Ouvi hoje. Alguém me dizia que um comprador, ao ver a qualidade da batata armazenada, terá gostado e oferecido 15 cêntimos por cada quilo. A dona das batatas respondeu que, por esse preço, as preferia dar aos animais.
Ao lado, uma pessoa comentava que, nos espaços comerciais, tinha que dispor mais do dobro para adquirir as batatas.
Ao ouvir isto, um dos presentes frisou quão necessário seria a existência de um mercado onde, aos fins-de-semana, os produtores pudessem levar os seus produtos para venda. Falava de um espaço simples, operacional, sem requintes.
A ideia colheu. Todos os que ouviram manifestaram simpatia pela ideia. Na sua opinião, todos lucravam. O produtor, porque podia escoar os seus produtos por preços mais compensadores; o consumidor, porque poderia comprar mais em conta.
A vida do agricultor está complicada. Normalmente gente já com alguma idade e sem possibilidades de grandes inovações. Mas o consumidor também não está bem, pois o desemprego, os baixos ordenados, o custo de vida não permitem grandes folguedos.
Um mercado poderia ser um incentivo à produção. Um mercado poderia ser um incentivo ao turismo. Um mercado seria certamente um incentivo ao consumo do que é nosso.
Vamos nessa, senhores?
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