Normalmente quando se referem problemas económicos de alguma Igreja Local, as pessoas associam-nos a instituições de âmbito diocesano, como os Seminários, ou a uma ou outra iniciativa/obra do mesmo âmbito. É claro que aqui há muita verdade. Estas instituições são indispensáveis e há iniciativas/obras que se impõem, tendo em conta o bem de toda a diocese.
Só que não podemos esquecer as muitas dificuldades económicas por que passam bastantes paróquias, células vivas da diocese.
Pensemos que muitas das comunidades paroquiais do Interior estão despovoadas; que as maiores fortunas e os endinheirados não estão pelo Interior (admito que possa haver raras excepções!); que, como se sente e se ouve insistentemente, o povo "está descapitalizado"; que uma vaga de individualismo grassante vai marcando a sociedade, retirando espaço à solidariedade, à partilha e ao sentido de bem comum....
Podemos imaginar as enormes dores de cabeça de párocos e conselhos económicos quando têm que enfrentar problemas como as despesas correntes; a animação da vida litúrgica, pastoral e caritativa da comunidade; o restauro, conservação e melhoramento de imóveis; o lançamente de estruturas indispensáveis ao bem da comunidade, etc.
O caso é ainda mais relevante quando se trata de paróquias com várias e dispersas povoações, pois esses povos têm os seus centros de culto e estruturas que exigem também muitos investimentos. Até porque, nestas circunstâncias, a consciência de paróquia-comunidade é bem mais difusa.
As dificuldades económicas das paróquias, normalmente, não saltam para o público, não se fala muito delas, mas são reais e vão consumindo vidas, imoladas no altar da dedicação silenciosa. Oh! Se as pedras de muitas casas paroquiais falassem!...
Uma boa semana para todos, alimentados pela "esperança que não engana".
Façam o favor de ser felizes.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.