quinta-feira, 31 de maio de 2018

A catequese e as "chuvas de trovoada"

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Diziam os antigos que as chuvas de trovoada molham mas não encharcam. É a chuva miudinha e persistente que penetra na terra e a torna fecunda.
Claro que as festas da Catequese são sempre momentos bonitos, fantásticos. Basta serem crianças…
Mas nego-me a  aceitar que as festas da Catequese sejam "chuvas de trovoada". Momentos intensos, mas apenas momentos.
Se valorizo estas festas, valorizo muito mais a chuva miudinha, persistente, fecundante da catequese familiar e paroquial. Não dando nas vistas, são elas que fecundam o coração dos pequenos e os ajudam a produzir frutos.
Estas festas da catequese não são apenas momentos, são passos na caminhada humana e cristã dos catequizandos. Inserem-se num processo evolutivo.
Os catequizandos não podem fazer belas festas e logo depois, nos domingos seguintes, ninguém os vê na Igreja. Que sentido terão tais festas???
Os pais e famílias não podem vibrar com estas festas e depois esquecer Deus nos seus lares, deitar para canto a educação cristã diária dos filhos, deixar de lados os valores, esquecer-se que os testemunho de vida é a forma mais nobre de educar… Um bom, empático e afetivamente rico ambiente familiar é meio caminho andado.
É preciso nunca esquecer: a Fé nasce e cresce ao colo da mãe com o exemplo do pai!

quarta-feira, 30 de maio de 2018

«Como é bom, como é agradável os irmãos viverem em unidade!» (Sl 133, 1).

31 de maio
DIA DOS IRMÃOS
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A vida constrói-se em torno de acontecimentos, afetos, aprendizagens, compromissos, ideais e de muitas outras realidades. De todas as experiências vividas, ressalta a importância dos irmãos, pois eles são os nossos mais próximos. Crescemos com eles em família e juntos construímos uma teia de vivências comuns únicas, irrepetíveis e marcantes. Por isso, a importância de um dia dedicado aos irmãos, a quem saudamos e dirigimos esta mensagem fraterna.
  
Unidos a todas as famílias, desejamos valorizar o que de tão importante acontece entre irmãos: crescer juntos, apreciar as descobertas em comum, compartilhar a proximidade e a solidariedade; consolidar a identidade que é diferença e diversidade, a entreajuda e a cooperação, a tolerância e a reconciliação; reavivar a memória comum que faz parte das histórias de vida e de família. Os irmãos integram-se na história pessoal de quem os tem e habitualmente são os primeiros amigos, por isso, Irmão é o que de mais feliz podemos ser!
 
O Papa Francisco lembra que “Irmão” e “Irmã” são palavras que o cristianismo aprecia muito, e que Jesus levou à sua plenitude ao dar a vida por todos. Lembra-nos também que os laços de fraternidade em família são «uma grande escola de Liberdade e de Paz (…). Em família, entre irmãos, aprendemos a convivência humana, como devemos conviver na sociedade[1]». Na família, os irmãos desenvolvem também compromissos de afeto, carinho e paciência para com os irmãos «mais frágeis, doentes e deficientes».  «No contexto da nossa sociedade tecnocrática e burocrática, urge repor a fraternidade no centro da nossa atenção e das nossas prioridades de modo a que a liberdade e a igualdade se harmonizem corretamente». Por isso, apelamos a todos os responsáveis pelo Bem Comum da Sociedade, que nos empenhemos na criação de condições para que as famílias possam experimentar «a beleza de uma ampla experiência fraternal dos filhos e filhas».
 
Unimo-nos a todos os que hoje celebram a alegria e a gratidão dos seus irmãos e imploramos a Deus para que nunca se interrompa a «cadeia da fraternidade» para exultarmos com o salmista: «Como é bom, como é agradável os irmãos viverem em unidade!» (Sl 133, 1). 
Mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família para o Dia dos Irmãos

terça-feira, 29 de maio de 2018

Dia de Anos


Com que então caiu na asneira
De fazer na quinta-feira
Vinte e seis anos! Que tolo!
Ainda se os desfizesse...
Mas fazê-los não parece
De quem tem muito miolo!

