segunda-feira, 30 de junho de 2008

EXCELENTE!

Uma questão de coerência
Os portugueses produzem pouco para o que gastam (muito). Os filhos dos portugueses estudam pouco para os resultados escolares que têm (excelentes). Suponho que há nisto uma espécie de coerência social.

A notícia de hoje de que os professores mais exigentes vão ser afastados do processo de correcção dos exames nada tem de extraordinário. Depois dos exames das últimas semanas, da publicação dos critérios de correcção (sugiro que procurem os critérios relativos aos exames de Português; qualquer receio face ao Acordo Ortográfico fica logo relativizado, que a ameaça à língua é bem mais séria), já vale tudo. O ministério da Deseducação perdeu toda a vergonha e assumiu finalmente que o objectivo é passar gente sem saber ler nem escrever. Criar uma geração igualitária na mediocridade, devidamente nivelada pelo pior, em que o melhor aluno é a verdadeira aberração a abater, e o mau aluno a finalidade de todo o sistema.

A liderança dos leigos

domingo, 29 de junho de 2008

A comunidade cristã celebra o seu Padroeiro

A comunidade paroquial celebrou hoje São Pedro, seu Padreiro.
A Pedro foi confiado por Cristo o serviço da unidade. "Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu..."
Uma comunidade sob padroado petrino só pode ser isto: uma comunidade onde a união entre pessoas e povos seja uma dinâmica constante. Os interesses individualistas e dos povos nunca podem-sem sobrepor-se aos interesses da comunidade. A Comunidade acima de tudo.
À tarde, após a Eucaristia, seguiu-se a procissão. Prediu à Eucaristia a Doutor João António que a todos encantou pela profundidade e clareza com que comunicou a Palavra.
Além de nos introduzir na dinâmica do Ano Paulino, confrontou-nos com o testemunho de Fé de pedro e de Paulo à luz das exigências do nosso tempo.
Obrigado, caro Amigo!

sábado, 28 de junho de 2008

29 de Junho: Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo

Naquele tempo,Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e fez aos discípulos esta pergunta:
«Quem dizem as pessoas que é o Filho do Homem?»
Eles responderam:
«Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou um dos profetas».
Jesus replicou-lhes:
«E quem dizeis vós que Eu sou?»
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse-Lhe:
«Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo!».
Jesus respondeu-lhe:
«És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim Meu Pai que está nos Céus. E Eu também te digo a ti: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja, e as forças do Inferno não levarão a melhor contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra ficará ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra ficará desligado nos Céus».
Mateus 16,13-19

Paulo: vivia a vida como uma “corrida” tendo como meta “estar para sempre com o Senhor”. E, por isso, quanto mais andava, quanto mais caminhava, de etapa em etapa, de terra em terra, de viagem em viagem, de tribulação em tribulação, quanto mais os seus anos de vida se aproximavam do fim, mais São Paulo se sentia perto de Jesus! Jesus não era, para o grande Apóstolo, alguém que ficava para trás da sua vida ou que estivesse para trás da história, como se fora uma figura célebre do passado! Paulo foi mesmo acusado às autoridades romanas, por andar a anunciar um tal “Cristo, que morreu, e que ele (Paulo) afirma estar vivo” (Act.25,19). Para São Paulo, viver é Cristo (Fil.1,21)! Mas Jesus não era tão só e apenas o seu presente! Era sobretudo a sua meta, o seu fim, o seu futuro. Cristo nunca ficava para trás, estava sempre à sua frente e Paulo corria ao seu encontro, esperando com amor a sua vinda, até chegar o dia de receber “a coroa de justiça” (II Tim.4,8).

Pedro: "Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo!" Como se Pedro dissesse: Tu não és apenas um Profeta! És a Palavra de Deus, em pessoa. Tu não és apenas um Mestre. És a Sabedoria eterna do Pai. Tu não és apenas um homem importante. És o Filho de Deus vivo! Tu não és sequer um «revolucionário». Tu és o Salvador do Mundo. Tu podes salvar-nos, porque és Deus, porque és Amor. Tu podes salvar-nos, porque Te fizestes um de nós…
Depois desta resposta, Pedro é declarado por Jesus, como um homem feliz, precisamente por causa da sua fé. A sua fé não é obra da sua rara inteligência, mas fruto do seu grande amor a Jesus. A sua fé não é conquista individual, mas fruto da sua vivência com Jesus e da sua convivência com o grupo dos amigos de Jesus! Não se chega a fé, à própria custa. Não se chega à fé sozinho. Chega-se sempre a Jesus, pela graça de Deus, chega-se sempre à fé em Jesus, por meio dos outros, por meio do grupo, por meio da Igreja!

Inicia-se hoje o ano Paulino, 28 de Junho de 2008


Por ocasião das celebrações do bimilenário do nascimento do Apóstolo Paulo, de 28 de junho de 2008 a 29 de junho de 2009 é promulgado o ANO PAULINO.
APRESENTAÇÃO
DOS SÍMBOLOS PAULINOS:
• Primeiro, as datas de início e conclusão do ano Paulino, desde hoje e até ao dia 29 de Junho do próximo ano, para comemorar os dois mil anos do nascimento de São Paulo, quando este era ainda Saulo, de Tarso, judeu exemplar, fariseu convicto e exímio perseguidor de cristãos.
• Logo depois, a Cruz da qual disse São Paulo: «Quanto a mim, de nada me quero gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo». Paulo abraçou com todo o amor a Cruz de Cristo, nas suas tribulações, calúnias, sofrimentos, prisão e, por fim, no seu martírio.
• Seguem-se os nove anéis das algemas, que, segundo a tradição, mantiveram São Paulo, preso em Roma. Paulo não hesita em definir-se, várias vezes, como "prisioneiro de Cristo", apoiado na força de Deus, por amor dos pagãos. Ele sente-se também «prisioneiro do Espírito», impelido pelo sopro do Espírito Santo, que o conduz, de cidade em cidade, a anunciar a Boa Nova!
• A espada é, sem dúvida, o grande símbolo de São Paulo. Esta espada é o símbolo do verdadeiro “soldado de Cristo”, do grande combatente e sofredor! Mas a espada, sugere também o vigor penetrante da Palavra de Deus, que é “como uma espada de dois gumes”, é uma palavra cortante, que fere e cura; é uma palavra penetrante, que vai até ao mais íntimo de nós mesmos. A espada é, por fim e sobretudo, o instrumento com que São Paulo foi martirizado em Roma, no tempo da perseguição de Nero, nos anos 64 a 65.
• Não podia faltar, entre os símbolos paulinos, o grande livro, que representa os escritos de São Paulo, as suas treze Cartas, que lemos praticamente, em quase todos os domingos, ao longo do ano, como segunda leitura;
• Por fim, a chama, que exprime a paixão ardente, o fogo da caridade, o calor da ternura paterna e do amor maternal, com que São Paulo formou e gerou, pelo evangelho tantos filhos para a fé. Esta chama manifesta ainda a extrema afectividade e calor humano que Paulo mantém com todos os seus colaboradores e fiéis.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Praga de morcegos

Num grupo de padres, um queixa-se da praga de morcegos que invade a Igreja paroquial da paróquia que serve. Vai dizendo que já experimentou todos os processos e os morcegos não debandam. Resultado: sempre tudo sujo.
Um dos colegas, conhecido pela sua disposição e resposta rápida, desfere:
- Andas aflito? Queres ver-te livre dos morcegos? Crisma-os!

Não é isso que acontece com a esmagadora maioria dos que se crismam? A Confirmação, em vez de ser o assumir de um compromisso sério e apostólico, é uma porta de saída da vida da comunidade... Quem e quantos se vêm depois do Crisma?

Há muito que me insurjo contra a recepção do Crisma aos 14-16 anos. Penso que é a pior idade para a pessoa assumir um compromisso. Então é na altura em que o adolescente está mais fechado sobre si mesmo que queremos que ele se abra a um compromisso com Deus e com a Igreja?
Não seria preferível aguardar pelos 18-20 anos? Até porque cada vez as pessoas amadurecem mais tardiamente... Teríamos menos gente? Certamente. Mas que interessa ter os livros cheios se temos depois igrejas vazias?
A Conferência Episcopal tem aqui um papel decisivo.

Sempre se esmurrou, sempre se há-se esmurrar!

Chega a um novo pároco a determinada paróquia.
Sempre que havia procissões, funerais, etc, as pessoas, no regresso à Igreja, costumavam apagar as velas, atirando-as contra a parede. Estão a ver o estado lastimoso em que se encontravam as pobres paredes!
O novo pároco procura paciente e insistentemente explicar o sem-sentido do gesto, chamando as pessoas ao bom senso. Mas nada consegue. Perante mais uma chamada de atenção, um dos homens levanta a voz e replica:
- Ó senhor abade, aqui sempre se esmurrou e se há-de continuar a esmurrar!

Manter as tradições, por mais anacrónicas que sejam. Para muito, o Deus são as tradiçõeszinhas, o sempre foi assim. Depois os padres que procuram esclarecer, iluminar, fazer caminhar ... "estão a tirar a religião à gente!"

Marca-se uma procissão de velas, aparece uma multidão; comunica-se um curso bíblico, os dedos chegam para contar as presenças.
As pessoas procuram o padre por causa de baptismos, funerais, certidões, festas... Quantos o procuram para se confessar, ter direcção espiritual, pedir formação?

