sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Para o Primeiro-Ministro e Ministra da Educação lerem, pensarem e repensarem...

Seria bom que a nossa ministra - que até "deu á luz" um estatuto que parte do princípio que os professores são uns malandros preguiçosos e parasitas que, como tal, é preciso controlar e castigar - meditasse nestas estatísticas, não só no que diz respeito aos professores, mas também à opinião que as pessoas têm dos políticos.
De facto, é o meu supremo consolo : por mais que me tratem mal e me desconsiderem profissionalmente, o que é certo é que a profissão mais nojenta, mais corrupta, mais desprestigiada e mais falsa é precisamente a daqueles que me atacam e me consideram como um "estorvo" para o desenvolvimento do país !!!!....


Abençoada Grécia antiga em que os políticos eram votados ao ostracismo !...

Professores são profissão em que portugueses mais confiam

Os professores são a profissão em que os portugueses mais confiam e também aquela a quem confiariam mais poder no país, segundo uma sondagem mundial efectuada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF).

Os professores merecem a confiança de 42 por cento dos portugueses, muito acima dos 24 por cento que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20 por cento que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18 por cento que acreditam nos líderes religiosos.

Os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas 7 por cento.

Relativamente à questão de quais as profissões a que dariam mais poder no seu país, os portugueses privilegiaram os professores (32 por cento), os intelectuais (28 por cento) e os dirigentes militares e policiais (21 por cento), surgindo em último lugar, com 6 por cento, as estrelas desportivas ou de cinema.

A confiança dos portugueses por profissões não se afasta dos resultados médios para a Europa Ocidental, onde 44 por cento dos inquiridos confiam nos professores, seguindo-se tal como em Portugal os líderes militares e policiais, com 26 por cento.

Os advogados, que em Portugal apenas têm a confiança de 14 por cento dos inquiridos, vêm em terceiro lugar na Europa Ocidental, com um quarto dos europeus a darem-lhes a sua confiança, seguindo-se os jornalistas, que são confiáveis para 20 por cento.

Em ultimo lugar na confiança voltam a estar os políticos, com 10 por cento.

A nível mundial, os professores são igualmente os que merecem maior confiança, de 34 por cento dos inquiridos, seguindo-se os líderes religiosos (27 por cento) e os dirigentes militares e da polícia (18 por cento).

Uma vez mais, os políticos surgem na cauda, com apenas 8 por cento dos 61.600 inquiridos pela Gallup, em 60 países, a darem-lhes a sua confiança.

Os professores surgem na maioria das regiões como a profissão em que as pessoas mais confiam.

Os docentes apenas perdem o primeiro lugar para os líderes religiosos em África, que têm a confiança de 70 por cento dos inquiridos, bastante acima dos 48 por cento dos professores, e para os responsáveis militares e policiais no Médio Oriente, que reúnem a preferência de 40 por cento, à frente dos líderes religiosos (19 por cento) e professores (18 por cento).

A Europa Ocidental daria mais poder preferencialmente aos intelectuais (30 por cento) e professores (29 por cento), enquanto a nível mundial voltam a predominar os professores (28 por cento) e os intelectuais (25 por cento), seguidos dos líderes religiosos (21 por cento).

A Gallup perguntou «em qual deste tipo de pessoas confia?», indicando como respostas possíveis políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, jornalistas, advogados, professores e sindicalistas ou «nenhum destes», tendo esta última resposta sido escolhida por 28 por cento dos portugueses, 26 por cento dos europeus ocidentais e 30 por cento no mundo.

A Gallup questionou «a qual dos seguintes tipos de pessoas daria mais poder no seu país?», dando como opções políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, estrelas desportivas, músicos, estrelas de cinema, intelectuais, advogados, professores, sindicalistas ou nenhum destes.

A opção «nenhum destes» foi escolhida por 15 por cento em Portugal, 19 por cento na Europa Ocidental e 23 por cento a nível internacional.
Diário Digital / Lusa
25-01-2008 12:11:00

(Enviado por email)

1 comentário:

  1. Olá! :)
    É...foi uma grande bofetada e bem merecida para os nossos políticos!
    Há tempos, a Sra. Ministra da Educação veio à televisão dizer que os professores teriam de se mentalizar para procurarem alternativas à profissão que têm direito e legitimidade para exercer!Se fosse eu a dizer-lhe isto, não tenho dúvidas de que ela encontraria não uma, mas várias alternativas, e boas, para se encaixar em algum lado! E com que direito vem ela dizer isso? Fiquei, e desculpe o termo, danada!!!Porque buscar alternativas não é assim tão fácil e além disso sujeitamo-nos a condições que jamais nos passariam pela cabeça e às quais ela nunca se sujeitaria. Infelizmente, estou no rol dos que têm de se mentalizar para tal...Trabalho mais do que horas extraórdinárias sem me remunerarem por isso e limpo muitas vezes uma casa de banho imunda, para não falar de coisas piores que me tentam imundar a alma!Não tenho alternativa para esta alternativa!E sabe, o trabalho, desde que seja honesto e bem feito, dignifica-me, nunca me rebaixa, porque tudo tem a sua necessidade, mas dói...muito!

    Beijinho sereno

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.