quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Redução do investimento público

Portugal é o único país da União Europeia que regista, entre 2003 e o final deste ano, uma redução do valor do investimento público realizado.

A CAMINHO DO CEMITÉRIO

Afanosamente, as pessoas vão comprando flores e velas. Amanhã e depois demandam os cemitérios para adornar as campas, para depositar uma prece.
Temos fé, sabemos que os nossos entes queridos estão bem, em paz. Mas esta fé radica na nossa humanidade (ai de uma fé que desumanizasse!). Daí que seja inevitável verter uma lágrima. A saudade é grande, a dor parece não ter cura.
Andamos aqui, caminhamos para lá. Deus espera-nos. E acompanha-nos. Por isso a fé, se é tão importante para entender a vida, mais necessária se torna para perceber a morte.
Como dizia Jürgen Moltmann, «a vida leva a pensar, a morte leva a repensar». Pensemos nos que já partiram. E que o nosso pranto seja pontuado pela paz. Uma paz chorada, mas paz!

Hoje é o Dia Mundial da Poupança.

Hoje é o Dia Mundial da Poupança.

Sobre a poupança, deixámos neste blog alguma reflexão. Se o amigo leitor tiver a amabilidade, pode consultar o post "O nível de endividamento dos portugueses atingiu o limite", de Quarta-feira, 24 de Outubro de 2007.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Ensino Secundário: Insucesso escolar é de 25 %

Apesar de registar uma quebra de 7% nos cálculos de 2006/07, em Portugal 1/4 dos alunos ainda sofrem de insucesso escolar no secundário. Quando à taxa de abandono escolar, é o dobro da média europeia.
Obtido a partir da média do 10.º, 11.º e 12.º anos, o indicador só considera a taxa de chumbos. De fora fica o abandono escolar, cuja taxa portuguesa é o dobro da média da UE.
Ainda assim, e segundo estes cálculos, a taxa de insucesso escolar caiu de 32 para 25 %, em dois anos, de acordo com a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que apresentou hoje os resultados escolares do Ensino Secundário 2006/1007, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. É que em 2004/05, aquele indicador, que estabelece a média para o conjunto dos três anos do Ensino Secundário, tinha-se situado acima dos 33%. “Uma redução histórica, porque pela primeira vez estão abaixo dos 30 por cento, o que era uma espécie de fatalidade”, considerou a ministra em declarações ao DN. Maria de Lurdes Rodrigues defende ainda que os cursos profissionalizantes aumentaram a probabilidade de sucesso. “Estamos a falar de mais de 23 mil alunos que entraram nos cursos profissionais, em relação ao passado, e estamos a falar de mais uns milhares de alunos que entraram também nas vias científico-humanísticas”, sublinha a ministra, em entrevista à Rádio Renascença.
Quanto às saídas precoces da escola - abandono escolar - regista também alguns resultados positivos. A percentagem dos jovens dos 18 aos 24 anos que não concluíram o secundário e não frequentava nenhuma acção escolar ou de formação baixou de 39,2% para 36,3, no ano lectivo de 2005/2006. "Isso significa que se mantiveram 30 mil jovens no ensino em 2006", assegura a ministra ao diário.
In aeiou

Servir a causa pública é o dever de qualquer governo eleito democraticamente. Se se conseguiu baixar as taxas de insucesso e de abandono, apenas se levou a efeito um dever nacional de escolarizar a população.
De qualquer forma, registe-se o progresso, saudando-o.
A situação portuguesa, no contexto da União Europeia, era - e é - de tal forma flagrante que era impossível não fazer nada. Realmente, ao longo de vários governos, de diversas cores políticas, não se olhou com olhos de ver para o abandono e insucesso.

Só resta esperar - e neste aspecto compreendo as inquietações de alguns sindicatos - que o sucesso não se fique a dever à diminuição da exigência, provocada pelas necessidades estatísticas.
Tenho muitas dúvidas, mas oxalá esteja enganado.

Ministra da Educação ou Procurador-Geral da Répúblicva?

O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, quer tornar prioritária a investigação da violência no meio escolar. E explicou porquê.

A Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirma que “a violência e a indisciplina são factos marginais e de incidência muito reduzida”, acrescentando que a escola é “o espaço mais seguro para as crianças”.

Afinal quem tem razão? Quem quer enterrar a cabeça na areia? Ou será que alguém quer ser mais papista do que o Papa?

Parece-me que é muito comum este governo rechassar qualquer achega, crítica ou sugestão, venham de onde vierem. No seu pedestal de infalibilidade, quer sempre fazer passar a ideia de que está no caminho certo. Tudo o que faz é sempre o melhor, nada tem que aprender.
Enfim, um novoriquismo político completamente dispensável.

Acha que na prática existe verdadeiramente igualdade entre homem e mulher?

Na última sondagem deste blog, perguntava-se:

Acha que na prática existe verdadeiramente igualdade entre homem e mulher?
- Sim: 14%
- Caminha-se nesse sentido: 28%
- Não, ainda há muito machismo: 14%
- Os homens colaboram pouco nas tarefas de casa: 14%
- Os homens participam menos do que o desejável na educação dos filhos:7%
- O feminismo estragou as relações familiares: 14%
- Em muitos casos, ainda não há salário igual para trabalho igual: 0%
- Os homens têm ainda preferência no acesso ao emprego: 7%

Os amigos visitantes disseram, esta dito.
Registo, com agrado, o tom optimista de uma maioria relativa que considera que se caminha verdadeiramente para a igualdade entre homem e mulher.
Oxalá que todos compreendamos a igualdade fundamental do ser humano, seja homem ou mulher.
Oxalá que não baixemos os braços na caminhada para esse igualdade, no respeito profundo pela especificidade de cada um dos sexos. Masculinizar as mulheres não resolve nada; efeminar os homens, também não.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Depois, nestas questõezinhas são inflexíveis e conservadores...

Gosto da celebração no Quartel dos Bombeiros. Em cada ano, no dia do aniversário do nascimento da Associação, ali é celebrada a Eucaristia.
Aquela grande garagem onde se guardam os carros que voam para socorrer doentes, acidentados, casas e florestas em chamas, é preparada para celebrar o Deus que "voa" ao encontro do homem, porque para Ele é festa estar "no meio dos homens."
Uma fé que não se limita ao templo, mas é celebrada no "templo" do viver, agir, servir humanos. Ou uma Igreja fora das igrejas.

Hoje simpáticos finalistas da escola vieram falar comigo sobre a Eucaristia que é habitual celebrar em cada ano. Como todos os anos tenho feito, procurei explicar-lhes que teria todo o sentido que a mesma fosse celebrada no seu mundo, na escola. Ali onde se trabalha e se estuda, se convive e se cresce, se tecem amizades ou desilusões... Levar Deus à escola, feita templo da presença amiga e ofertante de Deus que ama e compreende os jovens, que é sentido e força para uma vida sonhada.
Confesso que, em cada novo ano, alimento a esperança de que os jovens alinhem, compreendendo o sentido da mudança. Como no passado, também agora surgiu alguma desilusão. Que não senhor, que sempre fora na Igreja, que todos queriam na Igreja, que lá é que tinha que ser...

Como lhes disse, os seus argumentos soaram-me "a kota". Apelar para tradições? Só isto? Sem capacidade de voar mais alto, de inovar, de pensar mais com os "olhos da tradição" do que com os olhos da fé que mergulha no mundo, não foge do mundo.
Tantas vezes os jovens rejeitam os valores porque lhes cheiram a outros tempos. Exactamente os valores que estão sempre na moda. Depois, nestas questõezinhas são inflexíveis e conservadores...
Estão por evangelizar a vida, os sentimentos, a inteligência, as opções... Está por evangelizar uma religião de conveniências, mas vazia de compromisso.

Em algumas escolas, os alunos crentes - que são a esmagadora maioria - afirmam a sua fé em momentos fortes. Comunhão Pascal, celebração de certas datas eloquentes para eles, etc.
Tenho pena que noutras... Nada!

Mas continuo a sonhar com um mundo jovem que se deixa libertar pela novidade do Evangelho.

Um ninho perto da terra

Todos os dias vemos jovens construindo ninhos de amor. Todos os dias vemos destruir ninhos construídos com desvelo e amor.
Qual será o segredo de um casamento feliz?
O que fará infeliz um matrimónio?
Esta pequena história dá as duas respostas.
Num belo jardim, um casal de passarinhos fez o seu ninho num ramo de uma grande roseira. Com que amor, com que preocupação, com que arte aquele casal de passarinhos procurou material para construir o seu ninho. Depois de tantas idas e vindas, acarretando material apropriado, construíram uma pequenina obra de arte que o ser humano não consegue fazer igual. Como eram felizes aquelas avezitas!
Mas a tragédia veio. A dona do jardim que não gostava dos pássaros porque lhe vinham comer alguns alimentos ali criados, destruiu impiedosamente o ninho de amor daquele casal amoroso.
Mas o amor daqueles pequeninos seres levou-os a reiniciar a construção de outro ninho. Escolheram uma roseira mais baixa e o novo ninho começou a ser construído com amor igual ao primeiro e foi nascendo lentamente.
Naquele novo habitáculo de amor depuseram dois pequeninos ovos. Outros filhinhos iam nascer, prolongando a geração daquele amor. Mas nova tragédia surgiu na vida daquelas avezitas inocentes. Como o tinham construído muito perto do chão, um bicharoco qualquer comeu os dois pequeninos ovos e desfez cruelmente aquele ninho de amor.
Aqui está uma certa explicação para os casais humanos que se enamoram e decidem construir o seu lar para essa vida sonhada. Mas alguns constroem o seu lar muito perto da terra: pensando acima de tudo nas coisas materiais: no luxo de móveis e decorações, no modelo de vestidos e na variedade de ementas de lautos banquetes. Um ninho demasiadamente frágil, como casas construídas sobre a areia, que uma ventania inesperada destrói facilmente.
Um ninho – um lar – longe do céu é mais atingível pelas garras das tentações terrenas da vaidade, do orgulho, da infidelidade.
Mas, se o casal tiver o cuidado de construir o seu sonho de amor bem alto, nos braços dos valores espirituais, construirá um sonho de verdadeira felicidade, como casa construída sobre a rocha.
Mário Salgueirinho

domingo, 28 de outubro de 2007

8 milhões de euros em 2008!

