sábado, 31 de agosto de 2013

El ala conservadora de la Iglesia

Dicen personas cercanas a un cardenal español que éste se quejaba de que “se nos fue el cónclave de las manos” en clara referencia a que el nombramiento de Bergoglio no era el esperado, ni el deseado. Estas palabras a un grupo de íntimos se han visto refrendadas por el arzobispo de Filadelfia, Charles Chaput, al expresar en público la preocupación que siente el ala conservadora de la Iglesia (en la que se inserta) ante la creciente popularidad del nuevo papa. Un atractivo que se abre sobre todo entre los no practicantes lo que le hace pensar al arzobispo, que no están por una Iglesia, que predica estrictas normas morales y recta doctrina. Gentes paganas que siguen los mandatos del mundo y por eso se muestran satisfechos ante un presunto aggiornamiento.
Un reciente artículo del NCR recordaba la parábola del Hijo pródigo y se preguntaba, si los que protestan por la apertura del papa a los pobres y pecadores no estarían encarnando al hijo mayor del relato ¿Resienten los brazos acogedores de un padre que no pregunta y mata al ternero cebado para celebrar la vuelta del hijo descarriado?
Lo que está claro es que las descalificaciones, a las que hemos estado sometidos durante la últimas décadas en la Iglesia, no han llevado a las conversiones en masa sino a todo lo contrario. Abortistas, homosexuales, divorciados y vueltos a casar, teólogos que se atrevían a formular nuevos retos, personas que practicaban sexo antes del matrimonio o que utilizaban métodos para evitar el embarazo… han formado parte de una larga lista de indeseables pecadores rechazados. Si el resultado se mide por los números, éste no ha podido ser más nefasto ya que salvo en África los católicos han descendido en casi todas las partes del mundo.
He veraneado en un entorno muy conservador y mis amigos se encuentran incómodos y desplazados. Añoran la existencia de un papa teólogo, cuyos libros ninguno ha leído, y se ven emplazados por la teología de los gestos y de las imágenes del nuevo papa, que todo el mundo comprende. No quieren ni oír hablar de olores a oveja y amenazan con no frecuentar confesionarios con ese tufo. Se indignan porque el legislador se salte sus leyes, cuando se permite lavar los pies a mujeres, incluso a musulmanas, olvidando que el primer transgresor de las leyes fue el mismo Jesucristo.
Es cierto que el nuevo papa parece que ha cambiado el rumbo pues se quiere reunir con los recaudadores de impuestos, los pecadores y las prostitutas, como en tiempos hiciera Cristo, para ofrecerles cariño y esperanza. No condena a nadie ¿quién es él para hacerlo? Quiere hablar con la gente y salir del Vaticano, volcarse en el mundo, para tratar con todos y conocer sus problemas porque los textos que nacen en los despachos con frecuencia no responden a lo que pasa en la vida real.
Reconozco que es un cambio abismal al lado de lo que estábamos acostumbrados a ver, yo diría más bien a padecer. Espero que Dios le siga inspirando para llevar a la Iglesia por este camino y que no encuentre muchas manos negras que le pongan trabas en las ruedas para impedir el avance.
Fonte: aqui

D. Pietro Parolin assume funções a 15 de outubro

Vaticano: Novo secretário de Estado considera «difícil e exigente» a nomeação que recebeu com «surpresa»


D. Pietro Parolin considera que a missão de presidir à Secretaria de Estado do Vaticano é “difícil e exigente”, tendo recebido com “surpresa” a nomeação do Papa Francisco.
“Sinto fortemente a graça deste chamamento que, outra vez, constitui uma surpresa de Deus na minha vida e sobretudo o peso da responsabilidade, porque me  confia uma missão difícil e exigente, diante da qual as minhas forças são débeis e pobres as minhas capacidades”, disse o arcebispo.
Numa declaração do novo secretário de Estado do Vaticano, D. Pietro Parolin afirma a sua “profunda e afetuosa gratidão” ao Papa Francisco, manifestando “total disponibilidade para colaborar com ele e sob a sua orientação”.
D. Pietro Parolin encara este “novo serviço ao Evangelho, à Igreja e ao Papa Francisco” com “ansiedade, mas também com fidelidade e seneridade”.
Na declaração publicada na Sala de Imprensa da Santa Sé, o novo secretário de Estado do Vaticano recorda o Papa emérito Bento XVI, que o ordenou bispo, a Secretariada de Estado como sendo a sua casa “durante muitos anos”, o cardeal Tarcisio Bertone e “todos os outros superiores, colegas e colaboradores da Cúria Romana”.
D. Pietro Parolin faz referência também à sua família, às paróquias onde trabalhou, à diocese de Vicenza, em Roma, e recorda os países por onde passou em representação do Vaticano, a Nigéria, México e Venexuela.
D. Pietro Parolin, atual núncio apostólico na Venezuela, foi hoje nomeado, pelo Papa Francisco, secretário de Estado do Vaticano, substituindo nas funções o cardeal Tarcisio Bertone.
Agência ecclesia