O velho padre

O velho Padre, durante anos, tinha trabalhado fielmente com o povo africano, mas agora estava de volta a Portugal, doente e moribundo, no Hospital de S. José.
De repente ele faz um sinal à enfermeira e chama-a.
- Sim, Padre? - diz a enfermeira.
- Eu queria ver o Primeiro Ministro José Sócrates e o Ministro das Finanças Teixeira dos Santos antes de morrer - sussurrou o Padre.
- Acalme-se, verei o que posso fazer - respondeu a enfermeira.
De imediato, ela entra em contacto com o Palácio de S. Bento e com José Sócrates. E logo recebe a notícia: ambos gostariam muito de visitar o Padre moribundo.
A caminho do Hospital, Sócrates diz a Teixeira dos Santos:
- Eu não sei porque é que o velho padre nos quer ver, mas certamente que isso vai ajudar a melhorar a nossa imagem perante a Igreja, o que é sempre bom. Teixeira dos Santos concordou. Era uma grande oportunidade para eles e até foi enviado um comunicado oficial à imprensa sobre a visita.
Quando chegaram ao quarto, o velho Padre, pegou na mão de Sócrates, com a sua mão direita, e na mão de Teixeira dos Santos, com a sua esquerda. Houve um grande silêncio e notou-se um ar de pureza e serenidade no semblante do Padre.
Sócrates então disse:
- Padre, porque é que fomos nós os escolhidos, entre tantas pessoas, para estar ao seu lado na hora do seu fim ?
O velho Padre, lentamente, disse:
-Sempre, em toda a minha vida, procurei ter como modelo o Nosso Senhor Jesus Cristo.
-Amém - disse Sócrates.
-Amém - disse Teixeira dos Santos.
E o Padre continuou:
-Então, sabem como é que Ele morreu?
Sócrates apressou-se a responder:
- No meio de duas pessoas não recomendáveis...
- Assim quero que me aconteça a mim! - balbuciou o moribundo.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Ahahahahahahah


O Código de Trabalho e a Igreja

«Este Código do Trabalho agride directamente a dignidade e a capacidade de sonhar sobretudo dos mais pobres e dos mais jovens», mas também das pessoas de meia-idade que ficam desempregadas, destacou, sublinhando que também este assunto merece «uma atenção redobrada por parte de quem manda». - D. Manuel Martins

Num quadro novo, o trabalhador deve esforçar-se para estar inserido no mercado de trabalho. “Hoje o mercado é escasso e isso é uma novidade”, indica à Agência ECCLESIA. Perante esta novidade, D. Carlos Azevedo aponta que “há que encontrar uma medida equilibrada mas que tenha viabilidade económica para as empresas, caso contrário, deixa de haver emprego para uns e para outros”. - Carlos Azevedo, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social (http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=61717&seccaoid=3&tipoid=105

Perante a mesma realidade, duas visões.
Sinto-me imensamente mais perto de D. Manuel Martins, pela radicalidade, pela defesa intransigente dos mais frágeis, pelo clamor claro de de justiça social.
D. Carlos Azevedo, que me perdoe, mas na minha humilde opinião, aposta no "déjà vu", no politica e eclesialmente correcto, na tal prudência diplomática da Igreja, no sensaborismo, no "ficar de bem com todos"... nada de friccionar com os grandes interesses instalados.
Senhor D. Carlos, permita-me que lhe diga: "Assim a Igreja não vai lá!" É cada vez menos sal, fermento, luz.

Em educação, o facilitismo economicista e estatístico é o desfiladeiro para um futuro sem saída

- Opinião geral: este ano as provas dos exames - todas - têm sido fáceis.
- Atempadamente a ministra encarregou-se de alertar que a reprovação não traria qualquer benefício ao aluno. -lo suficientemente perto para não cair no esquecimento.
- Os professores sabem que serão avaliados pelo sucesso ou insucesso dos seus alunos.
- Para que uma criança do 1º ciclo fique retida é preciso ouvir o seu encarregado de educação.
- Directa e indirectamente estimulado a partir de cima, há muito se criou um clima de desprestígio do professor.
- O governo tem feito uma campanha em grande através dos computadores para fazer passar a mensagem para a opinião pública de que às escolas não faltam meios para que os alunos tenham sucesso.
- O Governo tem gerido com poupa e circunstância o programa "Novas Oportunidades", mesmo que se saiba, a começar por muitos que o frequentam, que tal programa não passa de um meio para a estatística.
- Aulas de substituição. Dá-se como um dado adquirido e como uma estratégia que contribuiu para o sucesso. Quando não é verdade. As aulas de substituição são uma violência contínua para professores e alunos e nada resolvem. Mas quem está em cima fecha os olhos e finge que é verdade o que proclama.

Assim se cria a moldura perfeita. Mostram os dados estatísticos e acrescentam que, com menos professores, menos escolas e menos custos, conseguiram aumentar o número de alunos a frequentar as escolas e o sucesso, elevar as competências dos portugueses e diminuir o abandono escolar.
A população, menos ligada à realidade escola, aplaude os êxitos desta política governamental. Por outro lado, muitos pais o que querem é que os seus filhos passem, mesmo que não saibam. Por isso, também aplaudem.

Só que este não é o caminho. Em educação, o facilitismo economicista e estatístico é o desfiladeiro para um futuro sem saída. Vamos todos pagar caro no futuro tanta temeridade. No imediato, pode dar uns votinhos a quem guia o navio pelo mar do facilitismo. No futuro seremos barcos perdidos no meio do mar. Quem acenderá faróis?
Os alunos cada vez saberão menos e estarão menos preparados para a vida. Cada vez se empenharão menos no estudo - nada de traumatizar o menino com o esforço!!! - pois sabem que a política (?) educativa os defende. A escola será cada vez menos um lugar de aprendizagem, de esforço que leva à superação, de formação, de educação para os grandes valores humanos, e será cada vez mais um espaço onde os pais colocam os filhos para que os professores cuidem deles e os entretenham. Onde vamos parar???

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ao encontro do senhor Bispo

Ao celebrar as suas Bodas de Ouro Sacerdotais, o senhor Bispo quis encontrar-se com todos os sacerdotes. Os vários arciprestados deslocaram-se à casa episcopal em dias diferentes. Hoje foi a vez deste arciprestado e todos os sacerdotes marcaram presença. Foi bonito.
O senhor Bispo falou particularmente com cada um dos padres e depois partilhámos todos a refeição que generosamente nos ofereceu. Obrigado, senhor Bispo.
O senhor Vigário-Geral, que nos acolheu simpaticamente, falou connosco e mostrou-nos a casa episcopal, que muitos desconheciam (por dentro, é claro!)
Foi uma experiência interessante de comunhão sacerdotal, vivida na simplicidade, na alegria e na franqueza.
Parabéns, senhor Bispo! Obrigado por este gesto de acolhimento.

ANO PAULINO

O papa Bento XVI proclamou um "Ano Paulino", para celebrar os 2000 anos do nascimento de São Paulo, com início na Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, a 29 de Junho de 2008, e a terminar um ano depois.
Paulo foi uma das figuras que marcou, de forma decisiva, a história do Cristianismo, o Apóstolo que anunciou o Evangelho em todo o mundo antigo, sem nunca vacilar perante as dificuldades, os perigos, a tortura, a prisão ou a morte.

Nasceu na cidade de Tarso, na Silícia, numa família judaica na diáspora, mas com cidadania romana. Paulo converteu-se com a "visão de Damasco" (Act 9,1-19; 22,4-21; 26,9-18) e posteriormente foi chamado a anunciar Cristo. Para isso percorreu muitos milhares de quilómetros, anunciando de cidade em cidade o "Evangelho" da morte e ressurreição de Jesus. Morreu em Roma, no ano 67.

Este Ano será oportunidade para todos conhecermos melhor a doutrina pregada por ele e copiarmos o seu exemplo de levar a Palavra de Deus a todos os que a não conhecem ou não a vivem.

Para ajudar nesse sentido, a Conferência Episcopal Portuguesa publicou uma nota pastoral intitulada "Ano Paulino, uma proposta pastoral", na qual os bispos portugueses assinalam que a Igreja de hoje "tem dificuldade em anunciar Jesus Cristo a uma sociedade cada vez mais secularizada".
"A Igreja hoje corre o risco de limitar o anúncio de Jesus Cristo àqueles que continuam no seu redil, compreendem a sua linguagem e conhecem as suas leis", alerta a conferência Episcopal.
Os Bispos procuram deixar claro que "evangelizar não é uma estratégia e não se reduz a um programa: é uma paixão de amor por Jesus Cristo e pelos nossos irmãos e irmãs".

Para viver este Ano, a Conferência Episcopal publicou um itinerário catequético, de 52 semanas, intitulado "Um ano a caminhar com São Paulo". Apresenta um tema para cada semana do ano e destina-se, além das pessoas individualmente, às famílias, aos grupos paroquiais, à pastoral juvenil e aos Movimentos.
In O Amigo do Povo

A Eucaristia muda o mundo

terça-feira, 24 de junho de 2008

Oito ou oitenta

Somos um povo assim. Tanto estamos com a moral no cume, como baixamos às profundezas do pessimismo. E não é só no futebol. Na vida social, no emprego, na economia, na vida familiar, na vida pessoal... em tudo.
A História diz-nos isso. Nós é que nunca aprendemos com a História.
Chegada à Índia. Comércio das especiarias. Lisboa centro do comércio. Foi um regabofe. Diz um italiano que por aqui passara nessa altura que em Portugal se tinha como grande desonra exercer qualquer ofício. Se não fossem os escravos trazidos de fora, não havia quem os exercesse...
Brasil. Plantação e comércio da cana do açúcar. Outra vez Portugal em alta. Voltou o regabofe.
Descoberta, exploração e comércio do ouro brasileiro. Mais regabofe.
Nos tempos mais próximos. Adesão à Europa. Vagas de subsídios. Mais uma vez o regabofe. Eram Mercedes, casas, férias de gala, tudo...
A Espanha e Irlanda também receberam subsídios europeus. Olhem onde estão esses países e onde nós estamos...
A nossa História diz-nos que este país sempre viveu entre alguns momentos de cume e longos períodos de profundidade pessimista. Nunca soubemos aproveitar as situações para precaver, lançar e planear o futuro. Parece que a nós como povo se aplica bem o provérbio: "Burro ganha, burro gasta"!
Tivemos um império colonial. A França e a Inglaterra também tiveram. Só que nunca soubemos tirar daí os dividendos que os outros países tiraram. Nem para nós nem para os povos colonizados. Saímos de lá de mãos a abanar. Deixámo- los a ferro e fogo.
E pensam que é a actual política educativa sem valores mas com muitos computadores que resolve a questão? Não se iludam!