Segundo o Correio da Manhã, a despesa pública com as pensões vitalícias dos políticos será de 8 milhões de euros em 2008.
Ainda segundo o CM, como são 383 os beneficiários das pensões vitalícias, cada um receberá, em média, 1751 euros mensais.
Entre os beneficiários da pensão vitalícia estão Isabel Castro, Almeida Santos, Manuela Ferreira Leite e Narana Coissoró.

Boa semana para todos. Muita paz.

O escutismo por cá

O nosso 1006 do CNE passou este fim-de-semana acampado em Santa Helena. Um acampamento é sempre um momento privilegiado de crescimento humano e cristão na vida do escuta.
O sábado foi vivido intensamente. Se os mais velhos andaram largos quilómetros em actividades de campo, os mais pequeninos desceram ao Teixelo e conviveram com a vida do campo. Acampanharam uma pastora na guarda das cabras, apanharam castanhas e sanchas, contactaram com as pessoas. Fizeram uma festa.
À noite, em casa da avó da 1ª escuteirinha advinda do Teixelo, comeram uma agradável refeição confeccionada pelo carinho desta senhora e sua família. Também lá estive.
Depois foi o magusto ao ar livre, já com a presença de muitos pais. Um momento de convívio em que a amizade aqueceu tanto as pessoas como as castanhas as mãos.
Hoje, na Eucaristia celebrada naquela povoação, duas pequeninas foram admitidas como lobitas. Capela cheia, muitos pais, muita alegria serena, com o templo ornado com símbolos escutas.
Hoje voltei à mesma casa para, em família, partilhar o pão da amizade. "As pessoas aqui gostaram muito. Nunca cá houvera nenhuma cerimónia deste género. Foi fantástico!", ouvi.
Teixelo é um dos 11 povos que formam esta comunidade. O mais afastado e dos mais pequeninos. Mas é gente simples, acolhedora, amiga, reconhecida, aberta.
Acho que deu lé com té. À simpatia acolhedora dos teixelenses corresponderam o empenho, alegria e entusiasmo dos escutas.
Parabéns a todos.

Os Partidos Políticos e a Educaçao

A educação esteve mais uma vez na Assembleia da República. E é bom que esteja muitas vezes. Agora, a propósito do Estatuto do Aluno.
O PS aprovou este Estatuto, porque tem maioria absoluta. Todos os outros partidos votaram contra.
Não me sinto sintonizado com muitas das propostas do CDS nem com muita da sua visão sobre a coisa pública. Há, contudo, um terreno em que me sinto bastante em sintonia: a educação.
Penso que é o CDS que tem as melhores propostas, a melhor visão da educação e quem a perspectiva melhor. Uma proposta que não prescinde dos nossos valores, que se funda na idiossincrasia lusa, que premeia o mérito e o esforço, que não teme falar de exigência nem de disciplina. Uma visão em que o professor ocupa o seu posto: eixo fundamental do sucesso e, como tal, é respeitado.
Há dias, uma pessoa contou-me que viu um móvel giríssimo e não resistiu em comprá-lo, convencida que lhe cabia no sítio em que o queria colocar. Só que, para grande desgosto seu, tal não aconteceu. O bonito móvel não coube. Teve que o modificar. Ficou feio, estragou tudo.
A maioria dos partidos estrangeira a educação. Vai lá fora, vê um modelo e toca a impô-lo cá. Resultado, não resulta. O actual governo é mestre na estrangeirização do ensino. Resultados? Estão a ver-se...
Já dizia o grande Garrett: "Vamos a ser nós mesmos, vamos a tirar de nós. E deixemos em paz os gregos e os latinos."
Hoje porventura diria: ' Vamos a ser nós mesmos. Vamos descobrir um sistema de ensino que caiba e valorize o povo que somos. Deixemos em paz os nórdicos, os ingleses, os franceses e os alemães'.

Plano Pastoral da Paróquia 2007/08

http://paroquiadetarouca.no.sapo.pt/ficheiros/pastoral2.htm

Inquietações de um jovem...

É triste ouvir o noticiário e ver que uma das principais noticias tem sido o sucesso da interrupção voluntária da gravidez!!!
Agora sim digo que isto é um país de terceiro mundo, sendo ridículo que um governo opte por medidas que se anulam!!!
Ora se aumenta o apoio à natalidade, ora se incentiva a IVG. Vá lá perceber-se isto...enfim...
Fábio

http://apostolosnavegantes.do.sapo.pt/

sábado, 27 de outubro de 2007

TGV - "TRAVAR PARA PENSAR"

Há uns meses optei por ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio. Comprado o bilhete, dei comigo num comboio que só se diferenciava dos nossos Alfa por ser menos luxuoso e dotado de menos serviços de apoio aos passageiros.
A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.
Não fora ser crítico do projecto TGV e conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemas únicos dos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos. Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.
A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches e jardins-de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade. Percebe-se bem porque não construíram estádios de futebol desnecessários, porque não constroem aeroportos em cima de pântanos nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.
O TGV é um transporte adaptado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.
É por isso, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, que existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos). É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos.
Tirar 20 ou 30 minutos ao Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não terá qualquer repercussão na economia do País. Para além de que, dado hoje ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar. Com 7,5 mil milhões de euros pode construir-se mil escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas (a 2,5 milhões de euros cada uma), mais mil creches inexistentes (a 1 milhão de euros cada uma), mais mil centros de dia para os nossos idosos (a 1 milhão de euros cada um). Ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências, como a urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.

*CABE ao Governo REFLECTIR.*

*CABE à Oposição CONTRAPOR.*

*CABE AOS CIDADÃOS MANIFESTAREM-SE!!!*

*CABE À TUA CONSCIÊNCIA AGIR OU DEIXAR ANDAR*

Enviado por email

Um mercado na nossa terra não seria importante?

Ouvi hoje. Alguém me dizia que um comprador, ao ver a qualidade da batata armazenada, terá gostado e oferecido 15 cêntimos por cada quilo. A dona das batatas respondeu que, por esse preço, as preferia dar aos animais.
Ao lado, uma pessoa comentava que, nos espaços comerciais, tinha que dispor mais do dobro para adquirir as batatas.
Ao ouvir isto, um dos presentes frisou quão necessário seria a existência de um mercado onde, aos fins-de-semana, os produtores pudessem levar os seus produtos para venda. Falava de um espaço simples, operacional, sem requintes.
A ideia colheu. Todos os que ouviram manifestaram simpatia pela ideia. Na sua opinião, todos lucravam. O produtor, porque podia escoar os seus produtos por preços mais compensadores; o consumidor, porque poderia comprar mais em conta.
A vida do agricultor está complicada. Normalmente gente já com alguma idade e sem possibilidades de grandes inovações. Mas o consumidor também não está bem, pois o desemprego, os baixos ordenados, o custo de vida não permitem grandes folguedos.
Um mercado poderia ser um incentivo à produção. Um mercado poderia ser um incentivo ao turismo. Um mercado seria certamente um incentivo ao consumo do que é nosso.
Vamos nessa, senhores?

30º domingo do tempo comum - C

"Naquele tempo,Jesus disse a seguinte parábolapara alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros:
«Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano.
O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de todos os meus rendimentos’.
O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’.
Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não.Porque todo aquele que se exalta será humilhadoe quem se humilha será exaltado». (Lc 18,9-14)
O primeiro passo da fé e a primeira atitude de quem reza é a humildade! Precisa, cada um, de se dar conta da distância “miserável” e incomensurável, que ainda o separa de Deus e dos outros. Se não me dou conta de que sou incapaz, por minhas mãos, de me curar e refazer… se julgo justificar a minha vida apenas pelas boas acções, então Deus estará a mais na minha vida e tornar-se-á um luxo de fim-de-semana.
É, realmente, por falta de humildade que a oração e a fé dão tão poucos frutos. Permiti-me uma «provocação» : Pode até acontecer que algum de vós seja bom; mas deixará de o ser, quando pensar que o é! Pode mesmo acontecer que entre vós haja alguém que pratica “muito o bem”! Mas deixará de fazer bem o bem, se pensar que é alguém.
“Por outras parábolas”, enquanto não houver uma lágrima de contrição, que nos faça suplicar, do mais fundo do coração, «Senhor, tem piedade de mim», não haverá gota de humildade, nem um pingo de verdade na oração! Mas “a oração do Humilde atravessa as nuvens”!

Escola EB 2,3/S de Tarouca e o ranking de escolas

Veja a informação em:

http://blogmiradouro.blogs.sapo.pt/

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A fome e ... o colesterol

«Uns morrem de fome; outros morrem de excesso de colesterol»!
Pedro Arrupe

Insensibilidade

Metro de Barcelona. Um jovem de 21 anos agride selvaticamente uma rapariga emigrante, equatoriana.
Impressionante! Nenhuma pessoa se levanta para defender a pobre agredida! O medo, a indiferença e a covardia tomaram conta daquela gente que, de forma cúmplice pela inacção, assiste à humilhação de uma pessoa.