sexta-feira, 30 de agosto de 2013


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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Cristo Rei, antes e depois do incêndio



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

I have a dream

28 de Agosto de 1963 - 28 de Agosto de 2013 -
50º aniversário da Marcha sobre Washington
e do discurso de Martin Luther King  Jr. "I have a dream"
 
Faz hoje, 28 de Agosto, 50 anos que foi pronunciado um dos discursos mais célebres do século XX.
Foi proferido por Martin Luther King.
É conhecido pela máxima, várias vezes repetida: «I have a dream» (eu tenho um sonho).
É um sonho que não morreu. É um sonho pelo qual, cinco anos mais tarde (1968), ele mesmo deu a vida.
Já não existe racismo nos Estados Unidos. Mas continua a subsistir a injustiça em todo o mundo. O que não parece persistir é o nível de coragem patenteado por pessoas como Luther King.
O medo sempre existiu. O que parece é que ele está a alastrar, ameaçando vencer-nos.
É possível que, a esta hora, o medo esteja a bater à porta de muitos corações. Mas não lhe ceda, não se submeta a ele.
Luther King é luminoso a este respeito: «O medo bateu à porta. A fé foi abrir. Não havia ninguém».
Ou seja, a fé faz desaparecer o medo.
Vençamos o medo com a fé. E com o testemunho da vida!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Honra e louvor aos Bombeiros

É hora de rescaldo depois do enorme incêndio que deixou a Serra de Santa Helena a negrejar.



Numa povoação, as pessoas  vieram apoiar os bombeiros, não só com o seu trabalho, mas também oferecendo os mantimentos disponíveis. Um só corpo entre os operacionais e os civis. Muito bonito.

Noutra povoação, enquanto os bombeiros davam o litro e se extenuavam no combate às chamas, as pessoas ficavam em casa a observar ou cruzavam as pernas nos cafés. Exatamente aqui, quando gente ligada à logística dos bombeiros apareceu para proporcionar uma ligeira refeição aos operacionais e estes se aquietarem para a deglutir, eis que passa um automóvel. O condutor abre o vidro e clama para os exaustos bombeiros: "Vão ali porque se está a reacender um fogo".
Os soldados da paz ficaram calados com os olhos baixos, esmagados pelo cansaço e pela incompreensão. Alguém da logística não cala a indignação: "Esta gente não pode mais. Está cansada, exausta, desidratada e faminta. O senhor deveria antes chamar os seus conterrâneos que em nada colaboram, nem um copo de água oferecem aos bombeiros! E olhe que as matas são vossas!"

Não é fácil o trabalho dos Bombeiros Voluntários:
- Os meios de combate aos incêndios nem sempre são os mais apropriados nem os mais necessários.
- A burocracia à moda portuguesa que teima em servir mais para estorvar do que para ajudar.
- A incompreensão de algumas populações, sempre mais aptas a criticar do que a apoiar, mesmo quando se trata de defender as suas terras. Nem uma ajudinha no terreno, nem, tantas vezes, um copo de água ou uma sandes.
- A demora na aplicação da justiça em relação aos criminosos que, mesmo quando são julgados e condenados, recebem penas "a brincar".
- O Pouco investimento na prevenção por parte do Estado e das populações.

Honra e louvor aos nobres bombeiros. Pela coragem, pela ousadia, pela solidariedade. Afinal eles são gente! Têm família, têm a sua vida. Tudo arriscam para defender aquilo que é de todos. E muitos têm pago bem caro pela sua nobre decisão. Alguns com a própria vida.
Bombeiros não são números, são gente!!! Quando será que o Estado e as populações compreendem isto!?

