terça-feira, 22 de abril de 2008

Procura dos Centros Porta Amiga cresce 11% em 2007 sendo as mulheres cada vez mais afectadas pela pobreza

Uma estação de televisão falou da situação hoje, no noticiário das 13 horas.
No ano de 2007 procuraram apoio social da AMI 7.386 pessoas, mais 862 casos do que em 2006. Esses dados referem-se a oito Centros Porta Amiga da AMI: 4 na Área Metropolitana de Lisboa (Olaias, Chelas, Almada e Cascais); 2 na Área Metropolitana do Porto (Porto e Gaia); um em Coimbra; e um no Funchal.
Da população apoiada pela AMI, 79% é portuguesa e cerca de metade reside na área geográfica da Grande Lisboa.
O número de pessoas que procuram pela primeira vez a AMI apresenta uma média anual de cerca de 2.800 novos casos.
Factor a realçar é o aumento do número de mulheres que procuram apoio. Se, em 2000 e 2001, esta percentagem não chegava aos 45%, em 2007, 53% da população que procurou a AMI era do sexo feminino. O desemprego, a monoparentalidade e a violência doméstica poderão estar na origem deste fenómeno.
No âmbito do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados, a AMI distribuiu, desde 2002, perto de 2600 toneladas de alimentos. Durante o ano de 2007, a AMI distribuiu 488 toneladas de géneros alimentares, valor inferior ao ano anterior (530 toneladas). No entanto, o número de famílias apoiadas aumentou de 2.434 (2006) para 5.524. No mesmo período, o universo de pessoas apoiadas passou de 5.137 para 16.531 pessoas, três vezes mais.
Também nos abrigos nocturnos houve um aumento do número de pessoas apoiadas. No abrigo da Graça, em Lisboa, deram entrada 44 novos casos. Desde 1997, este equipamento já deu apoio a 474 pessoas, número a que acrescem 68 pessoas apoiadas pelo abrigo do Porto. Assim, desde 1997, os abrigos apoiaram 542 homens sem-abrigo em situação de reinserção sócio-profissional. Este trabalho é complementado pelas equipas de rua de Lisboa e Gaia que, durante 2007, acompanharam um total de 119 sem-abrigo.

AMI
Antes de mais saliento o papel maravilhoso da AMI (Assistência Médica Internacional).
A sua missão baseia-se em três pilares fundamentais de intervenção:
1º - intervenção externa a nível internacional em situações de extrema urgência, em missões de desenvolvimento a médio e longo prazo, ou financiando projectos sociais e na área da saúde - intervindo nas grandes catástrofes mundiais, participando no reforço da paz e da segurança, na erradicação da pobreza e na promoção do desenvolvimento humano; a sua acção em mais de 50 países de todos os continentes contribui para a dignificação de Portugal no mundo;
2º - desde 1994, acção interna, através do projecto “Porta Amiga” com uma alargada rede de 10 centros sociais de apoio à população em situação económica vulnerável, apoiando os sem abrigo, idosos e imigrantes em Gaia, Porto, Coimbra, Lisboa, Almada, Cascais e Funchal; para além de ter a funcionar “Abrigos nocturnos” em Lisboa e Porto; bem como duas Equipas de Rua, uma em Lisboa e outra em Gaia.
3º - missão de “alertar consciências”, interpelando os órgãos de decisão política e os cidadãos para temas fundamentais para a humanidade, com destaque para o Prémio AMI – “Jornalismo Contra a Indiferença” e o Prémio AMI Saúde – Doenças Infecciosas e Parasitárias”. Para desenvolvimento da sua acção, a AMI conta com mais de 150 funcionários e quase 2000 voluntários prontos a partir em missões internacionais. Para além da sede em Lisboa, tem 6 Delegações (4 em Portugal – Porto, Coimbra, Funchal e ilha Terceira –, uma em Angola e outra na Austrália) e diversos núcleos em todo o país.


INTERROGAÇÕES
1.Que raio de modelo social de desenvolvimento é este que deixa cada vez mais gente para trás? Não deixa de ser elucidativo: é durante o consulado socialista que a AMI tem registado o maior número de pessoas que a ela se dirigem em busca de auxílio. Mas é durante o mesmo período que aumenta a diferença entre os muito ricos e os muito pobres. Que rico socialismo!!

2. Ao esvaziar o interior de investimentos, estruturas e emprego, o país empurra para a orla costeira cada vez mais gente, com consequente aumento das franjas de miséria.

3. Que debates na televisão tem merecido o fenómeno da pobreza que afecta 18% da população? E o Parlamento, tão preocupado em deitar cá para fora leis que derrubam o matrimónio, que tem feito em relação a este problema REAL? Bem, mas no mundo irreal navegam os nossos parlamentares como todos sabemos...

4. Saudando as iniciativas de grupos caritativos paroquiais, diocesanos e nacionais, salientando o trabalho das Misericórdias, penso que a Igreja poderia e deveria ir muito mais longe. Sobretudo a nível profético. Que falta faz a voz de D. Manuel Martins à Igreja actual!!!
Os cristãos jamais devem esquecer que é pela caridade evangélica que o Salvador se torna mais acessível e compreensível ao homem moderno. Teresa de Calcutá é disso um vivo testemunho.

1 comentário:

  1. Caros amigos de Tarouca,

    Foi cirada uma petição on-line "pela concretização do IC26". É um acto meramente simbólica, mas que, ainda assim, pode ser um importante "pressing" sobre as entidades responsáveis. Acho um acto cívico nobre, como tal, sendo a população de Tarouca uma das partes interessadas, faço o apelo à participação de todos. Por uma causa comum.

    O endereço é: http://www.ipetitions.com/petition/ic26moimentananet/

    Cumprimentos,

    Sérgio Matos Dias

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