sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Portugueses vítimas da sua própria mentalidade

O português é demasiado exibicionista, sobretudo no carro, no vestir, no telemóvel ... vive muito para a aparência.

Existe a célebre inveja nacional. Se a família do meu vizinho tem um mercedes, vai de férias para a Tailândia, usa roupas das melhores marcas, a minha família não é inferior, nem posso ficar atrás, nem que seja à custa de empréstimos.

Perdeu-se a educação para a poupança. Logo ganha, logo gasta. Depois surgem os imprevistos e é um "deus me acuda"! Aliás até se conta que muitas famílias, enquanto têm dinheiro, é uma correria para os grandes espaços comerciais à busca do bom e do melhor. A partir do meio do mês... toca a pegar na cadernetazinha e comprar fiado na mercearia mais perto...

Um amigo meu ouviu este comentário a uma família espanhola que vive na fronteira: "Os portugueses são pobres, mas em Audis e BMW, devem ser os mais ricos da Europa. Vaidades."

A banca esmera-se para captar clientes e oferece créditos fáceis. Tem grande responsabilidade neste género de empréstimos fáceis. Devia ter legislação adequada, não é emprestar a torto e a direito. Os portugueses têm alguma dificuldade em lidar com a publicidade e deixam-se levar muito por ela. Não sabem distinguir o essencial do acessório, em inúmeros casos.

O Único crédito que as pessoas deviam ter era o da casa, e de uma casa ao nível não dos seus sonhos das das suas possibilidades financeiras. Crédito para carro? Para roupas? Para férias? Para...? Habituarmo-nos a viver com os pés no chão e deixar a mania de levarmos uma vida muito acima das nossas possibilidades reais...

É claro que o desemprego é uma calamidade nacional, mas também há quem não queira trabalhar nem sujeitar-se a um trabalho qualquer...

É escandalosa a diferença que existe nos ordenados em Portugal. Enquanto uns ganham loucuras, outros ficam-se por misérias. Aconselho a lerem o último número da Visão.

É notório que para este governo o deus é o déficit, as pessoas não contam. A pobreza aumenta, há fome silenciosa, os ordenados não sobem nada em comparação com o custo de vida.

A nossa democracia é muito rudimentar ainda. Falta uma forte opinião pública que obrigue os políticos e empresários a estarem mais atentos e a não fazerem só o que lhes interessa. No Norte da Europa a opinião pública é fortíssima e controlam devidamente a actividade governativa. Somos um povo habitualmente egoísta, "logo que não chova no meu quintal, estou-me borrifando para os outros..."

Noémia F. Sá Gonçalves, Lisboa (enviado por email)

4 comentários:

  1. Jesus

    O maior Homem na história, JESUS CRISTO, não teve nenhum empregado, no
    entanto chamaram-no Soberano.

    Não teve nenhum diploma, no entanto chamaram-no professor.

    Não tinha nenhum medicamento, no entanto chamaram-no Doutor.

    Não teve nenhum exército, no entanto os reis temeram-no.

    Não ganhou nenhuma batalha militar, no entanto conquistou o mundo.

    Não cometeu nenhum crime, no entanto o crucificaram.

    Foi enterrado num túmulo, no entanto vive hoje.

    Sinto-me honrado por servir tal chefe que me Ama!

    Se você crê em Jesus Cristo, envie isto a todos os seus amigos e não
    simplesmente ignore. Mas se ignorar, lembre-se do que Jesus disse:

    "Se me negar na frente dos homens, negá-los-ei na frente do meu Pai no
    céu".

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  2. As pessoas vivem para este mundo...por isso se preocupam tanto com as aparências,que, em muitos casos, não passam disso mesmo, aparências!!!

    Beijinho sereno

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  3. É certo que a avalanche consumista da sociedade contemporânea é a principal causa para estes dramas sociais, acompanhado da falta de cabeça e de planeamento de muitos portugueses.
    (entenda-se planeamento como gestão associada à relação entre capacidade financeira e ambições pessoais ou familiares)

    O dinheiro é uma coisa séria. E os problemas com créditos são transversais à sociedade. Há médicos e engenheiros (gente com ordenados acima da média) com 15(!) créditos a recorrer ao banco alimentar
    Para além dos bancos acrescente-se as "Cofidis" e afins.
    Um crédito é uma coisa séria, não serve para a futilidade...

    Cumprimentos

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  4. Obrigado pela visita e pela refiexão com que cordo.

    Muita PAZ.+

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