Honra e louvor aos voluntários que  apoiam até ao extenuamento a logística dos bombeiros. Houve gente a trabalhar na cozinha dos bombeiros horas e horas, sem interrupção. Tal como noutros serviços logísticos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Tarouca: Autárquicas/2013

CANDIDATOS À CÂMARA MUNICIPAL DE TAROUCA - Veja aqui

CANDIDATOS À ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TAROUCA - Veja aqui

sábado, 24 de agosto de 2013

AUTÊNTICO PESADELO OBSERVAR O ESTADO EM QUE O FOGO DEIXOU A SERRA DE SANTA HELENA!


Fonte: aqui

A importância de se chamar Chelsea

 
Bradley Manning é o jovem soldado norte-americano condenado a 35 anos de prisão por ter divulgado, no âmbito do caso Wikileaks, 700 mil documentos reservados. É, não, era: ao canal norte-americano NBC declarou ser mulher. Apesar de Bradley, que, segundo a sua defesa, sofre de problemas psicológicos, se sentir feminino desde a sua infância, só agora pretende iniciar o tratamento hormonal que o converterá na menina Chelsea.
A declaração de Manning envolve várias questões. De facto, a sua projectada transformação não é prestigiante para as mulheres. Talvez alguns machistas entendam que é essencialmente feminino o delito pelo qual foi julgado e condenado, mas nem uma tão injusta injunção atenua o aspecto ofensivo da projectada alteração de identidade. Que ocorreria ao belo sexo se todos os vilões "virassem" mulheres?! Ou vice-versa?!
Embora mantenha o aspecto viril, Bradley já se intitula Chelsea, o que deve gerar alguma confusão no sistema penitenciário. De facto, se prevalecer a sua identidade actual, Manning é varão, mas, se se aceitar a sua declaração, é mulher. Ora não há prisões para delinquentes de sexo indefinido, ou em transição, e em nenhuma cadeia masculina se aceita uma detida nem, num presídio feminino, um recluso. Se pega a moda, é de temer que outros presos se sirvam do mesmo subterfúgio para evitarem a segregação sexual a que o regime presidiário obriga.
Reconheça-se a Manning o direito à sua identidade e à aparência que quiser, mas não se lhe permita que use a ideologia de género para falsear os mais elementares princípios éticos.
Fonte: aqui

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Serra de Santa Helena em chamas

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:(




Neste dia, as coisas estão muito pretas. Pessoas que foram levadas pelas autoridades para fora das povoações. Caso do Teixelo. Fala-se de casas ardidas e de animais mortos.
Teixelo e Vilarinho fortemente castigados pela intensidade das chamas. Trânsito interdito entre Tarouca e Várzea. Angústia entre os moradores. O Fogo avança com ímpeto em relação às povoações. Cravaz, Valverde, Gondomar, Arguedeira correm perigo.
Revolta intensa e imensa entre as pessoas contra os presumíveis criminosos.
A nossa querida Serra parece um inferno.
Se o fogo teve origem criminosa, como pode existir gente com tanto inferno na alma???

Portugal a arder

 
A brutal vaga de incêndios florestais nos últimos dias demonstra que Portugal ainda não aprendeu a lidar com o inferno que se repete, ano após ano, sem tréguas nem descanso.

Não são suficientes as ações preventivas. A mais eficaz, segundo prova a experiência, é a limpeza do mato. Mas as florestas, regra geral, continuam por limpar. Sonhou-se, em tempos, com uma solução: as centrais de biomassa.
O aproveitamento da lenha para a produção de energia tornaria rentável a limpeza da floresta. O negócio, porém, ainda dá passos curtos e tímidos. O grande número de fogos parece ainda provar a insuficiência do dispositivo de ataque inicial ao fogo. Combater o incêndio às primeiras chamas permite evitar que lavre em proporções incontroláveis – que as temperaturas altas e o vento se encarregam de fazer crescer.
Quando tudo falha, restam os meios aéreos – mas dá a ideia de que neste verão falta aos bombeiros a ajuda do ar. Ao ponto de Portugal ter solicitado o auxílio espanhol e francês. E falta vigilância policial: o número de fogos criminosos é alarmante.
Fonte: aqui
 
1. A ideia de centrais de biomassa parece interessante. Ao tornar rentável a limpeza das matas, contribuiria para eliminar uma das circunstâncias que mais favorecem os incêndios: as matas por limpar.
 
