inquisição, e agora temos uma em cada paróquia e em cada coração. “Parece - escreveu o Padre Congar - que o demónio inspirou ao homem moderno um certo espírito de cisma, no sentido genuíno da palavra, porque, em vez de comungar no essencial respeitando as diferenças, dedica-se a distinguir-se, a opor-se ao máximo e a transformar em motivo de oposição aquilo mesmo que poderia ter com os outros em espírito de comunhão”.
Mas a discórdia não é cristã. “E impossível - dizia S. Cipriano - que a discórdia tenha acesso ao reino dos céus”. É que a paixão fanática pela verdade que brota do egoísmo, é dura, agressiva, impositiva, causadora de divisão. Ao passo que — di-lo a carta de S. Tiago — “a sabedoria que vem de cima é pura, pacífica, indulgente, dócil, cheia de misericórdia e o fruto da justiça semeia-se na paz”.
In "Tempo de inquisidores", Razões para o amor

Bodas de Prata Matrimoniais

Ontem à tardinha, celebraram-se na Igreja Paroquial as Bodas de Prata Matrimoniais de Flávio Sarmento e de D. São, na presença dos dois filhos, demais familiares e amigos. Concelebrou o sacerdote que presidiu ao seu casamento, o sr P.e Gomes, de Vila Real.
A cerimónia decorreu com muita simplicidade e elevação.
Toda esta família dá a sua colaboração à comunidade. D. São, o Flávio e a filha, Ana Marta, integram o grupo de leitores; o filho, João Pedro, é o organista das celebrações. Além disto, o sr Flávio é o Presidente da Junta de Freguesia.
Tocou-me especialmente o facto de, na Acção de Graças, terem sido os dois filhos a cantar e não o coral que animou a liturgia. Quanta emoção e gratidão aquelas duas vozes jovens transmitiam!
No fim da Eucaristia, filhos e pais partilharam com os presentes os sentimentos que lhe invadiam a alma. Belo momento de gratidão, reconhecimento e de testemunho de amor familiar.
Seguiu-se uma refeição familiar onde a simplicidade e o bom gosto combinaram com o ambiente agradável que se viveu.
Parabéns, amigos! Por muitos anos.

Festa de Santa Helena em fotos

Veja aqui reportagem fotográfica da Festa de Santa Helena 2008.

http://paroquiadetarouca.no.sapo.pt/ficheiros/stahelena2.html

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Um livro pequeno que aconselho vivamente

RAZÕES PARA O AMOR
de José Luis Martin Deacalzo
da Editorial Missões Cucujães

Um livro pequeno que aconselho vivamente.
Linguagem simples e adequada.
Parte da vida.
Centrado na esperança e na alegria.
Assuntos variados e vitais.

Vale a pena! Um capitulozinho por dia, como quem saboreia um gelado em dia muito quente.
Leiam e recomendem aos amigos.
Penso que ficarão fãs do autor e quererão ler outros livros dele.

Encontrei este livro quando buscava outro na estante. Peguei nele. Quando o li a primeira vez, sublinhei e coloquei notas ao lado. E é interessante. O livro diz-me agora coisas que não me disse da primeira vez. Muitas daquelas notas achei-as sem grande interesse.
Um bom livro fala-nos de forma diferente nas diferentes etapas do nosso viver.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Uma longa história de sofrimento e vontade de vencer

- Não me conhece? - disparou à queima roupa após uma saudação apressada.
- Não - respondi.
Uma das minhas limitações é a deficiente memória geográfica. Fixar pessoas e nomes é uma dificuldade tremenda. E as desilusões que causo a outros e me causo a mim! Mas enfim, conforme diz o povo, "não nos fizemos, fizeram-nos".
Tinha sido uma menina da catequese de uma paróquia por onde passei há muitos anos. Recordou uma ou outra peripécia e à tona da memória começou a aparecer a figura linda da criança que fora. Tão diferente agora! Os anos e o sofrimento haviam deixado no seu rosto vincos assinaláveis. Fora com os pais para uma grande cidade após concluir o 2º ciclo.

Contou-me uma longa história onde o sofrimento e a vontade de vencer sempre foram indissociáveis. Casara e do matrimónio vieram três lindos rebentos, duas meninas e um rapaz. Viviam do trabalho de ambos e tudo parecia correr sobre rodas. Um homem, mais ou menos da idade do marido, começou a aparecer lá por casa, sempre muito atencioso e simpático. Era um amigo do marido. E como tal, era-o também da família. Uma vez ou outra dormiu mesmo lá por casa.
Lentamente o comportamento do marido começa a mudar. Ia-se tornando mais irascível, menos paciente para os miúdos e o dinheiro começou a faltar, com mil desculpas. Ele que nunca faltara com todo o ordenado em casa. Por outro lado, as saídas tornaram-se frequentes e prolongadas. Depois começou a ser agressivo. Perguntava-se a si mesma o que se teria passado na cabeça do marido. Começou a andar mais atenta. Até porque algumas vezes ele já não ia trabalhar...
A vida em casa começou a ser inferno. Não havia dinheiro e sobravam as ofensas e maus tratos. Primeiro o cordão, depois um fio, mais tarde louças mais caras... tudo ia desaparecendo de casa. Até os pacotes de leite e iogurtes, que os pais lhe davam para as crianças, voavam...
Viu com os seus olhos o famoso pó. Já não tinha dúvidas. O marido, pai de três maravilhosas crianças, estava metido na droga.
Afinal aquela simpática e atenciosa criatura, que se fazia passar por amigo do marido, era o demónio em figura de gente. Fora quem o arrastara para a desgraça e, com ele, toda a família.
Já não reconhecia aquele rapaz honesto, trabalhador, digno por quem se apaixonara. A casinha que ambos, com trabalho e amor, tinham construído, estava agora completamente vazia. A fome deixava marcas nela e nos filhinhos. Trazia no corpo a evidência dos maus tratos. Os próprios pais dela chegaram a ser agredidos por não darem o dinheiro que o genro pedia e eles não tinham.
Recorreu a todos, pedindo ajuda. Só que ele não se queria curar. Toda a gente a aconselhava a largar com os filhos, pois trabalhadeira como era nunca faltaria o pão. Mas gostava ainda muito dele. Queria-o recuperar. Não desistiria.
Depois de muito porfiar por todos os meios, consegue finalmente que ele vá fazer uma cura. Sempre lhe transmitiu toda a coragem e o encheu de carinhos, mesmo quando lhos recusava. Finalmente veio. Sente-o muito melhor e ele diz-se curado, que droga nunca mais. Mas ela tem medo de recaídas, embora lhe dê toda a força. Como perdera o emprego, ela sugeriu-lhe que regressem à aldeia dele e granjeiem a quinta que os pais lhe deixaram. Por amor ao marido e à família abandona também o seu emprego. Consegue que regressem sem ninguém se aperceber e mudam de telemóvel. O medo da influência dos antigos companheiros de droga...

Já estão há cinco anos na quina. A vida voltou a sorrir. Ele é agora ainda mais maravilhoso do que fora antes de cair na desgraça. Procura por todos os meios recompensar mulher e filhos das agruras por que os fez passar.

Não esqueço aquele sorriso largo, vitorioso, pacífico com que ela se despediu de mim:
- Valeu a pena! Quando amamos, tudo vale a pena.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Encontro sacerdotal

Neste fim de ano pastoral e escolar o cansaço bate à porta. A alma e o corpo rangem por uns momentos de descanso. Sabem então muito bem uns instantes de convívio com sacerdotes. Só pelo prazer de estarmos juntos, sem agenda de trabalhos.
Foi o que aconteceu na noite de segunda-feira. A maioria dos padres que trabalham neste arciprestado esteve reunida. Presente, o Reitor de Almacave, velho amigo de todos desde o tempo em que trabalhou neste arciprestado.
Foram momentos muito agradáveis de convívio, de brincadeira, de partilha também. Foi óptimo estarmos com Mons Guedes, como sempre o é.
Obrigado a todos os que contribuíram para a simpática e acolhedora refeição.
Volta sempre, Amigo Guedes!