UE: Portugueses são os europeus menos confiantes em melhorias

Os portugueses são os cidadãos da União Europeia mais pessimistas quanto ao seu futuro próximo, com apenas 15 por cento a acreditarem que a sua vida vai melhorar nos próximos 12 meses, revela um inquérito divulgado hoje pela Comissão Europeia.
O «Eurobarómetro» da Primavera, realizado entre finais de Março e finais de Abril, revela que os portugueses são, entre os 27, os que perspectivam com mais pessimismo o que vai ser a sua situação de vida em termos gerais e a situação do agregado familiar nos próximos 12 meses, apresentando ainda dos valores mais baixos quando convidados a antever a situação de emprego e a situação económica no país.
Os resultados revelam ainda uma acentuada queda da confiança dos portugueses desde a anterior consulta, no Outono de 2007.
Quando questionados sobre as expectativas relativamente à sua situação da vida em termos gerais nos próximos 12 meses, apenas 15 por cento dos portugueses inquiridos disseram acreditar que será melhor, o valor mais baixo da União Europeia, onde a média de respostas optimistas foi de 32 por cento, e muito aquém dos 35 por cento de portugueses que se mostravam confiantes na consulta do Outono do ano passado.

O desemprego é, por outro lado, apontado como a principal preocupação dos portugueses, já que 49 por cento dos inquiridos colocam-no no topo da lista (caso único entre os 27), logo seguido da subida de preços/inflação (42 por cento).
(Diário Digital / Lusa)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

São João Baptista

A relevância do papel de São João Baptista reside no facto de ter sido o "precursor" de Cristo, a voz que clamava no deserto e anunciava a chegada do Messias, insistindo para que os judeus se preparassem, pela penitência, para essa vinda.

Já no Antigo Testamento encontramos passagens que se referem a João Baptista. Ele é anunciado por Malaquias e principalmente por Isaías. Os outros profetas são um prenúncio do Baptista e é com ele que a missão profética atingiu sua plenitude. Ele é assim, um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.

Segundo o Evangelho de Lucas, João, mais tarde chamado o Baptista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parente próxima de Maria, mãe de Jesus. Lucas narra as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento do menino. Isabel, estéril e já idosa, viu sua vontade de ter filhos satisfeita, quando o anjo Gabriel anunciou a Zacarias que a esposa lhe daria um filho, que devia chamar-se João. Depois disso, Maria foi visitar Isabel. "Ora quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu-lhe no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre ! Donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor" (Lc 1:41-43). Todas essas circunstâncias realçam o papel que se atribui a João Baptista como precursor de Cristo.

Ao atingir a maturidade, o Baptista encaminhou-se para o deserto e, nesse ambiente, preparou-se, através da oração e da penitência - que significa mudança de atitude, para cumprir sua missão. Através de uma vida extremamente coerente, não cessava jamais de chamar os homens à conversão, advertindo: " Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo". João Baptista passou a ser conhecido como profeta. Alertava o povo para a proximidade da vinda do Messias e praticava um ritual de purificação corporal por meio de imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida.

A vaidade, o orgulho, ou até mesmo, a soberba, jamais estiveram presentes em São João Baptista e podemos comprová-lo pelos relatos evangélicos. Por sua austeridade e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente, responde: "Eu não sou o Cristo" (Jo 3, 28) e " não sou digno de desatar a correia de sua sandália". (Jo 1,27). Quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, ele apontava em direcção ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo, ao exclamar: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29).

João baptizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por ti e tu vens a mim ?" (Mt 3:14). Mais tarde, João foi preso e degolado por Herodes Antipas, por denunciar a vida imoral do governante. Marcos relata, em seu evangelho (6:14-29), a execução: Salomé, filha de Herodíades, mulher de Herodes, pediu a este, por ordem da mãe, a cabeça do profeta, que lhe foi servida numa bandeja. O corpo de João foi, segundo Marcos, enterrado por seus discípulos.

Para grandes males, grandes remédios

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(Enviado por email)

domingo, 22 de junho de 2008

Jesus diz a cada um: "Ninguém te ama como Eu"


Só a fé e a esperança cristã dão razões para viver

Perderam os dois jovens filhos. A Elisa, acabara o curso de enfermagem e estava a começar a vida profissional quando um violento acidente lhe ceifou a vida. Recordo bem esse dia. Fazia a visita pascal no seu povo quando todos fomos apanhados pelo furacão doloroso da notícia.
O Zé acabara a sua licenciatura e era professor. Uma doença irreversível levou-o para o Pai.
Ambos eram pessoas maravilhosas. O Zé então desenvolveu nesta comunidade cristã uma acção marcante, quer no grupo de jovens quer na catequese. Era um puro de coração, por isso criava amizades facilmente e quem conviveu com ele jamais o esquece.
Não admira, por isso, que o seu funeral fosse um momento de aguda dor colectiva. A comunidade chorou dolorosamente um dos seus filhos queridos.
Seus pais, Sr. José Duarte e D. Carolina, são pessoas e cristãos fantásticos. D. Carolina, além de zeladora da capela do seu povo, é ministra extraordinária da comunhão e integra o grupo de leitores, com a conivência e apoio do seu marido.
D. Carolina diz-me muitas vezes: "Se não fosse a fé, não teríamos resistido a este vendaval de sofrimento". Deixou marcas físicas e psicológicas indeléveis a que só a fé e a esperança cristã dão sentido e razões para viver.
Nos momentos de maior sofrimento pessoal, digo a mim mesmo que aquilo que sofro, comparado com a dor daquele casal, não é nada. São uma lição viva de serenidade, de disponibilidade, de serviço aos outros. Neles sente-se o Evangelho encarnado.

Hoje estivemos juntos na festinha da 1ª Comunhão do Diogo.
O Diogo é uma criança fantástica, como são todas as crianças. Tem um irmão, mais velho, o Bruno e são filhos da D. Bela, leitora na Missa do seu povo, e do Sr. Victor, membro do Conselho Económico.
À semana ia à Eucaristia com a mãe à capela do seu povo. Como não podia comungar, confrangia-se todo quando era mais pequenito. Só houve uma maneira de lhe minorar a insatisfação: dar-lhe uma hóstia depois da Missa. Tomou-lhe gosto e nunca mais prescindiu deste ritual. Hoje dizia-me repetidamente: "Sabes, agora já não fico no banco, vou comungar com os grandes. E já não quero mais a hóstia ao fim..."
Ah! Hoje fez questão que fosse almoçar com ele e com os amigos e familiares. Quando cheguei, estava à minha espera para me dizer que estava feliz com a sua 1ª Comunhão.
Deus te abençoe , te proteja e faça crescer até à plenitude de homem livre. A ti e aos teus 53 coleguitas da 1ª Comunhão.

Estiveram muito bem os meus meninos

As crianças. Sempre a certeza de que Deus não esquece a obra que criou.
54 crianças fizeram a 1ª Comunhão. Para uma paróquia do litoral, este número pouco diz. Mas para uma comunidade do interior é excelente nos dias que correm. São muito poucas as comunidades paroquiais desta diocese que apresentam um número assim.

Estiveram muito bem os meus meninos. Senti que no princípio estavam nervosos, ansiosos. Mas depois ... foram eles mesmos. Leram, cantaram (ricas vozes !), gesticularam, responderam, rezaram lindamente. E também souberam guardar silêncio. À sua maneira.

O momento da Comunhão foi mágico. Que delicadeza! Que postura! Que Encontro, Jesus! Que me dera a mim ter a grandeza oceânica desta simplicidade acolhedora, bela, indizível!

Perguntei-lhes se com as férias da catequese, havia férias para tudo. Responderam em coro bem timbrado que não. Para a oração e para a Eucaristia não havia férias. Pedi aos pais que ouvissem, rasgassem o coração à mensagem, tivessem a grandeza da escura e da mudança.

Hoje foi também a Festa do Sagrado Coração de Jesus, com a consagração dos zeladores.

Senti-me bem celebrando a Fé com uma multidão que enchia o templo e arredores...

Mas... porquê só nestes dias, Senhor?

sábado, 21 de junho de 2008

"Criados para todo o serviço"

Há pessoas que, para manter os tachos ou na tentativa de abrir auto-estradas para o carro da sua desmesurada ambição, se sujeitam a tudo. Diante do chefe, do patrão, do político, do rico, do poderoso comportam-se, no dizer popular, como autênticos "lambe-botas".
Não se apercebem do ridículo com que se cobrem quando, para conquistar as graças do chefinho (seja quem for), o envolvem em elogios e laudatórias muito à maneira do arcaico culto da personalidade dos regimes comunistas.
E quantas vezes pessoas que nada têm de referências éticas e profissionais são elevadas aos píncaros modelares do estar e do agir social!
Por outro lado, gostam de se colar como sarna a quem acham que lhes dá prestígio social, autoridade, abertura de portas futuras (sobretudo porta de cozinha...).
Enfim, gente com o pé sempre maior do que o sapato...

Há pessoas que sobem na vida a pulso, à custa do seu trabalho, dedicação, competência, grandeza humana. Impõem-se por si e são incapazes de se rebolar caninamente no chão para atrair a atenção do dono...
Assim, sim!