2. Ninguém tem muitas dúvidas. A maioria dos incêndios terá origem criminosa. E que tal colocar os criminosos a replantar as terras ardidas? Depois de devidamente investigadas, essas pessoas trabalhariam delongada e gratuitamente na replantação.
 
3. Não se ouve atualmente a insinuação outrora feita a supostos mandantes que se serviriam de pessoas com deficiência ou pobreza de espírito para atear fogo a matas. Será que se provou que tal insinuação era desprovida de sentido?
 
4. Os bombeiros fazem o que podem. E fazem imenso. Tanta vez com prejuízo para a própria vida. Terão os meios e o apoio de que precisam?
 
5. Quem tem matas deve mantê-las limpas. E aí as multas deveriam ser pesadíssimas para os faltosos. No caso das matas públicas, o trabalho dos que usufruem do popularmente chamado "rendimento mínimo" seria de grande importância para a conservação das mesmas. E olhem que existem pessoas que usufruem desse rendimento social que bem podiam e deviam executar essa tarefa!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

SEM AMOR


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Bruxedos

Há anos, circulava numa estrada deste país. Já era escuro. Junto dessa via, fica um cemitério.

Algo me chama a atenção. Paro para ver. À porta desse cemitério, um presunto rodeado de velas a arder. Rodeando tudo, uma coroa de flores vermelhas.

Era a época das sanchas. Um grupinho de pessoas fez-se ao pinhal em busca de tão apreciado petisco, mas não ganhou para o susto.  Bem no interior do pinhal, estava disposta uma mesa, com toalha e tudo. Em cima estava um enorme bolo com boa aparência. À volta garrafas de vinho com rótulo. Uma cruz tosca e muita velas já ardidas compunham o cenário.

Um cenário semelhante foi encontrado no ano passado junto às escadas que descem para a gruta de Carolina, em Santa Helena. Só que aqui as garrafas eram de cerveja.

Junto de uma Igreja, apareceu uma cena semelhante. Belas, garrafas de azeite, sal, moedas e quejandos.

Associados a estes factos está o medo das pessoas que não gostam de ver nem de tocar. Entram em pânico com medo de serem enfeitiçadas e, assim, algo de mal lhes possa acontecer.

E para já não falar de gente que se dirige aos sacerdotes, pedindo as coisas mais estapafúrdias, como por exemplo, estolas velhas ("eu pago o que for preciso para o senhor comprar uma nova!"), bênçãos de casas, caros e pessoas para espantar os feitiços, etc.

Um colega, brincalhão e bem disposto, costumava dizer a alguns paroquianos que lhe vinham pedir Missas, "diga à minha comadre que não preciso das suas missas para viver!".
Normalmente quando os bruxos dizem aos seus "pacientes" para mandarem celebrar missas, fazem-no com "orientações" precisas. Um número preciso de celebrações, em dias precisos, com intenções precisas.

As pessoas nem sempre cumprem o preceituado pelo médico. Mas o que manda a bruxa querem cumprir com escrúpulo.
Há gente que caminha  muito mais para a bruxa do que para o médico.
Muitos refilam contra o custo dos tratamentos e remédios, mas nunca ousam contestar o que dão aos bruxos ou o que gastam com as suas prescrições.
Infelizmente há gente que ao domingo vai à Missa e à segunda-feira caminha para os bruxos.
Infelizmente, quanto a bruxedos, a distinção entre praticantes, não praticantes e indiferentes é muito pouca.

Bruxedos, bruxos, feitiços e quejandos. Eis o retrato claro da ignorância de um povo, do seu atraso, do viver na Idade da Pedra.
Nem sempre a aparência de modernidade é sinal de evolução interior. Há pessoas com escolarização, até avançada, que continuam a acreditar piamente nestas coisas.

Claro que para um cristão, com fé minimamente esclarecida, só e apenas resta um atitude: rejeitar toda e qualquer forma de bruxaria.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Vida e obra de Miguel Torga

35 minutos à espera da Missa!