Se observarmos bem o mundo que nos rodeia, verificamos que um dos grandes pecados sociais do nosso tempo é a insensibilidade: - uma insensibilidade cruel, contagiosa e revoltante.

Lemos os jornais diários ou ligamos a televisão para ouvir os noticiários e ficamos estarrecidos com palavras e imagens que noticiam atitudes de insensibilidade para com situações dolorosas dos outros. São os doentes incuráveis, são os famintos, são os drogados, são os sem abrigo, são os desempregados, são as vítimas da xenofobia, são os que morrem lentamente na solidão, são os idosos sem família que os trate nem lar que os abrigue, etc.,etc..

Há uma epidemia extensa, sem vacina, de insensibilidade de alto a baixo: desde governantes e chefes, desde patrões a companheiros de trabalho, desde gente rica que humilha os miseráveis, desde familiares a vizinhos, etc.,etc..

Insensibilidade é falta de partilha do sofrimento dos outros, das situações dolorosas das outras pessoas.

Li há tempos, na biografia de um homem extraordinário que se dedicou a aliviar o sofrimento alheio, uma palavra simples da sua mãe, que lhe orientou a vida inteira.

Quando passava na rua diante de algum mendigo ou deficiente, a mãe dizia-lhe: "Daniel, lembra-te que podias ser tu a estar no lugar desse infeliz!"

E aquela palavra da mãe na sua infância levou-o a entregar-se apaixonadamente à causa da pobreza.

Se cada pessoa, perante situações de sofrimento, imaginasse estar no lugar do outro que sofre, seria mais humano, e mais justo a legislar, a atender, a julgar, a executar.
Tem de haver uma guerra firme à insensibilidade, começando pelas escolas, pelas catequeses, pela pregação da Igreja, pelo exemplo de todas as autoridades, para se chegar à base educacional que é a família.

Que importa?

Que importa, que ao chegar
eu nem pareça pássaro!
Que importa se ao chegar
venha me rebentando
caindo aos pedaços,
sem aprumo
e sem beleza!...
Fundamental
é cumprir a missão
e cumpri-la até o fim!..."
D. Helder Câmara

ESCOLAS CATÓLICAS SÃO MELHORES?

Dá para pensar, questionar, mobilizar, tomar posição...
Leia em http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/

Uma mãe flagelada

Era uma rapariga simpática, atenciosa, delicada, boa profissional. Embora madeirense, viera estudar para o continente e por aqui ficara.
Conheci-a como funcionária de uma escola onde leccionei. Cristã convicta, não deixava de questionar opções, critérios e estruturas. Com ela mantive longas e agradáveis conversas.
Casou e desse enlace nasceram dois filhos. O marido, bastante aventureiro na questão de negócios, deu passos maiores do que as pernas. O resultado foi a ruina económica. E como uma desgraça nunca vem só, enveredou pelo caminho do álcool que o haveria de vitimar.
Só e com dois filhos por criar, crivada de dívidas, volta à sua Madeira. Desfaz-se de tudo para pagar algumas dívidas. Lança mão de todo o trabalho que lhe aparece extra-horário. Passa ela e os pequenos por toda a espécie de privações.
Com o passar dos anos, o calvário piora. É que o filho mais velho envereda também pelo alcoolismo. Não só não trabalha como consome o que à mãe e irmão faz tanta falta. O mau viver em casa é agora a coroa de espinhos de uma vida flegelada.
O filho mais novo é bom aluno e quer continuar os estudos. Mas como, se não há meios?! Ninguém aparece para ajudar. Os pais já partiram. Os irmãos não podem, os sogros nem ligam...
Nas férias, o rapaz agarra-se ao trabalho que lhe aparece. Após a conclusão do 12º ano, entrou em Direito, em Lisboa.
Como fazer? E lágrimas queimam as feridas abertas pelo calvário da vida. Não, o rapaz seguiria o seu destino. Ela ainda trabalharia mais e pouparia mais, comendo só uma vez ao dia.
O rapaz teve direito a uma bolsa de estudo (Nem só os ricos é que as têm, às vezes também calham aos pobres!!!). E as propinas? E os livros? E o comer? E o vestir? E as fotocópias? E as viagens? E...?
Este estudante de Direito nunca vestiu ou calçou nada de marca, não tem telemóvel, nem carta de condução, nem consola. Muitas vezes come mais do que uma refeição porque os amigos da residência universitária onde está, sabendo da sua situação, repartem com ele.
Mas não se queixa, nem se revolta. Estuda apenas para conquistar a pulso um lugarzinho ao Sol. E para ajudar a mãe.
Alguém procura ajudar? Porventura. Mas não saiba a esquerda o que faz a direita...

A IGREJA TEM O DEVER DE FALAR

"É dever da Igreja levantar a voz onde a verdade fundamental da pessoa humana começa a ser manipulada ou negada, onde os direitos inalienáveis da pessoa são violados".
D. Carlos Azevedo, secretário da Conferência Episcopal Portuguesa

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

E U A P R E N D I

EU APRENDI
Que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha...

EU APRENDI
Que quanto menos tempo tenho mais consigo fazer...

EU APRENDI
Que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo...

EU APRENDI
Que só se dá conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou de morte...

EU APRENDI
Que sempre posso rezar por alguém quando não posso ajudá-lo de outra forma...

EU APRENDI
Que cada um precisa de um amigo com humor para se divertir de quando em vez...

EU APRENDI
Que dinheiro não compra “classe” ou estatuto social...

EU APRENDI
Que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espectacular...

EU APRENDI
Que debaixo de alguém que chamamos “casca grossa” existe uma pessoa que deseja ser apreciada e amada, mas não sabe manifestar-se...

EU APRENDI
Que ninguém é perfeito até que te apaixones por essa pessoa...

EU APRENDI
Que gostaria de ter dito a minha mãe que a amava muito, uma vez mais antes de ela morrer...

EU APRENDI
Que as oportunidades nunca são perdidas... Talvez alguém vá aproveitar as que perdeste...

EU APRENDI
Que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar o aspecto...

EU APRENDI
Que não é útil nem bom tentar comparar-se com alguém, pois, com isso, só consegue que essa pessoa a magoe, sem ela mesmo se aperceber disso...

EU APRENDI
Que vale mais dar que receber e que fazer aos outros o que queremos que nos façam é uma das regras mais eficazes para melhorar o nosso mundo...
A. Matos

Que exemplo para todos os senhores Juízes!

O juiz argentino Gustavo Antoun é já uma estrela no seu país. depois de ter assumido publicamente que tinha errado num processo por si instruído. Assumiu e decidiu pagar literalmente pelo erro. Além de anular o julgamento, aplicou a si próprio uma multa no valor equivalente a 16oo euros.
in Jornal da Beira

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

ONDE ESTÃO OS LEIGOS NA VIDA DA IGREJA?

Estão muitos, felizmente. Na catequese, na acção sócio-caritativa, nos grupos jovens, nos movimentos, nas irmandades e associações, nos conselhos pastorais e económicos, na liturgia...
Mas não estão todos. Muito longe disso. Mesmo muito!
Há tantos cristãos que continuam a fazer da Igreja "um supermercado de sacramentos!" Só aparecem para baptizar, casar e nos momentos fúnebres.
Há tantos leigos que são apenas "consumidores", nunca dinamizadores. Logo que "faça as minhas orações e assista à missa, já está tudo bem". Participar? Assumir? Dar "o corpo ao manifesto"? Tá quieto!...
Há tantos cristãos que se pelam por procissões com muitos andores e muitos anjinhos, mas que na hora da Eucaristia ficam em casa ou no café.
Há os cristãos "fatimitas". Vão a Fátima - muitas vezes em longas caminhadas a pé -, fazem promessas, acendem velas, participam na procissão de velas, alguns até se confessam, mas regressam à sua terra vazios de compromisso cristão. Não participam, nada fazem pela comunidade, nem na Eucaristia dominical estão...
Há ainda muitos cristãos que participam na vida da Igreja, dão o seu contributo, mas revelam ausência de critérios evangélicos. Estão aqui como numa assembleia de freguesia ou numa associação civil.
Há muitos cristãos que movem montanhas para poderem ter mais uma imagem no seu povo, mas que nunca aceitam um convite para uma acção de formação, como um curso bíblico...
Não serão os leigos muito mais capacitados para cuidar, preservar e melhorar o património cristão? Não estarão mais preparados para levar em frentes as obras materiais de que a comunidade precisa? Por que razão não assumem e estão sempre "dependurados" no padre? Mas foi para ser construtor e gestor que o sacerdote estudou e se preparou?

Reconheço que muitos padres estarão ainda agarrados a um estilo clerical que tudo quer controlar. O que, na minha humilde opinião, não é nada salutar nem eclesial.
Mas é interessante. Quando o padre é controlador, aqui-del-rei que ele quer abarcar tudo, não dá espaço a ninguém. Mas se procura que os leigos participem e assumem, então ou já não querem ou ... o padre não quer fazer nada, só quer que os outros trabalhem...

Isto para não falar que é próprio dos leigos a secularidade, levar Jesus Cristo ao mundo onde se movem. Estão por evangelizar tantos ambientes! A começar pela família, continuando pelo mundo do trabalho, do divertimento, da cultura, da política, da comunicação social.
Há um oceano a separar a fé que se diz professar e o testemunho dessa mesma fé.
Em Portugal, a percentagem de católicos é de 89,9% - 9,35 milhões de católicos para uma população de 10,4 milhões de pessoas. Então como se pode compreender que o SIM ao aborto tenha sido vencedor no último referendo? Não será este dado um claro testemunho de uma fé sem compromissos???

Acredito e espero que, com determinação e serenidade, havemos de conseguir alargar o âmbito da missão a todos.