"Melhor liderança é uma liderança de exemplo".

O Movimento Mérito e Sociedade (MMS), que foi oficialmente constituído como partido político no final de Junho, propõe a aplicação da taxa "Robin dos Bosques" à classe política, defendendo a retirada dos subsídios e compensações aos ex-deputados e dirigentes de empresas públicas com menos de 65 anos para "acabar com o péssimo exemplo de quem lidera a área política".

Assim, Eduardo Correia, líder deste partido, propõe a revisão imediata das regras de despesa pública, nomeadamente através da redução de todas as reformas de ex-deputados, dirigentes de empresas e instituições públicas.
Além disso, aos que, nessas circunstâncias, não tenham atingido a idade mínima de reforma de 65 anos, devem ser retiradas todas as compensações e subsídios.
"É preciso reduzir bastante o número de pensionistas altamente beneficiados", referiu.
O MMS defende ainda a revisão do parque automóvel do Estado, reduzindo a sua dimensão e não permitindo elevados consumos de combustível.
"Também neste caso é preciso que o Estado dê um exemplo de frugalidade e poupança", salientou o presidente do MMS.
Eduardo Correia apelou ainda para que seja publicada na Internet uma lista com os valores das reformas que auferem todos os antigos deputados e ex-dirigentes de empresas e instituições públicas.
"É preciso que todos percebam o que cada um recebe e o que se anda a fazer com o dinheiro do Estado, a bem da transparência", sublinhou, considerando que a "melhor liderança é uma liderança de exemplo".
(Fonte: Jornal de Notícias)

Finalmente! Alguém tem coragem de começar por onde todos deviam começar. Não é exigir sempre aos mesmos os mesmos sacrifícios. É pelos privilégios dos políticos e pelo rombo no erário público que provocam que é mesmo urgente começar!!

A face jovem da Igreja

A Felicidade do Arlequim

É incontestável que todos os dias, ao abrir as janelas da imprensa, deparamos com notícias negras de maldade e crime. Mas é agradável encontrar, quando folheamos um jornal ou um livro, lendas com uma mensagem bela, como a do Arlequim.
Veneza tem anualmente umas festas de carnaval grandiosas. Havia em Veneza uma fidalga muito rica, que todos os anos organizava um baile no seu palácio para o qual convidava todos os jovens – rapazes e raparigas da cidade.
Tinham de apresentar-se mascarados e o que se apresentasse com o traje mais belo seria premiado.
Entre os jovens havia um chamado Arlequim, muito pobre, sem possibilidade de apresentar-se bem vestido. Mas os seus companheiros tiveram uma ideia muito solidária e ofereceram-lhe os retalhos que sobraram da confecção dos seus trajes.
A mãe de Arlequim, com a sua habilidade e o seu desejo de que o filho pudesse concorrer, combinou as cores de todos aqueles retalhos e confeccionou um belíssimo vestuário.
Arlequim entrou no baile do palácio e foi premiado pela beleza e originalidade da sua veste. E quando as pessoas felicitavam aquele jovem, ele respondia feliz: o meu fato foi executado com a bondade dos meus companheiros e o coração da minha mãe.
É esta resposta de Arlequim que contém a mensagem que nos ajudará a ser bons: a colaborar na felicidade dos outros, repartindo com eles algo que possa ajudá-los: ajudá-los com um pouco – um retalho - da nossa felicidade das nossas capacidades das nossas possibilidades.
As pequenas ajudas podem gerar grande alegria, grandes êxitos na vida dos outros. E Arlequim somou à generosidade dos companheiros o amor da sua mãe que pôs todo o empenho e arte na confecção do traje carnavalesco de seu filho.
A amizade e o amor podem produzir maravilhosos efeitos na vida dos outros: podem transformar o que é comezinho e simples em algo de grandioso e belo.
Mário Salgueirinho

domingo, 27 de julho de 2008

Deus cuidará de ti...


A situação económica de muitas paróquias é hoje muito, muito difícil!

Pouco se fala na situação. Mesmo nas dioceses, quando se abordam dificuldades económicas, estas referem-se normalmente à diocese.
Mas muitas paróquias passam hoje por grandes dificuldades económicas. E é bom que se pense nisso. TODOS!

Na minha modesta opinião, a primeira causa das graves problemas económicos que afectam muitas comunidades paroquiais é a descapitalização do povo. Com a crise, as pessoas estão sem dinheiro e, se o não têm, não podem colaborar.
É certo que vivemos hoje num ambiente materialista, com bastante insensibilidade aos valores espirituais. O que parece interessar é tudo aquilo que contribui para o melhor bem-estar do corpo e, como dizem alguns, "a Igreja não enche papo".
Também vai reinando a ideia de tudo exigir e pouco servir, partilhar.

O facto é que muitos párocos e conselhos económicos vêem-se à nora para acudir às muitas necessidades.
Desde logo a conservação dos edifícios religiosos, a exigir fortunas e não se vislumbra de onde possa vir o dinheiro. E então em paróquias com muitos povos e várias capelas a dificuldade multiplica-se.
Depois a exigência pastoral e sócio-caritativa de novos edifícios de apoio, sejam centros paroquiais ou centros de apoio a idosos e crianças. Hoje estes imóveis ficam por preços astronómicos, primeiro pela construção, depois pela conservação e manutenção.
Por fim - e os últimos são os primeiros - as solicitações pastorais. É urgente investir muito mais na pastoral, na valorização dos agentes da pastoral, da liturgia e da caridade. É preciso utilizar as novas tecnologias ao serviço da Mensagem. É preciso ser mais acutilante no atendimento a situações de pobreza e sofrimento humano. São precisos meios de transporte. É preciso assegurar o atendimento às pessoas e os serviços da comunidade. É preciso apostar nos meios comunicação - púlpito moderno. É preciso garantir aos grupos e movimentos os meios mínimos para prosseguir a sua acção, etc, etc

Quanta engenharia financeira é preciso fazer! Quantos cabelos brancos se ganham! Quantas noites sem dormir! Quantas incompreensões! Quantas oportunidades perdidas! Quantas situações dramáticas se prolongam!

Não tenham dúvidas: a situação económica de muitas paróquias é hoje muito, muito difícil. Há que olhar a sério para a situação. TODOS!

Valha-nos a Esperança que não engana.

sábado, 26 de julho de 2008

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Jovens na rádio

NA RRT, Espaço Santa Helena, como é costume em casa sexta-feira entre as 14 e as 15 horas, teve lugar o programa "Espaço Igreja".
Foi o último programa do presente ano pastoral. Penso que terminou da melhor maneira. Quatro jovens estiveram presentes. A Laida, que foi um dos sete jovens da diocese de Lamego a tomar parte na Jornada Mundial da Juventude na Austrália, falou da sua experiência e -lo com paixão, alegria, entusiasmo. A Sofia, a Milene e o Patrck, do Grupo de Jovens, falaram da sua experiência de voluntariado no Centro de Deficientes Profundos de Viseu. Estiveram muito bem, muito calmas, espontâneos, entusiastas, deixando correr naturalmente da alma as palavras.
No início do novo ano pastoral, voltaremos se Deus quiser.

São Tiago Maior

Neste dia a Igreja festeja a santidade do apóstolo nascido em Betsaida na Galileia: São Tiago Maior.
Este privilegiado pescador, que foi escolhido por Jesus para pescar homens, era filho de Zebedeu e Salomé e tinha como irmão o apóstolo São João Evangelista.
Quando olhamos com atenção para o Evangelho, podemos perceber que Jesus possuía dentre os apóstolos aqueles escolhidos como testemunhas de acontecimentos especiais na vida do Salvador. São Tiago era um destes agraciados, pois o encontramos na ressurreição da filha de Jairo, na Transfiguração e no Horto das Oliveira ao lado de São Pedro e São João.
São Tiago Maior ao acolher o chamamento do Cristo, aceitou também entrar num sério processo de santificação, pois nem sempre sabia reagir segundo o Espírito Santo à dureza de coração dos que não se abriam ao Evangelho: " Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: 'Senhor, queres que digamos que caia o fogo do céu e os destrua?'Mas Jesus, voltando-se, repreendeu-os (Lc 9,54).
De tal maneira o coração de Tiago Maior foi trabalhado pela Graça do Espírito Santo, que no Livro do Actos dos Apóstolos, ao referir-se pela última vez a sua pessoa, podemos encontrar a sua doação total ao Evangelho, concretizada no martírio que sofreu no ano 42 por parte de Herodes.

