domingo, 5 de outubro de 2008

98º aniversário da implantação da República

A República foi instaurada há 98 anos. Foi um tempo de mudanças e tumultos.

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, afirmou hoje que Portugal vive "tempos difíceis", registando "fracos índices de crescimento económico", realidade que disse não poder ser iludida pelos agentes políticos.
"O que é vivido pelos cidadãos não pode ser iludido pelos agentes políticos. Quando a realidade se impõe como uma evidência, não há forma de a contornar", declarou Cavaco Silva no discurso que proferiu nas comemorações da revolução republicana de 5 de Outubro, em Lisboa.
O discurso de Cavaco Silva seguiu-se ao do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, numa cerimónia em que, entre outras autoridades, estiveram presentes o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, o primeiro-ministro, José Sócrates, e a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite.
"Portugal tem registado fracos índices de crescimento económico. Afastámo-nos dos níveis de prosperidade e de bem-estar dos nossos parceiros europeus. Ainda não invertemos a insustentável tendência do endividamento externo", considerou.

"O Estado nunca pode esquecer aqueles que têm muito pouco, os mais frágeis e desprotegidos, os que se encontram em situação de pobreza", advertiu.

O Presidente da República defendeu que os portugueses "têm o direito a esperar do Estado que faça bem o que lhe compete fazer: que seja rigoroso e ponderado no uso dos dinheiros públicos e que os impostos sejam justos e razoáveis".
"O Estado tem de garantir dois valores essenciais, a justiça e a segurança. Deve promover o acesso de todos aos cuidados de saúde, como deve oferecer um ensino de qualidade e uma rede de protecção social que proteja os cidadãos", frisou.

Reacção do Primeiro-Ministro, José Sócrates
O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu hoje que há "consonância perfeita" entre o Presidente da República e o Governo, sobretudo quando Cavaco Silva apela para que o país se mobilize e "não baixe os braços".

As palavras do primeiro-ministro foram proferidas na sequência do discurso do chefe de Estado nas comemorações da revolução republicana do 5 de Outubro na Câmara Municipal de Lisboa.
"Gostei muito do discurso do senhor Presidente da República, em particular do apelo que fez à mobilização dos portugueses para terem energia e ambição no sentido de que sejam enfrentadas as dificuldades não apenas portuguesas, mas de todos os países europeus e dos Estados Unidos", declarou o primeiro-ministro.

Em relação à questão do combate à pobreza, o primeiro-ministro considerou que houve "desenvolvimentos muito importantes ao longo dos três últimos anos".
"Nestes últimos três anos, saíram da pobreza mais de 130 mil idosos. O Governo não só fez como está a fazer tudo para tirar mais pessoas da situação de pobreza", reivindicou, dando como exemplos medidas como o aumento dos abonos de família, o complemento solidário para idosos e o complemento pré-natal.

Comentário

1. Então, senhor Presidente, neste DIA DO PROFESSOR, nem uma palavra sobre a edicação neste país?

2. Chamar a atenção para a pobreza e combate à mesma. Todo o apoio. Nunca como nos tempos da actual maioria existiu tanta diferença entre ricos e pobres. Os ricos cada vez mais ricos, os pobres cada vez mais pobres.
3. A reacção do Primeiro-Ministro é demagógica. Mas não admira. O povo já sabe com quem conta! "O Governo não só fez como está a fazer tudo para tirar mais pessoas da situação de pobreza." Esta só pode ser para rir! O governo está a fazer tudo? Com as medidas que tem aplicado? Não goze com a cara dos pobres, ao menos que lhe sobre um pingo de respeito!!!

4. Sabe, senhor José Sócrates, o senhor devia vir mais para o meio do povo. Os pobres, os verdadeiros, aproveitam todos estes dias de apanha da fruta e das vindimas para ganhar uns tostões. TRABALHAM! Sabe quem não trabalha? Essa multidão que o senhor mantém parasitariamente com "o ordenado mínimo garantido"! Esses não trabalham, são mundos de vícios e até se riem e gozam com quem trabalha! E o senhor sabe muito bem que os sustenta com os impostos de quem dá o corpo ao manifesto. E até sabe mais: são muitos dos filhos desse tal ordenado mínimo garantido que causam problemas, que não estudam, que são indisciplinados, com a benção desses pais "modelares" que o senhor mantém na boa vida. Então o ordenado mínimo garantido deve acabar? De maneira nenhuma. Mas dê-se a quem realmente precisa e não pode trabalhar por doença ou incapacidade. A estes dê-se generosamente.

5. Senhor Primeiro-Ministro, como se compreende que um país que tem multidões nas margens da pobreza, haja empresas e bancos a terem lucros fabulosos? Não quer fazer uma viagenzinha aos países desenvolvidos para ver e aprender como se resolve esta situação? Sim, porque o senhor foi à Finlândia - exactamente, aí onde jovens matam a tiro colegas de escola - para apresentar esse país como modelo educativo. A propósito, dê um salto a Inglaterra e veja como o governo trabalhista toma medidas para controlar a violência nas escolas!...

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