Neste concelho com 8296 habitantes, segundo o censo de 2001, temos 220 FAMÍLIAS a receber o Rendimento Social de Inserção.
Claro que nem todas estas famílias recebem o mesmo e, segundo julgo saber, esse tal Rendimento fica-se, no geral, cá por baixo.
- Pode-se questionar se é justo ou não que todas essas famílias recebam o Rendimento Social de Inserção. Mas não podemos pôr em causa que muitas delas precisam mesmo dele para viver ou sobreviver. Então os que dizem que não há pobres terão que "engolir o sapo vivo". Há mesmo!
- Nos últimos tempos, tem-se registado uma chegada constante de famílias e/ou pessoas problemáticas ao Concelho, aumentando assim o número de casos a atender. Entretanto, muitas delas continuam registadas na terra de origem (bilhete de identidade, carta de condução, cartão de eleitor...). Ora sabendo que os dinheiro recebido pela autarquia é proporcional aos habitantes que ela possui, conclui-se que estas pessoas não "pagam para Tarouca", mas recebem de Tarouca. Será justo?
- Todas as famílias intervencionadas estão a ser acompanhadas por técnicas que ajudam, estimulam, orientam, mas também verificam in loco a veracidade da carência. E isto é bom. Só me parece que haveria de dar neste processo maior protagonismo às juntas de freguesia. São os eleitos mais próximos dos cidadãos e, por isso, mais a par das reais carências/ou não das pessoas.
- Há que arranjar maneiras de colocar esta gente(os que podem, claro) a dar o seu contributo à sociedade. Por exemplo, uma mata toda a gente pode e sabe limpar... É justo e salutar que quem recebe dos impostos de todos faça alguma coisa pela causa de todos.
- Muito se fala e se critica o Rendimento Social de Inserção! Mas os que criticam "metem a viola ao saco" quando se trata de meninos e meninas que vão para a universidade em brutos carros, mas que recebem bolsas!! Isto sim, é escândalo de bradar aos céus!!!
- Muito se fala e se critica o Rendimento Social de Inserção! Mas os que criticam "metem a viola ao saco" diante de fortunas que não pagam impostos ou dos lucros fabulosos de muitas empresas.
- Muito se fala e se critica o Rendimento Social de Inserção! Mas os que criticam "metem a viola ao saco" diante do tráfego de influências que permitem aos poderosos obter toda a sorte de privilégios, enquanto as pessoas do povo os vêm passar à frente... Já viram algum filho, irmão, afilhado de político desempregado?
Esta tendência lusitana de olhar sempre para o pequenino como o culpado da má situação económica e de fechar sempre os olhos aos abusos do grande está-nos no sangue.
Recordo que há décadas, os pequenos e indefesos agricultores (como hoje!!!) se queixavam das dificuldades económicas por que passavam. E a razão era sempre a mesma: os trabalhadores rurais. Ganhavam muito e trabalhavam pouco! Coitados dos trabalhadores rurais! Nem para o pão ganhavam e labutavam de sol a sol... Nunca vi essas agricultores olhar para cima: as péssimas políticas agrícolas (ontem como hoje...), os lucros dos intermediários, os custos dos produtos da indústria...
Hoje continuámos na mesma. Perante o Rendimento Social de Inserção, gritaria! Perante os usos, abusos e tráfego de influência dos grandes, silêncio!
Ainda não aprendemos mesmo!
JÁ VIRAM ALGUM FILHO,IRMÃO,AFILHADO DEPOLITICO DESEMPREGADO???
ResponderEliminarCaros Senhores; Pensem bem??? Olhem que nem todos auferem de benesses...
Conheço pessoa amiga, no concelho de Tarouca ( embora não se considere politico, mas, exerceu cargos politicos muitos anos) por isso ou talvez não?) só o PATRÃO do concelho saberá explicar...
Quando um seu familiar se encontrava desempregado e até licenciado- Só porque era familiar daquele (politico) não lhe foi dado o emprego.Embora o tal PATRÃO autarca) afirmasse ter necessidade daquele profissional e existir na autarquia aquele lugar.
Devo referir que aquele/a licenciada não lhe solicitasse qualquer emprego. Estava no desemprego.
E quando soube, ser familiar do tal (politico)já não havia lugar.
Conheço perfeitamente a pessoa em questão outros familiares NUNCA TIVERAM acesso a empregos só porque eram familiares do tal (politico).
As minhas desculpas por este desabafo...