Asas da Montanha no jornal "PÚBLICO"

O meu Amigo, Doutor João António, comunicou -me que o pobre comentário "Portugal afastado do Euro-2008" vem reproduzido, hoje, no PÚBLICO.
Obrigado, Amigo, pela amabilidade da comunicação.

12º Domingo do Tempo Comum

As leituras deste domingo põem em relevo a dificuldade em viver como discípulo, dando testemunho do projecto de Deus no mundo. Sugerem que a perseguição está sempre no horizonte do discípulo… Mas garantem também que a solicitude e o amor de Deus não abandonam o discípulo que dá testemunho da salvação.

A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de um profeta do Antigo Testamento – Jeremias. É o paradigma do profeta sofredor, que experimenta a perseguição, a solidão, o abandono por causa da Palavra; no entanto, não deixa de confiar em Deus e de anunciar – com coerência e fidelidade – as propostas de Deus para os homens.

No Evangelho, é o próprio Jesus que, ao enviar os discípulos, os avisa para a inevitabilidade das perseguições e das incompreensões; mas acrescenta: “não temais”. Jesus garante aos seus a presença contínua, a solicitude e o amor de Deus, ao longo de toda a sua caminhada pelo mundo.

Na segunda leitura, Paulo demonstra aos cristãos de Roma como a fidelidade aos projectos de Deus gera vida e como uma vida organizada numa dinâmica de egoísmo e de auto-suficiência gera morte.

O medo – de parecer antiquado, de ficar desenquadrado em relação aos outros, de ser ridicularizado, de ser morto – não pode impedir-nos de dar testemunho. A Palavra libertadora de Jesus não pode ser calada, escondida, escamoteada; mas tem de ser vivamente afirmada com palavras, com gestos, com atitudes provocatórias e questionantes. Viver uma fé “morninha” (instalada, cómoda, que não faz ondas, que não muda nada, que aceita passivamente valores, esquemas, dinâmicas e estruturas desumanizantes), não chega para nos integrar plenamente na comunidade de Jesus.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

"Histórias do Vale Encantado"

A propósito da apresentação de um livro em que os autores são alunos deste Agrupamento de Escolas e outras pessoas adultas, os pequenos presentearam a assistência com uma bela representação, versando a vida dos lusitanos e as lutas com os romanos. Uma ópera em que os actores foram eles. Estiveram cinco estrelas! Parabéns.
Felicito os autores do livro, de todas as idades. Escrever dá saúde!
Lembro ainda que este já não é o primeiro e está já prometido o 4º!

Motorista bêbado dirige um quilómetro com polícia sobre o capô

Um motorista foi detido na região de Khabarovsk, no extremo leste da Rússia, por dirigir bêbado, bater o carro contra um guarda e circular durante um quilómetro com o agente em cima do capô do veículo, informou hoje um porta-voz da Polícia.
A Polícia recebeu ontem à noite um aviso de que um motorista estaria a dirigir bêbado na localidade de Georgievka.
"Várias patrulhas saíram para perseguir o motorista. Ao realizar uma manobra na estrada (que liga Khabarovsk a Vladivostok), o motorista bêbado bateu num agente de trânsito, que estava na beira e caiu sobre o capô do carro", disse o porta-voz.
No entanto, o motorista não fez gesto de parar e dirigiu com o agente em cima do carro durante aproximadamente um quilómetro.
O policia teve que fazer oito disparos de advertência, até que o automobilista parou o veículo, e depois foi detido.
O agente não ficou ferido e apresenta apenas arranhões na mão direita, acrescentou.
In Yahoo

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Não precisamos de boas estatísticas, precisamos de bons alunos

Vale a pena ler. Não custa nada e ajuda a compreender...

"Não precisamos de boas estatísticas, precisamos de bons alunos"
http://www.o-povo.blogspot.com/

Portugal afastado do Euro-2008

Portugal perdeu com a Alemanha por 3 a 2 e viu-se assim afastado do Campeonato Europeu de Futebol.
Claro que cada espectador de bancada ou do ecrã é um treinador e, por isso, as inpertretações para a derrota são mais do que muitas.

Na minha modestíssima opinião, há circunstâncias a ponderar e ilações a tirar.

1. A balbúrdia no tocante a transferências que envolveu toda a preparação e já o decorrer do campeonato. Penso que foi deplorável que o próprio seleccionador tenha anunciado a sua transferência para o Chelsea já no decorrer da competição. É que a partir daí não ganhámos mais nenhum jogo. Simples coincidência?

2. Penso que se instalou no imaginário lusitano a ideia de que a Alemanha estava "no papo." Erro, a Alemanha é a Alemanha. Selecção poderosa física e mentalmente, organizada, estruturada.

3. Deficiente preparação desta partida? Como é possível duplicar o mesmo erro na mesma partida? Dois golos muito parecidos em jogadas de bolas paradas...

4. Há jogadores que pareciam ser "património de Scolari". Por mais asneiras que fizessem ou por menos que jogasssem, tinham lugar nesta equipa. Casos do guardião Ricardo, de Simão ou de Paulo Ferreira à esquerda. Nenhum deles é titular absoluto nos clubes onde jogam, Mas Scolari teimou ... e perdeu.

4. Eu sei que posso ser acusado de clubite. Não é nesse campo que me quero mover. Mas a equipa que ganhou o campeonato por larguíssima margem de pontos tinha apenas um jogar seu (que já não é) como titular na selecção. Elucidativo. Então um Bruno Alves não seria um elemento imprescindível na defesa perante uns alemães altos e fortes fisicamente? Um Quaresma motivado não seria utilíssimo perante uma equipa alemã algo lenta a defender e com alguma dureza de rins?

5. A "ronaldomania" não resultou. Endeusou-se tanto o atleta que não brilhou. Talvez porque a cabeça dele estivesse em Madrid e não nos campos de futebol onde Portugal jogava...

6. Não tem a ver com o jogo, mas deixem-me mais uma vez manifestar a minha total insatisfação com Jesualdo Ferreira. Aquele golo de Postiga é uma obra perfeita de um verdadeiro ponta - de - lança. Jesualdo não soube mesmo motivá-lo (como a outros). Já o perdemos para o Sporting. Certamente Paulo Bento obrigará Jesualdo a reconhecer muita da sua incompetência no tocante à motivação de atletas com enorme potencial, mas que exigem uma intervenção especial.

7. Adeus, Scolari. Obrigado por coisas interssantes que fizeste por Portugal. Que sejas feliz na Inglaterra. Mas penso que será bom que Portugal mude de rumo. Quem se muda Deus ajuda. Esperamos que venha um seleccionador menos polémico e com melhores resultados.

8. Portugal teve no futebol uma ocasião para esquecer por momentos o pesadelo da crise que vivemos. Rapidamente o país vai cair "na real". Talvez, como no Futebol, precisemos de mudar de equipa técnica. Mas aqui é o povo soberano que o vai dizer nas urnas dentro de um ano.

O fundamentalismo cristão

Sempre que posso, gosto de percorrer na internet vários blogues e sites cristãos de diferentes sensibilidades. Entendo que é a diversidade que enriquece a unidade.
Contudo há alguns que deixei de visitar. Para usar uma terminologia formal, refiro-me aos ultraconservadores, raiando o fundamentalismo. Confesso a minha fraqueza, deixavam-me com "os cabelos em pé", experimentando sentimentos menos cristãos. Então, como dizem os jovens, vazei.

Algumas características deste sites e blogues:
- Esvaziamento de tudo o que cheire a justiça social, mandamento novo, pobres...
- Divinização de alguns santos místicos cuja vida e ensinamentos sobrepõem ao Evangelho.
- Silenciamento de santos que se tenham afirmado pelo serviço da caridade.
- Uma religião muito baseada em aparições e visões.
- Proeminência do aspecto sacrificial: penitências, sacrifícios...
- Visão redutora da sexualidade humana, muitas vezes a raiar o jansenismo.
- Aversão ao moderno, como se Deus fosse uma relíquia do passado que interessa conservar.
- Uma dicotomia arrepiante: nós somos os bons cristãos, os outros são os maus cristãos...
- Uma religião em ricochete: Deus ama-me e eu amo a Deus. Não conseguem nunca abrir-se ao "Assim como Eu vos amei, amai-vos vós também uns aos outros."
- a diabolização de padres e freiras que não pensam como eles...

Enfim, valha-nos Deus que é quem pode. Foi uma mentalidade assim, legalista, fechada nas suas certezas, auto-convencida da sua verdade absoluta, incapaz de se abrir ao novo de Deus, que condenou o Filho de Deus à cruz...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Quando um jogo de futebol é mais importante do que a mãe

No bolg http://migalhassaopao.blogspot.com/, vem este impressionante testemunho. Com a devida vénia, quero partilhá-lo com os meus amigos.
Sendo esta uma zona de intenso fluxo migratório, seria bom que os migrantes - e não só - pensassem um bocadinho na atenção, carinho e delicadeza que os pais merecem. É que "filho és, pai serás; conforme fizeres, assim acharás".
O caso narrado no blog referido é muito mais frequente do que se imagina.
Ora leiam.