Também nesta comunidade se lembra hoje este Apóstolo, na capela a ele dedicada. Trata-se de um pequenino templo que tem como particularidade o facto de ter o púlpito cá fora.
O púlpito era o local donde se proclama o sermão. Costuma ficar a meio da Igreja, acima das pessoas. Assim todos podiam ouvir e ver o pregador. Claro, reportamo-nos a épocas onde não havia instalação sonora.
Como a capela de São Tiago, em Arguedeira, era pequeníssima, então colocaram o púlpito cá fora. Assim os que não cabiam no interior também podiam ouvir o pregador.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Exercer o poder não é demitir-se

Não é adiando continuamente os problemas que eles se resolvem. Esta de "o tempo tudo cura" pode converter-se em "o tempo tudo agrava".
Quem está à frente, seja na política, na associação, na vida da Igreja, não pode fingir que os problemas não existem, deixando-os prolongar indefinidamente no tempo, pensando porventura que eles acabem por se resolver...
Quem preside não pode demitir-se do exercício do poder. Mesmo que isso lhe traga amargos de boca. São os espinhos normais da função. Ao demitir-se de assumir as suas responsabilidades pode fazer sofrer inutilmente, desmotivar pessoas, emperrar resoluções, agravar dificuldades.
Há pessoas que têm uma dificuldade tremenda em lidar com o poder. Presos na indecisão, mergulhados no receio de se "chamuscarem", procurando agradar a gregos e a troianos, prolongam indefinidamente situações, adiando soluções, desmotivam pessoas, fabricam sofrimentos.
O poder é para ser exercidos, não só quando colhe palmas e passadeiras, mas também - e sobretudo - quando é preciso tomar rumos, resolver casos, propor metas. Às vezes numa grande solidão e incompreensão.
Quem está à frente é chamado a apoiar expressamente os que escolhe para diversas tarefas, mesmo quando possa desagradar a alguns. Só assim ganha credibilidade e mantém o espírito de sã colaboração.
Nisto Pinto da Costa é mestre. Os que escolhe para desempenhar cargos no seu clube sabem que enquanto os mantiver nessas funções, contam com o seu apoio incondicional, claro, público, repetido. Também por isso o Porto ganha...
E se noutros quadrantes se acolhesse este exemplo vencedor?

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Portugal, pior do que a Fossa das Marianas

A emigração silenciosa destes tempos faz lembrar os anos sessenta. Depois falam-nos que os índices do desemprego desceram qualquer coisa ... como se os portugueses estivessem de olhos vendados!

Os ricos empresários fecham empresas, mas fazem uma vida à grande e à francesa. Ou então deslocam-se para "paraísos" da mão-de-obra barata.

Os políticos não se cansam de vender a "banha da cobra", como se alguém ainda os levasse a sério...

Existe um grupo parasitário que em nada contribui para a sociedade, que não faz nada - embora alguns sejam poços de vícios - mas conta com aquilo que a sociedade lhe oferece para continuar a viver parasitariamente.

Os idosos recebem reformas de miséria que, em muitos casos, vão direitinhos para a farmácia. Depois ... vivem na pobreza!

Os jovens não vislumbram emprego e muitos casais recebem da crise económica o empurrão para a instabilidade. Os divórcios aumentam constantemente e em todo o lado. O casamento chega - quando chega - cada vez mais tarde. Não há dinheiro...

Perante isto, incomoda a passividade da comunidade nacional. Que é feito dos genes dos portugueses de quinhentos? Vivemos num amorfismo que mete dó. As críticas inúteis ficam-se pelo café ou pelo grupo de amigos. Acção, viste-la!

A Igreja - bispos, padres e leigos - é um enorme deserto de silêncio. Onde está o sal, a luz e o fermento evangélicos? Tolhidos na "santa prudência", nem reparam no sofrimento do povo para não se exporem. Uma Igreja sem profecia é como um caldo sem sal. Que estranhar depois a debandada!!!
A propósito: Se aquela marcha pela paz, ocorrida no Bairro da Fonte, fosse em Madrid, talvez o cardeal Rouco Varela ou um dos seus bispos auxiliares tivessem aparecido. Assim em Portugal...

Um caso entre milhares

Trabalhava naquela empresa há 33 anos. A carta chegou como um tsunami arrasador. Fora despedido!
Ele que, embora humilde, se orgulhava do seu brio profissional e da sua dedicação à empresa que considerava como a sua segunda casa.
E agora? Cinquentão, quem lhe dará trabalho? Ficar em casa sem fazer nada, a receber o subsídio de desemprego? Mas isso a sua dignidade de homem que sempre ganhou o pão com o suor do rosto não suporta.
Sabe que o Centro de Emprego acabará por o chamar para um daqueles cursos de formação que promove. Mas ele quer é mesmo trabalhar, não andar ali ao faz-de-conta...
Uma pessoa da família, que me contou esta cena bem real, dizia:
- A gente houve falar em desemprego, em empresas que fecham, em empresários que se deslocam para "paraísos" de mão-de-obra barata, mas pensa sempre que só acontece aos outros. Quando nos entra porta dentro, então o sofrimento, a revolta e o vazios são indizíveis.
Claro que há esperança. Um homem amigo de trabalhar, que percebe a fundo da sua especialidade na construção civil, acabará por encontrar uma empresa do ramo a abrir-lhe as portas.
Quer trabalhar. Levanta mesmo a perspectiva de emigrar. Aí a esposa entra em stress. Sozinho? Naquela idade? Ela para o acompanhar tem que renunciar ao seu trabalho que lhe dá um ordenado baixinho, mas que garante uma reformazinha. E depois a família é isso mesmo: família. Ali existe o mútuo encantamento.
Alguém lhe falou de Espanha para onde golfadas de portugueses estão a partir em busca do pão que Portugal lhes nega. Prefere ficar ao pé da família, mesmo ganhando muito menos. Mas se não puder, parte também. Sem trabalho é que não quer ficar. Ao menos em Espanha, pode visitar a família de 15 em 15 dias, como tantos.
Um caso. Entre milhares!

A justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca

Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros.

Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.

Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.

Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.

E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.

Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?

Vale e Azevedo pagou por todos.

Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?

Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecidas antes dela, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?

E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára? O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.

E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?

E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.

Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.

Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.

Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.

Este é o maior fracasso da democracia portuguesa
Clara Ferreira Alves - "Expresso", Julho 2008

terça-feira, 22 de julho de 2008

No país de Sócrates...


(enviado por email)

Convicção e tolerância

Numa sociedade democraticamente amadurecida, a tolerância impregna o seu quotidiano.
Em virtude da globalização, dos movimentos migratórios e das novas tecnologias, vivemos numa sociedade multi-cultural e multi-ética. Raças, culturas, etnias, modos de vida diferentes, opções de vida diversificadas, cruzam-se hoje no nosso dia-a-dia. Ou há tolerância e respeito pelo diferente ou o choque, mais ou menos violento, pode acontecer, como a situação na "Quinta da Fonte" revela claramente.
Ao lado da violência, vão surgindo outras situações também elas portadoras de racismo e de intolerância, como o riso de soslaio, a piada de mau gosto, o comentário rasca, a pose de indiferentismo ou de superioridade...