Não sei quem foi que me disse
Que fez a mesma tolice
Aqui o ano passado...
Agora o que vem, aposto,
Como lhe tomou o gosto,
Que faz o mesmo? Coitado!

Não faça tal: porque os anos
Que nos trazem? Desenganos
Que fazem a gente velho:
Faça outra coisa: que em suma
Não fazer coisa nenhuma,
Também lhe não aconselho.

Mas anos, não caia nessa!
Olhe que a gente começa
Às vezes por brincadeira,
Mas depois que se habitua,
Já não tem vontade sua,
E fá-los queira ou não queira!

domingo, 27 de maio de 2018

O órgão, as opas, os catequizandos e os restauros...

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Uma semana multifacetada. Na segunda-feira, com outro elemento do Conselho Económico, fui a Vila Nova de Gaia para levar o antigo órgão da Igreja, há anos avariado, para restauro. Gostei de ouvir do técnico a informação que a marca do órgão é das mais prestigiadas  e apreciadas. Aguardamos agora pelo desenvolvimento do processo.
Na terça-feira, participei da reunião do Arciprestado Armamar/Tarouca sob a presidência do novo Arcipreste, P.e Leontino. Foi um tempo de oração, informação, debate, partilha. São sempre momentos muito belos estes de comunhão presbiteral.
Durante a semana acompanhei os catequizandos do Crisma e da Prof. de Fé em sintonia de tarefas com catequistas e ensaiadores. Um bom trabalho de equipa em prol do crescimento humano e cristão dos nossos jovens.
No sábado, além de um casamento com batizado e das usuais missas vespertinas, realizaram-se as confissões dos crismandos e dos que vão fazer a Prof. de Fé, contando com a ajuda preciosa de dois colegas.
No domingo, na Missa das 11h, teve lugar o Sacramento da Confirmação, sob a presidência de D. Jacinto. Os jovens estiveram à altura. Eles fizeram a festa e foram a festa! Que o Espírito os conduza para a vivência e testemunho da Fé em Jesus Cristo.
Além disto, o trabalho diário. Atendimento às pessoas, parte burocrática, visita a alguns doentes, trabalho no jornal, partilhas na internet, fisioterapia, vida pessoal...
Graças ao bom senso e bom gosto da Comissão de Festas do Padroeiro (2017), foi possível adquirir umas opas de que a Paróquia estava a precisar e que trouxemos quando da ida a Gaia,  bem como proceder ao restauro de duas imagens que estão na Capela de Santa Helena.
Graças ao cuidado do Conselho Económico, uma ou outra peça importante da Igreja também vai sendo restaurada. Por falar em restauro, o altar da Capela de Santa Helena está em adiantado estado de restauração, dado que a situação ameaçava ruína eminente. Foi uma opção séria do Conselho Económico.
Isto de restauros de arte são sempre complicados. Porque são muito caros e porque têm que ser executados por quem tem competência e habilitação para tal.
Com às vezes ouço: "Vocês não saem duma para se meterem outras..."
Na vida parar é  morrer. As necessidades são tantas que a comunidade não pode estacionar. Para a frente, munha gente!

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Solidariedade total

Não conheço os pormenores. Só sei o que a comunicação divulgou.
Mas uma coisa sei. A violência faz perder toda a razão a quem a ela recorre.
Sei que a pessoa que foi vítima de violência é um cidadão, um sacerdote, um líder, um pároco de valor mais do que confirmado.
Como ser humano, tem, como qualquer outro, os seus limites. Perfeito só Deus!
Para o  colega e amigo, a minha total solidariedade, a minha prece, a minha amizade.
Nada, nada, nadinha justifica a violência que se abateu sobre ele. Foi um ato miserável e detestável!
Esperamos agora que:
- A diocese haja como deve agir. Com coragem, determinação e caridade.
- Que aquela comunidade paroquial saiba aparecer e estar. A caridade e a solidariedade são ativas, dinâmicas, presentes, reparadoras.
- Que a justiça atue, rápida para ser justa.
- Que a vítima se sinta reconfortada pela sua fé e pela presença efetiva dos seus amigos.
- Que quem cometeu tal ato caia em si, se arrependa, manifesta publicamente o seu arrependimento e caminhe na vida pelo reto caminho.
- Que as comunidades estejam atentas e vigilantes para que ações destas nunca aconteçam.
Lembramos a Palavra de Jesus:
"Sede, pois, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. "
(Mt, 10, 16)

terça-feira, 22 de maio de 2018

“Igreja supermercado”