"Uma vida passada no estrangeiro: como emigrantes. Muito trabalho, poucas férias. Dois filhos. Lá os foram educando conforme o tempo e as possibilidades o permitiam. Chegado o tempo da reforma, o casal volta para a sua terra. Os filhos ficaram no país que os viu nascer e crescer.
Vêm a pensar gozar a reforma o melhor possível. Tinham o direito a isso. No entanto, sempre com uma vida regrada.
Mas... uma doença grave coloca a mulher de cama, donde nunca mais sairá. Um tumor a invade por completo de um momento para o outro. Os filhos são avisados: vêm cá passar uma semana.
A médica diz que a senhora está a necessitar de muito afecto e espera que os filhos lhe tragam o afecto necessário.
Primeira tarde de visita: chegam, dizem "boa tarde" e encostam-se à parede do quarto. Olham constantemente para o relógio. Passado 1/4 de hora dizem que têm de ir embora. "Mas ainda agora chegaram e já se vão embora!?!?", diz o pai. Eles replicaram: "Já te tínhamos dito que iríamos estar pouco tempo: temos de ir ver o jogo de Portugal!"
A noite é toda passada no jardim da casa a beber cerveja... a comemorar. Os vizinhos nem querem acreditar!
Durante os dias de estadia, o pai nunca é convidado para tomar seja que refeição for com eles. Retiraram todo o ouro que a mãe possuía. E lembram o pai de que era preciso dividir o dinheiro.
E lá partiu esta mãe, carente do afecto dos filhos.
E lá partiram eles com os bolsos cheios. Até sempre!"

Herança cristã da Europa

terça-feira, 17 de junho de 2008

A pequenada é uma maravilha!


São 54 este ano. Preparam proximamente a sua 1ª Comunhão.
Alegres, sorridentes, perguntadores, entusiasmados.
Hoje falámos sobre a Sagrada Eucaristia. Depois ensinei-os a comungar. Todos queriam participar e muitos fizeram perguntas. "Não podemos usar os dentes, pois não?"
Sabiam na ponta da língua as fórmulas e as orações - claro, as que competem ao 2º ano.
São um encanto e vivem já aquele momento de divino encantamento que é "receber Jesus na hóstia consagrada", o "Jesus escondido", como eles dizem.
Há tempos, um deles dizia-me: "Faltam só 15 dias para não ficar no banco!" Referia-se ao facto de, no acto da Comunhão, ficar no banco enquanto a família se dirigia ao mesa da Comunhão."
A "saltariquice" é uma maravilha!

Unidades pastorais...

Tenho pensado algumas vezes na situação pastoral e económico-social dos padres.
1. Os sacerdotes de hoje, ao contrário de antigamente, não têm, no geral, o acompanhamento de uma familiar que lhes dê alguma garantia na sua velhice ou doença. Por isso, as dioceses tudo devem fazer para proporcionar condições razoáveis aos seus padres doentes, velhos ou cansados. Sei que muitas levaram a peito esta realidade. Urge que sejam todas.
2. A pastoral de "quintalinho" já era. É preciso abrir horizontes em ordem à implantação de espaços pastorais. A mobilidade e exigências actuais não se adequam muito com a ideia dos limites da paróquia.
3. Segunda a minha maneira de ver, o ideal seria que houvesse uma casa onde vivessem os sacerdotes que trabalham numa zona com certa homogeneidade social (em muitas situações poderia nem ser o arciprestado actual) . Cada um deles se dedicaria a um campo de apostolado mais conforme com as suas qualidades e aptidões, dentro de um plano pastoral concreto. E neste caso, a presença de um ou dois sacerdotes velhos ou cansados poderia ser uma boa ajuda, não só pela experiência, mas também porque poderia libertar os colegas para trabalhos mais apostólicos... Além disto - é importantíssimo - os mais idosos continuavam a sentir-se úteis e integrados.
Caso não seja possível viver em comum, que houvesse um plano comum aberto especificidade de cada um.
4. Na preparação dos futuros padres, a formação para a vida em comum tem que ser profunda e sólida. A formação de equipas sacerdotais não pode ser um acto "ad hoc", muito menos imposto, mas deve brotar espontaneamente dos seus integrantes.
5. Os grandes santuários devem merecer toda a atenção. Para muitos cristãos ainda são um fio ténue que os liga à Igreja. Será importante olhar a sério para esta situação. Quantos sacerdotes, cansados pelo labor pastoral, não poderiam encontrar aqui também um campo frutuoso de trabalho? Por exemplo, dedicando um tempo do dia ao serviço da Confissão e do acolhimento das pessoas... Era uma questão de dar a esses padres condições razoáveis de instalação, o que nos grandes santuários nem é difícil.
6. É mais que tempo de investir nos leigos e escancarar-lhes todas as portas abertas pelo Vaticano II. Muitas tarefas burocráticas, económicas, obras, pastorais podem e devem ser perfeitamente executadas por eles. Libertaríamos os padres para o seu núnus específico e para a partilha com Igrejas mais carenciadas.
7. Nas dioceses mais pobres do interior, muitos padres procuraram, sobretudo nas escolas, meios de subsistência. Penso que tal foi benéfico socialmente no tempo da grande expansão escolar em que não havia professores suficientes. Hoje não é o caso. Há muitos professores desempregados e, por esta razão, nem sempre a presença dos padres na escola é bem vista. Aliás, excepto pela porta da Religião e Moral, não têm, geralmente, acesso ao ensino.
Estes sacerdotes, porque trabalharam duplamente - paróquia e escola - desgastam-se muito mais.
Penso que hoje a vida sacerdotal não deve passar pelo ensino. Deixemos isso para os leigos. Os padres têm muito mais que fazer dentro do seu campo específico que é actualmente muito exigente.
8. Muitas dioceses, sobretudo do interior, descansaram "à sombra da bananeira", já que tinham garantida a subsistência da maioria dos seus padres através da actividade lectiva. Só que a escola foi... Urge resolver condignamente a sustentação dos padres, sobretudo dos mais novos. Paróquias envelhecidas e despovoadas têm muita dificuldade em o fazer. Há que recorrer à "fantasia da caridade solidária". Há que institucionalizar meios que garantam a dignidade.

Por último, e o último neste caso é o primeiro, o padre tem que ser sempre o homem de Deus, da oração. Para isto não lhe pode faltar tempo sob pena de ser tornar um barco à deriva! Quanto mais orante e homem de comunhão sacerdotal ele for, mais sinal e apóstolo para as pessoas.

Não vão sós!


domingo, 15 de junho de 2008

Ainda não pediste a minha ajuda!


Uma criança estava a tentar levantar uma pedra.
Mas a pedra era grande e por mais que se esforçasse não conseguia.
O pai que observa o facto perguntou-lhe:
"- Tens a certeza que estás a usar toda a tua força?"
"- Sim, tenho! "- respondeu o filho.
"- É que ainda não pediste a minha ajuda! "
http://aredenarede.com/pt/
Nesta semana não se esqueça de contar com Deus. Confie n'Ele e peça-Lhe ajuda.
Boa semana.

Na família, nem tudo o que luz é ouro...

Parecia uma família exemplar. Aqueles oito filhos, mesmo depois de cada um seguir a sua vida, continuavam a encontrar-se sobretudo em volta das suas grandes referências: o pai e a mãe. Brincavam imenso, os sobrinhos eram imensamente bem acolhidos, telefonavam-se muitas vezes, cultivavam gestos de amizade, mormente pelo Natal e aniversários.
A determinada altura, o pai é acometido por um problema grave de saúde e cai na dependência.
À primeira vista não haveria problemas quanto ao acompanhamento do pai. Então uma família tão unida, tão solidária... Só que houve mesmo! Uns achavam que o pai deveria andar ao mês pela casa dos filhos; outros achavam que era melhor colocá-lo em apoio domiciliário; havia quem entendesse que o doente deveria ficar em sua casa e cada filho aí fosse cuidar dele um dia da semana; outros ainda opinavam que deveria ir para casa de um dos filhos e os outros apoiariam economicamente.
O problema não era fácil, até porque alguns filhos estavam na emigração ou viviam longe da casa dos pais. Numa coisa todos teoricamente eram unânimes: a prioridade era o pai. Era preciso respeitar a sua vontade e tudo fazer para que ele se sentisse bem. Iam entretanto repetindo que filhos eram oito e não só aqueles que viviam mais perto, todos tinham obrigação.
Alguns disponibilaram-se a colaborar economicamente, outros não, que não podiam; havia quem garantisse o seu dia de apoio semanal e que os restantes fizessem o mesmo. havia quem se disponibilizasse a ficar com o pai em sua casa ou ir apoiá-lo em casa dele, mas precisava que os outros ajudassem monetariamente e, subsidiariamente, prestassem também ajuda no tratamento do doente. Uma confusão! Para além do que era dito, precisava de se ler nas entrelinhas...
Uma filha desabafa: " Éramos tão unidos e mal surgiu um problema, parece que tudo se desmorona! Estou muito desiludida com a situação."
Infelizmente situações como esta são mais comuns do que aquilo que se julga. Irmãos muito unidos, muito amigos, mas surgem as doenças, as partilhas ou uma dificuldade inesperada e tudo se desmorona.
É nas dificuldades que se vê a temperatura de uma amizade. É diante das dificuldades que é testada a força da união. Ser amigo quando tudo é fácil e nada se nos exige... pode ser uma ilusão de amizade.
O mundo familiar não escapa a um arreigado individualismo socialmente reinante. Tudo está bem desde que não me chateiem, desde que não me entrem no bolso, desde que os outros façam, desde que o meu ponto de vista seja aceite... Exactamente o contrário do espírito familiar.
"Família, torna-te aquilo que és: comunidade de vida e de amor!" - João Paulo II

sábado, 14 de junho de 2008

Tabela de Taxas e Tributos

Existe uma nova Tabela de Taxas e Tributos que, a partir do passado dia 10 de Junho, está em vigor nas Dioceses que compõem a Província Eclesiástica de Braga.
A principal novidade está no facto do estipêndio da Santa Missa passar a ser de 10,00€, mas há ainda novas actualizações.