AFINAL, O QUE É QUE COMPETE AO PADRE?

A poucos dias do início da visita ad limina, que os Bispos portugueses vão efectuar a Roma, D. Carlos Azevedo, secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, concedeu uma longa entrevista à Ecclesia. ( http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=52083&seccaoid=6&tipoid=228)

Gostei do que e reli. Permito-me respigar para os meus amigos este excerto acerca da missão do padre. Fica o convite a todos para a leitura total da referida entrevista.
"«Antes de mais, a missão do padre consiste em verem-se livres de tarefas adjacentes que foram acumulando ao longo da história. Têm alguma dificuldade em se desprenderem do que acumularam. Um padre não tem que ser gestor de centros sociais. O padre não tem que ser administrador dos bens de uma paróquia ou diocese. O padre não tem que ser o burocrata de serviço da paróquia. A sua missão específica é evangelizar e formar cristãos. Ser mistagogo».

NÃO é missão do padre:
- ser gestor de centros sociais.
- ser administrador dos bens de uma paróquia ou diocese.
- ser o burocrata de serviço da paróquia.


Mas é sua missão específica:
- evangelizar
- formar cristãos
- ser mistagogo (Ensinar as pessoas a abrirem-se ao mistério)

E diz D. Carlos Azevedo:
"Cada vez mais as tarefas educativas e administrativas devem ser entregues a leigos para que os padres assumam a sua missão específica."

Mas que razões levam o padre a abarcar tarefas que caem fora da sua missão específica?

D. Carlos Azevedo esclarece:


- Muitos padres têm alguma dificuldade em se desprenderem do que acumularam.


- Muitos leigos ficam por uma pura religião natural. "Quando se fazem actos relacionados com a religião individual - caso das procissões ou grandes festas - as pessoas aderem. Todavia, isto não significa nada do ponto de vista comunitário porque muitas vezes não passa de uma mera religião natural que tem pouco fundamento cristão e evangélico."

O nível de endividamento dos portugueses atingiu o limite

Cada vez há mais famílias que não conseguem pagar as prestações. Segundo a DECO, há cada vez mais famílias sobreendividadas. Mais de 750 pediram ajuda desde Janeiro. Um número recorde.

O Ministro das Finanças avisa que o nível de endividamento dos portugueses atingiu o limite. Teixeira dos Santos diz, por isso, que as dívidas das famílias não podem continuar a subir ao ritmo dos últimos anos.

Os portugueses devem aos bancos mais de 122 mil milhões de euros. A maior parte, 98 mil milhões, em crédito habitação. As famílias aproveitaram os juros baixos. Só que agora, as taxas estão a subir. Mesmo assim, no último ano, o total de dívidas aos bancos disparou 8%.

O crédito mal parado, isto é, os empréstimos incobráveis ultrapassam 2 mil e 200 milhões de euros. Estão a aumentar. Mais 2% do que há um ano.

Não se tem estipulado a poupança, pelo contrário, estimula-se o consumismo. Perante uma máquina aguerrida de propaganda que nos cerca por todos os lados, que defesas têm os consumidores? Onde está a educação para o auto-controle, para a moderação, para a simplicidade de vida?

Aliado a um aventureirismo congénito, estilo "desenrasca-te", que não mede devidamente as consequências, está a célebre inveja mesquinha: "Se o meu vizinho tem, eu não sou menos do que ele."

Por outro lado, as rendas das casas estão pela "hora da morte". Claro, para quem tem ordenados médios como os nossos. O que aliado à crise crónica que se vive, ao interminável desemprego ou à precaridade do mesmo, tornam o endividamento perigoso.

Penso que as famílias têm que se auto-proteger, educando-se para o sentido da realidade, assumindo que não podem dar um passo maior do que a perna, deitando fora preconceitos de inveja e de superioridade/inferioridade, motivando para a poupança e sabendo conviver por cima com as garras tentaculares do consumismo. E há, felizmente, experiências bonitas neste campo.

Vivemos num tempo de exigência. E falta a educação para a exigência. Vinda de cima e a começar por cima. Certa ostentação dos governantes é desprezível num país com tantas carências.
Exigência no trabalho, no estudo, na formação, no querer ser mais, na qualidade, na melhor produção, na rentabilização das capacidades.

Ao fim e ao cabo, como tantas vezes o tenho dito, também a questão do endividamento das famílias é uma questão de valores. E estes vão escasseando...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

A desertificação do Interior do país é real. Que pensa que deveria ser feito?

Na última sondagem colocada neste blog, perguntava-se aos visitantes isto:

A desertificação do Interior do país é real. Que pensa que deveria ser feito?

- Criar melhores vias de acesso: 23%

- Estimular a fixação de empresas no Interior: 61%

- Incentivar seriamente a natalidade: 15%

- Dar incentivos à fixação de pessoas no Interior: 30%

- Aumentar o investimento público no Interior: 38%

- Diminuir drasticamente a burocracia: 15%

Os caros visitantes disseram, está dito.

Cientista testa pílula para alongar vida humana em 12 anos

O cientista britânico John Speakman está a testar em ratos uma pílula para prolongar a vida que, se for efectiva em humanos, poderia aumentar a longevidade em cerca de 12 anos, segundo explicou à agência Efe o pesquisador.

A pastilha tem entre seus componentes básicos a tiroxina, um hormónio antioxidante capaz de activar a proteína UCP2, que, por sua vez, reduz a produção no organismo de radicais livres, que são os grupos de átomos que ajudam na degeneração das células do corpo e que, portanto, aceleram o envelhecimento.

Assim poderia resumir-se esquematicamente o complexo funcionamento deste remédio revolucionário que, se funcionar, permitiria às pessoas não só viver mais tempo, mas alongar sua vida profissional e ter uma melhor qualidade de vida, segundo afirma o professor de Zoologia da Universidade de Aberdeen (Reino Unido).

Há dois anos a equipe de Speakman comprovou que a vida das moscas da fruta aumentava entre 10% e 15% quando se acrescentava um gene que produzia a proteína UCP2.

Agora os cientistas estão testando em ratos a efectividade desta pílula, que, embora não seja o ansiado elixir da eterna juventude, permitiria alcançar uma das metas que o homem vem perseguindo nos últimos 5.000 anos.

"Actualmente estamos a pesquisar quais são os níveis adequados de tiroxina que devem ser administrados nos animais para que a pílula tenha efeito e não cause complicações adversas, já que um excesso de tiroxina pode ter efeitos secundários. A dose é primordial", advertiu Speakman.

No entanto, no caso de a experiência funcionar nos ratos, ainda seria preciso esperar cerca de 20 anos para que a pílula, que seria de consumo diário, chegasse a ser comercializada, pois teria que passar por testes em humanos e por vários ensaios clínicos.

O cientista britânico acredita que esta pílula teria que começar ser tomada a partir dos 40 ou 50 anos, que é quando se começam a sofrer complicações de saúde e a notar os efeitos do envelhecimento.

Mas até que não se ache a fórmula científica que permita aumentar a esperança de vida, a humanidade deve tentar por seus próprios meios atrasar o inevitável processo de envelhecimento, levando um estilo de vida saudável, o que significa não fumar, não beber álcool em excesso e não ingerir comida gordurosa.

Speakman considera que o objectivo de atrasar o envelhecimento não deve ser só alongar a vida para aumentar o período de inactividade ou aposentação, mas garantir uma vida saudável que permita às pessoas com idade avançada sentirem-se úteis na sociedade, prolongando "seu período activo".

Ao longo dos últimos 150 anos a esperança de vida aumentou extraordinariamente nos países mais avançados, até ao ponto de, em alguns Estados ocidentais, a longevidade média de seus cidadãos rondar os 80 anos.

O especialista acredita que a esperança de vida está a chegar ao seu limite biológico e que daqui até ao final do século ainda aumentará, embora de forma muito mais moderada, até alcançar os 90 anos de média de vida.

In Yahoo

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O ser e o poder

“Saber mandar é um dom. Nem todos o possuem” – costumava dizer-me um velho amigo que há pouco partiu para os braços do Pai.
O meu amigo afirmava que havia muita gente eleita ou nomeada para este ou aquele cargo de responsabilidade e para o qual não tinha “jeitinho nenhum”, porque não sabia mandar. Realmente há gente que não tem uma relação fácil com o poder. Ou se torna arrogante e opressivo ou é “um deixa andar” ou é um manipulador ou um fugitivo dos problemas.
E um antigo mestre meu, afirmava que, às vezes, se obedece melhor dizendo não do que dizendo sim. Também aqui se requer a humildade de nos reconhecermos e termos a coragem de nos assumirmos.
No tocante à vivência eclesial é preciso estar atento. Há tantos leigos e sacerdotes que eram formidáveis no que faziam e se revelavam felizes. Depois, um convite, um empurrãozinho e aí vão eles para funções de maior responsabilidade. Foram incapazes de dizer não, quando porventura o deveriam ter feito, pois reconhecer os nossos limites só nos engrandece.
Penso que várias vezes, para nos apaziguarmos, usamos e abusamos da “ vontade de Deus”. Ele não nos pede o impossível. Logo não nos convidará para missões para as quais não estamos capacitados, porque d’Ele não recebemos os dons conformes a essa missão.
Há muito tempo, contaram-me ( não sei se realmente aconteceu, porque estas coisas giram no sigilo) que certo sacerdote terá sido abordado com insistência para o múnus episcopal. Homem humilde, mas frontal, terá dito não. Exactamente porque reconhecia não possuir os dons necessários para essa missão.
Caso seja verdade, não terá este sacerdote prestado enorme acto de obediência e de respeito para com os irmãos?

Será a ciência contrária à Fé?

