Queixas e mais queixas. É o que se ouve de muitos que precisam de se dirigir aos serviços de saúde.
Há pessoas a dirigir-se para as filas à porta dos centros de saúde pela madrugada. E mesmo assim nem sempre conseguem a tão desejada consulta.
Há pessoas que esperam horas e horas a fio nos corredores dos hospitais, tantas vezes em situação de enorme sofrimento e em precaríssimas condições.
Quase meio milhão de portugueses aguarda uma primeira consulta hospitalar, dos quais 120 mil esperam por uma consulta de oftalmologia, situação que até a actual ministra da saúde caracteriza de "inaceitável".
Há doentes que andam de Anás para Caifás até encontrarem o local de atendimento e de intervenção. Então no interior do país, é aquilo que todos conhecem.
Há doentes e familiares a queixarem-se de alguma frieza por parte dos profissionais da saúde, sobretudo nos hospitais. "Não houve um médico que nos dissesse a situação clínica do meu marido, após a intervenção cirúrgica. O que soubemos foi por enfermeiros" - queixava-se a esposa.
A medicina particular está pelas horas da morte no tocante aos custos. Com uma população descapitalizada, esta medicina é quase inacessível à grande maioria das pessoas.
Valha-nos a esperança. Se há sector em que se espera o mundo novo que há-de vir é na saúde. Então que venha ele. Para pior já basta assim.
Reparemos só neste dado: "«Em Portugal registam-se seis AVC a cada hora e três destes revelam-se fatais», o que - em termos genéricos - equivale à mortalidade causada pela queda de um Boeing-747 Jumbo (que transporta mais de 500 pessoas) em plena Lisboa. Dá que pensar!
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