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"Já aqui utilizei uma expressão da qual não sou propriamente dono, embora me tenha apoderado dela, a “Igreja supermercado”. É com base nessa expressão que hoje reflecti sobre esta Igreja que as pessoas procuram apenas quando querem algum sacramento, e que, no restante espaço das suas vidas, não procuram nem pretendem procurar. Essa Igreja que alimenta serviços mas não alimenta a fé. Essa Igreja que alimenta tradições, mas não se preocupa com o anúncio da Boa Nova. Essa Igreja a que se vai quando se precisa de alguma coisa materialmente ou ritualmente falando. 
É essa Igreja-loja que hoje me ocorreu comparar com a loja dos chineses na medida em que as pessoas a procuram, independentemente da qualidade da oferta e exigindo preços de saldo ou preços baixos. Apetece-me manifestar a minha tristeza por um tipo de pessoas que não vivem na e para a comunidade cristã, não contribuem ou partilham com a comunidade paroquial, e exigem todas as regalias possíveis, quando bem lhes apetece, só porque no escaparate se pode ler “Igreja”. 
Na conjectura de alguns, a Igreja tem de ser desprendida, pobre, miserável, e assim o mais injusto que ela poderia fazer era tentar manter uma gestão equilibrada das suas contas, da sua administração e dos seus bens. Como Igreja que é, teria de ser espaço gratuito e aberto para todas as necessidades, mesmo que se esvazie de conteúdo e se aproxime da falência.
Enfim, eu também gostava que tudo fosse como nas primeiras comunidades cristãs, que tudo fosse partilhado e tudo fosse gratuito."
Fonte: aqui

segunda-feira, 14 de maio de 2018

"Ter um amigo é bom, vê-lo partir faz sofrer"

Foto de Carlos Lopes.
Diz a canção:
"Ter um amigo é bom, vê-lo partir faz sofrer".
Apenas por isto: pressentir claramente que o caminho é errado, não tem saída e acarretará enorme sofrimento para o amigo que o segue.
Mas a liberdade humana acima de tudo...



PARA O ABISMO...
Foto de Carlos Lopes.
 Decidida e obstinadamente, aquela pessoa caminha para o abismo. Nada se pode fazer, porque... essa pessoa não quer nem aceita.
Mistérios da liberdade humana!
Alguns apoiam, incentivam, concordam, porque é fixe, porque gostam alinhar na onda, porque é socialmente correcto...
Na hora do desastre, muitos destes "assobiarão para o lado", outros olharão de banda, uns tantos rirão de gozo, e outros fingirão que não conhecem a vítima...

domingo, 13 de maio de 2018

Quando recordar sabe a sonho...

De 2010 a 2016
Nas imagens escorre o sonho, a luta, a esperança.
A utopia tornou-se realidade e, por isso, apagou dores, insónias, aflições, tormentos e tormentas...
Não basta sonhar, é preciso abrir caminho ao sonho...
Conseguimos! Por isso o Centro Paroquial é um hino à esperança! De muitos. De um povo.

Eutanásia: «Espera-se muito da responsabilidade ética dos nossos deputados» – Bispo do Porto