Mas tolerância não quer dizer demissão. Demitirmo-nos dos nossos valores, da nossa maneira de estar e encarar a vida, dos nossos sentimentos... não é respeito pelos outros, é aniquilamento.
Parece que é o que se passa hoje. A maioria demite-se, não quer saber, e deixa as coisas na mão de minorias aguerridas que aparecem por todos os lados e fazem criar a sensação de que são o pensamento reinante.
Convictos e decididos seremos mais merecedores do respeito dos outros e respaitamos melhor os diferentes.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

«Esta não é uma proposta fracturante, mas sim aberrante»,

O líder dos Socialistas Católicos, Cláudio Anaia, demarcou-se hoje da posição da Juventude Socialista (JS) de defesa do casamento homossexual, considerando que se trata de uma proposta «aberrante».

O novo líder da JS, Duarte Cordeiro, eleito este fim-de-semana no Congresso dos 'jotas' socialistas que decorreu no Porto, já assumiu que a consagração da possibilidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo vai continuar a ser uma 'bandeira' daquela estrutura.

No comunicado enviado à Lusa, o líder dos Socialistas Católicos, que é também militante da JS, demarca-se, contudo, da posição dos 'jotas', sublinhando que «o casamento é uma instituição que, mesmo no plano civil, é celebrada entre pessoas de sexo diferente».
Além disso, acrescenta, «à ideia de casamento está indissociável a constituição de uma família, que possa haver filhos, com pai e mãe». ( http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Default.aspx)

Fantástico! Este jovem não deixa as suas convicções à porta da partido político onde milita. Leva-as lá para dentro!
É isto que o Concílio recomenda aos leigos, quando afirma que é próprio dos cristãos leigos a secularidade.

Então não seria outra esta sociedade se os cristãos estivessem presentes na vida política??? Por que não estão? Deixam que meia dúzia depois decidam contra os valores da maioria???
Este jovem cristão acaba de nos dar um testemunho maravilhoso. Oxalá que muitos mais se deixem interpelar pela sua mensagem.

Homens e mulheres, juventude, saltem lá para dentro, seja qual for o partido que escolham, mas lutem aí corajosamente pelos valores em que acreditam! É a esperança que está em causa.

Onde está o progresso?

Falando na sessão de encerramento do Congresso Nacional da Juventude Socialista (JS), o primeiro-ministro disse:

- Este governo tem «uma visão progressista e não conservadora»...

- «Não venho dar lições de moral, nem dizer-vos como os jovens se devem comportar e muito menos venho aqui para vos dizer que o principal objectivo da família é a procriação".

- Este é «um governo que se orienta por valores progressistas e que recusa todas as visões do passado, retrógradas e baseadas em visões conservadoras».

- A lei da interrupção voluntária da gravidez, da paridade, da procriação geneticamente assistida e da nova lei do casamento civil ... «são exemplos desta legislatura, marcada por um grande avanço social e uma visão progressista para a sociedade».

- «Acredito num país sem preconceitos, um país confiante em si próprio, um país jovem e ambicioso».

A " visão progressista e não conservadora» deste governo está aí:
- Uma taxa de desemprego sem igual em 30 anos de democracia...
- Fábricas a fecharem umas atrás das outras...
- O custo de vida a crescer..
- O empobrecimento voraz da classe média...
- A economia que não arranca e desfaz todas as perspectivas do governo...
- As desigualdades sociais que nunca foram tão agudas...
- a insegurança reinante - o caso da "Quinta da Fonte" e o Carjacking que não cessa de aumentar são apenas duas pontas do iceberg...
- A emigração silenciosa que faz lembrar os anos sessenta...
- A justiça que não funciona...
- O imenso deserto em que transformou a educação
- A saúde que (não) temos...
- etc, etc, etc


Este é o país "jovem e ambicioso" que nos deixa o senhor Sócrates!!! Ou serão antes "as visões do passado, retrógradas e baseadas em visões conservadoras», que diz combater?

Para este senhor e seu governo o importante é fazer tudo para arruinar a família, despoletando políticas que a ponham em causa, a diminuam, a cerceiem. "Aliás, este executivo é o primeiro que, no seu Programa de Governo aprovado em 2005, não incluiu uma secção sobre os problemas da família ou menção sobre a grave decadência demográfica de Portugal." (João César das Neves)
O seu forte e o seu progressismo estão nas medidas fracturantes: o aborto, a nova lei do casamento civil, e agora admitem discutir na próxima legislatura o casamento homossexual..
A visão deste governo acerca da família não é retrógrada, porque é obsoleta!

"Não consegue entender aquilo que ensinam todos os autores sérios de Sociologia, Demografia, Economia e Ciência Política, que a crise da família é a principal causa comum de todos estes problemas e são necessárias medidas rápidas e inteligentes para lidar com algo que, sendo de enorme complexidade, pode destruir a cultura, sociedade e economia portuguesas." (João César das Neves)
O senhor Sócrates, num acto de ilusionismo puro, aparece então a arranjar à pressa uns apoios à natalidade que além de inúteis são quase patéticos.

"É doutrina da Igreja que o matrimónio é um sacramento do amor de Deus com uma dupla finalidade: união entre os esposos e procriação.
Que um actor político, questionado sobre esta matéria, expanda as suas convicções será motivo para ser apodado de pré-moderno e ante-conciliar? Que se saiba, o Concílio reafirmou a doutrina cristã sobre o matrimónio e a família. João Paulo II e Bento XVI não têm cessado de no-lo recordar.
Espanta, por isso, que o senhor Primeiro-Ministro venha mofar de um adversário brandindo convicções respeitáveis.
Mas o mais espantoso é que se apresente como progressista documentando tal posição na promoção do aborto e na facilitação da dissolução da família. Onde está o progresso?" (Theosfera)

domingo, 20 de julho de 2008

Coração que dá, coração que recebe

Cada um dá o que tem no coração...

Cada um recebe com o coração que tem...

Uma boa semana! E já agora, faça um esforço para que apenas e só o trigo medre no seu coração.
Muita paz no rasto do seu viver.

Que herança deixareis aos jovens que virão?


Amados jovens, permiti que vos ponha agora uma questão. E vós o que é que deixareis à próxima geração? Estais a construir as vossas vidas sobre alicerces firmes, estais a construir algo que há-de durar? Estais a viver a vossa existência de modo a dar espaço ao Espírito no meio dum mundo que quer esquecer Deus ou mesmo rejeitá-Lo em nome de uma falsa noção de liberdade? Como estais a usar os dons que vos foram dados, a «força» que o Espírito Santo está pronto, mesmo agora, a derramar sobre vós? Que herança deixareis aos jovens que virão? Qual será a diferença impressa por vós?

(Da homilia do Papa na missa de encerramento das Jornadas Mundiais da Juventude)
Jovens, profetas de uma nova era de testemunho

sábado, 19 de julho de 2008

Vídeos em Português: Jornada Mundial da Juventude

Veja aqui vídeos em Português sobre a JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE.
Vai gostar.

http://www.h2onews.org/index.php?lang=pt&section=

No Youtube ...

No Youtube já é possível ver a página dedicada ao Dia Mundial da Juventude: http://it.youtube.com/wydcrossmedia

Papa condena os abusos sexuais na Austrália

16º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, Jesus disse às multidões mais esta parábola: “O reino dos Céus pode comparar-se a um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi-se embora. Quando o trigo cresceu e deu fruto, apareceu também o joio. Os servos do dono da casa foram dizer-lhe: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem então o joio? Ele respondeu-lhes: ‘Foi um inimigo que fez isso’. Disseram-lhe os servos: ‘Queres que vamos arrancar o joio? ’‘ Não! – disse ele –não suceda que, ao arrancardes o joio, arranqueis também o trigo. Deixai-os crescer ambos até à ceifa e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em molhos para queimar; e ao trigo, recolhei-o no meu celeiro’“.
Jesus disse-lhes outra parábola: “O reino dos Céus pode comparar-se a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Sendo a menor de todas as sementes, depois de crescer, é a maior de todas as hortaliças e torna-se árvore, de modo que as aves do céu vêm abrigar-se nos seus ramos”.
Disse-lhes outra parábola: “O reino dos Céus pode comparar-se ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado”.
Tudo isto disse Jesus em parábolas, e sem parábolas nada lhes dizia, a fim de se cumprir o que fora anunciado pelo profeta, que disse: “Abrirei a minha boca em parábolas, proclamarei verdades ocultas desde a criação do mundo”.
Jesus deixou então as multidões e foi para casa. Os discípulos aproximaram-se d’Ele e disseram-Lhe: “Explica-nos a parábola do joio no campo”. Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem e o campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino, o joio são os filhos do Maligno e o inimigo que o semeou é o Demónio. A ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os Anjos. Como o joio é apanhado e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: o Filho do homem enviará os seus Anjos, que tirarão do seu reino todos os escandalosos e todos os que praticam a iniquidade, e hão-de lançá-los na fornalha ardente; aí haverá choro e ranger de dentes. Então, os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos, oiça”.
Mt 11,25

REFLECTINDO...