Há quem diga que os cientistas não acreditam em Deus. Só os desinformados, ou de má fé, podem dizer isto. Há muita gente que quer dar a entender que "todas" as pessoas inteligentes e esclarecidas não aderem aos "mitos" religiosos; e que os cientistas, "homens especiais", concluíram pela ciência que Deus não existe. Mas o contrário é que é verdade. Grandes cientistas foram também grandes crentes como veremos a seguir.

Isaac Newton (1642-1727), fundador da física clássica e descobridor da lei da gravidade deixou escrito: «O que sabemos é apenas uma gota, o que ignoramos é um imenso oceano. A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta".

Alessandro Volta (1745-1827), físico italiano, descobridor da pilha eléctrica e inventor, cujo nome deu origem ao termo voltagem: "Submeti a um estudo profundo as verdades fundamentais da fé, e […] deste modo encontrei eloquentes testemunhos que tornam a religião acreditável a quem use apenas a sua razão".

André Marie Ampère (1755-1836), físico e matemático francês, descobridor da lei fundamental da electrodinâmica, cujo nome deu origem ao termo amperagem: "A mais persuasiva demonstração da existência de Deus depreende-se da evidente harmonia daqueles meios que asseguram a ordem do universo e pelos quais os seres vivos encontram no seu organismo tudo aquilo de que precisam para a sua subsistência, a sua reprodução e o desenvolvimento das suas virtualidades físicas e espirituais".

Carl Jung (1875-1961), suíço, um dos fundadores da psicanálise: "Entre todos os meus pacientes na segunda metade da vida, isto é, tendo mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão da sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por terem perdido aquilo que uma religião viva sempre deu aos seus adeptos, e nenhum se curou realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria".

Von Braun (1912-1977), físico alemão radicado nos Estados Unidos e naturalizado norte-americano, principal director técnico dos programas da NASA (Explorer, Saturno e Apolo), que culminaram com a chegada do homem à lua: "Quanto mais compreendemos a complexidade da estrutura atómica, a natureza da vida ou o caminho das galáxias, tanto mais encontramos razões novas para nos assombrarmos diante dos esplendores da criação divina".
In O Amigo do Povo

domingo, 21 de outubro de 2007

Upa! Que fim-de-semana!

Sexta-feira, após uma hora na rádio, toca para Viseu para assinar a TNS. Volto a correr porque há Conselho Pastoral.
Sábado, Missa no Lar, seguida da Eucaristia das Crianças de que gosto muito, mas que cansa mesmo! Segue-se um funeral e por último, a Vespertina em Gondomar.
Domingo, Missa às oito, seguida de Teixelo e da Eucaristia do dia. Um salto a Lamego para estar com os jovens em retiro e vou até Santa Helena para presidir ao terço e à Eucaristia do 3º domingo. Um tempinho de confissões ao fim.
Claro, sem contar com as pessoas que foi preciso atender, com as mensagens que tive que comunicar a esta e àquela pessoa, com os problemas que sempre surgem...
Caso único? Não. Um de entre muitos.
Que Deus seja louvado. Que Ele supra as lacunas inerentes à minha limitação e ao cansaço.

Intervenção cirúrgica delicada

O senhor Beto Neves, membro do Conselho Económico Paroquial, foi submetido, na passada sexta-feira, a uma intervenção cirúrgica delicada, no Hospital de Santo António, Porto.
Como hoje é o 3º domingo do mês, houve terço e missa em Santa Helena, de quem ele é particularmente devoto. Por isso, em comunidade rezámos ao Senhor por ele, pedindo a intercessão de Santa Helena e da Mãe das Dores. Que se sinta envolvido pelo amor misericordioso do Pai e que o Espírito de Sabedoria ilumine os médicos que o tratam.
Manifestamos-lhe toda a nossa solidariedade e amizade, bem como à sua família, igualmente marcada pelo peso da dor. Em Santa Helena, deixámo-lo nas mãos e no coração da Mãe.
Vai correr tudo bem, senhor Beto!

Jovens da paróquia em retiro

Um grupo de jovens, dos que em Julho último receberam o Sacramento da Confirmação, passou este fim-de-semana no Seminário Maior. Em retiro. Orientou esta experiência espiritual o Secretariado da Juventude.
Passei por lá há momentos. Para os felicitar, para lhes dizer quanto a paróquia aprecia, valoriza o seu gesto e quanto espera deles. Vi-os satisfeitos. Óptimo.
Obrigado, Laida e João Pedro, por todo o apoio que tendes dispensado a estes jovens. Obrigado ao Secretariado da Juventude por ter lhes proporcionado este momento de encontro com Deus e com eles mesmos. Obrigado ao seminário por os ter acolhido com alegria e os ter apoiado. O P.e João Carlos teve intervenção activa.
Tive pena de não ter saudado o senhor Reitor e meu grande amigo, Doutor João António. Mas afazeres pastorais tinham-no levado para fora do Seminário. Aqui fica o meu abraço de amizade e gratidão.

Jovens, com Cristo no coração, soi imbatíveis. Nenhuma tempestade - e a vida traz tantas! - vos derrubará.
A comunidade paroquial conta convosco e vós podeis contar com ela. Gostaria muito de vos ver integrar o nosso grupo de jovens. Todos lucraríamos.
Com muita amizade e viva esperança deste vosso amigo.

DEUS: UMA QUESTÃO ABERTA

É importante. Certamente gostará de ler este texto de Anselmo Borges no Diário de Notícias.
http://dn.sapo.pt/2007/10/20/opiniao/deus_questao_aberta.html

"Mi gota di tu"!

Acompanha sempre os pais à Eucaristia dominical. E como diz a mãe, está sempre pronto para vir ao "Jesu". Depois, cansa-se de estar na Igreja. Nada que um carinho, uma chamada de atenção, um colito, não resolvam...
O momento em que mais se enerva é na Comunhão. Vai com os pais e estende as mãozitas, que a mãe se apressa a retirar. Põe uma carita muito triste, bate com o pezito no chão, não é fácil... Por mais que tentem explicar-lhe.
Ao fim da Missa, dirige-se à sacristia, ele à frente e os pais atrás, de mãozita estendida. Se estou a conversar com alguém e não me apercebo, puxa-me pela roupa. Dou-lhe uma partícula que ele acolhe com imensa satisfação. "Como se diz?", sussurra-lhe a mãe. "bigado."
Há dias, depois do "bigado", puxa-me pelo casaco, estica-se na ponta dos pezitos e diz-me baixinho: " Mi gota di tu."
Há momentos que valem um dia.
Obrigado, pequenino-grande amigo! No teu gesto, senti a bondade bela do nosso Deus que nos envolve, nos fala e nos aquece a vida.
Há alguns domingos que não aparecem. Motivos familiares levam-nos a debandar, aos fins de semana, para a terra de origem. Mas sinto saudades. Se sinto!

sábado, 20 de outubro de 2007

INGRATIDÃO II

Realizou-se hoje o funeral da senhora D. Preciosa, esposa do falecido Eng. Octávio Reis Duarte. Este engenheiro dedicou-se ao longo da vida a várias causas públicas, servindo o bem comum.
Fiquei triste por ver tão pouca gente da terra no funeral deste senhora. E era sábado, portanto, um dia em que as pessoas não se podem escusar com trabalhos. Ao menos apareceram 3 pessoas para levar a cruz e as alenternas.
Uma SENHORA com letra mesmo maiúscula. De uma enorme finura de trato, atenciosa, delicada, pacífica e pacificadora. Uma pessoa de fé e de enorme piedade. Fora durante décadas a farmacêutica desta localidade. Contou-me ela, com ar de quem se sente com o dever cumprido, que acorrera sempre que solicitada, fosse qual fosse a hora. Num tempo em que a ciência estava menos desenvolvida, muitos medicamentos tinham que ser manuseados.
Sei que a gratidão não é uma virtude que abunde por esse mundo fora.
Ouvi gente que também estranhara esta ausência da população que ela tão exemplarmente servira. Ouvi gente a queixar-se da ausência sistemática da gente nova em funerais, excepto quando se trata de familiares. Ouvi gente a lastimar esta decadência dos laços de solidariedade, gratidão e complacência.
Muitos, mesmo cristãos, já arrumaram na prateleira a obra de misericórdia que diz: "Enterrar os mortos."
Fechados sobre nós mesmos, a rebentar de individualismo, indiferentes aos valores sociais, para onde vamos? O que queremos?

29º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar:«Em certa cidade vivia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia naquela cidade uma viúva que vinha ter com ele e lhe dizia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário’. Durante muito tempo ele não quis atendê-la. Mas depois disse consigo: ‘É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens; mas, porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça, para que não venha incomodar-me indefinidamente’».
E o Senhor acrescentou: «Escutai o que diz o juiz iníquo!... E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite, e iria fazê-los esperar muito tempo? Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa.
Mas quando voltar o Filho do homem,encontrará fé sobre esta terra?» - (Lc 18,1-8)

Uma parábola breve, “sobre a necessidade de orar sempre, sem desanimar”! E, por fim, uma pergunta inquietante, sobre o futuro da “fé sobre a terra”! Entre a parábola e a pergunta, fica clara a relação indissociável entre a oração e fé. Santo Agostinho resumia-a, de maneira lapidar, neste apelo: «Tenhamos fé para orar! E, para que não desfaleça a fé com que oramos, oremos». De facto, sem Oração, a fé arrefece e desfalece, perde todo o seu ardor e calor, a sua força e a sua energia, a sua paixão e missão; por seu lado, sem a fé, a oração esmorece e desaparece, por inútil e aborrecida. O cansaço da fé resulta sempre em desprezo pela Oração. E o desprezo pela Oração, manifesta cedo o cansaço da fé!
Uma viúva insiste e persiste, no seu pedido, sem se cansar, porque tem uma fé inabalável, em vir a ser atendida. E a lição é clara: se até um juiz insensível e impiedoso, se mostra débil, e não resiste à persistência da pobre mulher, “quanto mais Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite?!” A oração aparece-nos assim, como “a força dos fracos”, o «segredo» da vitória dos mais pequenos, no grande combate da fé. Pelo que, ceder ao cansaço, na prática da oração, é perder a batalha e abrir caminho à falência da fé!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Reunião do Conselho Pastoral

Acabou há momentos a reunião do Conselho Pastoral desta comunidade.
Aprovada a acta da reunião anterior, fez-se a análise do último plano pastoral, do que foi conseguido e do que não foi; do que esteve bem e menos bem. Depois, os presentes analisaram o projecto do novo Plano pastoral, que atempadamente lhes havia sido entregue e aprovaram-no. Por fim, os representantes dos grupos e dos povos manifestaram a sua opinião e a dos seus representados acerca da vida paroquial.