D. Manuel Linda afirma que um pedido da morte é um «grito de acusação» a quem nega «proximidade afetiva»
O bispo do Porto pediu hoje que as decisões sobre a legalização da eutanásia não sejam fruto de uma “pretensa ‘modernidade’”, mas assentem na “responsabilidade ética” dos deputados, e referiu que o pedido da morte é um “grito de acusação”.
“Tem de se perguntar se, quando alguém diz que quer morrer, essa linguagem é unívoca ou não estará antes a lançar um grito de acusação àqueles que, «criminosamente», lhe negam o conforto e a proximidade afetiva, até porque, hoje, os modernos analgésicos suprimem praticamente toda a dor física”, afirmou D. Manuel Linda.
O bispo do Porto divulgou hoje um documento, durante um encontro com jornalistas, no contexto do Dia Mundial das Comunicações Sociais, que se assinala no próximo domingo, com um “contributo para um diálogo cultural sério” sobre a legalização da eutanásia, em debate no Parlamento a 29 de maio.
“Espera-se que as decisões a tomar sejam fruto de uma sadia cultura ético-social e não de qualquer pretensa «modernidade» que outra coisa não é do que o regresso ao pior dos passados. Espera-se muito da responsabilidade ética dos nossos deputados”, sublinhou D. Manuel Linda.
Para o bispo do Porto, não está apenas em causa ser “a favor e contra” a eutanásia, antes considerar a “teia de relações sociais” que se rompe ao legalizar a morte a pedido, nomeadamente “a confiança na medicina” e “o pavor de associar doença e velhice com a possibilidade de ser eutanasiado”.
D. Manuel Linda considera também que admitir a eutanásia implica a “negação do velho princípio estruturante da ética médica do “primum non nocere” (primeiro, não prejudicar)” e afeta “a desconfiança nas relações familiares, os interesses escondidos por detrás de uma falsa piedade, o remorso perante uma situação violenta e irreversível”.
“A sociedade tem de se interrogar se a frieza das relações é inevitável, se sob a capa da defesa do «direito a morrer com dignidade» não se esconde o mais cruel «descarte» daqueles em quem não se está interessado e se se gasta a mesma energia e dedicação no cuidado dos anciãos e doentes que se usa para defender a «morte a pedido»”, acrescenta o bispo do Porto.
D. Manuel Linda sublinha também no seu documento, publicado na página da internet da Diocese do Porto, a necessidade de não acentuar “a dinâmica social da fragmentação das relações familiares” de que o “recurso ao internamento dos mais velhos em lares e casas de recolhimento” é um sinal, diz que “o que mais deveria preocupar os dirigentes sociais é o desaparecimento da ética” e o facto de mais de um quarto da população portuguesa ser pobre ou viver em risco de pobreza.
“Este sim, é o tema que deveria preocupar os dirigentes sociais”, alertou o bispo do Porto.
No dia 29 de maio a Assembleia da República tem agendados debates parlamentares sobre os projetos de lei sobre a legalização da eutanásia.
Fonte: aqui

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Isto, sim, é que deveria preocupar e mobilizar os senhores políticos!

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No momento em que os políticos trazem  o tema da eutanásia para a ordem do dia, "a comunicação social está a referir um dado profundamente monstruoso: que, nos cerca de nove milhões de portugueses que habitamos o interior destas fronteiras, dois milhões e quatrocentos mil ou são pobres ou estão em risco de pobreza. Mais de um quarto da população! Este sim, é o tema que deveria preocupar os dirigentes sociais. E, para nossa desgraça, não se vislumbra um projeto mobilizador e entusiasmante que nos leve a melhorar este estado de coisas. Pelo contrário, parece dar-se como inevitável a submissão a uma crescente desigualdade social em que uns poucos ficam com quase tudo e a multidão dos jovens, dos débeis, dos velhos e de tantas famílias que têm de sobreviver com o salário mínimo apenas se contentam com «as migalhas que caem da sua mesa».
(D. Manuel Linda, Bispo do Porto)

quarta-feira, 9 de maio de 2018

terça-feira, 8 de maio de 2018

Um livro que estou a ler

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Papa Francisco – o homem do povo – sinaliza novos tempos na Igreja. Sua eleição é uma revolução, assim como foi a renúncia de Bento XVI, a primeira de um papa há mais de 700 anos. Mas o que realmente ocorreu nos bastidores do Vaticano diante de todos esses episódios? 
Andreas Englisch, o mais famoso correspondente do Vaticano, revela fatos inéditos de dentro da Cúria Romana e conta o que realmente levou Bento XVI à renúncia, como os favoritos da lista dos “papabili” perderam fôlego ao longo do conclave e o que terminou por ser decisivo na escolha do novo papa. Englisch ainda apresenta ao leitor detalhes nunca antes revelados sobre o novo papa e ao mesmo tempo traça um panorama sobre como (e se) ele conseguirá resolver os problemas mais urgentes da Igreja Católica e impor ordem no Estado eclesiástico.

