As terras mais fracas entravam em pousio: produziam um ano, descansavam outro.
Esta comunidade tem duas religiosas, uma delas de vida contemplativa (foi superiora do Carmelo de Coimbra onde esteve a vidente Lúcia) e três sacerdotes, dois diocesanos e um missionário.
Actualmente não tem ninguém nos seminários. Ninguém em institutos ou congregação religiosas.
Parece que estamos em pousio. Ao menos, Deus permita que seja a terra a reforçar-se para depois dar uma colheita mais abundante.
No início deste Outubro, mês missionário, fiz esta reflexão com a comunidade. Preocupa-me a situação, mas não esmoreço. Espero apenas que sejamos uma macieira "Bravo de Esmolfe", que tantas vezes não dá nada num ano para carregar no ano seguinte. Mantenho viva a esperança.
Uma comunidade que não produz vocações deve interrogar-se sempre. Porque será? O que estará a faltar? Se o Senhor chama sempre, por razão não há resposta? Estarão as famílias a ser escolas de discernimento vocacional? A pastoral infantil e juvenil funcionará mesmo? Qual a temperatura da fé da comunidade? Não faltará muito mais oração? A comunidade estimula, favorece e ampara as vocações? Estará o pároco a desempenhar como deve o seu múnus de pastor?
Não percamos a esperança. Não deixemos de lutar pela esperança de um mundo outro que virá. Até porque Deus nunca abandona o seu povo.
O que estará a faltar???
ResponderEliminarEstará o Pároco a desempenhar como deve o seu minus de Pastor??
Sou do tempo em que meus Pais me obrigavam a frequentar a catequese e não só.
Mesmo assim, sempre que pretendia praticar determinadas brincadeiras áquela hora. Dois três ou mais tabefes, tinha-os certos.
Acontecia com muitas outras crianças.
O PÁROCO DE ENTÃO- de Almacave -ainda Padre. depois muito depois Cónego Afonso.Pessoa extraordinária.
Aquele Pároco fez o estudo da situação, e, resolveu atribuir uma senha a quem articipassena catequese e outra na missa.
Ao fim do ano, realizava uma carmesse com vários artigos. Atrbuia-lhes um número de senhas, nós as crianças compravamos aqueles artigos conforme o número de senhasque possuíamos.
Desnecessário fazer comentários.
Devo salientar, que aqueles Pároco, estava SEMPRE presente nas aulas de catequese .
Desculpem??? Srs. Párocos..
Acontecerá isso hoje.
Obrigado pelo comentário.
ResponderEliminarAssumo perfeitamente que nós, párocos, também falhamos.
Mas convém recordar: "A missão não nasce do sacramento da Ordem. Ela advém desde o Baptismo. Missão é para todos. É para sempre. É para toda a parte."
Quando numa comunidade há mais de uma dezena de grupos de catequese o padre pode estar em todos? Não será isso abafar a presença e autoridade dos catequistas? Não consistirá antes o trabalho do padre em formar, motivar e acompanhar os catequistas? Depois há a "Eucaristia com crianças" que exige muita preparação e total entrega na celebração. Não é isto presença, imteresse, doacção?
E porque não se questiona o pouco interesse, acompanhamento e testemunho das famílias? Não foram os pais que no matrimónio e na celebração do baptismo se comprometeram a educar na fé cristã os seus filhos?
E as oportunidades de oração e fornação que são oferecidas e a que as pessoas não aderem? Culpa dos padres?
E o testemunho e impacto da comunidade? Será que as nossas comunidades cristãs ajudam as pessoas a questionar-se também vocacionalmente?
O SACRAMENTO QUE A TODOS NOS TORNA APOSTOLOS E O BAPTISMO, Se todos somos igualmente baptizados, TODOS somos igualmente enviados!
Uma Igreja clericalizada, onde os cristaos se portam como pintos em redor da galinha, nao e a do Concilio Vaticano II. Somos o povo de Deus onde existe uma igualdade fundamental ,todos filhos de Deus, e uma diferenca funcional, diferenca de ministerios.
No tempo da minha meninice os tempos eram outros ,os nossos pais trabalhavam é certo, e muito, mas a educação que eles receberam tentaram-na passar a nós filhos. Tinham mais tempo para nos acompanhar, hoje, e depois, do 25 de abril, nós a minha geração tenho 59 anos, tentaramos dar, e nalguns casos deramos e mal, e muito depreça, aquilo que nós não tivemos.Depois do 25 de abril, os governos criaram condições para que os nossos filhos, não tenham tempo para educar os nossos netos, para os acompanhar,na infancia, na adulecencia, hoje são depositados em creches, logo pela manhã, muitos deles ainda vão a dromir, á noite quando os pais os vão buscar, vão cançados, chegam a casa é fazer o jantar, por a roupa a lavar, passar a ferro, a limpeza da casa fica para o fim de semana, a atenção para os filhos praticamente é nula, é a globalização que tanto os capitalistas defendem, é uma democracia que mais parece uma ditadura, dai a igreja estar a sofrer das várias vocações, as crianças não são mandadas á catequese os pais não vão á missa, enfim se o mundo não mudar, de modo a que as pessoas sejam tratadas como verdadeiros seres humanos, e não como novos escravos,uma sociedade consumista e sem valores,não tem gente crente nem familias organizadas estruturadas no amor a Deus.
ResponderEliminarAntonio Assunção (VOZ DO GOULINHO)