A hierarquia católica acusa a ministra da Educação de estar a afastar os alunos das aulas de Religião e Moral. Preocupada com a falta da regulamentação da Concordada, a Igreja teme ficar sujeita ao «arbítrio de alguns ministérios»
Os bispos acusam a ministra da Educação de não dialogar com a Igreja e de estar a afastar os alunos das aulas de Religião e Moral.
Na última quarta-feira, o ministro da Presidência, Silva Pereira, recebeu D. Jorge Ortiga e D. Carlos Azevedo, representantes da Conferência Episcopal Portuguesa, que lembraram ao Governo a urgência de regulamentar a Concordata.
«Se isso não for feito, cai-se num vazio legal sujeito ao arbítrio de alguns ministérios» , explicou ao SOL D. Jorge Ortiga.
Um dos principais problemas são as aulas de Religião e Moral. «As escolas não estão a disponibilizar a disciplina», garante o padre Paulo Malícia, responsável pelo ensino religioso na Diocese de Lisboa.
A situação é de tal forma grave que, na véspera daquela reunião, o bispo auxiliar de Lisboa, D. Tomaz Nunes, na comemoração do Dia de São Vicente, na Sé de Lisboa, acusou o Governo de estar a «acantonar a educação religiosa».
In Sol
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