sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

SERÁ UMA NOVA “RELIGIÃO”?

Entre os sentimentos mais profundos de qualquer cultura democrática, situa-se quanto se refere às convicções religiosas e à pública afirmação das mesmas. Até quem não é praticamente assíduo não aceita facilmente que poderes estranhos pretendam imiscuir-se nessa área tão pessoal.
O Estado português é laico. Certo. Mas a esmagadora maioria dos cidadãos segue uma religião, é crente. Convém não o esquecer.
Apregoa-se que Portugal hoje vive em democracia. Mas também não falta quem sustente que o actual Governo, estribado em maioria eleitoral, assume decisões que nada têm de democráticas, assemelhando-se a procedimentos da defunta União Soviética. Até quer impor à sociedade o seu laicismo...
Governantes há que parecem apostados em desvirtuar a prática tradicional cristã e estão a promover um “laicismo” agressivo como nova religião do Estado, confrontando-o com a doutrina e tradições seculares cristãs. E assim, dando ouvidos e privilegiando minorias sem expressão significativa, a que aliás ninguém nega os seus direitos, estão apostados em eliminar da vida pública, gradualmente, toda a expressão religiosa.
Se não, vejamos: - logo a seguir ao Ano Novo, somos surpreendidos com nova “incursão”, da autoria do Ministério da Educação. Pretende-se agora não autorizar, entre outras coisas, Escola Básicas e Secundárias com nome de Santos! (A notícia divulgada na imprensa é confusa. Mas algum “rastilho” há-de haver...). Será que o dito Ministério não tem problemas sérios com que ocupar o seu tempo?...
A atoarda não é inofensiva. E tudo leva a crer que faz parte de projecto que tem paternidade em esquema ideológico sobejamente identificado.
Aliás, é o mesmo esquema que vem pretendendo: retirar crucifixos das escolas e dos hospitais; acabar com a assistência religiosa nas Forças Armadas; que os doentes internados em estabelecimentos estatais tenham que requerer assistência espiritual, por escrito, caso a desejem; a eliminação de figuras da hierarquia dos protocolos estatais, etc.
Parece tratar-se de nova religião do Estado, uma “religião da laicidade’ que se pretende instalar contra um Credo que guindou bem alto, no contexto mundial, um pequeno pais que, com determinação, outrora foi capaz de “dar novos mundos ao Mundo”:
j. d’Oliveira, in Jornal da Beira

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