“Disseram-lhe os servos: «queres que vamos arrancar o joio»”?... Aqui temos a primeira versão daquilo a que bem podíamos chamar «tolerância zero». Uma tentativa verdadeiramente radical. A de cortar o mal pela raiz. É positivo o desejo, porque o mal é sempre mal. A intolerância peca por se convencer demasiado cedo sobre o autor do crime, ou se iludir muito depressa com a ideia de que o mal tem sítio certo! Porque não tem, de facto! O mal e o bem coexistem no mesmo espaço, convivem na mesma terra, misturam-se na mesma pessoa, disputam o mesmo coração.

“Deixai-os crescer ambos até à ceifa”. É a voz sábia do Senhor, que conhece os enganos das nossas verdades e os desenganos das nossas certezas. Como se o tempo fosse o grande «escultor»; só com o dobrar dos sinos e dos anos, aparecerá a imagem clara e definida do homem... que então há-de vir ao de cima na sua inteira verdade.
A tolerância é, pois, muito necessária, sobretudo no campo das relações com os outros. Ela é o meio caminho entre a justiça e o amor. Na certeza de que todos somos fracos, o mínimo que podemos fazer é suportar a fraqueza do próximo e aceitar a sua diferença. O justo deve ser humano! E ainda que a tolerância, seja uma forma imperfeita de amar, muito longe do amor aos inimigos e da caridade «que tudo suporta», é, mesmo assim, um primeiro passo...
Tolerância também no campo das convicções, das ideias e opiniões. Aqui a tolerância é a caridade da inteligência. Tenta persuadir pacificamente pela palavra. Rejeita o fanatismo, sem cair no cepticismo, segundo o qual, «a cada um a sua verdade e todos ficarão tranquilos». Se cada um se mantém calado na sua certeza, tolerar a dos outros é o mesmo que os desprezar. O Homem dignifica-se na procura da verdade. Pretender que se é neutro, que todas as opiniões são verdadeiras, é pressupor que todas são falsas. Para tentar unir os que pensam “diferente” é necessário pedir a cada um, não que renegue, mas que se aprofunde, que seja ainda mais e mais puramente ele mesmo.

São Paulo diria: «passem tudo pelo crivo e guardem o melhor»...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

225.000 jovens participam no Dia Mundial da Juventude

Jovens no Centro de Deficientes Profundos

Quando há meses um grupo de pessoas desta comunidade visitou o Centro de Deficientes Profundos, em Viseu, o Provedor lançou-lhes um desafio: oferecer àquela casa um tempo de trabalho voluntário.
Esta semana alguns jovens fizeram ali voluntariado. Hoje fui visitá-los na companhia da Arlete, líder do grupo, e seu marido, Zé Américo.
Encontrámo-los cansaditos mas felizes. Muito felizes!
Participámos numa celebração que organizaram. Sentados no chão, em almofadas, de mãos dadas, começaram com um cântico, seguido de uma projecção sobre a Igreja e sobre a caridade com base na doutrina paulina. Seguiu-se um tempo de testemunho. Cada um deles foi dizendo o que lhe ia na alma. Como esta semana os tocou! Sabiam o nome dos "meninos" (era assim que se refiram aos doentes), falaram com emoção de gestos, atitudes, esforços, brincadeiras, carinhos... Penetraram num oceano de humanidade.
Um deles dizia que nem dera pela falta do computador, da televisão, das mil coisas de marcting a que estava habituado. Outra referia que sentira que aquilo de que tantas vezes nos queixamos não é nada comparado com o sofrimento que ali escorre. Todos afirmaram que a experiência é para repetir. Ainda outro testemunhou a forte vivência de grupo que ali haviam experimentado.
Regressámos felizes e edificados com o vosso testemunho, embora sentisse quanto custou à Arlete o facto de não ter podido ficar convosco, mas afazeres profissionais não lho permitem.

Senti imenso orgulho em vós! Mais uma vez. Dou graças a Deus por terdes crescido tão belamente. Sois fantásticos!
No próximo fim-de-semana, estareis em Santa Helena. Espero encontrar-vos lá e partilhar da beleza e alegria interior que irradiais.
Vale a pena- se vale! - ser jovem com Cristo no coração!

Ligeireza

No jantar após o recente debate parlamentar, o senhor primeiro-ministro afirmou: «Eu sou de um partido onde era absolutamente impossível que um líder pudesse dizer que o principal objectivo da família é a procriação. Aqui no PS não temos essas frases porque elas são pré-modernas, e como já alguém disse, parece-me até que são pré-Concílio Vaticano II» (RR, 11/Julho, 2:23). De facto, ele nunca diria isso. Aliás, este executivo é o primeiro que, no seu Programa de Governo aprovado em 2005, não incluiu uma secção sobre os problemas da família ou menção sobre a grave decadência demográfica de Portugal.

Influenciado por ideologias obsoletas, o Governo manifesta total ignorância sobre isto. Enfrenta já alguns dos seus efeitos, como o envelhecimento, a crise da segurança social, imigração, insucesso escolar, marginalidade, crime, desemprego, desertificação, divórcio, solidão. Até foi obrigado a arranjar à pressa uns apoios à natalidade que além de inúteis são quase patéticos.

Mas não consegue entender aquilo que ensinam todos os autores sérios de Sociologia, Demografia, Economia e Ciência Política, que a crise da família é a principal causa comum de todos estes problemas e são necessárias medidas rápidas e inteligentes para lidar com algo que, sendo de enorme complexidade, pode destruir a cultura, sociedade e economia portuguesas.

Entretanto, com ligeireza inacreditável, o senhor primeiro-ministro prefere tratar estas coisas como antiquadas ou religiosas. Na sua cegueira, até se orgulha do que será a maior crítica que o futuro lhe fará.
João César das Neves naohaalmocosgratis@fcee.ucp.
In http://www.o-povo.blogspot.com/

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Não fiques na margem...

Não fiques na margem da vida. Mergulha mesmo. Sairás fresco, rejuvenescido, com outra esperança.

Não fiques na margem em casa, vendo a tua esposa, a tua mãe a fazer tudo sozinha.
Mergulha, lava a louca, põe a mesa, arruma a casa...

Não fiques na margem no caminho da vida, à espera que os outros te dêem emprego.
Mergulha na ousadia, inventa o teu próprio emprego, sê criativo...

Não fiques na margem, apodrecendo diante do computador, da TV ou à mesa do café.
Ocupa o tempo, lendo, conversando, pensando, trabalhando, passeando, rezando, fazendo desporto e voluntariado!

Não fiques na margem à espera que os outros resolvam os problemas sem ti.
A pobreza, a atenção aos outros, o alívio do sofrimento alheio, a generosidade ... não competem só ao governo ou às instituições. Tu és importante!

Não fiques na margem da vida política.
Não deixes que alguns decidam o futuro de todos nós sem nós. Participa, vota, manifesta-te, forma-te, decide-te!

Não fiques na margem da vida.
Pisga-te da droga, do álcool, das más companhias, dos vícios, de toda a forma parasita de estar!