1. Anunciar aumento do estipêndio das Missas (e não só...) numa altura de tão grande crise que sensibilidade mostra?

2. Já fui ver a referida Tabela. Chocou-me. Parece que entramos num stand de automóveis onde cada modelo e cada marca têm um preço... Não haverá uma forma mais evangélica de estimular e fomentar a partilha? O "É precisa mudar" do Papa não deveria também abarcar este campo?

3. Em momentos de grave crise social, moral, de identidade, os nossos Bispos emigram para a gestão e para as tabelas de emolumentos... É demasiado mau!

4. Oxalá que os nossos Bispos enfrentem e decidam sobre a mais grave crise de gestão que urge resolver: a dos Recursos Humanos.
"Há dioceses com padres «a mais» e dioceses com padres «a menos»... quando se passa dessa visão mesquinha, alicerçada numa visão legalista da «incardinação» do Clero e se implementa uma Gestão de Partilha e Comunhão no que toca à distribuição do Clero na Igreja em Portugal??Espero que os nossos Bispos estudem bem... e sejam ousados nas suas conclusões e perspectivas de acção para o futuro e não venham destas Jornadas apenas com «mais do mesmo»". (in Padres Inquietos)

Vinde, Espírito de Deus, fazer novo o coração de todos nós. Abri-nos à verdade corajoso e serena do Evangelho e infundi em nós anseios permanentes de santidade. Dai-nos a coragem dos motores e livrai-nos da comodidade pesada das carroçarias. Que a Igreja seja capaz de reagir, mas sobretudo de agir.
Dissolve o sem-sabor do eclesialmente correcto, seduz-nos para a clareza englobante do Evangelho e afasta-nos do medo da cruz, porque ancorados na Gloriosa Ressurreição de Jesus.

11º Domingo do Tempo Comum

• Como cenário de fundo desta catequese sobre o envio dos discípulos está o amor e a solicitude de Deus pelo seu Povo. Não esqueçamos isto: Deus nunca se ausentou da história dos homens; Ele continua a construir a história da salvação e a insistir em levar o seu Povo ao encontro da verdadeira liberdade, da verdadeira felicidade, da vida definitiva.

• Como é que Deus age hoje no mundo? A resposta que o Evangelho deste domingo dá é: através desses discípulos que aceitaram responder positivamente ao chamamento de Jesus e embarcaram na aventura do “Reino”. Eles continuam hoje no mundo a obra de Jesus e anunciam – com palavras e com gestos – esse mundo novo de felicidade sem fim que Deus quer oferecer aos homens.

• Atenção: Jesus não chama apenas um grupo de “especialistas” para O seguir e para dar testemunho do “Reino”. Os “doze” representam a totalidade do Povo de Deus. É a totalidade do Povo de Deus (os “doze”) que é enviada, a fim de continuar a obra de Jesus no meio dos homens e anunciar-lhes o “Reino”. Tenho consciência de que isto me diz respeito e que eu pertenço à comunidade que Jesus envia em missão?

• Qual é a missão dos discípulos de Jesus? É lutar objectivamente contra tudo aquilo que escraviza o homem e que o impede de ser feliz. Hoje há estruturas que geram guerra, violência, terror, morte: a missão dos discípulos de Jesus é contestá-las e desmontá-las; hoje há “valores” (apresentados como o “último grito” da moda, do avanço cultural ou científico) que geram escravidão, opressão, sofrimento: a missão dos discípulos de Jesus é recusá-los e denunciá-los; hoje há esquemas de exploração (disfarçados de sistemas económicos geradores de bem-estar) que geram miséria, marginalização, debilidade, exclusão: a missão dos discípulos de Jesus é combatê-los. A proposta libertadora de Jesus tem de estar presente (através dos discípulos) em qualquer lado onde houver um irmão vítima da escravidão e da injustiça. É isso que eu procuro fazer?

• As obras que eu realizo são verdadeiramente um anúncio do mundo novo que está para chegar? Eu procuro transmitir alegria, coragem e esperança àqueles que vivem imersos no abatimento, na frustração, no desespero? Eu procuro ser um sinal do amor e da ternura de Deus para aqueles que vivem sozinhos, abandonados, marginalizados?

• O nosso serviço ao “Reino” é um serviço totalmente gratuito, ou é um serviço que serve para promover os nossos interesses, a nossa pessoa, os nossos esquemas de realização pessoal?

Veja aqui comentários oportunos à Palavra de Deus deste Domingo:

http://agencia.ecclesia.pt/pub/24/noticia.asp?jornalid=24&noticiaid=61163

Será que os gestores discutem o Evangelho?

Um anónimo colocou neste blog um comentário. É questionante. Por isso, tomei a iniciativa de o colocar aqui.
Que lhe parece, amigo visitante?

"Os bispos de Portugal vão ter umas jornadas de estudo na próxima semana.
Sabem em que vão ocupar o tempo? A discutir gestão.
Será que os gestores discutem o Evangelho? Oxalá que sim, pois os bispos estão ocupados com a gestão!"

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Não dá para acreditar...

A propósito de Santo António, o "santo casamenteiro", uma amiga contou-me que, há uns anos, fora visitar uma pessoa dos seus conhecimentos que já ia na casa dos trinta e pretendentes ... nem vê-los.
Qual não foi o espanto da minha amiga quando ocasionalmente entrou no quarto da sua conhecida e se apercebeu que a imagem de Santo António estava de pernas para o ar. Pensando que fora um lapso, apressa-se a endireitar a imagem. Ouve então um grito proibitivo para não fazer tal coisa.
- Não faças isso! Deixa-o estar assim.
Uma vizinha, muito atreita ao mundo da bruxaria, havia-a aconselhado a manter assim o "santo". É que sentindo-se desconfortável naquela posição, rapidamente lhe arranjaria o tão desejado namorado.
Para escândalo da solteirona, a minha amiga não conteve um par de sonoras gargalhadas. Depois pacientemente explicou àquela criatura que não devia alinhar em bruxedos que nada resolvem e tudo complicam. Que pusesse a imagem como dever ser ... e tal e coisa e tal...
Uns meses depois a dita solteirona procura a minha amiga para a informar que finalmente conseguira um namorado. Não cabia em si de contente!
- Abençoado o dia em que foste a minha casa e me fizeste entender que o "santo" devia estar direito! Eu é que fui uma palerma. Como é que queria que ele me ouvisse se eu lhe pusera os ouvidos contra a toalha da mesa?! Desde que o pus direito, começou a ouvir bem o que eu lhe pedia e olha... já namoro!

13 de Junho: Santo António

Santidade e popularidade
De norte a sul do país, muitas localidades celebraram a festa de Santo António. O «doutor evangélico» é recordado de múltiplas formas.

- Santo António na tradição popular...
- O "santo casamenteiro"...
- Responsos, para encontrar coisas desaparecidas...
- O significado do livro e do menino que estão associados à sua imagem...
- Espiritualidade de Santo António...
- E muito mais...


Veja aqui:
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=1106&seccaoid=8&tipoid=146

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Católicos, voltai para casa

Fizemos tudo, mas o seu filho não resistiu

Ela deu um pulo assim que viu o cirurgião a sair da sala de operações. Perguntou:
- Como é que está o meu menino? Ele vai ficar bom? Quando é que eu posso vê-lo?
O cirurgião disse:
- Tenho pena. Nós fizemos tudo mas o teu filho não resistiu.
A Sally perguntou:
- Porquê? Por que razão razão as crianças pequenas tem cancro? Será que Deus não se preocupa? Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?
O cirurgião perguntou:
- Queres algum tempo com o teu filho? Uma das enfermeiras irá sair dentro alguns minutos antes de ele ser transportado para a universidade.
A Sally pediu à enfermeira para ficar com ela enquanto e se despedia do filho. Passou os dedos pelo o cabelo ruivo do filho.
- Quer um caracol de cabelo? - Perguntou a enfermeira.
A Sally abanou a cabeça a dizer que sim. A enfermeira cortou o cabelo e colocou num saco de plástico e entregou a Sally.
A mãe disse:
-Foi a ideia do Jimmy: doar o seu corpo a Universidade. Ele disse que talvez pudesse ajudar outra pessoa. No início eu disse que não, mas o Jimmy disse:
- Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe.
Ela continuou:
- O meu Jimmy tinha um coração de ouro. Estava sempre a pensar nos outros. Sempre disposto a ajudar se ele pudesse.
Depois de ali ter passado a maior parte dos últimos seis messes, a Sally saiu do Hospital 'Children's Mercy' pela a última vez. Colocou o saco com as coisas do filho no banco do carro ao lado dela. A viagem para casa foi muito difícil. Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia. Ela levou o saco com as coisas do Jimmy, incluindo o cabelo, para o quarto do filho e começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exactamente nos locais aonde ele sempre os teve. Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que ficou a dormir. Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta que dizia:
- Querida Mãe, eu sei que vais ter muitas saudades minhas; mas não penses que eu me vou esquecer de ti, ou que vou deixar de te amar, só porque não estou por perto para dizer 'Amo-te'. Eu vou sempre amar-te, Mãe, ainda mais com a passagem de cada dia.
Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia se quiseres adoptar um menino para não ficares tão sozinha, está tudo bem comigo. Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se decidires por uma menina, ela talvez não vai gostar das mesmas coisas que nós, os rapazes, gostamos. Vais ter que comprar bonecas e outras coisas que meninas gostam, tu sabes.
Não fiques triste a pensar em mim. Este lugar é mesmo porreiro. Os avós vieram ter comigo assim que eu cheguei para mostrar este lugar, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo. Os anjos são mesmo fixes. Eu adoro vê-los a voar. E sabes uma coisa? O Jesus não parece nada como se vê nas fotos. Embora quando o vi, o tivesse reconhecido logo. Ele levou-me a visitar Deus! E sabes uma coisa? Eu sentei-me no colo d'Ele e falei com Ele, tal como se eu fosse uma pessoa importante.
Foi então que eu lhe disse que queria escrever esta carta para ti, para dizer adeus e tudo mais. Mas eu já sabia que não era permitido. Mas sabes uma coisa, Mãe? Deus entregou um papel e a sua caneta pessoal para eu poder escrever esta carta para ti. Eu acho que Gabriel é o anjo que te vai entregar esta carta. Deus disse para eu responder a uma das perguntas que tu Lhe fizeste: 'Onde estava Ele quando eu mais precisava?' Deus disse que estava exactamente no mesmo sítio, onde estava quando o Seu filho, Jesus, foi crucificado. Ele estava presente, tal e qual com está com todos os filhos.
Mãe, só tu é que consegues ver o que eu escrevi, mais ninguém. As outras pessoas vêm este papel em branco. É mesmo fixe não é? Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para ele poder continuar a escrever no Livro da Vida. Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus. Tenho a certeza que a comida vai ser boa.
Estava quase a esquecer-me, eu já não tenho dores, o cancro já se foi embora. Ainda bem porque já não podia mais e Deus também não podia ver-me assim. Por isso enviou o Anjo da Misericórdia para me vir buscar. O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que dizes a isso?
Assinado com Amor de Deus, Jesus e de mim.
(enviado po email)

