quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Novo fôlego à paz

Sri Lanka, Sudão, Somália, Zaire, Colômbia,... Apenas alguns dos locais mundiais onde as armas atroam, deixando no seu rasto vítimas e mais vítimas humanas, destruição, insegurança, medo, miséria, sofrimento...
Reacendeu-se o eterno conflito do Médio Oriente que opõe palestinianos e judeus. As mortes contam-se às centenas, a miséria e o sofrimento entram-nos todos os dias pela casa dentro. Alguns chefes mundiais andam em roda viva na tentativa de pôr fim ao conflito ou, pelo menos, alcançar um cessar-fogo. Por todo o lado se realizam manifestação contra este conflito, apontando claramente o dedo a Israel.
Nestas coisas, a razão nunca está só de um lado. A mediática intervenção militar dos israelitas na Faixa de Gaza, deixando aquela super-povoada região em estado lastimoso, pode dar a impressão que Israel é o mau da fita, que os palestinianos são as vítimas inocentes. Lembremos que a reacção judaica foi provocada pelos constantes mísseis que, ao longo de meses e meses, foram caindo em solo israelita, enviados pelo Hamas, grupo radical islâmico que governa aquele território da Palestina. E durante esse tempo, onde estiveram aqueles que hoje tão denodadamente se manifestam nas ruas contra Israel?
A guerra resolve alguma coisa? Ao contrário de alguns que dizem que os acordos de paz nada resolvem, apenas adiam, eu penso que só há uma via para a solução do conflito: o diálogo.
Quem conhece minimamente as mundivalências daqueles dois povos, sabe que o "olho por olho, dente por dente" faz parte da sua maneira de ver, estar e sentir a vida. Logo mais guerra significa maior desejo de vingança. Daqui deriva uma escalada de violência que pode, por momentos conhecer tréguas, mas que espera o momento preciso para eclodir.
Oxalá a tomada de posse de Obama, que acontecerá em 20 de Janeiro, traga um novo fôlego à paz, até pelo capital mundial de confiança e esperança nele depositado. Sem a intervenção firme e serena das potências mundiais e regionais, não haverá paz naquela zona. É precisa muita paciência, muita calma, brutal persistência, para ajudar a conquistar confianças, derrubar barreiras, aproximar as diferenças, destruir preconceitos, erguer a esperança.

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