Fonte que reputo de fidedigna disse-me hoje que na Finlândia - referência suprema em matéria de educação para o nosso primeiro-ministro - as aulas vão das 9 ás 15 horas!
Aqui a tendência é reter cada vez mais tempo as crianças nas escolas. Às vezes tenho a ideia que, nesta matéria, estamos mais perto dos antigos países comunistas do que da modernidade.
Não será que se pretende que as escolas sejam lugar de entretenimento em vez de espaço de aprendizagem?
Com as aulas de substituição - uma aberração pedagógica! - não há barulho nos recreios, porque o recreio tende a passar para a sala de aula...
Com as crianças metidas em salas de aula das 9 às 17,30 horas, onde fica o tempo para a brincadeira, para a socialização, para a descompressão? O pouco espaço reservado aos intervalos não chega, tantas vezes, para comprar a senha, ir ao WC, dirigir-se ao bufete... enfrentando sempre filas.
Quem já foi aluno pode esquecer a importância psicológica do chamado "furo"?
Depois a ideia peregrina de encarar a escola como se fosse uma fábrica é do mais rasca que há. Na escola há PESSOAS, não materiais. Os alunos não são cortiça a transformar...
Querer aplicar à escola os parâmetros de uma fábrica é ultrajante.
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