domingo, 6 de maio de 2018

Felizmente errei nas previsões

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Em 2 de abril de 2018, após a derrota do Porto no Restelo, escrevi: "O início foi promissor. Nova alma, nova dinâmica, outro envolvimento, apoio incondicional dos adeptos.
O fim... tudo aponta para que seja igual aos últimos anos do consulado de Pinto da Costa. Zero títulos."
Enganei-me. Felizmente. Nem sempre a paixão de adepto é suficientemente racional e consistente.
O Porto defronta hoje o Feirense já campeão. E como se pode ver pelas reportagens dos diferentes canais televisivos, o entusiasmo dos adeptos é imenso. Pudera! 4 anos sem títulos! Uma novidade absoluta para os lados do Dragão no consulado de Pinto da Costa...
Logicamente que estou satisfeito e penso que as pessoas me compreenderão.
Continuo a pensar que muita coisa está mal no futebol nacional onde guerras e guerrinhas são constantes e insistentes, sobretudo fora das quatro linhas. Continuo convencido que o Porto necessita de reformas profundas, pois as vitórias não podem atirar  os problemas para debaixo da cama.
Mas penso igualmente que o Futebol Clube do Porto foi um digno e justo vencedor do campeonato.
Então que venham mais e mais títulos, limpinhos, limpinhos.
E que VIVA O FUTEBOL CLUBE DO PORTO!

Ecos da vivência do Dia da Mãe entre nós

Na Igreja Paroquial, teve lugar a Festinha do Pai Nosso e a evocação do Dia da Mãe
Em Gondomar, a população apostou no Dia da Mãe, formando para o efeito um grupo coral que esteve à altura
Foto de Ana Patricia Teixeira.
Em Teixelo, celebrou-se a Padroeira, Senhora da Ajuda, e evocou-se o Dia da Mãe
Na Eucaristia do Lar, estiveram presentes crianças da catequese que levaram um beijinho às mães velhinhas que ali se encontram

quinta-feira, 3 de maio de 2018

A beleza do amor de mãe

Dia da Mãe
É bom, belo e justo celebrar o Dia da Mãe: agradecer a todas as mães que dia e noite, todos os dias e todos anos, ao longo da sua vida, se dedicam ao acolhimento amoroso, à educação e ao crescimento integral dos filhos.
Ser mãe não significa somente colocar no mundo um filho, mas é também uma escolha: a de dar a vida. Nada há mais nobre e mais santo!
Na sua terceira exortação apostólica, “Alegrai-vos e exultai”, o Papa Francisco recorda que a santidade é construída na vida de cada dia, com os “pequenos detalhes do amor” (n. 145). Todos sabemos, por experiência própria, que a sacralidade de tantos pequenos gestos das nossas mães deixou um sabor indizível e inesquecível no nosso coração de filhos.
As mães são verdadeiras beneméritas da sociedade, pois sabem cultivar e transmitir, mesmo nos piores momentos, a ternura, a dedicação e a força moral. São também as mães que transmitem o sentido mais profundo da vivência religiosa: nas primeiras orações, nos primeiros gestos de devoção que uma criança aprende, inscrevendo assim, indelevelmente, o valor da fé na vida de um ser humano.
Queridas mães, obrigado por aquilo que nos dais, pelo que sois na família e por aquilo que dais à Igreja e à sociedade. Que a celebração de mais um Dia da Mãe junte, em coro, as nossas vozes à dos decisores políticos e económicos, dos agentes culturais e da comunicação social e todos nos empenhemos a apoiar e a proteger o dom da maternidade que começa na fecundação e nunca deixa de se manifestar.
As mães de todos os tempos têm como modelo Maria, Mãe de Jesus. Que Nossa Senhora abençoe todas as mães! As acolha e proteja sob o seu santo manto.
Como “pequena lembrança” para este dia, aqui deixamos uma singela parábola: Um anjo fugiu do paraíso para dar um passeio pela terra. No findar do dia, decidiu levar algumas lembranças daquela visita. Num jardim, viu algumas rosas: apanhou as mais bonitas e fez um belo ramo para levar para o paraíso.
Mais à frente, viu uma criança sorrir para a mãe. Encantado com a ternura daquela criança, apanhou também o seu sorriso. Estava para partir, quando viu uma mãe olhar com amor para o seu pequenino no carrinho.
O amor jorrava como uma nascente a transbordar. O anjo pensou: «O amor daquela mãe é o que de mais bonito existe na terra, portanto pegarei também nele». Voou para o céu, mas antes de passar pelos portões azuis, decidiu examinar as recordações para ver como se tinham conservado durante a viagem.
As flores estavam murchas, o sorriso da criança tinha-se esmorecido, mas o amor da mãe ainda tinha todo o seu esplendor e beleza. Pôs de lado as flores murchas e o sorriso apagado, chamou à sua volta todos os hóspedes do céu e disse: “Eis a única coisa que encontrei na terra e que manteve toda a sua beleza durante a viagem para o paraíso: o amor de mãe!”.

Mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Nossa Senhora

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Tenho ao cimo da escada, de maneira
Que logo, entrando, os olhos me dão nela,
Uma Nossa Senhora de madeira,
Arrancada a um Calvário de Capela.
 
Põe as mãos com fervor e angústia.
O manto cobre-lhe a testa, os ombros, cai composto;
E uma expressão de febre e espanto
Quase lhe afeia o fino rosto.
 
Mãe de Deus, seus olhos enevoados
Olham, chorosos, fixos, muito além ...
E eu, ao passar, detenho os passos apressados,
Peço-lhe – “A Sua bênção, Mãe !”
 
Sim, fazemo-nos boa companhia
E não me assusta a Sua dor: quase me apraz
O Filho dessa Mãe nunca mais morre. Aleluia !
Só isto bastaria a me dar paz.
 
- “Porque choras, Mulher ?” – docemente a repreendo.
Mas à minh’alma, então, chega de longe a sua voz
Que eu bem entendo: -“Não é por Ele” ...
“Eu sei ! Teus filhos somos nós”.
José Régio

terça-feira, 1 de maio de 2018

DIGNIDADE DOS TRABALHADORES


A exemplo do que acontece noutros países, também os portugueses param para viver a festa dos trabalhadores, no primeiro dia de Maio, recordando as lutas sociais e a repressão sangrenta que nesse dia, em 1886, aconteceu nos EUA.
A Igreja não poderia deixar de participar nesta jornada. Por isso, em 1955, Pio XII instituiu a festa de S. José Operário, convidando à dignificação do trabalho e de todos os trabalhadores, bem como à contemplação de José, aquele a quem Deus confiou Jesus.
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E José nem será uma referência se atendermos apenas à performance do trabalho por muitos defendida: o mais rápido, o mais forte, o que ultrapassa os outros. Na carpintaria de Nazaré estamos longe do culto da competitividade, dos objectivos sobre-humanos, da idolatria da carreira, do êxito profissional a todo o custo… Isso levaria apenas ao stress ou às intermináveis horas suplementares nem sempre pagas, com as consequências negativas desse modo de vida profissional: famílias abandonadas, ausência face aos filhos, desgaste e perda de saúde, depressões… Uma carreira profissional merecerá tais sacrifícios? No fim, o que fica?
Os evangelhos dizem pouca coisa sobre José e, ele próprio, nada diz. Mas adivinhamos facilmente que ele faz o seu trabalho, sem correrias, obcecado com o sucesso ou o lucro. José é um trabalhador comum, “um bom pai de família”, no que isso tem de mais simples. Educou Jesus, ensinou-lhe a sua profissão, proporcionou-lhe uma existência tranquila, não particularmente rica, mas não necessariamente pobre. Um modelo pacífico e acessível, muito longe do culto da performance dos tempos modernos.
A idolatria do trabalho é a antítese do trabalho tal como o exemplifica S. José. O trabalho é alegria e sofrimento, serviço da comunidade e aproximação de Deus: eis o que podemos aprender na escola de Nazaré.
Fonte: aqui