Há três temas que gostava de ver sempre na ordem do dia à mesa dos políticos deste país: o combate tenaz contra a pobreza e exclusão e a segurança de pessoas e bens e o emprego.
Quanto ao primeiro aspecto, raramente se ouve falar, discutir, analisar. Muito menos agir. Surgem aqui e ali medidas ocasionais, desgarradas e complicadas, como a do complemento de reforma. É tal a teia burocrática que os idosos acabam por desistir. O combate contra a pobreza não é, infelizmente, um desígnio nacional.
No que se refere ao segundo aspecto, parece que o assunto só vem à tona quando trazido pelo impacto da grande comunicação social. Hoje, um canal televisivo referia um caso de umas oliveiras roubadas. Quando se chega aqui... E as viaturas que desaparecem por todo o lado? Às vezes retiradas das próprias garagens dos prédios... E os roubos por esticão? E os assaltos à mão armada a instituições e casas particulares? A insegurança instala-se sem que se vislumbre uma política eficaz do cidadão e dos seus teres e haveres.
Quanto ao emprego, estamos falados. É tão rara a criação de postos de trabalho que, quando aparece, é logo notícia.
Há pouco tempo, visitei uma família com dos dos filhos licenciados. Ambos ainda desempregados, apesar de lhes doerem os dedos de tanto responderem a anúncios, mandar currículos, palmilhar estradas. Apesar de nunca terem reprovado, pese embora o esforço enorme dos pais para que os filhos estudassem, resta-lhes apenas e só a sopita que os pais lhe vão dando...E são centenas de milhar os jovens nesta situação! Depois querem sucesso educativo? Com estas perspectivas de futuro?
Onde estarão escondidos os famosos milhares de empregos prometidos por Sócrates antes das eleições? Ah! Já sei, emigraram para o mundo do esquecimento...
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