Os políticos e a "crise dos camionistas"

Os últimos três dias foram de caos provocado pela greve dos camionistas.
Onde estavam os políticos?
O governo demorou uma eternidade a perceber a situação e a actuar. O que foi feito ao tarde não deveria ter sido feito ao cedo? É que governar é saber prever e actuar atempadamente, senhor Sócrates!
A oposição foi um oceano de silêncio. Paulo Portas e Francisco Louçã, sempre com a língua tão afiadinha, desapareceram. O PCP idem aspas. O PSD continua a dormir o sono dos justos. Muito mais preocupado com guerrilhas internas do que em resolver os reais problemas do país!
A que gente estamos entregues, meu Deus!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Um sorriso de orelha a orelha

Estava em Fátima. Os miúdos e catequistas tinham ido buscar as mochilas à casa onde havíamos pernoitado. Porque trouxera a minha logo de manhã, esperei-os cá fora à sombra da azinheira.
Ali estava sentado um avô feliz com a netita bebé ao colo. Falava com ela com se já o entendesse. Nisto chega a filha acompanhada do marido. O homem sorri, mas continua enternecidamente a falar para a netinha.
Então apercebi-me da atitude daquela jovem senhora. O seu olhar parecia um lento radar, bailando entre o marido, a bebé e o pai. E aquele rosto mostrava o sol de um sorriso. Intenso, profundo, sentido. Extasiada diante daqueles três amores da sua vida.
- Ó pai, dê-ma cá agora para o senhor descansar um bocadinho...
E enquanto levantava nos braços a bebé, depositou na testa daquele avô babado um beijo.

Num tempo em que as relações familiares se rarefazem e as rarefazem, é bom sentir que há muita gente feliz graças à vivência e à partilha do amor familiar.
"Aquilo que o berço dá a tumba o leva", diz o povo. Àquela criança o berço oferece-lhe muito amor, carinho, empatia. Que melhor estufa para o crescimento harmoniosa da pessoa que um são e carinhoso ambiente familiar?

30ª Peregrinação das Crianças a Fátima



Gostei:
1. De sentir a alegria, colorido, festa, surpresa e animação que só as crianças transmitem em tão alto grau.
2. Da representação ocorrida no auditório do Centro Paulo VI. Foi realmente mais interessante do que nos últimos anos. As crianças puderam ver como os pastoritos amavam e eram capazes de sofrer pela verdade. A referência aos pais das três videntes e seu decisivo papel na formação para a verdade foi muito elucidativa. Foi bonito ver aquele anfiteatro, a abarrotar de pequenada, em silêncio durante a representação. A Irmã que os acolheu e os preparou para a encenação tinha muito jeito.
3. Durante a celebração principal da Peregrinação no Recinto do Santuário de Fátima, foi simbolicamente apresentada a necessidade, e a urgência, da descoberta da verdade com o derrube de um muro negro a simbolizar a mentira. Dentro do muro, uma enorme cruz, escondida também com panos negros, depois retirados, mostraria a beleza e força que deve representar a busca da verdade na vida de cada um. Um belo momento que pedagogicamente transmitiu o tema da peregrinação: "Jesus, Tu és a verdade."
4. O Reitor do Santuário, que em breve deixará o cargo, presidiu à Eucaristia. Foi breve e claro na homilia.
5. As crianças saudaram com muita alegria e cor a chegada da Imagem de Nossa Senhora ao recinto, fizeram-no em outras ocasiões, a mais vibrante das quais quando o Bispo de Leiria-Fátima ofereceu, em nome delas, uma prenda a Mons. Luciano Guerra. Espectáculo de cor e movimento!
6. A maneira afável, directa, acolhedora e envolvente como o Bispo D. António Marto as saudou no fim da Eucaristia.
7. O modo como a esmagadora maioria das crianças aguentou mais de uma gora debaixo de um Sol abrasador.
8. Não pudemos participar em todas as cerimónias ocorridas na noite do dia 9 na Igreja da Santíssima Trindade. Mas pelo que pude verificar foi uma festa de fé alegre que os miúdos ali viveram.
9. Quando chegámos à nova Igreja, muitos dos meus pequenos ficaram fascinados e encharcaram-me de perguntas, baixinho, claro. Descemos depois e ainda passámos pelas capelas onde se fazia adoração ao Santíssimo. Por minutos, também participámos e sentimos o calor e a alegria que grupos de crianças que se haviam inscrito punham naqueles momentos de adoração ao "Jesus escondido"

Não gostei tanto:
1. Da hora da celebração eucarística. Penso que seria mais oportuno que fosse pelas 10 horas, por causa do calor. Depois, nas horas mais quentes, podiam então realizar-se as representações.
2. A Eucaristia tem perdido de ano para ano ritmo infantil, tornou-se mais pastosa. Precisa de mais energia, mais movimento, cânticos com outro ritmo. Menos tempo de duração e menos munições(mesmo quando feitas por crianças).
3. Entristeceu-me quando, na representação da manhã, a Irmã ia chamando pelas várias dioceses e de Lamego apenas... Tarouca! Claro que compreendo que possam ter estado mais grupos... Mas o Secretariado Diocesano da Catequese precisa de ser muito mais acutilante! Sim, tenho saudades do sr Cón. José Cardoso...

terça-feira, 10 de junho de 2008

JESUS, TU ÉS A VERDADE



Era vê-los em fila indiana a caminho do Santuário entoando alto e bom som: "Nós somos de Tarouca, magnífica Tarouca". Sinti-me no meio deles a explicar-lhes baixinho a razão de ser da Capelinha e da azinheira grande. Rezei com eles no silêncio da noite na Capelinha das Aparições. Que momento mágico, profundo, inolvidável! Sentei-me no meio deles no escadório debaixo de um calor de estarrecer. Ajudei as catequistas a servi-los ao almoço, acompanhei-os até ao Museu onde percorremos a Vida de Jesus e caminhei com eles até à casa de Lúcia, de Jacinta e até ao poço do Arneiro.Todos quiseram beber, mesmo que seja para depois dizerem que não presta...
Ah! Aqui houve um período para compras e para se refrescarem com o gelado que lhes ofereci. E eu com o "credo" na boca! Tanta gente! Tanto movimento! Pareço um radar. Às vezes lá sai um berro para algum mais distraído. Tem que ser.
Regresso. Cantámos, viram desenhos animados. E também gritámos pelos nossos clubes. Normalmente há menos portistas. O que vale é o micro, para raiva deles. Aproxima-se o lanche. Depois aparece o concurso sobre cultura geral. Entre rapazes e raparigas. Claro que quem perde atribui-me a culpa a mim. Que tal e coisa... que fiz as perguntas mais difíceis a estes e mais fáceis àqueles... Brinco com a situação. Mais se enervam. Lá estão os catequistas para amainar os ânimos e lançar um 2º concurso. Pronto, está tudo em paz. Os que mais se enervaram, pouco a pouco caem na real. Já estão todos outra vez comigo, eu que nunca deixei de estar com eles. Mas gosto de brincar... Já é noite. Muitos estão extenuados, até porque na noite anterior pouco dormiram nas camaratas, apesar da vigilância apertada dos catequistas. Mas a experiência fora nova. Muitos nunca haviam dormido fora de casa. Compreende-se a excitação da novidade.
Eles são únicos. Mesmo quando nos chateiam e nos fazem perder a paciência, não deixamos de os amar, de nos sentirmos bem ao pé deles.
Sei o grupo fantástico de catequistas que temos e, mais uma vez o provaram.
O interessante é que gostamos tanto dos miúdos que aproveitamos todas as oportunidades para os formar.
Foi bom, miúdos! Que a verdade do amor de Cristo preencha as vossas vidas! Que Maria seja a Estrela do vosso caminhar!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Este Código de Trabalho agride os trabalhadores.

D. Manuel da Silva Martins, o primeiro bispo de Setúbal, considerou este domingo que Portugal está marcado pela fome, principalmente junto dos idosos, sublinhando que o país está «mal disposto».
Escutado pela TSF, D. Manuel da Silva Martins frisou que «existe muita fome em Portugal, sobretudo nas famílias constituídas por reformados», onde o orçamento «vai quase todo para os remédios» dos idosos.
«Os responsáveis deste país deviam parar para reflectir um pouco e ver que caminhos deviam abrir para criar um clima de esperança em Portugal», disse aquele que se considera mais uma voz a juntar à de tantos portugueses que vivem mergulhados no desânimo perante as políticas sociais.