Não há férias de Deus, mas férias com Deus.
No dia da Assunção de Nossa Senhora, fomos todos à Missa. A Capela era pequenina e por isso o altar ficou junto à porta da capela, enquanto os crentes se estendiam pelo largo em frente, procurando uma réstia de sombra. A Missa estava marcada para as 9 horas, mas o sacerdote apareceu às 9.35 horas. Certamente por razões muito plausíveis. Ao lado, alguém não deixou de me segredar: "Ai, se fosse em Tarouca!..." Eu percebi onde queria chegar e sorri.

Neste último fim-de-semana, fui com pessoas amigas a Santiago de Compostela. Muita gente. Não admira, é Agosto. Peregrinos continuamente a chegar ao largo frente à catedral. Cada grupo que chegava era recebido com palmas pelos que já aí se encontravam.
Para ir "abraçar" a Imagem do Santo, havia uma fila interminável que se estendia muito para fora do templo. E isto sob um calor de rachar. Enquanto as pessoas que me acompanhavam se fizeram à fila, eu preferi descolar-me até à Capela do Santíssimo Sacramento solenemente exposto. Ambiente de silêncio e recolhimento. Soube-me tão bem!
Dei comigo a pensar. Para ir "abraçar a Imagem", filas e mais filas. Diante do Senhor Sacramentado, meia dúzia de pessoas! Que fé é esta? São Tiago se pudesse desceria para convidar aquela gente para o local certo. Ele iria à frente e ajoelharia diante do Santíssimo Sacramento. Aliás os santos não cessam de nos apontar Cristo. Muita gente fica nos santos e esquece Aquele que a todos pode fazer santos.

Admirei-me com as muitas e caras portagens existentes naquela zona de Espanha. Exagero louco!
Também esperava melhor sinalização de espaços e monumentos.

Neste domingo, com as pessoas que me acompanharam, participámos na Eucaristia numa vila minhota. Igreja muito bem conservada e asseada. Belo monumento.
Mas esperava mais. Em três horas, três missas seguidas. Duas na mesma Igreja e uma num templo ao lado. Pareceu-me um exagero, até porque naquela em que participei, a Igreja estava composta, mas não apinhada. Por outro lado, imaginava as assembleias minhotas mais participativas, mais dinâmicas, mais comprometidas. Não me pareceu. Silêncio, houve. Mas participação....

Recordações de férias



Entre 6 e 15 deste mês, fiz um tempo de praia.
Para mim, praia mais do que gosto é uma necessidade que o  médico sempre recomenda com insistência, tendo em conta os meus problemas de saúde.
Foram momentos humanamente muito ricos. O ambiente familiar que amável e generosamente me acolheu não podia ter sido melhor. Senti-me muito bem, verdadeiro membro daquela família que foi de uma atenção e de uma delicadeza desinteressadas que eu sei que não mereço.
Foram momentos fantásticos onde a boa disposição reinou. Sentia saudades de me rir tanto como aconteceu naqueles dias. Claro que houve tempo e ambiente para a oração, a partilha, a conversa mais séria. Não me faltou, como tanto aprecio, o meu espaço individual, mormente nas longos e repetidas caminhadas pela praia. Só no meio da multidão.
Mesmo nos momentos de sofrimento provocados pelo falecimento de uma familiar daquela família contribuíram para nos aproximar mais uns dos outros pela oração, pela presença humana e solidária.
O meu sentido e profundo obrigado à família Ribeiro.

Gente, gente e mais gente. Em certos sítios da praia, quase não havia lugar para estender uma toalha. Durante os dias em que estive por lá, não me apercebi de contendas, disputas ou azedumes. Uma boa paz. Pessoalmente não aprecio aqueles jogos (bola, raquetes, etc) junto à água. Penso que há espaço para estes jogos noutros locais da praia. É que estorvam e incomodam que quer ir a banho ou quer passear. Além de umas boladas que sempre cabem a quem nada tem a ver com os jogos.
À noite, a avenida junto à praia era um mar ambulante de pessoas e junto aos bares então nem se fala. O calor apertava e as gargantas pediam alívio. Bandos de jovens no meio da multidão. E mais bandos ao pé dos bares onde bufava aquela música que eles apreciam. Sempre de copo na mão.
Em qualquer estabelecimento comercial, pequeno ou grande superfície, havia filas, fosse de manhã, à tarde ou à noite. O comentário escorria aqui e ali: "Ainda dizem que há crise!...