Não fiques na margem do amor.
Ama mesmo! Não permitas ser ou transformar alguém em capacho dos teus instintos sexuais! Aguenta a pulso o barco da fidelidade matrimonial! Não achincalhes o namoro, sê sério! Não brinques às amizades!

Não fiques na margem da esperança.
Não te deixes enrolar pela teia devoradora do pessimismo! Luta aqui e agora pela esperança do mundo novo que há-de vir!

Não fiques na margem da alegria.
Sê alegre, cria boa disposição, sê um foco que irradia alegria onde quer que estejas!

Não fiques à margem da paz.
Não alimentes guerrilhas, não destruas pela tua língua amizades e, muito menos, dignidade! Sê um coração de paz, largando-a no rasto de teus pés!

Não vivas à margem de Deus.
Reza, vai à Igreja, sê apóstolo! Não te deixes escravizar pela vergonha ou pelos respeitos humanos! Lembra-te que "Deus não tira nada e dá tudo!"

Não fiques na margem de ti próprio.
Sê coerente, age de acordo com a tua consciência que quererás recta e bem formada! Não sejas presa da língua ou da opinião dos outros!

Jovens cantam com o Papa

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Temos falhado, sim!

- Pronto, pais, fiz o crisma, agora já não me chateiem mais para ir para as coisas da Igreja...
- Não, não - respondeu prontamente a mãe. - Tu não te comprometeste diante de toda a gente? Não ouviste o que te disse o senhor Bispo? Foste crismada para te tornares empenhada na vida da Igreja!
- Pois, falas bem, mas vós nunca lá pondes os pés! Sabíeis era mandar-me. E olhai que também fostes crismados... Ou já vos esquecestes?
O pai ia a balbuciar uma desculpa quando a esposa o interrompeu:
- Tens razão, filha! Já falei nisso com o teu pai. Temos falhado sim, ambos o assumimos. Mas está na hora da verdade. A partir de agora queremos viver de forma diferente, queremos praticar a nossa fé. Precisamos de ganhar hábitos de participação. E sabes uma coisa? Precisamos que nos ajudes, que nos desinquietes, nos incomodes. Olha que vai ser gira esta nova experiência de vivermos e praticarmos a fé. Sinto que só nos fará bem. Teu pai, eu, tu e o mano. E que tal os quatro no mesmo banco da Igreja ao domingo? E até já me lembrei de uma ideia...
- Qual, mãe?
- Oferecermo-nos para fazermos parte do grupo de leitores. Afinal todos nós, felizmente, lemos bem.
- Oh! Eu gostava mais de integrar o coral...
- Boa ideia, filha! Por que não convidas o teu pai? Ambos tendes boa voz. Eu e o mano propomo-nos para leitores.
- Parece porreiro, mãe! Quanto mais participarmos, mais gostamos de estar!

Ao encontro dos crismados

Acabo de chegar de um jantar com os jovens desta Paróquia que se crismaram na Festa de Santa Helena. Quis oferecer-lhes esta refeição como prova de amizade, de carinho e de aceitação. Claro que não comi a pizza como eles o fizeram com gosto. Havia mais coisas...
Como sempre, gostei de estar com eles, da sua boa disposição e irrequietude. Partilhei com alguns dos seus sonhos e projectos, e lancei-lhes um desafio: quero vê-los no Grupo de Jovens. Prometeram. Acredito neles e certamente vão cumprir. Sois importantes demais para ficardes à margem. Lembrai-vos disto: Cristo não tira nada e dá tudo.
O Bruno, que foi o seu catequista, foi impecável ao longo do ano e também agora na motivação para continuarem.
A Igreja é bem mais bonita quando os jovens a assumem e lhe oferecem o dinamismo, a irrequietude, a alegria da sua juventude.
Nesta comunidade, como tenho repetido até à exaustão, eles sabem que têm sempre o primeiro lugar.
Penso que a juventude compreende melhor o estar com eles do que os discursos de ocasião. E a Igreja demora demais a perceber isto...

SANTA HELENA no Jornal de Notícias

Ao princípio da tarde, alguém me comunicou que o Jornal de Notícias trazia uma localzinha sobre Santa Helena. Há minutos, ao abrir o email, deparei-me com uma mensagem de uma pessoa amiga na qual transcrevia o que foi escrito no referido diário, solicitando-me que o colocasse neste blog, caso não visse inconveniente.
Aqui deixo, pois, o texto saído no Jornal de Notícias, tal como mo havia solicitado essa pessoa amiga.

"Visitem Tarouca e subam ao alto de St.ª Helena
Na minha terra natal, participei na grande festa de Santa Helena.
Foi gratificante acompanhar a beleza daquele monte e a fé daquele povo.
Ali parece não haver nada e, no fundo, existe tudo: entreajuda, amizade, solidariedade.
Gente de todas as idades de sorriso nos lábios. Foi bom ver um sacerdote dedicado de alma e coração a esta gente. Parabéns, padre Carlos, por tudo quanto tem feito por Tarouca.
Parabéns também pelo pregador que convidou este ano, o senhor reitor do Seminário de Lamego. As suas palavras (que combinam eloquência com humildade) entraram no fundo do coração de todos. Assim vale a pena encher os templos.
Num tempo em que o mal avulta, ainda há razões para dizer bem. Visitem Tarouca e subam a Santa Helena.
Carlos Pires
CPIRES123@GMML.COM
Jornal de Notícias, 16-07-08"

Siga o dia-a-dia da Jornada Mundial da Juventude

Aqui: http://jornadasdajuventude.blogspot.com/

terça-feira, 15 de julho de 2008

"Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas"

De 15 a 20 deste mês de Julho realiza-se, em Sydney na Austrália, mais uma Jornada Mundial da Juventude. O lema para a Jornada não poderia ser mais significativo do que este: "Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas" (At 1,8).
Num período em que milhões de jovens sentem dificuldade em viver a Fé baptismal no meio de um mundo com propostas tentadoras mas opostas ao caminho de Cristo, certamente se fazem necessárias estas duas coordenadas: que eles, e através deles, todos se abram à força do Espírito Santo, e que movidos por ela todos retomem a consciência da missão fundamental dos discípulos de Jesus Cristo – ser testemunhas dele em todos os lugares e em todas as circunstâncias.
As Jornadas Mundiais da Juventude, iniciadas pelo Papa João Paulo II, tornaram-se um verdadeiro fenómeno. Basta ver o que se passou em São Tiago de Compostela, em Paris, em Roma, em Toronto, em Colónia...
E certamente a XXIII Jornada em Sidney, na Austrália, será também uma grande festa. É certo que entre os 15 milhões de habitantes da Austrália apenas 5 milhões são católicos. Com isto, em termos numéricos, os cerca de 100 mil jovens esperados não poderão "competir" com as multidões que acorreram às jornadas anteriores. Até porque a Austrália fica muito longe dos países de maioria católica. Mesmo assim, porém, com certeza este será um novo marco no revigoramento da Igreja em termos de espiritualidade, num mundo tão marcado pelo materialismo.
Serão poucos os jovens portugueses presentes nesta Jornada Mundial da Juventude de Sidney. O elevado preço da viagem intercontinental acabou por desmobilizar muitos interessados na inscrição. A Diocese que leva a maior delegação é o Patriarcado de Lisboa, com 25 jovens, seguida do Porto, com 22. Do Algarve segue uma delegação com 13 elementos e de Leiria-Fátima um grupo de 9 jovens. O Funchal leva até à Austrália oito pessoas e Lamego consegue reunir sete jovens para esta longa viagem (entre os quais a nossa Laida). Coimbra, com 5, Braga, com 3, Aveiro, Viana e Portalegre-Castelo Branco são as outras Dioceses que se fazem representar através dos seus secretariados da Juventude. Outros estarão também presentes através de Associações, Movimentos e Obras reconhecidas pela Santa Sé.
A finalidade principal das JMJ é colocar Jesus Cristo no centro da fé e da vida de cada jovem, para que seja o ponto de referência constante e a luz verdadeira de cada iniciativa e de toda a tarefa educativa das novas gerações.
Fonte: O Amigo do Povo

Começa em Sydney a Jornada Mundial da Juventude


Jornada vai até dia 20 e na quinta-feira contará com a presença do papa Bento XVI.

