Vemos a casa do vizinho a arder e fazemos de conta que não é connosco. Quando muito, ficámos por sentimentos de revolta e de crítica. Às vezes a desejar um passado que não volta.
É interessante como somos capazes de nos mobilizar para defender os nossos interesses e os do nosso grupo, mas não o fazemos em relação ao bem comum.
Refiro-me concretamente à crescente insegurança em que o país está mergulhado. Assaltos, roubos, violência, agressão, morte... E isto todos os dias, em maior número. Está instalado um clima de insegurança, medo, desconfiança.
Perante este clima, o primeiro-ministro, sempre pronto para mais uma sessãozinha de propaganda, mantém absoluto silêncio como se vivêssemos "na paz dos anjos". Não vejo a problema chegar à Assembleia da República e ser debatido e tratado com a urgência que merece. O Presidente da República opta pelo silêncio. As organizações cívicas nada fazem...
Que a lei parece proteger o criminoso e dificultar a vida ao cidadão cumpridor, não haverá muitas dúvidas entre a população. Mas tal se deve aos políticos que temos, pois são eles que fazem as leis.
Depois, a comunicação social, sempre ávida de sensacionalismos, dá a entender, pelo modo como trata a (in) segurança, que defende os criminosos. Se um polícia dá umas vergastadas num meliante, é um "aqui-de-rei" nos jornais e tvs. Mas se é um agente que não é respeitado ou até é morto por gatunos ou prevaricadores, o clamor dos mass media emudece.
Sem um reforço claro da autoridade policial e dos meios ao seu dispor, não estaremos protegidos. Então, se perante uma confusão, os polícias sabem que lhes cai tudo em cima, caso tenham que usar a força, logicamente que se ficam, não é? Ou não serão humanos? Não terão família? Além disso, esta gente não ganha bem...
Claro que em tempos de grave crise, estes fenómenos sociais extravasam. Mas para termos segurança de pessoas e de bens é que pagamos impostos. Para isto e para apoiar as verdadeiros pobres, aqueles honestos cidadãos que a crise postou na valeta da vida, a quem tantas vezes todas as portas se fecham.
Penso que temos toda a obrigação histórica de sermos um povo acolhedor e integrador dos estrangeiros que nos procuram. Não podemos é ser ingénuos ao ponto de acolhermos "todo o lixo humano" que aqui arriba. E quem não se comporta... rua!!!
Por mim, sinto que está na hora de tomar atitudes claras e convincentes:
- Uma grande manifestação nacional contra a insegurança, que fizesse sentir aos governantes o que queremos e exigimos.
- Modificação das leis de modo a agravar convenientemente as penas para os criminosos e a reforçar devidamente a autoridade policial.
- Brevidade na justiça e julgamentos justos.
- Expulsão pura e simples de estrangeiros criminosos.
- Apoio real e efectivos aos verdadeiros pobres e carenciados.
- Estimular e premiar o regresso à agricultura.
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