No regresso passámos por Fátima. Como me souberam bem aqueles minutinhos com a Mãe, junto à sua Imagem na Capelinha das Aparições!  Depois fomos acolhidos pela Irmã Laíde (familiar dos meus amigos) na casa onde ela trabalha para partilharmos juntos o lanche que levámos.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Papa Francisco: uma revolução tranquila

Não me custa admitir que nas Jornadas Mundiais da Juventude possa haver muito de Woodstock católico, mas também é verdade que aqueles três milhões que estiveram presentes no Rio saíram de lá, na sua grande maioria, mais felizes e mais decididos ao combate pela paz, pela justiça e pela fraternidade. Embora a culpa não seja dele, será igualmente necessário estar atento para o perigo real de o encandeamento provocado pela figura de Francisco e até algum populismo e culto da personalidade apagarem a lúcida e necessária capacidade crítica.

De qualquer forma, em quatro meses, Francisco pôs em marcha uma revolução tranquila, mas real, na Igreja, e a sua figura e mensagem estão a abrir espaços de esperança num mundo globalizado, habitado por imensos perigos.

A viagem ao Brasil foi um êxito. A sua mensagem foi, em primeiro lugar, ele próprio, na simplicidade, na bondade, na imensa cordialidade, proximidade e empatia com as pessoas, que quer ver autenticamente felizes. Para isso, foi deixando recados e exigências para todos, à maneira de profeta livre e exigente, em voz encantatória.

O programa para a Igreja toda: "As Bem-aventuranças e o Evangelho de Mateus, no capítulo 25 (parábola dos talentos e o Juízo Final). Não precisam de ler mais nada." "A Igreja tem de reformar-se continuamente; se não, fica para trás. Há coisas que serviam no século passado ou noutras épocas e agora já não servem; então, é necessário reformá-las."

Aos jovens: "Tendes o futuro, sois o futuro, sede protagonistas da mudança." "Ide sem medo para servir", "destruir as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio e edificar um mundo novo".

Contra a exclusão, proclamou a necessidade da luta pela dignidade de todos, concretamente, para "os dois pólos da vida: os jovens e os anciãos". Nesta civilização, é "tal o culto que se presta ao deus dinheiro que estamos na presença de uma filosofia e de uma praxis de exclusão". "Não se deixem excluir nem excluam."

Nas favelas: "Ninguém pode permanecer indiferente perante as desigualdades." "A medida da grandeza de uma sociedade é determinada pela forma como trata quem está mais necessitado, quem não tem senão a sua pobreza." "Porque somos irmãos, ninguém é descartável."

Aos desesperados da droga: "A lepra dos nossos dias chama-se droga", mas "não estais sós". "Não deixeis que vos roubem a esperança." "Tu és o protagonista da subida, ninguém pode subir por ti." E atacou os "negociantes de morte, que seguem a lógica do dinheiro e do poder a todo o custo".

Aos eclesiásticos: "Fazem falta bispos que amem a pobreza e não tenham psicologia de príncipes." "Devem ser pastores, próximos das pessoas, pais, irmãos, pacientes e misericordiosos." "Reina a cultura da exclusão e do descartável." Que tenham a coragem de ir contra dois dogmas da sociedade atual, "eficiência e pragmatismo", e "sair ao encontro das periferias, que têm sede de Deus e não têm quem lho anuncie". Devem ir à procura dos "afastados, que são os convidados vip".

Aos políticos: condenou a corrupção e pediu-lhes que sejam humanos, que tenham "sentido ético" e pratiquem o "diálogo, diálogo, diálogo". É preciso "reabilitar a política", que deve estar ao serviço do bem comum, que "evite o elitismo e erradique a pobreza".

Porque é que tantos têm abandonado a Igreja, incluindo "aqueles que parece viverem já sem Deus?" A Igreja "mostrou-se demasiado débil, demasiado afastada das necessidades deles, demasiado fria, demasiado auto-referencial, prisioneira da sua própria linguagem rígida". Talvez tenha tido "respostas para a infância do homem, mas não para a sua idade adulta".

"Com a Cruz, Jesus une-se ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem gritar; com a Cruz, Jesus une-se a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas porque vêem egoísmo e corrupção, ou que perderam a fé na Igreja, e até em Deus, por causa da incoerência dos cristãos e dos ministros do Evangelho."

