Quando ligamos a televisão, e só ligamos porque queremos, na hora dos Telejornais, basta olhar para a cara do apresentador para vermos que não vem coisa boa. A primeira notícia é um acidente com uma camioneta de passageiros ou com um camião. O apresentador transmite aquilo que lhe dão para ler. Muitas vezes nota-se que o mesmo não está feliz a dar tais notícias. Ultimamente tem sido de mais. Todos os dias há acidentes graves. Será que os motoristas resolveram acabar com a própria vida e com a daqueles que transportavam? Será sono? Será álcool? Não culpem só as estradas porque estradas boas cada vez há mais. A inconsciência reina nas ultrapassagens mal calculadas, no excesso de velocidade. Já basta de tantos acidentes!
Nós sabemos que não pode haver um agente de autoridade em cada estrada. Quanto a mim, penso que as multas deviam ser mais pesadas. Porque ao fim e ao cabo somos todos nós quem paga a incapacidade dos que ficam deficientes para toda a vida. É que as vidas que se perdem ninguém as paga, porque não têm preço. Este ano que findou foi de mais: cada notícia, cada acidente.
Então os apresentadores, já saturados de darem tantas notícias tristes, vingam-se a apresentar futebol. É esta a televisão que temos: acidentes e futebol. Será que não há nada de positivo ou de alegre para nos oferecerem? Será que somos obrigados a assistir a meia hora de futebol e outra meia a rever os acidentes nas estradas?
Até em algumas homilias, por vezes, o padre, em vez de falar de Deus, fala-nos em futebol. Ao que nós chegamos!...Não será muito comum, mas tenho ouvido homilias onde o futebol parece ser o assunto principal em vez do Evangelho. Será por isso que vão menos pessoas à Missa? Penso que o ano de 2007 seja para esquecer e peço a Deus que nos traga um ano de 2008 mais alegre e com notícias mais positivas que nos deixem bem dispostos com pouco futebol e sem acidentes.
Dina Borges Simão
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