Em número de processos
2000 – 152
2001 -241
2002 – 379
2003 – 515
2004 – 573
2005 – 737
2006 – 905
2007 – 1 976
O aumento imparável do desemprego, em conjunto com a subida das taxas de juro, está a colocar cada vez mais famílias em situações de sobreendividamento. As estatísticas da DECO não deixam margem para dúvidas: em 2007 o número de casos de famílias com dívidas descontroladas ascendeu a 1976, um aumento de 118 por cento face aos 905 casos registados no ano anterior. “É uma situação preocupante, com famílias em ruptura financeira total”, frisa Natália Nunes, responsável da DECO.
“As causas do sobreendividamento continuam a ser as mesmas de sempre”, afirma Natália Nunes. “A principal causa da ruptura financeira é o desemprego” com “particular importância na maioria dos casos em 2006 e 2007”.
Natália Nunes afirma que, “regra geral, as famílias que pedem ajuda à DECO têm mais de quatro créditos: habitação, automóvel e dois créditos pessoais”.
Lisboa e Porto são as zonas do País com o maior número de pedidos de ajuda para a resolução dos problemas de ruptura financeira: representam, respectivamente, 52 por cento e 30 por cento do total de pedidos de ajuda apresentados à Associação para a Defesa do Consumidor.
AUSÊNCIA DE EDUCAÇÃO FINANCEIRAA
A responsável da DECO aponta como uma das causa para o sobreendividamento a falta de informação das famílias sobre matérias financeiras. “A família portuguesa não tem formação financeira e as pessoas não sabem o que é um spread”, afirma Natália Nunes. Como os consumidores “têm perdido a noção do valor do dinheiro, porque passaram a usar cartões electrónicos”, a especialista da Associação para a Defesa do Consumidor considera que o combate ao sobreendividamento passa por “apostar nesta temática da formação de saber utilizar o dinheiro”. E, remata Natália Nunes, “essa formação financeira deveria ser feita nas escolas, até porque a banalização do crédito fomenta o recurso ao mesmo”. Nos últimos anos o recurso ao crédito pessoal teve um forte aumento.DECO RECOMENDA
- ORÇAMENTO FAMILIARA elaboração do orçamento familiar, no início do mês, é indispensável para fazer frente às necessidades: comparar o rendimento familiar mensal com o total das despesas fixas e variáveis nesse mês permite controlar os gastos.
- PESO DOS CRÉDITOS
O peso dos créditos no rendimento mensal familiar deverá ser inferior a 40 por cento. Caso seja superior, a família deverá renegociar os créditos.
- POUPANÇA
A poupança global de uma família deverá ter um valor correspondente cinco/seis vezes o montante total do rendimento mensal. Deste modo será possível fazer frente as despesas e situações imprevistas.
Fonte: Correio da Manhã
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