sábado, 26 de abril de 2008

25 de Abtil, uma recordação e um projecto

O país recordou o 25 de Abril. 34 anos depois, penso que esta data mantém toda a frescura e novidade. Sem o 25 de Abril, não saboriaríamos a democracia, não teríamos a União Europeia nem a descolonização, entre outras...
Houve erros? Sem dúvida. Mas nada fará ofuscar o facto de termos um povo com o destino na mão. Há dificuldades? Muitas. Mas falarmos delas, denunciarmos desvios, manifestarmos concordâncias e discordâncias, sermos senhores do nosso futuro deve-se à democracia.
O Presidente da Repúblicana, na sessão solene comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia da República, não escondeu dificuldades. Falou dos jovens. Para dizer que está preocupado com o alheamento dos mais novos em relação à política e que a responsabilidade por esse facto é dos políticos. "A começar por vós, senhores deputados". Pela sua parte, disse Cavaco Silva, tomou a iniciativa de encomendar à Universidade Católica a realização de um estudo sobre atitude e comportamentos políticos dos jovens e vai promover "em breve um encontro com representantes de organizações de juventude".
Ao repegar no assunto que foi central no sua intervenção do ano passado, o chefe de Estado disse estar "impressionado que muitos jovens não saibam sequer o que foi o 25 de Abril, nem o que significou para Portugal".
E, ao citar o tal estudo que prometeu entregar em breve aos grupos parlamentares, adiantou que metade dos jovens entre os 18 e os 29 anos não foi capaz de responder correctamente a uma única das três perguntas colocadas. São elas: o número de estados da União Europeia; o nome do primeiro presidente eleito após o 25 de Abril; e se o PS dispunha ou não de maioria absoluta no Parlamento.
Perante este desconhecimento, a conclusão de Cavaco é a de "se os jovens não se interessam pela política é porque a política não é capaz de motivar o interesse dos jovens". A partir desta premissa, o presidente criticou "o facto de não ter havido o necessário esforço para a credibilização da vida política" e desafiou os políticos a fazer "algo muito simples ouvir o povo e falar-lhe com verdade". Porque, opinou, "vender ilusões não é, seguramente, a melhor forma de fortalecer o imprescindível clima de confiança que deve existir entre os cidadãos e classe política".

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