Milhares de peregrinos concentraram-se nesta terça-feira, 15, em Sydney (Austrália) para participar na cerimônia de inauguração da Jornada Mundial da Juventude. A cerimônia começou com um cântico aborígine e tem ainda uma missa celebrada pelo cardeal australiano George Pells.
A Jornada Mundial da Juventude, que acontece até o dia 20 e que terá a participação na quinta-feira do papa Bento XVI, é o "maior evento religioso juvenil do mundo", segundo seus organizadores.

A Igreja Católica espera reunir este ano na cidade australiana 225 mil pessoas, um número inferior a outras ocasiões, o que é justificado pela localização geográfica da Austrália.

A inauguração da Jornada Mundial da Juventude aconteceu nas margens do Oceano Pacífico, onde se reuniram dezenas de milhares de peregrinos de diferentes partes do mundo.

O ato de inauguração começou com a chegada de uma grande cruz de madeira que jovens peregrinos levaram a Sydney após uma viagem que percorreu o país.

O papa unir-se-á aos trabalhos da Jornada Mundial da Juventude na quinta-feira. Até então, descansará numa residência do Opus Dei nas cercanias de Sydney.

Portugal beneficiou com a coragem de D. António Ferreira Gomes

Um grupo de cidadãos de Coimbra recordou o 50.º Aniversário do «Pró-Memória» a Salazar, escrito por D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto, com uma homenagem cívica”. “O gesto do bispo do Porto teve um alcance nacional” – disse à Agência ECCLESIA José Manuel Pureza, professor da Universidade de Coimbra e um dos organizadores da homenagem. E acrescenta: “fomos nós, enquanto país, que fomos beneficiados pela coragem cívica e pastoral do bispo do Porto”.
Na intervenção que fez no acto cívico, José Manuel Pureza afirmou que a Carta de D. António Ferreira Gomes (datada de 13 de Julho de 1958) “foi, de alguma maneira, a abertura católica ao «obviamente demito-o» que, também nesse ano, foi lançado sobre o ditador”.
Um documento que questionou os “pilares ideológicos da ditadura” – disse José Manuel Pureza. A carta levanta a questão “da abertura ao pluralismo político dos católicos”. E acrescenta: “um verdadeiro sacrilégio para o salazarismo”. Ao longo das páginas da Carta, o bispo do Porto aponta também os princípios básicos da Doutrina Social da Igreja contra “a organização económica e social que o fascismo nos estava a impor”. Um gesto que fica para a história como “prelúdio” da quebra do salazarismo.
D. António Ferreira Gomes põe por escrito aquilo que é “uma denúncia muito profunda do salazarismo”. E adianta: “não é uma irritação de circunstância, mas um gesto espiritualmente fundado”.
O pluralismo de caminho para semear o Evangelho é a pedra de toque do bispo do Porto. A carta é “um gesto de denúncia e de anúncio” – sublinhou o professor universitário. E finaliza: “este documento dá voz a uma inquietação que estava instalada em alguns meios católicos”.

In ecclesia

Que falta faz hoje à Igreja que está em Portugal um D. António Ferreira Gomes! Numa Igreja anémica de profetismo, o Grande Bispo do Porto é uma saudade e uma necessidade!
No actual panorama nacional, precisamos de gestos de "denúncia e de anúncio" e de profetas que dêem "voz a uma inquietação que está instalada" em muitos meios católicos e sociais.

As férias dos Portugueses em 2008

Há pessoas que nos marcam mesmo!


Como já referi, o pregador da novena de Santa Helena foi o Bom Amigo, Doutor João António.
Amigo, Agradeço profundamente a sua presença amiga, franca e sincera.
Manifesto a minha alegria e a do povo que sirvo pelo enriquecimento espiritual e humano que nos possibilitou. Foi fantástico! A sua humildade congénita mais ajuda a sobressair a sabedoria que esbanja a rodos. A fé que transpira torna a Palavra convicta e convincente.
Porto tudo e por tanto, a minha gratidão profunda.

Com a devida vénia, transcrevo do seu blog aquilo que gentilmente escreveu sobre Santa Helena.

"COM O POVO APRENDE-SE MUITO
1. Foi com muita alegria que participei na preparação e na vivência da festa em honra de Santa Helena. Foi muito mais o que trouxe do que aquilo que levei.Não fui para ensinar (quem ensina é o Mestre, Jesus). Fui para aprender.

2. Aprendi muito. Aprendi muito com o Pároco, o meu querido Amigo senhor Padre Manuel Carlos Pereira Lopes, homem de uma dedicação imensa a Deus e ao Seu Povo.Aprendi muito com o Povo, que, mormente à tarde, lotava por completo o templo e ainda se espraiava pelo adro.

3. A Festa de Santa Helena tem características próprias e aspectos únicos. Há pessoas que se fixam no alto durante toda a semana. Na casa do peregrino, há pessoas que permanecem em quartos. Outros há que ficam em tendas. O espírito de entre-ajuda é extraordinário. A alegria torna-se contagiante e a fé mais vibrante.

4. Cria-se uma empatia muito grande e gera-se uma intensidade muito forte. As pessoas participam com muito empenho. Trata-se de um verdadeiro retiro, tal é a seriedade que se verifica.

5. O programa é cheio. Oração da manhã, Eucaristia e adoração, recitação do Terço, Eucaristia (com pregação) e adoração à tarde, adoração à noite. Tudo com muito despojamento e sentido de Deus. Há um serviço de confissões em cada dia.

6. O envolvimento da comunidade é permanente. O trabalho, que é muito, é feito com gosto. Eis, pois, um belo contágio: o contágio da fé.

7. Peço perdão pela pobreza do meu contributo. Agradeço a riqueza do que me deram: a riqueza de uma fé entranhada, robustecida porque amassada no trabalho, no sacrifício, na doação e no amor.

8. Com o povo aprende-se sempre. Estar com o povo é estar com Deus.

9. Parabéns, senhor Padre Carlos. Pelo seu trabalho e pela sua amizade, receba o singelo tributo da minha admiração e a certeza da minha comunhão orante."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Crisma - a Festa do Espírito



Pelo Sacramento da Confirmação, estes 39 jovens receberam a abundância dos dons do Espírito Santo para assumirem em plenitude a o seu lugar na Igreja, como testemunhas de Jesus Cristo e seus apóstolos.
Importa, como lhes recordou o Senhor Bispo, que sejam fiéis ao Espírito recebido e se insiram dinâmica e apostolicamente na vida da Igreja.
O Prelado recordou-lhes ainda que o crismado não devia ter vergonha da sua fé, mesmo que isso lhes possa custar dissabores. É preciso remar contra a maré e ser capaz de fazer a diferença. Pediu-lhes ainda que, na docilidade à voz do Espírito, sejam jovens com Cristo no coração, encontrando-O e celebrando-O na oração, na escuta generosa da voz de Deus para descobrirem a sua vocação. Por fim, recordou-lhes que era preciso um tempo de namoro sério e bonito para a devida preparação da vida matrimonial.
Antes, D. Jacinto, aludindo à bela parábola do semeador, havia convidado todos os presentes ao acolhimento da Palavra de Deus num coração, terreno fértil, onde essa mesma Palavra pudesse germinar e dar muito fruto. Falou ainda na viagem do Papa à Austrália onde decorre a jornada Mundial da Juventude, lembrando os 4 desafios que Bento XVI lançou mal pousou solo australiano: combate à pobreza e desigualdades sociais, empenho a favor da vida e da preservação da natureza.
Os jovens prepararam condignamente a celebração eucaristia em cuja dinamização tiveram parte fundamental, através do canto, das leituras, da presença serena e alegre. No fim da Eucaristia expressaram a sua alegria e gratidão ao Prelado por lhes ter comunicado do dom do Espírito e felicitaram-no pelos 50 anos de sacerdócio. A comunidade uniu-se à saudação através de uma salva de palmas.