Questionado sobre a revisão do Código de Trabalho que já motivou uma manifestação, convocada pela CGTP, que juntou 200 mil pessoas em Lisboa, o primeiro bispo de Setúbal afirmou que o novo documento agride os trabalhadores.
«Este Código do Trabalho agride directamente a dignidade e a capacidade de sonhar sobretudo dos mais pobres e dos mais jovens», mas também das pessoas de meia-idade que ficam desempregadas, destacou, sublinhando que também este assunto merece «uma atenção redobrada por parte de quem manda».

Boa semana para si especialmente. Não deixe que o seu coração se feche à esperança.

Homenagem aos Bombeiros

Muita gente de todo o concelho - e não só - acorreu hoje a Tarouca para a homenagem concelhia aos Bombeiros.
O ano de 2008 foi decretado pela Liga dos Bombeiros Portugueses como o Ano Nacional do Voluntariado. Este foi o contexto que envolveu a comemoração.
Grupos das freguesias desfilaram desde a Escola Secundária até ao Quartel, levando alegria, gratidão e apoio. Teve lugar depois a cerimónia protocolar onde os representantes de várias entidades realçaram o voluntariado competente dos Bombeiros e a adesão da população. Foi assinado um protocolo envolvendo as Juntas de Freguesia e a Caixa Agrícola, tendo em vista a aquisição de um veículo para esta Corporação.
Depois da entrega de medalhas a vários Bombeiros, procedeu-se à bênção de duas novas viaturas: uma plataforma elevatória e uma nova ambulância Pré-hospitalar.
Surgiu então o tão desejado Super Bombi, o herói das coisas boas, para alegria da muita pequenada presente e também dos adultos.
Depois de um desfile motorizado e apeado, teve lugar o lanche-convívio e a actuação dos grupos das freguesias.
Um dia inesquecível para os Bombeiros que sentiram de perto o apreço e carinho da população.

sábado, 7 de junho de 2008

Vamos celebrar o Amor

Por cá...

1. Ontem à noite teve lugar uma reunião arciprestal. Os sacerdotes que trabalham neste espaço pastoral analisaram o Plano Pastoral Anual da Diocese e apresentaram algumas sugestões para o próximo.
Depois pronunciaram-se sobre alguns pontos da agenda do próximo Conselho Presbiteral em que era solicitada a contribuição do arciprestado.
Falou-se ainda da Crisma arciprestal que terá lugar em 13 de Julho na Festa de Santa Helena e de mútua ajuda pastoral.
Não posso deixar de sublinhar a amizade, o empenho e a disponibilidade para colaborar deste grupo de sacerdotes.

2. O Secretariado da Juventude organizou um torneio de Futsal que decorreu nas instalações da Escola EB 2,3/S. Estiveram presentes vários grupos de jovens da diocese.
Passei por lá há bocadinho e disseram-me que tudo está a correr lindamente. Óptimo. Em virtude de ter tido um dia muito cheio, não me foi possível estar mais tempo. Jovens de cá também participaram, não venceram, mas ganharam, "porque participar é ganhar."

3. Participei num almoço promovido pelos funcionários da Santa Casa em que se comemorou o aniversário do Provedor, Lucílio Teixeira, que estava feliz.
Não há pessoas perfeitas, mas não será demais sublinhar a extraordinária obra que este senhor tem desenvolvido à frente da Santa Casa.
Parabéns, Provedor!

4. Portugal venceu a Turquia por 2 - 0. O entusiasmo, também por aqui, foi notório. Oxalá a equipa das quinas continue a ganhar e a oferecer alegrias a este povo, tão flagelado pela crise.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

10º Domingo do Tempo Comum

Ide aprender o que significa: prefiro a misericórdia ao sacrifício! (Mt.9,13)

Ide aprender, porque estais ainda longe do conhecimento de Deus. Apesar dos vossos sacrifícios, holocaustos, promessas, rituais, liturgias e procissões, estais longe da experiência íntima do amor de Deus. Estais longe de saboreardes a ternura do seu coração, de conhecerdes a profunda bondade com que vos ama!

Ide aprender, porque julgais conquistar Deus pela força das vossas penitências ou demovê-lo pela exuberância dos vossos sacrifícios. E não sabeis que vos perdoa mesmo antes de pecardes, que o seu amor é mais potente que a traição, que a graça é mais forte que o pecado.

Ide aprender, porque imaginais Deus distante, irado, indiferente e pensais acordá-lo e atraí-lo à custa das vossas obras, do vosso culto, do cumprimento das vossas leis e tradições. E desconheceis o seu coração ternurento, acolhedor, pronto para o perdão, incapaz de não amar, porque louco de amor.

Ide aprender, porque vos julgais donos de Deus, administradores dos seus bens, seus eleitos, e não sabeis que o coração de Deus não tem fronteiras, que nas suas entranhas nutre por nós um amor materno, gratuito, invencível.

Ide aprender, porque o vosso coração conhece apenas a lei e não o amor, a obrigação e não a fé, a penitência e não a alegria, o sacrifício e não a misericórdia. Tendes muito que aprender! Dirá Jesus a cada um de nós. Porque de Deus está longe o vosso olhar, distante o vosso coração, ressequida a vossa vida.

«Porque eu quero a misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus, mais do que todos os holocaustos»! (Oseias 6,6)

Com um pequeno gesto podes mudar a vida de uma pessoa

Um dia, quando eu era caloiro na escola, vi um miúdo da minha turma a caminhar para casa depois da aula. O nome dele era Kyle. Parecia que estava a carregar os seus livros todos. Eu pensei: "Porque é que leva para casa todos os livros numa sexta-feira ? Ele deve ser mesmo um marrão."
Como já tinha o meu fim-de-semana planeado (festas e um jogo de futebol com meus amigos no sábado à tarde) encolhi os ombros e segui o meu caminho. Conforme ia caminhando, vi um grupo de miúdos a correr na direcção dele. Eles atropelaram-no, arrancando-lhe todos os livros dos braços e empurraram-no, de tal forma que ele caiu no chão. Os seus óculos voaram, e eu vi-os aterrarem na relva a alguns metros de onde ele estava. Ele ergueu o rosto e eu vi uma terrível tristeza nos seus olhos. O meu coração penalizou-se por ele. Então, corri até ele enquanto ele gatinhava à procura dos óculos, e pude ver lágrimas nos seus olhos. Enquanto lhe entregava os óculos, eu disse:
- Aqueles tipos são uns parvos. Eles deviam era arranjar uma vida própria.
Ele olhou para mim e disse:
-Ei, obrigado!
Havia um grande sorriso na sua face. Era um daqueles sorrisos que realmente mostram gratidão. Eu ajudei-o a apanhar os livros, e perguntei-lhe onde morava. Por coincidência ele morava perto da minha casa, então eu perguntei como é que nunca o tinha visto antes. Ele respondeu que antes frequentava uma escola particular. Conversámos todo o caminho de volta para casa, e carreguei-lhe os livros. Ele revelou-se um miúdo muito porreiro. Perguntei-lhe se queria jogar futebol no Sábado comigo e com os meus amigos, ele disse que sim. Ficámos juntos todo o fim-de-semana e quanto mais eu conhecia Kyle, mais gostava dele. E os meus amigos pensavam da mesma forma.
Chegou a Segunda-Feira, e lá estava o Kyle com aquela quantidade imensa de livros outra vez. Parei-o e disse:
-Diabos, pá, vais fazer o quê com os livros de novo?
Ele simplesmente riu e entregou-me metade dos livros. Nos quatro anos seguintes Kyle e eu tornámo-nos melhores amigos. Quando nos estávamos a formar começámos a pensar na faculdade. Kyle decidiu ir para Georgetown, e eu ia para a Duke. Eu sabia que seríamos sempre amigos, que a distância nunca seria um problema. Ele seria médico, e eu ia tentar uma bolsa escolar na equipa de futebol.
Kyle era o orador oficial da nossa turma. Ele teve que preparar um discurso de formatura. Eu estava super-contente por não ser eu a subir ao palanque e discursar. No dia da Formatura eu vi Kyle. Ele estava óptimo. Ele estava mais encorpado e realmente tinha uma boa aparência, mesmo usando óculos. Ele saía com mais miúdas do que eu, e todas as raparigas o adoravam! Às vezes eu até ficava com inveja. Hoje era um desses dias. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso por causa do discurso. Então dei-lhe uma palmadinha nas costas e disse:
-Ei, rapaz, vais-te sair bem!
Ele olhou para mim com aquele olhar (aquele olhar de gratidão) e sorriu.
-Valeu, disse ele.
Quando ele subiu ao oratório, limpou a garganta e começou o discurso:
-A Formatura é uma época para agradecermos aqueles que nos ajudaram durante estes anos duros. Aos pais, aos professores, aos irmãos, talvez até a um treinador. Mas principalmente aos amigos. Eu estou aqui para lhes dizer ser um amigo para alguém é o melhor que se pode dar. Eu vou-lhes contar uma história.
Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos. Ele tinha planeado suicidar-se naquele fim-de-semana. Contou a todos como tinha esvaziado o seu armário na escola, para que a mãe não tivesse que fazer isso depois de ele morrer, e estava a levar as suas coisas todas para casa. Ele olhou directamente no meus olhos e deu-me um pequeno sorriso.
-Felizmente eu fui salvo. O meu amigo salvou-me de fazer algo inominável.
Eu observava, com um nó na garganta, todos na plateia, enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza. E vi a mãe e o pai dele a olharem para mim e a sorrir com aquela mesma gratidão. Até aquele momento eu nunca me tinha apercebido da profundidade do sorriso que ele dirigiu naquele dia.
Nunca subestimes o poder das tuas acções. Com um pequeno gesto podes mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior.
(enviado por email)