São sempre bastante longas estas reuniões e susceptíveis de um ou outro ponto de fricção. Diria mesmo, são ocasiões delicadas na vida pastoral de um sacerdote. Às vezes, causam-me a ausência de sono...
Mas acho indispensável a existência do Conselho Pastoral numa paróquia que queira ser "casa e escola de comunhão". Sem participação, onde fica a comunhão?
Agradeço sempre a esta gente o seu contributo, a sua presença, a sua contribuição. Obrigado.

TNS PARA A IGREJA

Desloquei-me hoje a Viseu, acompanhado por Vítor Cardoso, membro do Conselho Económico desta Paróquia para assinar o "Contrato de financiamento", visando a "Conservação e valorização da Igreja Matriz de Tarouca."
Através desta ajuda estatal, a Igreja Paroquial receberá um telhado novo. O actual está em péssimo estado e é uma permanente dor de cabeça para os responsáveis, quer por uma questão de segurança, quer pelas infiltrações de águas que prejudicam seriamente o imóvel.
Um bem-haja sentido ao senhor Presidente da Câmara pelo seu envolvimento nesta causa e ao Governo pela sua colaboração.

Champanhe da Murganheira nos festejos do acordo sobre Tratado europeu

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia chegaram hoje, em Lisboa, a um acordo histórico sobre o novo Tratado europeu, disse à Lusa fonte oficial da presidência portuguesa dos 27.
O Tratado europeu de Lisboa substituirá a fracassada Constituição Europeia, que foi rejeitada em referendos na França e na Holanda, em 2005, o que mergulhou a UE numa das suas piores crises políticas e institucionais.

"O momento chave ocorreu após a conversa entre o primeiro-ministro português, José Sócrates, e o presidente polaco, Lech Kaczynski, a seguir à "foto de família" da Cimeira europeia de Lisboa, quando a Polónia aceitou a proposta da presidência portuguesa da UE", indicou uma fonte diplomática portuguesa.

Em resposta às exigências polacas, os líderes europeus chegaram a acordo sobre o reforço jurídico e político da chamada "cláusula de Ionaninna", um mecanismo que permite, em certas circunstâncias, a suspensão de uma decisão comunitária mesmo que aprovada por uma maioria suficiente de Estados-membros.

A Cimeira de Lisboa concordou ainda com a criação de mais três lugares permanentes de advogados gerais do Tribunal de Justiça Europeu, adicionais aos cinco já existentes, e com a atribuição automática de um deles à Polónia.
Em relação à Itália, os dirigentes da UE apoiaram a proposta da presidência portuguesa para a atribuição de mais um lugar de eurodeputado à Itália - que passa de 72 para 73 - o que permite ao país manter a paridade com o Reino Unido, embora não com a França.

No entanto, segundo fontes comunitárias, esta proposta tem de ser confirmada em Dezembro pelo próprio Parlamento Europeu.

O Tratado europeu de Lisboa será assinado formalmente até ao fim do ano, na capital portuguesa.
A Conselho Europeu de Lisboa de líderes da UE termina hoje, sexta-feira, ao fim da manhã.
Acrecente-se ainda que Os líderes da UE, presentes na Cimeira de Lisboa, festejaram o acordo sobre o novo Tratado europeu com champanhe Caves da Murganheira, de 1985.

Lusa
Aí! Ai, Tarouca, quanto vales!!!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Sobre a modernização do mercado de trabalho e a "flexigurança"

“Acordo histórico” entre patrões e sindicatos da Europa.

Representantes das confederações patronais e sindicais da Europa chegaram a acordo em torno da modernização do mercado de trabalho e dos princípios da "flexigurança", anunciou o presidente em exercício da União Europeia (UE), José Sócrates.

Na sequência deste "acordo histórico", a presidência portuguesa da UE está agora em condições para apresentar em Dezembro uma proposta sobre esta matéria, disse José Sócrates em conferência de imprensa, tendo ao seu lado o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

"Demos hoje um passo extremamente significativo para aplicação da Estratégia de Lisboa. O acordo representa um sinal da vitalidade do diálogo social como parte integrante do modelo social europeu", declarou.

O primeiro-ministro português frisou que a aplicação em concreto dos princípios da flexigurança "dependerá das opções políticas de cada país".

Quer saber o que é "Flexigurança"???
Leia aqui. Informe-se!
http://resistir.info/e_rosa/flexiseguranca.html

Por que acredito no Ressuscitado?

Quando sinto
ou pressinto que o Amor não é amado
e ergo a minha VOZ
é porque acredito no Ressuscitado.

Quando o direito à vida é ameaçado,
violado
de qualquer jeito beliscado,
e ergo a minha voz
é porque acredito no Ressuscitado.

Quando um jovem é maltratado,
um velho asilado
ou vejo um casal de costas voltado,
e ergo a minha voz
é porque acredito no Ressuscitado.

Quando leio o jornal
que atribui todas as honras ao Mal
desconhecendo o Bem, eterno e ignorado,
e ergo a minha voz
é porque acredito no Ressuscitado.

Quando vejo a guerra
enchendo a terra
de fogo pelo homem ateado
e ergo a minha voz
é porque acredito no Ressuscitado.

Quando, sem razão
falta a cada família o pão
revolto-me como baptizado
e ergo a minha voz
é porque acredito no Ressuscitado.

Quando alguém m'estende a mão
("Dê-me só um tostão!...")
p'ra comer, sinto-me envergonhado
e ergo a minha voz
é porque acredito no Ressuscitado.

Quando o silêncio da indiferença
s'alia à desesp'rança
criando um homem alienado
e ergo a minha voz
é porque acredito no Ressuscitado.

É esta a minha fé
em Cristo ressuscitado,
o Filho de Deus humanado.
Carlos Aguiar Gomes

10 Mandamentos para os pobres que não queiram continuar a sê-lo

1º - Não deixes para amanhã o que tiveres de fazer hoje.
2º - Não gastes dinheiro antes de o ganhar.
3º - Não compres nada de que não precises, com o pretexto de que é barato.
4º - Nunca te lamentes por teres comido moderadamente.
5º - O trabalho executado com alegria não cansa.
6º - Não mandes fazer a outrem aquilo que tu podes fazer.
7º - O orgulho e a vaidade custam-nos mais caro do que a fome e a sede.
8º - Começa as tuas coisas pelo princípio.
9º - Afasta de ti cuidados e penas que sejam mais imaginosas que reais.
10º - Quando estiveres descontente, conta até dez, antes de falar, e, quando estiveres irado, conta até 20.
Thomas Jefferson

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

QUAIS SÃO AS OBRAS DE MISERICÓRDIA?

Neste Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, é oportuno lembrar as Obras de Misericórdia.

As Obras de Misericórdia espirituais são:
1. Ensinar o que não sabe.
2. Dar bons conselhos ao que necessita.
3. Corrigir o que erra.
4. Perdoar as injúrias.
5. Consolar o triste.
6. Sofrer com paciência as adversidades e fraquezas do próximo.
7. Rogar a Deus pelos vivos e pelos mortos.

As Obras de Misericórdia corporais são:
1. Visitar o enfermo.
2. Dar de comer ao faminto.
3. Dar de beber ao sedento.
4. Socorrer o cativo.
5. Vestir o desnudo.
6. Dar abrigo ao peregrino.
7. Enterrar os mortos.

As Irmãs vão partir

As Irmãs "Colaboradoras Paroquiais" vão partir. É ponto assente.
Vieram para aqui há perto de 20 anos, no tempo do P.e Duarte, partem agora.
A ausência de vocações, o envelhecimento dos seus membros, as necessidades de acorrer a pontos sensíveis de intervenção, levam muitas congregações e institutos a fechar várias casas onde haviam permanecido durante imenso tempo.
Tanto a autoridade diocesana como eu tentámos tudo para que permanecessem. Não foi possível. Paciência. A vida continua.
Obrigado, Irmãs, pelo vosso trabalho, pela vossa presença, pelo vosso testemunho, pela vossa fé.
Tudo de bom para vocês e vosso instituto. Que o Deus do amor e da paz vos entusiasme sempre a viver servindo e a servir para viver.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Os falsos pedintes

Muitas vezes bateu à porta. Tecia um rosário estudado de misérias e aflições. O traje condizia com a lengalenga de sofrimentos que desfilava. Confesso que, a princípio, entrei no jogo e fui calaborando.
Alguém me alertou para a "falsa pedinte". Não me convenci logo e procurei outras informações, as que julguei de fonte fidedigna. Todos os consultados alinharam pelo mesmo diapasão: "Não precisa. É mania. Tem bastantes recursos."
Apareceu há pouco tempo, mostrando um papel. Disse-lhe que não lhe dava nada e que ela sabia por que razão. Compreendeu. Rapidamente desapareceu.

