Desde a primeira hora que Ele é a concretização da esperança que sempre animou o “resto de Israel”, os pobres e humildes de coração, os injustiçados, os pecadores, os que sofrem no corpo e na alma, os explorados e todos os excluídos da sociedade, os que têm fome e sede de justiça, os que precisam de quem lhes faça companhia, os ouça e ame.
Dois mil anos depois, vivo e presente entre nós, Ele continua a atrair multidões e a muitos incomodar pela sua origem, doutrina e postura, pelos horizontes que rasga e pelos caminhos que aponta. Continua a provocar e a não deixar ninguém indiferente.
O mundo está em festa! As cidades e aldeias estão em festa. As pessoas, as crianças, as famílias estão em festa. É NATAL! Nasceu um Menino que foi, é e continua a ser o centro da história e do cosmos, o revelador da ternura e da bondade do Pai como um Deus próximo, atento e amigo.
É o Messias esperado. É o Filho de Deus! O Salvador!...O que passou pelo mundo fazendo o bem. O que deu a vida por cada um de nós.
Ali, a Seu lado em Belém, em atitude corajosa e expectante, está Maria e José. Maria, a Mãe contemplativa, pobre e humilde, mas aberta ao dom da vida e sem medo das consequências da sua generosidade maternal. E José, o homem justo, que em perfeita sintonia com a sua esposa, espera e acolhe no silêncio agradecido da sua fé, o Filho de Deus que precisa da sua presença de “pai”, solícito e dedicado. Que precisa, como todas as crianças, de um espaço de ternura familiar onde reine a paz, o respeito mútuo, o acolhimento, a delicadeza e a alegria. De um espaço aberto ao divino que se oferece como hóspede e está presente em Jesus que vem para iluminar todas as pessoas e todas as famílias, revelando-nos o verdadeiro rosto de Deus Pai, a intimidade e a plenitude do Seu amor e ternura.
Viajemos até Belém animados pela esperança, mas depois regressemos a casa “por outro caminho”. O caminho da conversão.O caminho que nos leva a escancarar as portas da alma e da família a Cristo Salvador para conviver com Ele e O ver nos outros: não só nos que convivem connosco todos os dias – a família, os colegas de trabalho e outros – mas também nos pobres, doentes e nos que sofrem as vicissitudes de uma vida que teima em não sorrir por mercê das suas circunstâncias existenciais e esperam a nossa solidariedade e bem fazer.
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