Podemos mudar de local, mas os problemas acompanham-nos.
Podemos fingir que está tudo bem, não é por isso que os problemas deixam de existir.
Podemos tentar a fuga para esquecer: no álcool, na droga, no sexo, na aventura... Mas os problemas não se esquecem de nós.
Podemos desistir de lutar, refugiando-nos no deixar andar, no faz de conta, arrastando-nos na vida, mas os problemas não desistem de nos apoquentar.
Podemos até entregarmo-nos à morte para acabar com os problemas, só que eles não acabaram, nós é que acabamos, humilhados, vencidos, derrotados.
Penso que não é fora que encontramos resposta cabal para as nossas angústias e desilusões, dificuldades e insatisfações. É DENTRO de NÓS.
Fala-se pouco em introspecção, em entrar dentro de nós. Tudo nos convida para a excentricidade, para a fuga. Assim torna-se mais difícil encontrar o caminho, o nosso caminho.
Podem abundar os remédios, as terapias, os psicólogos, psiquiatras e outros especialistas. Podem existir os melhores meios humanos e técnicos, mas se a pessoa não quiser livrar-se da droga, do cigarro ou do álcool curar-se-á?
Os médicos dizem que os doentes que mais facilmente recuperam são aqueles que tem grande vontade de viver, que lutam, que colaboram.
Há tempos, um homem testemunhava que tivera uma vida sentimental atribulada. Havia casado 3 vezes e três vezes se divorciara. Pensava sempre que "não dava certo", porque não havia encontrado a companheira ideal. A culpa era das mulheres que passaram pela sua vida...
Acredito que o problema estava essencialmente nele, dentro dele, e que nunca fora capaz de encontrar a solução onde ela se encontrava...
Precisamos de gostar de nós. Tanto que queiramos ser mais, melhorar, aperfeiçoarmo-nos. Se não nos aceitarmos como somos, poderemos superarmo-nos? A construção parte de uma base: o que somos. Ninguém se constrói no ar.
Os ingleses têm razão: "A caridade começa em casa", na casa do nosso coração.
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