A gratidão é a memória do coração

Agradecemos ao Senhor Bispo a sua presença, a palavra de Pastor, a amizade demonstrada.
Aos senhores padres que estiveram presentes, dizemos obrigado pela comunhão sacerdotal demonstrada. Um bem-haja muito sentido ao Senhor Doutor João António, pregador da novena, pela maneira sábia como nos comunicou a Palavra de Deus, pela forma humilde e discreta como soube estar entre nós e, sobretudo, pela fé vivida e sentida.
Dizemos obrigado ao coral da novena e da festa, aos leitores, ao senhor Amândio que conduziu a carrinha no transporte de novenistas, aos dadores de flores, de comestíveis para a casa, a quem ofereceu trabalho, sempre precioso, a quem teve uma palavra de apoio e de incentivo.
Um bem-haja às zeladoras da Irmandade de Santa Helena pela maneira disponível como atenderam e acolheram os irmãos; ao sacristão e sua esposa por toda a dedicação; às pessoas que, durante a novena, estacionaram na Serra, pois foram fantásticas, amigas, alegres e colaborantes; a todas as pessoas que participaram nas novenas, pela sua fé vivida, partilhada, edificante; a todos os peregrinos e romeiros que demandaram Santa Helena pela ocasião da Festa.
Parabéns aos crismandos, seus pais, padrinhos, e catequistas. Estiveram muito bem, quer na animação da Eucaristia como na maneira digna como celebraram o Sacramento da Confirmação. Os catequistas, como sempre, foram inexcedíveis. Os que orientaram os ensaios foram impecáveis.
Um obrigado sentido e profundo a todos os elementos do Conselho Económico, suas esposas e filhos. O Conselho Económico é fantástico, não pelo empenho que demonstra por este lugar, como pelo trabalho, dedicação e competência que oferece a Santa Helena, ao longo do ano, pois em cada domingo a capela e o bar estão abertos e vários outros trabalhos são realizados. Na Festa, então, dão o litro para que tudo corra bem. Muito obrigado!

domingo, 13 de julho de 2008

FESTA DE SANTA HELENA


Muita gente na novena, especialmente na da tarde. Boa participação, espírito de fé.
O tempo esteve sempre irregular e, na serra, o vento e o frio não são brincadeira. Temia-se que o dia da festa se pudesse ressentir do clima. Felizmente, não foi o caso. Fez-se sentir um Sol agradável a que a suave brisa emprestou suavidade.
Muita gente demandou a Serra, onde actualmente o espaço religioso está claramente demarcado do lugar da feira, graças ao empenho das sucessivas comissões. A Montanha encheu-se então de cor, movimento e agitação. A calma pacífica e serena foi aliada deste treze de Julho.
Muitos peregrinos rezaram e cumpriram promessas à volta da capela, uns a pé, alguns de joelhos. Dentro do templo, sempre bastante gente. Quantos segredos, desabafos de alma, hinos de gratidão, súplicas de ajuda não chegaram ao Pai do Céu pela intercessão de Santa Helena e da Senhora das Dores! Durante toda a manhã, funcionou um serviço de confissões, graças à ajuda generosa dos sacerdotes. Houve muitas pessoas que de Santa Helena levaram o coração em paz e se reencontram com Deus graças ao Sacramento da Reconciliação. Depois, ao sair da capela, quase todos traziam uma estampa das imagens aí veneradas.
Na casa ao lado, enquanto as zeladoras acolheram os irmãos da Irmandade de Santa Helena que quiseram tratar de assuntos relacionados com a irmandade, noutro local, a comissão atendeu os visitantes que quiseram levar um recordação.
Após a Eucaristia campal das 9.30 horas com que se encerrou a novena, chegaram os jovens do Crisma para o último ensaio. Às 11.30 horas, organizou-se a procissão da capela para o altar campal onde teve lugar a solene Eucaristia presidida pelo senhor Bispo, durante a qual o Prelado administrou o Sacramento da Confirmação a 39 jovens de Tarouca, Ucanha e Mondim da Beira. Depois realizou-se a procissão em que os olhares se centravam nos andores de Santa Helena e da Senhora das Dores.
Pelas 17 horas, teve lugar a Bênção do Santíssimo Sacramento, seguida da procissão do adeus, momento sempre tocante e que cala fundo no coração dos crentes.
Também pelo lugar da feira passou gente e gente em busca de compras mais acessíveis – a vida não está para brincadeiras – e para saciar o estômago. Neste tipo de festas, a feira é sempre motivo de apreensões. As disputas de locais, a febre de vender, e alguns excessos de bebida podem sempre ocasionar momentos de fricção. Felizmente tudo correu bem, graças à conjugação de esforços entre a comissão e GNR e à colaboração de feirantes e visitantes.
Muita gente, ao longo do ano, visita a nossa Serra, individualmente ou em excursões. Ainda no sábado da festa uma excursão dos lados de Chaves ali passou uma parte do dia, tendo celebrado a Missa na capela. As pessoas são bem-vindas e a todos procuramos acolher dentro das nossas limitadas condições.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Prossegue a Novena

Muita gente na novena da tarde. A da manhã tem poucas pessoas. Penso que será de rever no futuro a organização destes espaços de novena. Hoje falei disso às pessoas de manhã. Vamos ver...
É um ambiente fantástico de oração participada. A capela é pequena para acolher convenientemente tanta gente, mas as pessoas são uma catedral no testemunho e vivência da fé.
O senhor Reitor do Seminário, uma vez ou outra, traz com ele seminaristas. É óptimo que os futuros padres contactem tão de perto com a fé do povo que um dia servirão.
O ambiente entre as pessoas que estacionam lá por cima continua bonito, familiar, próximo. Quem vai sente-se acolhido e faz com que os que lá estão também se sintam bem.
Santa Helena é um espaço natural e humano inesquecível.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Vento assobiador

Por razões de trabalho pastoral, fiquei em Santa Helena na noite de domingo para segunda. Sentia-me perfeitamente esgotado e pensei cá para os meus botões: "Vai ser uma óptima noite de descanso. Está frio, as pessoas deitam-se cedo, não há barulho e este ventinho a assobiar funciona como embalador."
Deitei-me cedo, contra os meus hábitos. Rapidamente adormeci. Acordei com o vento a gritar contra as paredes da casa. Pensei que seria madrugada. Vou ver. Uma hora! "Esta bonito, está! E agora?" Não consegui adormecer até às 5 horas.
De uma lado, o vento gritava, esganiçando-se ao máximo, a cada rajada que passava - e passava continuamente. Do outro lado, a porta parecia uma dançarina doida, atirando-se barulhentamente contra o batente a cada toque do vento.
Para me levantar, estava frio; livros não tinha levado; barulho não podia fazer para não perturbar o descanso de quem dormia nos quartos ao lado. Fui rezando até se me secar a boca, como dizia a minha avó, repensei a novena da manhã, reflecti sobre as actividades pastorais... E o malandro do relógio não andava!
Quando bateram à porta para me acordar, há bastante tempo estava alerta. O barulho das pessoas, nas suas actividades matinais, havia-me acordado. A novena das 8 horas correra bem e tinha pensado reunir um grupo de pessoas para um passeio retemperador pela serra. Mas qual quê? Estava um frio de rachar!
Regressei à base, pus em ordem uma série de trabalhos e, pelo meio da tarde, subi à serra. Convivi um bocadinho com as pessoas que lá estacionam durante este tempo de novena, quer na casa da capela, quer nas tendas, e chegou a hora da novena da tarde.
Ao longo destes 17 anos, sempre me tocou o ambiente familiar que se respira entre as pessoas que demandam Santa Helena para as novenas, mormente entre aquelas que lá estacionam. As pessoas rezam, convivem, brincam, ajudam-se, passeiam... uma verdadeira família.