Foi depositada em mão na caixa do correio. Abri. Era um pedido para não me esquecer de comunicar nas Eucaristias dominicais o peditório da Liga conta o cancro.
O cancro é uma calamidade. Milhares e milhares de pessoas de todas as idades e estratos sociais são flageladas por esta doença. Por isso, iniciativas que visem contribuir para o progresso científico, para o apoio aos doentes e para prevenção primária, diagnóstico, tratamento e reabilitação em Cancro, são importantíssimas. Daí que me mereça todo o empenho este peditório.
Li hoje que o Bispo da diocese espanhola de Sigüenza-Guadalajara tenciona reconverter temporariamente parte do centro de formação que a diocese construiu em Guadalajara em refeitórios gratuitos como medida de emergência ante a crescente procura registada na província no último ano.
Ideia fantástica! Num tempo de crise, geradora de graves situações de miséria, aquela Igreja Particular desce ao terreno para acolher, alimentar e apoiar. Igreja dos pobres, porque Igreja de Jesus Cristo.
Confirma a ideia que tenho da Igreja em Espanha, mormente da sua hierarquia. Decidida, clara, que desce ao terreno, que marca posição, que não tem medo. Até admito que possa ser mais "conservadora" do que a Igreja que está em Portugal, mas ganha a esta aos pontos em poder de decisão, em frontalidade, em testemunho.
Por aqui, ouvem-se belos (?) discursos, procurando agradar a gregos e a troianos, mas tanta pobreza, tanta pobreza em gestos proféticos! Repete-nos até ao tutano a palavra do Papa, mas fazer aquilo que ele solicitou - É PRECISO MUDAR - está quieto!!! Muitos estudos, muitos estudos, mas decisão e afirmação, nada!
A visita Ad Sacra Limina foi há um ano. O QUE É QUE REALMENTE MUDOU OU ESTÁ A MUDAR???
Fala-se hoje da "ditadura do relativismo". Com toda a razão. Sente-se constantemente. Mas a propósito da Igreja Portuguesa, não poderíamos falar da "ditadura da indecisão"? Não será uma Igreja enclausurada em relação aos reais problemas das "ovelhas"?
Há dias, alguém dizia com certa piada, a propósito da Dr.a Ferreira Leite, que ela aprendera a ser a líder em silêncio com a hierarquia católica!... De facto, na vigência da actual maioria política, o silêncio tem sido a postura da hierarquia, a não ser quando aquela lhe "pisou os calos" (capelães, creches, etc).
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