Começa a trabalhar às 9h. Interrompe às 13 e recomeça às 14 horas. Até às 19, 19,30, 20 horas...
O mínimo são 9 horas de trabalho.
"Os objectivos foram estabelecidos, o trabalho tem que aparecer realizado..."
Mesmo que a família fique prejudicada, mesmo que as horas de trabalho vão para além do razoável, mesmo que o cansaço marque e impeça o melhor rendimento...
É o capitalismo selvagem no seu esplendor! O ser humano conta apenas como peça da engrenagem produtiva. É o homem-máquina no seu expoente. E se não aceitas, a porta da rua está sempre aberta...
Onde fica a dignidade humana no meio disto tudo? Reduzir o ser humano a mera máquina de produção é a nova forma de escravização.
Depois instala-se a competitividade desenfreada que torna o homem lobo do homem e o leva ao exaspero do individualismo. Surgem as depressões e a corrida para a medicina. Acontece a desagregação e fragmentação das relações familiares com todo o cortejo de consequências que os jovens expõem claramente.
A sociedade capitalista deixa para trás os menos aptos, menos competitivos, menos preparados. É elitista e - não sei se inconscientemente - racista, pelos que abandona, despreza, não incorpora. A estes, oferece depois umas migalhas - ordenado mínimo e similares - para os manter calados e quietos.
O trabalho é indispensável, realizador, libertador. Mas o trabalho está ao serviço da dignidade da vida e não vice-versa.
:)
ResponderEliminarE depois vêem os governos queixar-se que não há crianças...
ResponderEliminarCompetitividade é precisa, em nome da economia e do mérito. Mas não se pode ter a balança a pender para o lado do empregador. Sair depois de 9 horas de trabalho seria enriquecedor se a remuneração ou as benesses fossem compatíveis.
Um indivíduo a recibos verdes com quase 50 h de trabalho semanal não pode aspirar a muito na vida.