Perante a arrogância das maiorias, o Grão-Duque do Luxemburgo não vacilou.
Há dias, o Grão-Duque do Luxemburgo fez saber aos deputados do seu país que – por razões de consciência - não vai assinar qualquer lei que autorize a Eutanásia. E se ele não promulgar, o texto aprovado pelos deputados não pode entrar em vigor.
No Luxemburgo, os políticos que aprovam a Eutanásia estão furiosos, incluindo o Primeiro-ministro. A sua reacção passa, agora, pela hipótese de uma reforma da Constituição para retirar poderes ao Grão-Duque e deixar de ser precisa a sua aprovação para as leis entrarem em vigor.
A Santa Sé já elogiou a sua decisão: “Como católico convicto, o Grão-Duque não quer assinar uma lei contra a vida, por isso merece o apoio de todos os cristãos”, declarou ontem o presidente da Comissão Pontifícia Justiça e Paz.
Perante a arrogância das maiorias, o Grão-Duque do Luxemburgo não vacilou. Tal como não vacilou o rei Balduíno da Bélgica quando, em 1990, se recusou assinar a lei sobre o aborto.
Que falta nos fazem estes exemplos de coragem.
Aura Miguel, RR on-line, 20081212
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