quarta-feira, 19 de março de 2008

Última sondagem em análise

Concorda com o jejum e a abstinência quaresmais?
Sim -38%
Não -30%
Não tenho opinião - 20%
São obsoletos - 0%
Ajudam-me a caminhar para Cristo - 14%
1. Respeitando logicamente a opinião das pessoas que tiveram a amabilidade de deixar a sua opção, que agradeço, mas questiono-me sobre este dado: muita gente diz não ter opinião. Que se passa? Certamente alguns, porque não são cristãos, foram fiéis ao seu sentir. Mas também poderá haver gente que se diz crente. E, nesta caso, é mais difícil compreender a opção. Falta de evangelização? Relativismo moral? A resposta mais fácil? Não poderá haver uma fuga para a frente em relação ao compromisso?
2. Em relação à maioria que respondeu "sim", pergunto-me: será porque entende que, pelo jejum e abstinência, se sente mais livre e despojado para ser solidário com o irmão que precisa? Será porque vê nestes meios um modo de libertação de tanto supérfluo que nos absorve? Será somente por uma questão tradicionalista e legalista?
3. Sinto-me mais identificado com os que disseram " Ajudam-me a caminhar para Cristo". É essa a função principal da Quaresma: uma caminhada, onde a Palavra de Deus, a oração, a renúncia que conduz à caridade, a exigência pessoal me levam a parecer mais com o único Salvador, Jesus Cristo, o Senhor.
4. Respeito os que disseram "não". Tê-lo-ão feito sinceramente. E volto à carga. Se o disseram porque não têm fé, até compreendo. Mas se se trata de crentes, então tudo se torna mais confuso. O que é amar? Não é sair de nós para ir ao encontro dos outros? Amar não é renunciar? Alguém pode seguir a Cristo se não renunciar a uma certa forma mundana de viver, sem remar contra a corrente? Claro que tal não se reduz a um tempo, mas deve ser sempre um apelo. Contudo, o espaço quaresmal convida-nos fortemente a este despojamento.

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