Aparecem muitos grupos a solicitar ajuda para as mais diversas causas, sobretudo relacionadas com a cura de toxicodependentes.
Certa vez, na escola - então era permitido a entrada desses grupos na escola para fazerem os seus peditórios desde que devidamente autorizados pelo órgão de gestão -, dois rapazes exibiram uns papéis e começaram a pedir a professores e funcionários no intervalo. A campainha tocara e os docentes foram para as aulas. Sala vazia e os dois moços por lá foram ficando à espera do próximo intervalo para continuarem o peditório. Como tinha furo, saí para o corredor contíguo e pus-me a ler vários comunicados afixados no placard.
Foi então que ouvi o que não esperava. Que já se tinham governado, que a colheita fora boa, que para aqueles dias já dava...
Foi há bastantes anos. Não recordo pormenores, mas não esqueço a mensagem. Daí para cá tenho muita dificuldade em acolher e colaborar com este tipo de grupos. Fico sempre com alguns problemas interiores, mas a resposta que espontaneamente me ocorre é "não".
Ah! Desde há vários anos, peditórios deste género são proibidos nas escolas. E aqui penso que quem decidiu, decidiu bem.

Uma causa e prioridade nacional

17 de Outubro: Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

A Rede Europeia Anti-Pobreza / Portugal (REAPN) aponta a pobreza como “uma enorme injustiça social e a sua não erradicação é uma clara violação dos mais básicos direitos humanos”. A situação de pessoas expostas a situações de pobrezanão é nem ética, nem politicamente aceitável”.

78 milhões de pessoas, na União Europeia vivem em risco de pobreza. Em Portugal, segundo dados do Eurostat, no ano de 2005, a taxa de pobreza atingia 20% da população portuguesa - 1 em cada 5 portugueses. Entre as populações mais vulneráveis encontram-se a população infantil e idosa. Números que encerram “dramas pessoais e familiares”, reveladores do muito por fazer para a concretização do objectivo de erradicar a pobreza.


A REAPN aponta a necessidade de transformar a luta contra a pobreza “numa causa e prioridade nacional”. Uma campanha de sensibilização da opinião pública, deveria ser desenvolvida “envolvendo todos, particularmente aqueles que directamente experienciam situações de pobreza e exclusão social”.

Chamando a atenção para “planos, medidas e políticas que não se tem demonstrado suficientemente capazes de fazer face aos fenómenos de pobreza em Portugal”, a REAPN pede a definição “verdadeira” do Programa Nacional de Combate à Pobreza, com a “obrigatória participação da sociedade civil”.

A REAPN pede que a Assembleia da República se transforme num órgão “mais activo e desenvolva uma particular atenção em relação à luta contra a pobreza”. Para isso afirma, que este órgão de soberania deveria “promover anualmente um grande debate sobre este tema”.

O direito à alimentação

No Dia Mundial da Alimentação, dedicado este ano ao tema "O direito à alimentação", Bento XVI afirma que "é necessária uma consciência de solidariedade que considere a alimentação como um direito universal, sem distinções nem discriminações".

Bento XVI liga o drama da fome ao respeito pelos Direitos Humanos, frisando que os dados disponíveis mostram que a falta de alimentos não está ligada apenas a causas naturais, "mas sobretudo a comportamentos humanos e a uma deterioração geral de tipo social, económica e humana".

O Papa faz uma referência especial à situação das crianças, "primeiras vítimas desta tragédia que sofrem pela falta de desenvolvimento físico e psíquico".

Olhando para o Concelho de Tarouca, que lhe parece?

Na última sondagem colocada neste blog, perguntava-se aos visitantes isto:
Olhando para o Concelho de Tarouca, que lhe parece?

1. Já não há grandes melhoramentos a realizar. - 0%
2. O essencial está feito. -
10%
3. É preciso captar investimento para desenvolver o Concelho. - 47%

4. Nota-se a ausência de grandes projectos que abram o concelho ao futuro. - 31%
5. As pessoas têm pouca iniciativa. - 10%

As pessoas disseram, está dito.
Não quero, contudo, neste bloguezinho, deixar de manifestar a minha opinião. Pese embora a verdade existente na opinião dominante nesta sondagem, julgava sinceramente que o último ítem iria ter mais peso. Penso que quem mais deve apostar numa terra são os habitantes dessa mesma terra. Se não começarmos, dificilmente alguém o fará por nós.
Apostar nas nossas competências, nos nossos intelectuais, nos nossos técnicos, nas nossas empresas, na nossa INICIATIVA, no nosso trabalho, na nossa cultura, nos nossos trabalhadores, nos nossos valores. Já diz o provérbio: "quem não arrisca, não petisca."
Parece-me que existe um claro déficit de iniciativa. Se as pessoas se juntassem mais, se desenvolvessem uma colaboração activa, muitas iniciativas poderiam ser levadas a efeito. Se houvesse projectos válidos e bem estruturados, capazes de captar as pequenas poupanças, quanto não poderia ser feito por esta terra!?? Felizmente, temos gente capaz de "tocar para a frente" este tipo de projectos. Assim queiram.

Jovens, noivos, casais ... é para vós, com amizade

Lembras-te, amor? No alvor do casamento,
Baixou sobre nós dois a luz dos céus.
Nossos olhos beijaram-se um momento;
E fizemos, então, o juramento:
- "Só um do outro, e os dois de DEUS!»

Lutei para cumprir o prometido.
Meu corpo e a minha alma são só teus.
Quando a voz das paixões me traz vencido,
A voz do amor segreda-me ao ouvido:
- "Só um do outro, e os dois de DEUS!"

À minha volta soa, noite e dia,
A risada escarninha dos ateus...
Cravam-me os estiletes da ironia;
Eu calo e rezo a minha litania:
- "Só um do outro, e os dois de DEUS!"

Cerca-me a tentação, velha serpente,
Escondem-me o horizonte negros véus.
Que importa, meu amor? Teimosamente
Hei-de gritar à vida, frente a frente:
- "Só um do outro, e os dois de DEUS!"

E amanhã, quando a morte, de mansinho,
Vier pedir ao mundo o nosso adeus,
Hão-de os anjos cantar devagarinho:
"Terão na eternidade um só caminho;
Pois são só um do outro, e os dois de DEUS!"

Miguel Trigueiros
Perante a decadência dos costumes, a inconsciência dos contratos, a permissividade e lassidão de atitudes e a mentira e falsidade dos gestos... Jovens, Noivos, Casais, vivei este compromisso de vida a dois.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O dinheiro grunhiu: "Mãe, chamam-me de nomes"!

Diversos nomes do dinheiro:

Para os parlamentares – subsídio
Para os soberanos - lista civil.
Para os médicos - honorários.
Para os juizes – emolumentos
Para os empregados – ordenado.
Para os accionistas – dividendos.
Para os intermediários – comissão.
Para as viúvas – pensão.
Para os padres - estipêndio.
Para os segurados - prémio.
Para os oficiais - soldo.
Para os soldados - pré.
Para os actores - cachet.
Para os autores – direitos.
Para os prestamistas - juros.
Para os funcionários – subvenção.
Para os jornaleiros - salário.
Para os operários - féria.
Para o queixoso - indemnização.
Para os legatários - legado.
Para os herdeiros - herança.
Para as noivas - dote.
Para os que recebem às ocultas – luvas.

Em calão, os nomes do dinheiro são muitos: massa, queijada, carcanhóis, fatia, estilha, palmetas, e lençóis (referidos às notas), aquilo com que se compram os melões, bago, baguinho, milho, maçaroca, teca, pilim, pé de meia, etc.

Estar teso, sem um chavo, sem cheta, depenado, de algibeiras viradas, etc., significa não ter dinheiro.
Estar cheio dele, bem, na alta, etc., significa ter dinheiro.


In Ecos da Matriz

Hoje é dia de Santa Teresa

«Nada te turbe, nada te espante, tudo passa, Deus não muda, a paciência tudo alcança; quem a Deus tem nada falta: só Deus basta».

domingo, 14 de outubro de 2007

As dificuldades económicas das paróquias

Normalmente quando se referem problemas económicos de alguma Igreja Local, as pessoas associam-nos a instituições de âmbito diocesano, como os Seminários, ou a uma ou outra iniciativa/obra do mesmo âmbito. É claro que aqui há muita verdade. Estas instituições são indispensáveis e há iniciativas/obras que se impõem, tendo em conta o bem de toda a diocese.

Só que não podemos esquecer as muitas dificuldades económicas por que passam bastantes paróquias, células vivas da diocese.

Pensemos que muitas das comunidades paroquiais do Interior estão despovoadas; que as maiores fortunas e os endinheirados não estão pelo Interior (admito que possa haver raras excepções!); que, como se sente e se ouve insistentemente, o povo "está descapitalizado"; que uma vaga de individualismo grassante vai marcando a sociedade, retirando espaço à solidariedade, à partilha e ao sentido de bem comum....

Podemos imaginar as enormes dores de cabeça de párocos e conselhos económicos quando têm que enfrentar problemas como as despesas correntes; a animação da vida litúrgica, pastoral e caritativa da comunidade; o restauro, conservação e melhoramento de imóveis; o lançamente de estruturas indispensáveis ao bem da comunidade, etc.
O caso é ainda mais relevante quando se trata de paróquias com várias e dispersas povoações, pois esses povos têm os seus centros de culto e estruturas que exigem também muitos investimentos. Até porque, nestas circunstâncias, a consciência de paróquia-comunidade é bem mais difusa.

As dificuldades económicas das paróquias, normalmente, não saltam para o público, não se fala muito delas, mas são reais e vão consumindo vidas, imoladas no altar da dedicação silenciosa. Oh! Se as pedras de muitas casas paroquiais falassem!...

