Foi um passeio organizado pelos nossos escuteiros do 1006. Por isso, a maior percentagem de participantes era formada por escutas a que se juntaram alguns pais, avós e outras pessoas.
Estas ilhas, mormente Faial e Pico, são de uma beleza inigualável e proporcionam experiências únicas. O verde que invade estes espaços desde ao pé do Atlântico até ao cume dos montes, circundado pela imensidão do mar azul, deslumbra. Depois as pessoas são de uma portugalidade verdadeira. Afáveis, acolhedoras, sempre disponíveis. "Se vens com amigo meu, então também já és meu amigo. A minha casa é tua." Impressionante a simplicidade hospitaleira desta gente!
Uma palavra de imenso carinho e reconhecimento para com a Lisa. Ela tirou férias nesta altura para nos acompanhar e nos guiar. Tudo preparou com esmero, movendo amigos e familiares para que nada nos faltasse. Deixou em cada um de nós um amigo. Os miúdos "adoraram-na", como provam as abundantes lágrimas da despedida.
Como posso esquecer aquela cena da chegada ao Faial!? Sua mãe, a D. Regina Cardoso, recebeu-nos em sua casa, que não era grande, e ofereceu-nos o almoço com enorme alegria e disponibilidade. Cansaditos da viagem e de uma noite em branco, alguns dos mais novitos fizeram da sua sala uma camarata para uma soneca rápida.
No Pico, o irmão da Lisa, sua esposa e filha, amigos de seu irmão, levaram-nos em seus carros e ofereceram-nos uma jantar numa casa rural de um deles. Receberam-nos e trataram-nos como família. Inesquecível.
Depois, em cada esquina, aparecia sempre um sorriso, o gosto de informar e de conversar. Gente maravilhosa, sem dúvida, esta das ilhas.
Foi uma viagem cheia de emoções. Descer os 400 metros das Furnas, por um caminho tão íngreme que a mais valente cabra puladora certamente não ousaria, foi uma experiência para não mais esquecer. É que se descer era obra, subir nem lhes conto! Parecia que o coração ia rebentar na boca a qualquer momento. Claro que os escuteiros deram-nos "umas calças", tal a agilidade e entrajuda com que se movimentaram em tão inóspito caminho. Os "kotas" gemeram a bom gemer. Mas valeu pelo entreajuda e pela brincadeira.
Passear pelo vulcão (extinto) dos Capelinhos que acrescentou ao Faial 2 kilómetros de terra negra, subindo e descendo por aquelas elevações, foi muito bom. Nalguns espaços, por entre as fendas do rochedo, podia ainda sentir-se o calor que logo a seguir saía em ténue fumo da água. Gostei deste espaço, até por este vulcão é quase da minha idade.
No Pico, a caminho das Lagoas, passámos no sopé do monte que tem o mesmo nome da ilha. Esta elevação é o ponto mais alto de Portugal. A estrada chega ao meio da elevação, levando depois 4 horas a pé para atingir o cume. Nalguns nasceu logo a vontade - e o compromisso - de trepar até lá cima logo que seja possível. Informaram-nos que muita gente o faz, sobretudo para ver nascer o Sol, espectáculo único.
Mas indescritível mesmo foi a viagem de barco até às baleias e golfinhos, observando-os em seu habitat natural. Como diziam os mais novos: "Espectáculo, meu!" Todos gostaram imenso.
É com imenso prazer que recebemo o grupo de Escoteiros de Tarouca, é nosso apanágio (está no sangue) receber bem. Foi um grupo insuperável, aprendemos muito convosco (nos jogos, na camaradagem, na disciplina, etc), foi bonito de ver a entre ajuda entre todos, é um grupo com uma identidade bem defenida, é um grupo saudável. Esparamos receber-vos brevemente, para a inesquecivel subida ao ponto mais alto de Portugal (2.351m). UM GRANDE ABRAÇO da Ilha do Pico, é com imenso prazer que estamos sempre ao vosso dispor.
ResponderEliminarManuel Serpa.
www.azoresoceanic.com
Solicito a V. Exª., se lhe é possivel fazer um intercâmbio de link´s, colocar o vosso site no meu e vice-versa.
ResponderEliminarMais informo que a Azores Oceanic, foi a firma que apoiou o grupo de Escoteiros de Tarouca na Ilha do Pico - Açores, sendo eu irmão da Lisa Serpa.
UMA GRANDE ABRAÇO ILHÉU
Manuel Serpa