sábado, 8 de março de 2008

Lázaro, Ramos, na Páscoa estamos!

- 5º DOMINGO DA QUARESMA -
Naquele tempo, as irmãs mandaram então dizer a Jesus:
«Senhor, o teu amigo está doente».
Ouvindo isto, Jesus disse:
«Essa doença não é mortal, mas é para a glória de Deus,para que por ela seja glorificado o Filho do homem».
Jesus era amigo de Marta, de sua irmã e de Lázaro.
Entretanto, depois de ouvir dizer que ele estava doente, ficou ainda dois dias no local onde Se encontrava. Depois disse aos discípulos:
«Vamos de novo para a Judeia».
Ao chegar, Jesus encontrou o amigo sepultado havia quatro dias. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus:
«Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá».
Disse-lhe Jesus:
«Teu irmão ressuscitará».
Marta respondeu:
«Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição, no último dia».
Disse-lhe Jesus:
«Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?»
Disse-Lhe Marta:
«Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo».
Jesus comoveu-Se profundamente e perturbou-Se. Depois perguntou:
«Onde o pusestes?»
Responderam-Lhe: «Vem ver, Senhor».
E Jesus chorou. Diziam então os judeus:
«Vede como era seu amigo».
Mas alguns deles observaram:
«Então Ele, que abriu os olhos ao cego,não podia também ter feito que este homem não morresse?»
Entretanto, Jesus, intimamente comovido, chegou ao túmulo. Era uma gruta, com uma pedra posta à entrada. Disse Jesus: «Tirai a pedra».
Respondeu Marta, irmã do morto:
«Já cheira mal, Senhor, pois morreu há quatro dias».
Disse Jesus:
«Eu não te disse que, se acreditasses,verias a glória de Deus?»
Tiraram então a pedra. Jesus, levantando os olhos ao Céu, disse:
«Pai, dou-Te graças por Me teres ouvido. Eu bem sei que sempre Me ouves, mas falei assim por causa da multidão que nos cerca, para acreditarem que Tu Me enviaste».
Dito isto, bradou com voz forte:
«Lázaro, sai para fora».
O morto saiu, de mãos e pés enfaixados com ligaduras e o rosto envolvido num sudário. Disse-lhes Jesus:
«Desligai-o e deixai-o ir».
Então muitos judeus, que tinham ido visitar Maria, ao verem o que Jesus fizera, acreditaram n’Ele.
Jo 11,1-45

Cristo estremece quando a fé se agita
Lázaro morto há quatro dias e encerrado no sepulcro é símbolo de um grande pecador. Porque razão se perturba Cristo, a não ser para te ensinar como te deves perturbar quando te vês oprimido e esmagado por um tão grande fardo de pecados? Examinaste-te, reconheceste-te culpado e disseste: fiz este pecado e Deus poupou-me; cometi aquele e não me castigou; escutei o Evangelho e desprezei-o; fui baptizado e recaí nas mesmas culpas; que faço? para onde vou? como poderei escapar? Quando falas assim, já Cristo estremece, porque em ti se agita a fé. Na voz de quem brama aparece a esperança de quem ressuscita.
Se dentro de ti estiver a fé, dentro de ti está Cristo que se agita: se em nós não há fé, em nós não está Cristo. É o Apóstolo que o diz: "Cristo habita pela fé nos nossos corações" (Ef 3, 17). Portanto, a tua fé em Cristo é Cristo no teu coração. Comova-se Cristo no coração do homem oprimido pelo peso imenso e pelo hábito do pecado, no coração do homem que transgride o santo Evangelho, que despreza as penas eternas: comova-se Cristo, reprove-se o homem a si mesmo. Ouve mais: Cristo chorou: que o homem se chore. Com efeito, por que motivo chorou Cristo, senão para ensinar o homem a chorar?
(Santo Agostinho, In Io evang tr. 49, 19)

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