Anselmo Borges, aqui

domingo, 4 de agosto de 2013

NÃO SEI SE (ainda) SEI PORTUGUÊS

Coisa estranha sentimos frequentemente.
Sabemos falar as línguas que se usam lá fora e temos dificuldade em entender a linguagem que se usa cá dentro.
Por vezes, temos a sensação de que é mais fácil falar inglês, francês e até alemão do que perceber o português que alguns usam em Portugal.
Parece uma novilíngua de sabor cabalístico.
Quando ouvimos falar de «swaps», «contratos tóxicos», «mercados», etc., ficamos com a impressão de que nos estão a esconder algo em vez de nos estarem a dizer alguma coisa.
Dizem que é a falar que a gente se entende. Mas, às vezes, parece que é a falar que alguns nos querem desentender!
Fonte: aqui

sábado, 3 de agosto de 2013

Papa apela à criação de um ambiente de «respeito mútuo entre cristãos e muçulmanos»

O Papa Francisco escreveu uma carta às comunidades muçulmanas espalhadas pelo mundo que se preparam para celebrar o fim do Ramadão, nos dias 08 e 09 de agosto.
Na mensagem, publicada hoje pela Rádio Vaticano, o Papa saúda todos quantos vão participar na festa do “Id al-Fitr”, depois de um mês “dedicado principalmente ao jejum, à oração e à esmola”, e destaca a importância da criação de um ambiente de “respeito mútuo entre cristãos e muçulmanos”.
Um ambiente que implica “respeitar a religião do outro, os seus ensinamentos, símbolos e valores” e em particular os “líderes religiosos e lugares de culto”, realça Francisco, lamentando a “dor” que têm causado “os ataques” entre as duas partes.
Uma sã convivência que significa também “respeitar nas pessoas a sua vida, integridade física, dignidade, direitos, reputação, propriedade, identidade étnica e cultural, ideias e opções políticas”, recorda.
O sucesso deste esforço, continua o Papa, dependerá muito do papel desempenhado pela “família, a escola, o ensino religioso e todos os meios de comunicação social”.
“Formar jovens” que pensem e falem “das outras religiões e dos seus seguidores de forma respeitosa”, sem “denegrir ou ridicularizar convicções e práticas” é “fundamental”, sublinha Francisco, acrescentando que “só assim” cristãos e muçulmanos poderão “fomentar uma amizade sincera e duradoura”.
A mensagem de saudação ao povo islâmico, por altura do Ramadão, costuma ser enviada pelo Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, acompanhada por um tema para reflexão comum.
Este ano, o Papa decidiu assinar ele próprio o documento, no âmbito do seu “primeiro ano de pontificado”, para expressar a sua “estima e amizade por todos os muçulmanos, especialmente aos líderes religiosos”.
Francisco termina a carta desafiando cristãos e muçulmanos a fortalecerem os seus laços e a serem exemplos de “diálogo e cooperação”, garantindo ao mesmo tempo a sua oração para todo o povo islâmico.
In agência ecclesia

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

OS PADRES E A POLÍTICA


Não à militância político-partidárias dos padres
 
D. Jorge Ortiga, disse que o padre 'deve dedicar-se às coisas de Deus e afastar-se da militância política'.
'Para ser padre não é necessário mergulhar no mundo da política', disse o prelado, em jeito de recado para muitos sacerdotes da arquidiocese de Braga e do País que militam em partidos políticos e que, muitas vezes, até são candidatos.
Tratando-se de uma diocese onde, nos últimos anos, houve vários padres candidatos a órgãos autárquicos, as palavras de D. Jorge Ortiga foram entendidas como uma recomendação ao clero, para que evite aventuras político-partidárias.
'As indicações que temos é para evitarmos, de todo, o caminho da política. Pedem-nos mesmo que nem sequer sejamos militantes de qualquer partido', disse ao CM um padre de Braga, manifestando 'total concordância' com os alertas do arcebispo. O arcebispo de Braga entende que os padres 'devem dedicar-se por inteiro à sua missão evangelizadora, colocando no patamar imediato das preocupações a questão social e caritativa'.
'A vida paroquial, nomeadamente a ministração dos sacramentos, assim como o trabalho constante no sentido de impedir situações de injustiça e pobreza extrema na comunidade, devem ser as grandes preocupações do sacerdote. Para isso não é necessário mergulharem no mundo da política', explicou ao CM D. Jorge Ortiga.
Fonte: aqui
 