Uma boa semana para todos, alimentados pela "esperança que não engana".
Façam o favor de ser felizes.

Obrigado, senhor Cardeal Bertone!

Falar claro deve ser sempre uma preocupação de todos na Igreja. O exemplo do mestre não deixa dúvidas. Veja-se o recurso sistemático à parábola para que as pessoas O entendessem.
O Secretário de Estado do Vaticano foi muito claro em Fátima. A sua homilia na solene Eucaristia do dia 13 deu muito que falar na comunicação social. Pôs o dedo na ferida, não fugiu às questões, iluminou evangelicamente a vida.
Denunciou uma certa tendência laicista para calar a voz e a vida da fé. Convidou os cristão a rebelar-se perante o facto. Ousado!
Sitou o fenómeno de Fátima com clareza, alertando para o ESSENCIAL da mensagem. Correcto!

Penso que a Igreja deste país estava a precisar desta "lição". Leigos, padres e Bispos precisamos todos de perder o medo, de falar claro, de irmos ao essencial.
Obrigado, senhor Cardeal.

Que país é este?

Vale a pena ler este artigo do Correio da Manhã.
Aqui fica o endereço:
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=261498&idselect=9&idCanal=9&p=200

Fala-nos de um Portugal que nós já conhecemos. Um litoral superpovoado e de um interior abandonado.
  • 128 freguesias, das 4259 existentes em Portugal, têm menos de 150 eleitores. Cinquenta destas possuem menos de cem eleitores.
  • 56 é o número de concelhos desertificados e com forte tendência de exclusão. Representam cerca de 4,9 por cento da população portuguesa.
  • 20 por cento é a percentagem do território do Continente definido pelo Instituto de Segurança Social como estando envelhecido e desertificado.

Repare só neste testemunho de uma jovem que nasceu numa dessas aldeias isoladas:

"VOU TER DE SAIR DAQUI" (Ana Fruela, 19 anos)

“Foi nesta aldeia que nasci e cresci, mas tenho a noção de que vou ter de sair daqui para ser feliz. Além da minha família não há mais nada que me prenda aqui. Infelizmente, esta aldeia vai acabar por falta de tudo.”

Trata-se de um exemplo paradigmático dos milhares de pessoas que persistem em dar vida a aldeias do Interior do País onde falta quase tudo. Não admira que muitas tenham sido votadas ao abandono, por falta de condições sociais e económicas, mas, sobretudo, de gente. Nestes povoados, muitos sem água canalizada nem rede de esgotos, as estradas não passam de caminhos alcatroados, estreitos e sinuosos, onde os poucos automóveis que ali circulam têm de parar quando se cruzam.
Não têm onde comprar os alimentos que a terra não lhes dá. Não existe farmácia nem cafés onde se possam encontrar, muito menos lojas para comprar roupas. Farmácia ou multibanco são uma miragem.
Duas vezes por semana recebem a visita do padeiro, do peixeiro e do merceeiro ambulante. São eles que lhes trazem novidades do resto do Mundo, alterando a rotina diária de trabalhar duro no campo e tratar dos animais que são o ganha-pão.

Estão longe de tudo: do médico, do padre, dos grandes centros de decisão. “Vivemos à parte do Mundo”. “Vivemos à rasca, longe de tudo e quase sem nada. Não passamos fome porque temos terras. Se não fosse isso, não sei o que seria de nós.”

Até quando vamos manter uma faixa litoral intensamente povoada, com todo o cortejo de inconvenientes que daí decorre, enquanto o resto do território vai ficando às moscas? Quando é que os governos e a sociedade vão tomar consciência disto? Quando é que os responsáveis civis, políticos, empresariais e religiosos do interior vão perder o medo e começar a rebelar-se?

O Interior também é Portugal! Aqui até podemos ter melhor qualidade de vida. Basta que se lembrem e nos lembremos que que também somos PORTUGAL!

Obras megalómanas no litoral, veja-se o TGV e o aeroporto. O indispensável continua à espera no interior. Assim não.

sábado, 13 de outubro de 2007

28º domingo do tempo comum

Naquele tempo, indo Jesus a caminho de Jerusalém, passava entre a Samaria e a Galileia. Ao entrar numa povoação, vieram ao seu encontro dez leprosos. Conservando-se a distância, disseram em alta voz:
«Jesus, Mestre, tem compaixão de nós».
Ao vê-los, Jesus disse-lhes:
«Ide mostrar-vos aos sacerdotes».
E sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra. Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto por terra aos pés de Jesus para Lhe agradecer. Era um samaritano. Jesus, tomando a palavra, disse:
«Não foram dez que ficaram curados? Onde estão os outros nove? Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?»
E disse ao homem:
«Levanta-te e segue o teu caminho;a tua fé te salvou».
(Lc 17,11-19)

«Muito obrigado(a)», é uma expressão em vias de extinção, duas palavras juntas quase banidas e em desuso, na linguagem útil e rápida do nosso tempo. Parece mais fácil aos homens de hoje dobrar a língua para pedir, do que dobrar o joelho, para agradecer. É-nos mais fácil estender as mãos para pedir e pagar, do que abri-las para dar ou agradecer. O nosso coração terá perdido a memória e, por consequência, a virtude da gratidão. Deste modo, sem capacidade para receber, de coração agradecido, o homem parece incapacitado para dar, de coração generoso. Dar e receber são verbos conjugados no coração. E quando não funciona bem a artéria da gratidão no receber, pior vai a da gratuidade no dar e fazer.

Caminhada contra o Cancro da Mama em Tarouca!!!

Veja as fotos em http://blogmiradouro.blogs.sapo.pt/

CRIANÇAS NA MISSA DO LAR

Hoje as crianças do 3º ano de catequese participaram com as suas catequistas na Missa no Lar da Santa Casa da Misericórdia.
Sempre que um grupo da catequese participa naquela Eucaristia, os idosos ficam felizes.
Aqueles rostos e sorrisos novitos, os cânticos, o beijinho na altura da Paz deixam sempre os velhinhos contentes. E pedem que os pequenitos voltem mais vezes.
Se todos compreendessem como faz bem ao idoso, mormente ao internado, o contacto com as crianças, certamente não seria só a catequese a levar lá os miúdos...
Como sempre, também os de hoje se portaram à altura. Cantaram como gente grande, portaram-se como deve ser e sorriram sempre, inundando aquele espaço de inocência primaveril.
E se a Primavera é linda, o Outono também tem os seus encantos.

Secretário de Estado do Vaticano apela à "rebelião" face aos "senhores deste tempo"

O Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, apelou hoje à "rebelião" dos cristãos face aos "senhores destes tempos" que exigem o seu silêncio "invocando imperativos de uma sociedade aberta".

Na homilia da principal eucaristia da peregrinação ao Santuário que assinala o encerramento dos 90 anos das Aparições, o Cardeal Bertone afirmou que essa rebelião se justifica "face aos pretensos senhores destes tempos (acham-se no mundo da cultura e da arte, da economia e da política, da ciência e da informação) que exigem e estão prontos a comprar, se não mesmo a impor, o silêncio dos cristãos invocando imperativos de uma sociedade aberta".

E também, perante os que, "em nome de uma sociedade tolerante e respeitosa, impõem como único valor comum a negação de todo e qualquer valor real e permanentemente válido".

"Face a tais pretensões, o mínimo que podemos fazer é rebelar-nos com a mesma audácia dos Apóstolos perante idêntica pretensão dos senhores daquele tempo: 'Não podemos calar o que vimos e ouvimos'", disse o Secretário de Estado do Vaticano, perante milhares de peregrinos hoje presentes no Santuário de Fátima.

Na sua homilia, o Cardeal Tarcisio Bertone alertou para o facto de, nos tempos de hoje, muitos imaginarem "que a vitória depende essencialmente do talento, da habilidade, do valor dos que escrevem nos jornais, dos que falam nas reuniões, dos que têm um papel mais visível e que seria suficiente animar e aplaudir estes chefes como se anima e aplaude os jogadores no estádio".

"Não existe erro mais temível e desastroso!", disse o "número dois" do Vaticano, acrescentando que "se os soldados algum dia chegassem a pensar que a vitória já não dependia deles, mas somente do Estado-Maior, esse exército marcharia de desastre em desastre".

Assim, é fundamental, "para evitar tal desastre no que se refere ao renascimento do homem para uma sociedade nova", o esforço, "até o mais insignificante, dos servos mais humildes, dos servos de um só talento".

JLG.
Lusa/Fim

Enviado do Papa pede empenho público dos crentes a partir da mensagem de Fátima

O Secretário de Estado do Vaticano defendeu hoje em Fátima a necessidade de um compromisso público dos católicos. O Cardeal Bertone referiu que "sem negar o valor dos sacrifícios e penitências voluntárias, sabei que a penitência de Fátima é a aceitação submissa da vontade de Deus a nosso respeito, que se traduz nos nossos deveres".
O enviado especial de Bento XVI para presidir à peregrinação de Outubro disse que "seria insensato continuar indefinidamente a pedir sinais", frisando que a mensagem de Fátima passa pela "conversão, emenda de vida, deixar de pecar, reparar a Deus ofendido no irmão".
"Fátima não são os sinais, ou pelo menos são secundários: passam para deixar lugar ao que significam, isto é, à vida nova de ressuscitados", prosseguiu.

D. Tarcisio Bertone defendeu mesmo que "aqui, Nossa Senhora não pediu para ser admirada, invocada, venerada... Quis gente «entregue», pediu que os corações dos indivíduos, das nações e da humanidade inteira lhe fossem «Consagrados»".
In ecclesia