Os bispos católicos portugueses consideram "muito difícil" a tarefa dos professores actualmente e estão interessados em contribuir para ajudar aqueles profissionais no seu papel de educadores.
"É muito difícil ser professor, dado o contexto económico, social, o multiculturalismo, a falta de identidade, a falta de uma fundamentação antropológica do sistema educativo", disse hoje aos jornalistas o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Carlos Azevedo, num intervalo dos trabalhos da Assembleia Plenária do episcopado, a decorrer em Fátima.
"É muito mais difícil ser professor hoje que há uma década atrás e não é por acaso que alguns professores universitários pedem a reforma mal podem, às vezes com prejuízo pessoal", acrescentou o prelado, para caracterizar "todo o ambiente" em torno da educação.
"De paixão, a Educação passou a histeria", disse ainda D. Carlos Azevedo, recorrendo a uma expressão utilizada pelo ex-secretário de Estado Joaquim Azevedo, que esta manhã reflectiu com os bispos em torno do tema da educação.
"Merece-nos muito respeito o ser educador hoje. O educador tem um papel muito difícil. E nós queremos ajudar", acrescentou, explicando que o tema voltará a estar em debate na Assembleia Extraordinária da CEP, em Junho.
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