É “necessário evitar
a secularização dos sacerdotes
e a clericalização dos leigos”
 
Bento XVI defendeu que os padres devem “permanecer afastados” de um compromisso pessoal na política, campo que considerou reservado aos “fiéis leigos”.
A entrada dos padres na política, alertou, poderia comprometer “a unidade e a comunhão de todos os fiéis”.
Recebendo um grupo de Bispos do Nordeste do Brasil, o Papa defendeu que é “necessário evitar a secularização dos sacerdotes e a clericalização dos leigos”.
“Nessa perspectiva, portanto, os fiéis leigos devem empenhar-se em exprimir na realidade, inclusive através do empenho político, a visão antropológica cristã e a doutrina social da Igreja”, explicou.
Fonte: aqui
 
POLÍTICA E PARTIDOS POLÍTICOS
 
  Muito bem. Estou muito de acordo com a proibição da Igreja Católica que impede os padres de se candidatarem a cargos públicos à boleia dos partidos políticos, quando tal aconteceu entre nós, os padres tomaram a opção de abdicar da função clerical para assumirem a candidatura com clareza…
  Tudo isto é aceitável e penso que há um consenso muito grande em todos os quadrantes sociais e religiosos.
  No entanto, a Igreja Católica não impede ninguém de exercer a sua cidadania, participando a todos os níveis na vida da cidade.
 O padre, pelo facto de ter assumido esta condição ou missão, tem direito a voto, paga impostos, está inserido na vida da cidade como qualquer cidadão, por isso, assiste-lhe o direito de participar com a sua reflexão, a sua opinião e o seu contributo para uma melhor convivência social.
  Muitos entre nós admiram-se quando alguém se destaca a este nível. Porque, simplesmente pensa e partilha o seu pensamento com os demais.
 Não parece ter direito a tal, se reflete em sentido contrário ao pensamento geral, se não vai com o que dita a maioria e não subscreve o poder dominante, então, mete-se na política partidária. Uma lógica totalmente errada e sem sentido nenhum.
Assim sendo, então afira-se a mesma bitola para o Papa quando fala, os bispos. E não se descure tantas outras situações de colagem clara com os poderes dominantes.
(...)
O que dizer das meias palavras, os silêncios estudados, os gestos calculados para não melindrar suscetibilidades políticas? – Apenas estas questões para nos fazer pensar e nos obrigar a não ver as coisas só e unicamente num sentido...
 Para sermos honestos com o pensamento coloquemos, então, a verdade em todas as vertentes para que não sejamos injustos, não prejudiquemos a liberdade de expressão e a assunção do pensamento que pode revelar-se de importância crucial para uma sociedade mais humana e mais justa.
Fonte: aqui

Militância político-partidária, seja qual for o seu grau, o sacerdote não deve fazer.
Política no sentido da reflexão e intervenção cívica visando o bem da sociedade, o padre pode e deve fazer. É um cidadão na plenitude dos seus direitos.
Cquote1.svgO homem é um animal político.Cquote2.svg

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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Bale pode rumar a Madrid por 120 milhões



Segundo o diário ‘AS’, o clube espanhol chegou a um acordo verbal com o Tottenham para concluir a transferência do esquerdino galês Gareth Bale por 120 milhões de euros, lê-se na imprensa de hoje.

120 milhões?
Escândalo.
Como é possível realizar loucuras destas? Numa Europa em crise e com tanta gente na miséria e sem futuro???
Se fosse noutra atividade qualquer, os sinos já tinham dobrado. Mas parece que no futebol vale tudo e tudo é tolerado. Até quando? Os organismos que dirigem o futebol não deveriam tomar medidas a sério? A opinião pública não deveria reagir? A comunicação social "come e cala"?...

Há dinheiro a rodos para o futebol.
Entretanto, enquanto o Real Madrid terá chegado a acordo verbal com o Tottenham para a transferência de Bale, envolvendo uma loucura de dinheiro:
-   Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo.
- 11 mil crianças morrem de fome a cada dia.
- Um terço das crianças dos países em desenvolvimento apresentam atraso no crescimento físico e intelectual.
-1,3 bilhão de pessoas no mundo não dispõe de água potável.
- 40% das mulheres dos países em desenvolvimento são anêmicas e encontram-se abaixo do peso.
--Uma pessoa a cada sete padece fome no mundo.