terça-feira, 23 de outubro de 2007

Cientista testa pílula para alongar vida humana em 12 anos

O cientista britânico John Speakman está a testar em ratos uma pílula para prolongar a vida que, se for efectiva em humanos, poderia aumentar a longevidade em cerca de 12 anos, segundo explicou à agência Efe o pesquisador.

A pastilha tem entre seus componentes básicos a tiroxina, um hormónio antioxidante capaz de activar a proteína UCP2, que, por sua vez, reduz a produção no organismo de radicais livres, que são os grupos de átomos que ajudam na degeneração das células do corpo e que, portanto, aceleram o envelhecimento.

Assim poderia resumir-se esquematicamente o complexo funcionamento deste remédio revolucionário que, se funcionar, permitiria às pessoas não só viver mais tempo, mas alongar sua vida profissional e ter uma melhor qualidade de vida, segundo afirma o professor de Zoologia da Universidade de Aberdeen (Reino Unido).

Há dois anos a equipe de Speakman comprovou que a vida das moscas da fruta aumentava entre 10% e 15% quando se acrescentava um gene que produzia a proteína UCP2.

Agora os cientistas estão testando em ratos a efectividade desta pílula, que, embora não seja o ansiado elixir da eterna juventude, permitiria alcançar uma das metas que o homem vem perseguindo nos últimos 5.000 anos.

"Actualmente estamos a pesquisar quais são os níveis adequados de tiroxina que devem ser administrados nos animais para que a pílula tenha efeito e não cause complicações adversas, já que um excesso de tiroxina pode ter efeitos secundários. A dose é primordial", advertiu Speakman.

No entanto, no caso de a experiência funcionar nos ratos, ainda seria preciso esperar cerca de 20 anos para que a pílula, que seria de consumo diário, chegasse a ser comercializada, pois teria que passar por testes em humanos e por vários ensaios clínicos.

O cientista britânico acredita que esta pílula teria que começar ser tomada a partir dos 40 ou 50 anos, que é quando se começam a sofrer complicações de saúde e a notar os efeitos do envelhecimento.

Mas até que não se ache a fórmula científica que permita aumentar a esperança de vida, a humanidade deve tentar por seus próprios meios atrasar o inevitável processo de envelhecimento, levando um estilo de vida saudável, o que significa não fumar, não beber álcool em excesso e não ingerir comida gordurosa.

Speakman considera que o objectivo de atrasar o envelhecimento não deve ser só alongar a vida para aumentar o período de inactividade ou aposentação, mas garantir uma vida saudável que permita às pessoas com idade avançada sentirem-se úteis na sociedade, prolongando "seu período activo".

Ao longo dos últimos 150 anos a esperança de vida aumentou extraordinariamente nos países mais avançados, até ao ponto de, em alguns Estados ocidentais, a longevidade média de seus cidadãos rondar os 80 anos.

O especialista acredita que a esperança de vida está a chegar ao seu limite biológico e que daqui até ao final do século ainda aumentará, embora de forma muito mais moderada, até alcançar os 90 anos de média de vida.

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